Cada dia que passa acho mais interessante esse negócio.
Ontem vi duas pessoas, ao mesmo tempo, no ônibus lendo através de um desses.
Um deles acho que era o I-Pad, o outro não sei, talvez um Kindle, não tenho certeza porque não quis ficar pescoçando. ¬¬
Confesso que invejei bastante essas pessoas pela mobilidade e praticidade do aparelho e uma delas, uma moça, tirou o leitor de uma bolsa pequena e ele parecia ser levissimo!
(Tive a oportunidade de xeretar em um na livraria Cultura,
aquele do Gato Sabido e era realmente muito leve).
Mas uma coisa que não consigo deixar de temer com relação a esses trecos é de eles se tornarem uma espécie de "celular" pra leitura (um aparelho de curtíssima vida útil) ou (pior ainda) um SO do Windows; daqueles que, depois de seis meses de você ter gasto os tubos pra comprar a versão XYZ-2025 do Kindle eles lançam a "sensacional" versão ZYX-2026 que faz com que depois de um ou dois anos você (proprietário da versão XYZ-2025) simplesmente não consiga adicionar mais nada de novo pra ler e é praticamente obrigado a comprar a versão nova se quiser ler outras coisas além do que já tem.
Vocês, usuários de Kindle, I-Pad e afins, e que entendem mais de tecnologia do que eu (o que não precisa ser grande coisa
) acreditam que isso é possível?
Porque vejam, embora o que escrevi acima esteja cheio de uma preocupação bem egoísta ("meu Deus! quanto vou ter que gastar nisso!?") existe também um temor social e ambiental de os "e-readers" se transformarem em mais uma causa para o distanciamento e exclusão da literatura, além de poluidor do meio ambiente pois se tiver vida curta, como os celulares por exemplo, em pouco tempo será transformado em
lixo-eletrônico.