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Garr - A Criação

Aracanel igonoira a palavra dos demais e logo que Anuradha aparece Aracanel recua de perto dos demais o seu brilho itenso o incomodava bastante. Ele ouve as palavras dela e responde:

-Quanto a sua opinião de utilizar-se de parte de sua luz não acho que seja prudente, assim você iluminará os caminhos de Horfael. Além disso, não ouse compara-lo a mim, como você tem coragem de afirmar que Horfael faz parte das trevas? simplesmente por praticar atrocidades? Não vejo nexo nenhum entre a escuridão e a maldade, pois, se assim fosse Garr ficaria completamente em luz todo o tempo...

-É por isso que pretendo ajudar na construção da prisão com as teias que componhem meu reino, a teia negra, após sair do meu corpo e tecida por mim ela se torna tão quase tão dura quanto minha carapaça, a carapaça de um Finerim que só pode ser transposta por outro Finerim, no entanto, misturada com outros materiais fornecidos pelos demais tornará os muros da prisão intransponivel para Horfael.

Nesse momento Arcanel expeli um grande bolo de sua téia e com algums movimentos deixa-a homogênea, logo em seguida, ele esculpe uma marreta semelhante a de Hallgrimr e a ergue segurando-a com sua pinça direita, logo em seguida ele golpeia com a marreta chão, fazendo-o tremer e consequentemente cravando a marreta no solo.

-Além disso posso tecer armaduras com ela, porém não são tão efetivas como as que Hallgrimr pode fazer, nada que impeça de nos juntarmos os materiais e fazer uma armadura poderisíssima para os dragões garantindo sua defesa contra Horfael.

Então o que me...


De repente em Garr o céu adquire um aspecto bravio, os ventos começam se tornar mais vigorosos, as nuvens ficam carregadas e raios começam a riscar os céus. Até que finalmente um relâmpago rasga os céus de fora a fora e estes se abrem para a entrada do criador que em toda sua majestade desce do alto para o solo. Nor'jahall tinha descido para averiguar o novo mundo.

Imediatamente Aracnel interrompe seu raciocínio e curva-se em direção ao grande criador.
 
Hallgrimr estava prestes a sujerir algum material para ajudar a construção da fortaleza quando chegou o Criador. Hallgrimr assim que o viu pos se a curvar diante do seu pai, demonstrando respeito.
 
Zyon ouvia Aracnel, também pensando em um modo de guarnecer a prisão com seus raios. Porém, seus pensamentos foram interrompidos por uma forte rajada de vento, vento este carregado de um poder inacreditável, intransponível, que só poderia pertencer a um ser em todo o universo.

Quando o céu se abriu, Zyon sacou sua espada e lançou um raio em direção aos céus. Em seguida, cravou a poderosa arma no chão de Gärr e , curvando-se, disse:

- Irmãos, nosso pai voltou! Salve, ó grande criador, Nor'jahall, nosso tão amado pai.
 
Samael observa com um sorrriso no rosto enquanto os céus turbulentos anunciavam a chega de seu pai. Após a descida deste, ele se ajoelha lentamente, curvando sua cabeça em direção ao criador, e falando:

"Seja bem-vindo à Garr, Pai. Sua presença aqui em muito nos alegra."

OFF:

O Vindicador nunca disse que ele tinha pousado no local da reunião, mas como três já postaram como sendo assim, vamos lá. XD
 
Enquanto o Cavaleiro Negro continuava o caminho Kaiken parou e sentiu a chegada de seu pai. Deixando a montanha para trás ele se movimentou cruzando os ventos até o lugar que seus irmãos estavam e se ajoelhou imitando a postura de um cavaleiro medieval em respeito ao criador de tudo, depois sorrindo como se aquilo não fosse tão ruim como imaginava sussurrou aos irmãos.

´- É, acho que nos metemos em problemas.
 
Última edição:
Antes mesmo que Anuradha pudesse responder a seu irmão, notou que o céu estava turbulento e em seguida a chegada de Nor'jahall, o pai. Rapidamente ajoelhou-se e abaixou a cabeça, sem dizer nada, apenas esperando.
 
Enquanto isso, na montanha de fogo, Eldrinn chega aos salões de Hallgrimr. Tomou então uma forma humana, semelhante aos Dvergar, porem de barba ruiva, tunica branca e manto vermelho. Ao descer as grandes escadarias a temperatura das chamas aumentava cada vez mais, mas sendo quem era Eldrinn não se amedrontava com o calor, mas sim se sentia bem nele, a cada passo se sentia melhor, pois estava cada vez mais proximo do Coração de Garr. Após descer varios e varios degraus ele chega a um grande portão de ferro, com no minimo 10 metros de altura e o dobro disso de largura. Com um movimento da mão os portões se abrem e ele se depara com um imenso salão oval, feito da propria pedra do local, no centro o Grande Coração de Fogo, uma esfera imensa de chamas brancas, circundando envolta de uma pequena joia, do tamanho de um punho, branca e transparente. Eldrinn então se ajoelhou perante a grande esfera. De dentro da Joia então ressoa uma voz, uma voz feminina, que parecia entrar na alma de quem a ouve, ressoante como os ecos em um salão vazio, profundo como o mais escuro dos abismos, porem belo como a da mais bela dama.

-- Eldrinn, meu irmão, o que te trás a este lugar tão longe das coisas do mundo acima?-- Disse o Coração de Garr, com sua bela voz.

-- Longe você está da superficie minha irmã, mas o que acontece neste salão é tão importante quanto o que acontece nas terras acima.-- Disse Eldrinn-- O senhor das forjas tem um pedido a lhe fazer...

-- E o que seria?

-- Ele quer que entregue a dois seres um pouco de seu Dom, acredito que as noticias já devem ter chegado até você através dos nossos irmãos -- Disse Eldrinn olhando para os lados e naquele momento varias pedras sairam do lugar e se movimentaram como se fossem vivas, tomando então forma humana semelhante a dele. -- Não sabia que ao criá-los nosso pai esqueceu de lhes dar o minimo de educação... Ninguem lhes chamou a esta conversa. -- Disse Eldrinn, mas olhando principalmente pra um entre os Espiritos da Terra, o mais alto e belo entre eles.

-- Os negócios dos Finerim tambem são relacionados a nós, irmão, ou crêes tu que és um privilegiado e apenas a ti eles confiam informações?-- Disse aquele que parecia o lider deles, o que Eldrinn tinha encarado de inicio.

-- Essas coisas de nada me interessam Sterkandir, apenas não gosto quando alguem observa minhas conversas escondido, me faz sentir que tal pessoa não é digna de confiança, se você me entende. -- Disse Eldrinn com um olhar severo.-- Creio que ele já lhe contou tudo sobre Horfael e do fato dos Finerim resolverem julgá-lo.

-- Sim, mas do julgamento em si, nada sei...-- disse O coração de fogo, aparentando interesse.

-- É por isso que eu vim, pois eles terminaram sua discusão e resolveram prender Horfael -- E assim Eldrinn contou de todo plano dos Deuses. -- Em fim, precisamos que você dê seu Dom para os dois guardiões da grande Prisão.

-- Não acha um tanto que perigoso dar esse tipo de poder a ser algum?-- Disse Sterkandir com uma voz sinica, um sorriso em seu rosto -- Nossa irmã é a unica a tê-lo e realmente não creio que seja seguro outro ser ter tamanha força nas chamas.

-- Isso não cabe a nós decidir... Hallgrimr escolheu usar disso como contribuição para a prisão, e assim será -- Disse Eldrinn com firmeza.

-- Hallgrimr nem sempre está certo em suas decisões, mas é claro que você, sendo o tolo cego que é não pensaria duas vezes em seguir suas ordens, não é mesmo?

Eldrinn então olhou Sterkandir com um olhar severo, parecendo mais um aviso do que qualquer outra coisa.

-- Eu confio em meu Senhor, a minha lealdade está nele, a pergunta real seria aonde está a sua Sterkandir?

Sterkandir apenas sorriu, mas nada respondeu, e encarava Eldrinn com um olhar louco. Eldrinn então virou-se novamente para O Coração de Fogo e lhe pediu mais uma vez o poder, e ela concedeu. Com isso Eldrinn saiu daqueles salões em silêncio, carregando consigo duas gemas brancas, menores que O Coração, porem de formato identico.

Ao subir os degraus e chegar ao topo de Bjodllir Eldrinn vê um raio partir o céu, e do alto descer Nor'jahal, o Criador. Vendo isso o Espirito de Fogo entrou na forma de uma aguia de fogo e voou até ao lado de Hallgrimr, chegando em silêncio e voltando logo em seguida a forma humana, se ajoelhando ao lado do Deus da Forja perante o Pai.
 
Tulyas sente a chegada de seu criador e se prostrando ele diz:

"Seja bem-vindo ao mundo que nos permitiu criar. A bela terra de Garr."

Tulyas em sua mente tentava entender a vinda do criador pessoalmente, mas o real motivo poderia fugir de sua capacidade de compreensão.
 
O Senhor dos Universos chega em Garr e é recepcionado por toda a sua prole que o sauda com respeito, deixando-o muito contente e os fazendo merecedores do que ele vinha oferecer.

Vendo o concernimento no coração do Finerim da Esperança, Nor'jahall já se posiciona.

Nada tema Kaiken, meu filho. Nada tema nenhum de vocês, Finerins de Garr. Eu não venho para julgar ninguém, tal é a juventude de Garr e de seus mestres.

Eu venho fazer-lhes ofertas. A cada criação nova eu ofereço apoio aos mestres para que possam efetuar seus desígnios, isso é executado a todos sem a menor excessão e assim sempre foi.

E agora é a vez de vocês. Eu dou a cada um dos mestres a oportunidade de demandar de mim um pedido. Podem pedir o que desejar, desde instrumentos até seres para serem seus asseclas ou o que mais lhe ocorrer.

A única coisa que eu os proíbo é de requerer a danação ou bonificação do semelhante, pois se assim quiserem, que tomem a iniciativa e o façam. Eu apenas forneço as ferramentas.

Nor'jahall faz uma pausa para que os Finerins ponderem, e por fim olha nos olhos de cada um (simultâneamente).

Pensem bem no que hão de me pedir, pois meu poder é infinito e o que solicitarem ficará convosco eternamente.
 
Olhando com uma esperança incomum para Nor'jahall, Samael lhe fala:

"Pai, sua generosidade é infinita, e o pedido que nos concede é apenas uma pequena amostra do amor que sente por nós. Como deves saber, eu tenho um desejo que guardo no âmago de meu ser, o qual tinha a esperança de lhe pedir no dia em que todos lhe prestassemos conta, e se de tal eu pudesse ser considerado digno."

"E meu desejo também é definido pelo amor. Entretanto, talvez esteja dentro das restrições a que os impôs. Como bem sabes, a fome eterna atormenta minha irmã Andriel, levando-a à insanidade, ao ponto de ter me obrigado a aprisioná-la, para evitar maiores desgraças. Nada nesse universo me faria mais feliz do que vê-la livre dessa fome, de maneira que também possa zelar pelo destino de Garr, ao invés de destruí-la, em sua loucura. Não sei se isso por si só restituiria sua sanidade, e caso atendesse meu pedido, ficaria uma vez mais eternamente grato, se à ela fizesse esse favor."

"Sei que tal desejo pode me ser negado, dadas as restrições que nos passou, mas tampouco posso deixar passar qualquer oportunidade de vê-lo atendido. É algo que lhe imploro de todo o meu coração, Pai. Por favor, salve minha irmã de sua aflição."


O Deus da Morte colocava todas as suas esperanças naquilo. Era seu maior desejo, seu maior sofrimento, e ainda assim em nada se comparava ao que sua irmã sentia. Ele rezava para que enfim pudesse ver um sorriso naquele rosto que conhecera apenas a agonia até agora.

Off:

Mais detalhes acerca de Andriel aqui.
 
Horfael apenas observava silencioso. Sabia que os demais Finerim se embebedariam com sua paz e prosperidade, e eventualmente essa paz os faria esquecer o Deus Insano em sua "prisão impenetrável". Surpresa o tomou quando o criador da própria Garr desceu até o pequeno mundo para conferenciar com suas crias.

O Deus Louco já havia sentido a presença de Nor'jahall, e já ouviu todos os fracos Finerim chorando por seu Papai e como Papai é sábio, poderoso, previdente, justo e benevolente. E isso trazia nojo ao Feiticeiro. Mas mesmo assim, um sorriso lhe cruzava a face. Pois há apenas um criador do multiverso, apenas uma criatura capaz de dar existência a tantos e tão poderosos Deuses, sem que seu reino fosse contestado ou destruido por outras criaturas de igual poder.

E o mesmo ser que criara Horfael, seus irmãos, seu mundo, é o ser que agora criara Garr e os Finerim que o habitam. E ele sentia a fraqueza nos jovens Deuses, a tolice de suas crenças, tolices nas quais o próprio Horfael e seus irmãos também acreditaram, antes de o Criador os abandonar quase que por completo. Antes que eles aprendessem as verdades de suas próprias existências. Verdades estas que ultrapassavam apenas criar coisas e mais coisas esperançosamente, para então bicar desesperadamente as migalhas que lhes eram arremessadas, como o fazem os pombos.

- Tolos! - bradou o Deus Insano. - Esperam poder conter-me, quando eles não constróem suas forças sem ajuda dos mais poderosos... Deuses com mentes de escravos.

E o Deus Insano sorriu por dentro, pois viu que agora sua corrupção atingia e feria os corações dos Finerim. O Filho de um Rei é um demônio. A loucura acomete mesmo aqueles que se pensaria ser invulneráveis. E tudo foi possível graças a um ser.

O Feiticeiro olhou para Kai'ckul. - Sorria, Kai'ckul - disse. - Tu desejas condenar-me, por corromper as obras de Samael e de outros mais. Mas tudo o que consegui deve-se ao teu poder. Foste tu a incutir o sonho às almas dos mortais. E aquele que vê seus desejos realizados, seja por tua bondade, seja pela bondade de outros, eternamente estará preso ao desejo. Sempre desejará mais, e mais, e mais... Até que, quando pouco restar no Mundo que tu tanto amas que os mortais não possam clamar para si próprios, então eles se voltarão ao Desconhecido. E lá estarei eu, de braços abertos àqueles que tiverem a força para tornarem-se senhores de seus próprios destinos. Eles já o fizeram antes, ou então eu não estaria aqui. E quando os mortais voltarem os olhos para o desconhecido, o Fim chegará, para ti e para teus irmãos, a menos para aqueles dentre vós que detiverem a verdadeira sabedoria e a real centelha divina e decidam tornar-se senhores dos próprios destinos.

O Deus Insano sorri. - Pois saiba que tu, ao plantar o sonho nas almas dos homens, causaste isto. Mas tudo pode acabar. Pois se tu roubares dos mortais aquilo que lhes gera a sede de poder, poderás ainda salvar a criação, que é tua e de teus irmãos. Se fizeres isto, contudo, vossas existências tornar-se-ão vazias, e verão o mundo que criaram tornar-se uma selva sem sonhos e sem desenvolvimento. Esta maldição eu rogo sobre ti, Finerim. Pois verás a decadência e a degradação que apenas o poder em mãos despreparadas traz. Ou então verás a decadência e a falta de propósito que apenas a estagnação traz. E que este seja o começo de minha vingança contra vós, que julgam-vos capazes de derrubar aquele a quem não compreendem. E então, jaulas e monstros não me impedirão, pois vosso poder minguará, enquanto o meu inchará, e vós não mais dominareis o Mundo que criastes: ele terá se voltado contra vós.
 
- Onisciência!

Kaiken disse sem pestanejar e depois ajoelhou inclinando a cabeça envergonhado...

- Perdão meu pai por ter desejado algo assim. Minha sede de saber o que acontece com os seres de Garr foi maior que eu por um momento. Tendo agido de tal forma eu declino do meu direito a um pedido...

Envergonhado Kaiken permaneceu na mesma posição. Ele queria ver o que estava acontecendo com o cavaleiro negro mas Pow Rt naquele momento não emanava qualquer especial necessidade de esperança então as informações que chegavam ao deus eram poucas. Kaiken queria presenciar os acontecimentos mas o respeito ao pai vinha em primeiro lugar.

- Nosso pai é sábio em tudo o que faz.
 
Hallgrimr ao ver Nor'jahal se admirou com a luz emanada por ele, e naquele momento imaginou como seria bom se todos os seres de Garr pudessem para sempre verem essa incrivel luz divina, e sem pensar fez seu pedido.

Meu pai, sinto que não sou digno de qualquer presente, pois nada ainda fiz pela jovem Garr, porem o que mais desejo é a felicidade dos Mortais, e creio que somente entenderão a verdadeira felicidade ao conhecerem sua luz, meu pai. Se pudesse pedir, pediria ter um pouco de sua luz e que essa luz eu pudesse compartilhar com todos os Filhos dos Finerim.

Assim terminou Hallgrimr, olhando Nor'jahal nos olhos, não por falta de respeito, mas por admiração ao Criador.
 
Oh grande criador!, Unipotente, Uniciente e Unipresente pai. O meu pedido é bem singelo, não desejo Oniciência, Onipotência e Onipresença, pois julgo que só a ti ela deve pertencer.

-Peço-lhe humildemente que conceda a grande maioria de meus filhos inteligência, e aqueles que virão e que por algum motivo o qual desconheço não a terão.
Afinal poucos eu posso entregar essa grande dávida, assim sendo eles não mais agiriam por instinto e evitando-se mortes desnecessárias por parte deles.


Aracnel fazia uma grande reverência enquanto falava para seu pai.
 
Última edição:
- Não há o que tu podes presentear-me que eu não possa clamar como meu sem auxílio - bradou o Deus Insano. Seus olhos brilharam, e ele se ergueu ereto e altivo. - Eu desejaria que teus tolos filhos mais novos tivessem um vislumbre do futuro que os aguarda, mas este futuro é inevitável, e há de se revelar quando a hora chegar! Desejaria partir deste Mundo pequeno, mas meu poder o engrandece. Desejaria vingança, mas a vingança salta aos meus braços sem que eu precise mover um dedo! Sou senhor de meu próprio Destino, e portanto não desejarei um destino poderoso, pois posso torná-lo muito maior. O único desejo que podes me conceder é observar-me e lembrar-te de mim, de meus Irmãos, a quem abandonaste. Não precisamos de dote ou prêmio.
 
Última edição:
Anuradha olhou sem graça para o pai, era estranho pedir algo.
- Agradeço a sua oferta meu pai, e com a maior humildade peço que me conçeda uma forma de que minha criação e as futuras não dependam de minha energia para produzirem sua luz, que elas possam brilhar da mesma forma que outros astros que tu, meu pai, criastes. O senhor bem o sabes o quanto isso me atrapalha em certas ocasiões, e que ao passo que as coisas seguem logo não conseguirei contribuir para o crescimento de Garr. Se isso conceder-me ficarei imensamente feliz e grata, e se o puder sentirei-me da mesma forma. Mais uma vez obrigada pela gentileza.

Novamente a Finerim abaixou a cabeça e esperou.
 
Tulyas ao erguer sua cabeça ao escutar a oferta de seu pai pensa um pouco e responde:

"Pai, tu sabes que dentre os Finerim minhas criações são poucas, mas que extendo a todos com minha humildade. Sabes que meu maior apego é minha primeira cria. Uma coisa eu te peço, que palpita em meu coração... que minhas crias não pereça facilmente diante do poder de Horfael e sua magia. Que a magia não penetre sua carne nem corrompa sua mente como faz com os demais seres, mas sim que ela encontre dificuldades de agira sobre meus queridos 'filhos'."
 
Última edição:
Zyon ouve o que seu pai fala e se surpreende. Não esperava receber tal dádiva do Criador, então começou a pensar o que era de sua necessidade.

Estava tão concentrado, tentando pensar em algo para receber, que nem ao menos ouviu os pedidos de seus irmãos. Seus filhos eram extremamente velozes e incapazes de invelhecer. Brevemente, pretendia negociar o tempo de vida das crias dos Fanwës com Samael. Era o Deus da Guerra. Possuía o respeito dos mortais e uma poderosa espada. O que mais ele poderia ansiar?

Foi então que Zyon teve uma idéia e, subtamente, se dirigiu ao seu pai:

- Ó Poderoso Nor'jahall, nosso pai e criador dos criadores, agradeço-lhe por este presente, sendo mais uma prova de sua infinita generosidade.

Não necessito de uma arma pois, como Deus da Guerra, possúo poder ofencivo suficiente. Também não necessito de armadura, pois meus raios cumprem tal tarefa com extrema eficássia. Um meio de transporte também tenho, já que meus Fanwës são capazes de viajar na velocidade de um raio.

O que realmente necessito e lhe peço neste instante é algo que venho procurando há um tempo, mas não fui capaz de achar algo satisfatório em nenhum canto de Gärr. Gostaria de uma liga metálica duradoura, leve e virtualmente indestrutível, pois gostaria de oferecer maior proteção para minhas primeiras crias. Não sou capaz de criar algo do tipo, pois meu poder não é direcionado a isso, e os metais não são minha área de atuação, porém uma vez que eu possuir esta preciosidade, poderei embebê-la com meu poder, fazendo-a reagir com o corpo dos Fanwë, não os retardando ou impedindo-os de alguma maneira.

E, como tal recurso poderia vir a ser de extrema utilidade, não só para mim, mas para todos os Finerim, imploro mais uma vez para sua infinita generosidade. Como pode ser necessário o uso deste metal em quantidade, se possível, gostaria que criasse uma mina em um dos aposentos de meu castelo com tal preciosidade.

Mais uma vez agradeço, meu pai.
 
Kai'ckul escutou as duras palavras de Horfael sem mudar de expressão. Fechou os olhos, e respondeu lentamente:

- Suas palavras são inócuas, Horfael. Sua condenação foi a decisão do Conselho, nada mais.

Então voltou a abrir os olhos. Suas órbitas eram como uma porta para o nada, mas de repente milhões de eventos aconteciam nesse vazio. A combinação de infinitos sonhos, presentes, passados e futuros. Fitaram Horfael fixamente:

- O que você pode saber sobre os sonhos, Horfael, que eu não saiba? Quem é mesmo o mestre do Sonhar? Quem é que está com cada ser vivo quando eles adormecem e quando acordam? Quem é que acompanha a cada um de seus desejos quando eles vêm para meu reino?

- Você gosta de vomitar palavras rancorosas, é típico de sua personalidade. Mas você às dirige ao Finerim errado.



Então Kai'ckul percebeu a agitação que tomava conta de Garr. Fechou novamente os olhos, e entendeu o que se passava. Resolveu fazer algo que não fazia comumente: sair do sonhar.

Quando encontrou Nor'jahall junto aos seus irmãos, prestou-lhe uma reverência. Quando chegou sua vez, respondeu à proposta do Criador:

- Talvez minha resposta pareça arrogante perante os demais, mas nosso Pai, que conhece minha mente como ninguém, sabe que não é. Agradeço a generosa oferta, mas eu não desejo nada, meu Pai.
 
Horfael gargalhou. - Não te escondas atrás de teus irmãos mais corajosos, Kai'ckul. Tu, como eles, acreditas que eu deva ser aprisionado. Ou tu queres me fazer crer que, se a decisão dependesse de ti, eu estaria livre agora? Desperte de teu Sonho feliz, Finerim, conheço teus anseios no que diz respeito a mim e a meu poder! Ao menos teus irmãos têm coragem de assumir a decisão que tomaram.

O Deus Insano cuspia palavras, em meio a risadas e gargalhadas. Não esboçou reação alguma frente à mudança repentina nos olhos do Deus do Sonhar. - Estás certo num ponto, contudo. És tu o Mestre do Sonhar. E és tu quem enxerga os desejosos, sentes suas angústias e o que cobiçam. Os que desejam poder, domínio, vingança... Não os enxerga também, Kai'ckul? És senhor do aspecto que determina os grandes entres os mortais, Kai'ckul. Com isso, poderias ser seu senhor absoluto. Mas és fraco demais para perceber isso. Mas os desejos e sonhos dos mortais ainda os consomem. Apenas buscam a paz de outras fontes. E eles vêm a mim. Vêm e virão, e tu para sempre saberás, graças a ti eu serei eternamente poderoso entre os mortais de teu mundo.
 

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