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Garr - A Criação

Vendo que, após a partida de Horfael os ânimos estavam mais calmos, Kai'ckul aproximou-se de seus irmãos, lentamente, e com seu típico tom de voz calmo, porém grave, disse:

- Pois bem, se a maioria de fato assim desejar, eu posso organizar o Conselho e oferecer meus domínios para sediá-lo. Nada que me dê muito trabalho.
Quanto ao momento da convocação, eu posso tratar de transportar facilmente qualquer um entre nós para o Sonhar, e acredito que lá possamos resolver qualquer assunto de maneira satisfatória para a maioria.

- De fato, como Samael já disse, cada assunto deverá ser resolvido através de uma votação, que acontecerá após cada parte envolvida usar seus argumentos. Meu papel será meramente de organizador, e anfitrião, além de tentar intermediar possíveis situações mais complicadas.

- Quanto ao nome, qualquer coisa como Conselho dos Finerim ou Conselho de Garr acho que é suficientemente adequado.
 
Zyon ouviu as palavras de Kai'ckul, e diminuindo um pouco sua raiva, falou:

- Excelente. Obrigado irmão, por estar sendo tão prestativo. Então creio que tudo já está decidido; se algum finerim invocar o Concelho dos Finerim, Kai'ckul irá nos transportar para seu mundo, onde o tópico será descutido. Porém sugiro que a reunião seja feita amanhã, pois hoje já passamos por problemas demais. Creio que todos estejam cançados de discuções por hoje. Já podemos nos retirar para nossas moradas e amanhã, assim que Lancinäré surgir, irá começar o concelho. Se todos estiverem de acordo, voltarei para meu palácio agora. Então irmãos, o que dizem?
 
Tulyas ouve a proposta de Kai'ckul e a aceita, a contragosto, mas aceita:

"Muito bem, então está decidido. Amanhã devemos resolver o impasse de Horfael e assim decidir o que será feito para reparar seu dano aos demais. Agora vou-me para minha morada, tenho assuntos pendentes."

E desaparece da visão de todos se transportando para sua caverna.

Ao chegar lá ele explode em raiva e inveja de Zyon e saem chamas de seu corpo por causa de sua raiva.

"Como é que ele conseguiu fazer criaturas tão magníficas e poderosas? Maldito seja, criarei criaturas tão poderosas quanto as dele e as dotarei com minha maior arte em grande escala, e elas terão grande poder para atacar seus inimigos por dentro... Mas também as dotarei de grande poder para que destruam meus inimigos..."

E começava a moldar sua primeira criação motivada pelo ódio e inveja das águias de Zyon.
 
Visto que já fizera o que pudera, Anuradha, recolheu a luz, que voltou a irradiar em todas as direções. Novamente a estrela abaixou, deixando a deusa no topo da montanha e voltando a sua posição no céu.
Anuradha resolveu alojar-se sob a alta montanha de onde conseguia ver quase toda Garr. Tirou do meio das vestes três cristais e os posicionou sob a montanha em forma de pirâmide, ficando no meio desta, então levou as mãos para os céus e pronunciou algumas palavras bem baixinho, de repente luzes saíram dos três cristais erguendo-se, formando uma pirâmide de luz , que de dia brilharia pouco, mas ao anoitecer, brilharia fortemente, não tanto como Lancinäré, mas serviria para afastar as trevas.
Ali permaneceu esperando o momento em que teria de deixar a escuridão inundar Garr.
 
Aracnel observa todos sairem de sua caverna e desaparece na sombra como se derretesse com ela, quase que imediatamente após Tulyas desaparecer e pelas trevas Aracnel viaja ate a caverna de Tulyas, um local que não lhe traria desconforto algum, no caminho ele observa que Anuradha criou luzes no céu, porém com muito menos poder que Lancinäré, ele sorri em deboche:

-Essa tola acha que essas luzes iferiores poderão me causar algo, estão distantes demais para isso, mas, o que ela quer na realidade é provocar, ainda não responderei, mais ela pagará caro, muito caro! hahahahahahaa, esta dando motivos para ser a proxima no julgamento... faz um sorriso maligno...

Ele continua seu caminho ate o covil de Tulyas e observa seu irmão explodir em raiva, e ainda mesclado com a escuridão após o desabafo ele solta uma risada e fala sem se revelar, más Tulyas reconhece sua voz:

-Ahahahahahahahahahah..., pois é Tulyas infelizmente você não pode criar nada...- fala Aracnel com deboche- é realmente uma pena para você, é muito bom criar Tulyas, ah...mas você não sabe, tinha esquecido, desculpe hahahahahahaha... .

Mas Tulyas...realmente as crias de Zyon são poderosas não são? fiquei impressionado...


Nesse Momento Aracnel aparece de lado em pé numa parede da caverna de Tulyas. Ele se aprxima do irmão e falando no pé do ouvido dele continua:

...Imagine Tulyas, as crias de Zyon agindo conforme vc deseja, não só ela, mas de todos os deuses, talvez eu até permita que você corrompa algumas das minhas..., mas para isso temos que negociar... . Tulyas, não podemos deixar que eles aprisionem Horfael, ele pode ser de grande valia tanto para seus planos quanto para o meu, temos que trabalhar em conjunto para derrubar de vez Samael e Zyon primeiramente e tomarmos o poder... eles são uma ameaça pra você com seus planos. Depois cuidaremos da Anuradha...essa está me tirando a serenidade, deve ser destruída o quanto antes, enquanto me dirigia pra cá percebi que ela criou luzes no céu, porém inuteis contra mim, não tem poder e magestade como a Lancinäré. Aliás, uma CRIAÇÃO, também ainda mais majestosa e poderosa que as águias de Zyon não acha?...
É por atos como esse meu irmão que o poder DEVE ser nosso, sim, o poder, algo que todos desejamos, inclusive você eu, horfael e todos os outros deuses, principalmente Samael e Zyon.
O que me diz Tulyas?, primeiramente livramos Horfael de uma possivel punição e depois nos unimos a ele e assim poderemos alcançar nosso objetivos.


Aracnel tentava instigar ainda mais o ódio e a inveja de Tulyas.
 
Última edição:
De volta ao seu palácio, Zyon percebe que está ocorrendo uma tempestade de raios, uma que ele não ordenou. Surpreso, exclama:

- Mas o quê...?

Então, percebe o que aconteceu: suas aves estavam acasalando e, fazendo isso, causaram uma tempestade. Zyon ri do ocorrido e fala às Fanwës:

- Muito bem, meus filhos, agora que sei de seu poder, deixarei as tempestades por sua responsabilidade. Façam como eu faria e me orgulhem, destribuindo seus filhos pelo mundo.

Ao se afastar, o deus percebeu a fêmea se aconchegar em uma núvem próxima, fazendo um ninho. Zyon então, em uma demonstração de carinho por suas crias, disse:

- Vocês, as aves primárias, viverão enquanto eu viver, portanto serão eternas. Seus filhos terão os mesmos poderes que vocês têm, mas como não foram feitos a partir de meu poder, não poderão compartilhar do dom da eternidade. Conversarei com Samael quanto a esse assunto.

Dizendo isso, Zyon sorriu e se afastou, esperando a primeira postura de ovos da fêmea.
 
Última edição:
Tulyas confessa que temeu quem poderia o estar espionando, porém ao perceber que era Aracnel ele se acalmou. Ele estava com sua obra quase concluída quando Aracnel chegou, porém ainda era indefinível o que estava criando.

Ouvindo as instigadoras palavras de Aracnel ele responde:

"Vem aqui pedindo aliança e insulta minha capacidade de criação irmão? Tenho observado cada um de vocês... como cada um criava suas criaturas e aprendi algo com isso, eu descobri que também podia, mas apenas conseguia quando motivado por grande inveja e ódio... Pois aqui lhe apresento minha cria..."

"Utilizei a criatura mais semelhante a mim(em atitudes) e escolhi um entre os répteis, dei-lhe asas e vida longa, dotei-lhe de grande inteligência retirando um pouco da minha e em breve estava pronta, porém imatura com a extensão de suas habilidades. Avancei-lhe a idade, pois o tempo incidia fraco sobre minha criação."

E mostrando a Aracnel ele lhe apresentou a poderosa criatura. Um réptil imenso, com asas de grande envergadura, garras afiadas assim como suas presas, rugia forte e assustadoramente instaurando medo nos corações do ouvintes, cuspia fogo trazendo ruína a vida dos que fossem molestados por seu calor, e ainda era dotado de fala das quais eram proferidas palavras de discórdia e sabedoria(conforme sua vontade maligna), e Aracnel podia perceber grande inteligência na criatura e a vislumbrava surpreso por Tulyas ter sido capaz de uma criatura tão aterradora e logo O Finerim da Mentira apresentava a Aracnel:

"Eis aqui meu irmão, a minha primeira criação... eis um Dragão e este é minha guardiã e representante. Está criatura detém grande poder destrutivo, mas seu maior poder reside em suas palavras destruidoras e cruéis, e na dúvida que ele é capaz de instaurar no coração de seus inimigos. Chamo-a Kalfyra."

"Ela é capaz de proliferar sua espécie no mundo mas cada novo dragão demora para nascer e demora a representar alguma ameaça mesmo aos humanos devido ao avanço lento de sua idade."

"Quanto a aliança, receio que esteja certo e horfael possa ser de grande utilidade para nós, porém não devemos nos opor diretamente a eles, devemos fazer com que eles se oponham entre si enfraquecendo o Conselho e facilitando um punir ao outro, neste momento devemos ser cautelosos e pacientes, para alcançarmos nossos objetivos e fazê-los se desunirem, mas está correto aceito uma aliança."

Tulyas se sentira tentado a incitar Aracnel mais ainda contra os demais, porém encher a Aranha de raiva não parecia sensato, ainda mais na véspera do Conselho.
 
Enquanto os deuses confabulavam entre sí sobre a decisão feita Kaiken continuava seu caminho com olhos apenas para Helena e Ramiel. Aquela que não conhecia a própria esperança estava mudando. Após abrir mão de tudo e entregar-se à morte ela recebeu o presente da vida e havia se transformado em uma lutadora decidida. Da história o que se lembra é da volta do paladino do reino que incinerou os corpos de inimigos e de seu reino para iniciar das cinzas um novo reino. Poucos aldeões haviam sobrevivido e assustados o seguiram.

Ramiel e os seis caçaram e puseram comida na mesa daqueles que haviam perdido tudo como ele. Logo começaram a chegar mendigos e viajantes sem rumo e ocuparam as casas dos mortos para uma nova vida. Proclamaram Ramiel o Rei e não demorou para que Helena se tornasse sua raínha. A luz estava mais uma vez fortalecida no reino de
Aletyre, e após algumas batalhas e aventuras travadas pelos sete o grupo estava reduzido a 3 e voltava para o castelo.

- Nos fizeste voltar da batalha Helena, qual a razão disto?
- Chega de batalhas Ramiel, não enxergais que até a linguagem dos povos está mudando?
- O que isso tem a ver com abandonar nossos amigos?
- Tudo Ramiel! Tudo... Não vamos mais voltar às batalhas.
- Mulher, digais algo que faça sentido, olhe para mim, o que tu escondes?

Ele a segurou novamente como a primeira vez e ela empurrou-lhe o braço...

- ESTOU ESPERANDO UM FILHO TEU!

E Ramiel riu alto tentando alcançá-la... Ele estava feliz e ela morta de medo. Kaiken a olhava complacente do que sabia que viria pela frente.
 
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Horfael observava os feitos dos Finerim, aquela grande e poderosa família trabalhando em dissonância. Se perguntava que fim levariam todas as obras por eles criadas, e cira que acabariam não criando mais nada, com medo de que suas obras destruissem a de seus irmãos, ou de alguma forma os ofendessem. Como pode mentes tão distintas terem sido geradas de mesma fonte? Os irmãos de Horfael não eram assim. Todas as suas obras complementavam a dos outros, e todos enxergavam o propósito por trás de tais obras.

Mas esses Deuses... esses Finerim, não conseguiam tal proeza. Isso teria um fim. Mas ele via dois Deuses conversando, como que aos sussurros, e viu ao lado uma obra magnífica. E sorriu, pois sabia que a fera vinha de um que não morria de amores por seus irmãos mais apáticos.

Desceu então Horfael, com Gor a seu lado. E o Deus Insano se mostrou, e falou a Aracnel e Tulyas. - Então vocês discordam de seus irmãos? - perguntou, com uma risada, - ou será que concordam com eles no temor a mim, e apenas visam usar-me como arma para suas maquinações, uma arma que descartariam assim que perdesse o fio?

Seu olho bom passava de um Deus a outro. Ele então procurou nas suas vestes por alguma coisa. E encontrou. Um pequeno ramo azul-esverdeado, de uma árvore velha e desconhecida. - Mas vocês falam alto demais. Seus queridos irmãos podem estar escutando... eu não quereria que os únicos aliados que me valham neste mundo estranho fossem julgados por algum cão paranóico. Pois isso não serve aos meus planos. Então, o Feiticeiro Louco balbuciou algumas palavras esquecidas, chacoalhou seu cajado empretecido, e uma chama irrompeu da ponta do ramo seco. Uma fina fumaça de odor pungente se desprendeu, e rapidamente se espalhou, envolvendo-os. -Eis um feitiço de ocultação, para que possamos tramar em paz e silêncio absoluto - disse, enquanto balançava o ramo de um lado para o outro para atiçar as chamas e produzir fumaça. - Não se preocupem, eu seria o único neste mundo que sabe derrotar um feitiço desta natureza. Podem falar agora, sem medo de orelhas em pé ouvindo atrás de portas.
 
Aracnel para surpreso com a cira de Tulyas, apenas uma mas parecia realmente destrutiva, ele olha admirado o Dragão, analisa todo o corpo do bixo e completa:

-É realmente impressionante Tulyas, é magnifica! -reconhecia aracnel-

-Mas como você mesmo falou, não é hora de usarmos a força ainda, mas sim a mente, esse Dragão...que você criou parece muito imaturo ainda, talvez devesse utiliza-lo apenas como transporte, e assim, jogava na cara de todos que você pode criar, e criar muito bem, mas creio que temos que controlar Horfael, sua ira me parece ser seu ponto fraco e através dela esse seu plano iria de água a baixo, ele rapidamente revelaria nossas intenções, ele precisa aprender a ser dissimulado... .

-Quanto a você, deveria procurar um lugar mais seguro para residir, ou então, tentar controlar sua ira, assim como eu, algum Deus pode espiona-lo, ou servos deles, mas devo reconhecer também que você se saiu muito bem em suas atitudes, talve tenha enganado-os e agora eles pensam que você, é o que eles menos devem se preocupar, mas suas habilidades são poderosas e perigosas, e tirar proveito delas sem duvida é a melhor estratégia. Mas, não ache que será fácil...


Surpreso coma aparição de Horfael Aracnel retruca:

-Então estava nos observando?, quantos mais estavam aqui?.
Esta Vendo Tulyas? isso mostra o quão frágil é sua caverna, todo o tempo Horfael esteve proximo e escutava tudo o que falávamos e não falávamos tão alto, apenas sussurravamos, mas ele esteve sempre aqui e nos ouviu...
Dos males o menor..., agora não precisamos mais ter o trabalho de lhe procurar.


Vendo que Horfael tinha lançado um feitiço aracnel respondeu:

Eu confio no seu feitiço Horfael, mas ainda assim não é seguro, devido a surpresa que você nos causou.
Venham, sigam-me traga o seu feitiço conosco para fortalecer nosso sigilo.


Aracnel observa uma das várias sombras que estavam na caverna e começou a se aproximar, -Venham, não há o que temer! falava ele. Podem passar eu permito, isso nos levará a um lugar seguro. Do outro lado eles já apareciam dentro do castelo de Aracnel, o local mais obscuro de que se poderia ter noticia e no grande salão ele chamou um de sues filhos, uma criatura gigante que iluminava por onde passava como uma luz, não a luaz de Anuradha, mas luz propria que Aracnel tem certeza que veio provinda de seu pai Nor'jahal e passada a seu filho através do proprio Aracnel, porém ele nunca descobriu como conseguiu tal façanha.
Ele criou assentos com suas resistentes teias de modo que não ficassem pegajosos e pediu que sentassem e enquanto isso tornava a sombra simples sombras comuns fechando a passagem:

-O que estão esperando, sentem-se. Horfael, meus irmão agem como se fossem os donos absolutos de Garr e isso não podemos aceitar, temos que tomar o poder para nós e assim ter o domínio absoluto antes que eles façam isso, Anuradha me desafia constantemente criando luzes inclusive nas trevas que adquiri de direito em ter, Samael e Zyon, acham que são os soberanos e que tudo deve girar conforme eles desejarem. Temos que plantar a discordia entre eles e assim nós os enfraquecemos para dar o bote final e tomar o poder, só que para isso, precisamos de muitos aliados e você é um desses, não pretendemos nos livrar de ninguém, Garr é muito grande e sem dúvida a maioria dos deuse deve continuar existindo, porém sob nosso controle, sob nosso comando, portanto, Una-se a nossa causa e livre-se de uma vez por todas das ameaças tanto de Zyon como de Samael!
 
Última edição:
Tulyas se espantara com o surgimento de Horfael que logo chegou querendo tomar parte de assunto e logo respondeu:

"De maneira algumas queremos usá-lo Horfael, a questão é que o Conselho te julgará e nossos irmãos terminarão por se virar contra Aracnel e quem sabe até mesmo eu. O fato é que devemos nos unir para sermos mais poderosos, porém devemos enfraquecer nossos inimigos... temos que causar discórdia entre eles para enfraquecê-los... mas por hora devemos nos preocupar com o Conselho Finerim amanhã. Eu me pergunto... se o julgarem culpado o que farão com você??"
 
O Deus Insano acena afirmativamente à sugestão de Aracnel. Chegando ao castelo sombrio, ele permanece de pé. - Sugeres que eu me sirva de criaturas débeis e frágeis, Aracnel? Não permitirei que Deuses tolos e fracos existam por muito tempo. E não se engane! Assim que me tornar poderoso o suficiente, seus irmãos Finerim terão de tratar não só com Horfael, Aracnel e Tulyas, mas também com a hoste de meus irmãos, que não aceitarão os insultos de meras divindades recém-saídas das fraldas! Sem ofensas, é lógico. Vocês dois são demasiado jovens, mas mostram coragem e sabedoria inexistente nos seus fracos irmãos.

Horfael ri. - Muito simples, jovem Tulyas. Os Deuses não morrem. Não poderão me matar, nem mesmo me expulsar deste mundinho risível. Então o que lhes resta? Aprisionar-me. O Deus Insano começou a andar lentamente, de um lado para o outro. - Mas a minha essência já está presente na mente dos mortais. Isso seus irmãos não retirarão, não sem uma imensa dificuldade. E enquanto os mortais temerem a morte, se virarão para... mim! Eu cuidei bem disso! Meus servos mortais estão instruídos a colher devotos entre os temerosos e os desesperados: aqueles que sucumbem à insanidade mais facilmente. E homens insanos aumentam meu poder. E quanto mais poderoso eu me tornar, mais difícil será manter-me em cativeiro.

Horfael pára de andar, e põe-se a gargalhar. -De maneira alguma seus irmãos conseguirão manter um louco sob controle, não por tanto tempo quanto pretendem, não por tempo suficiente para me apagar das memórias dos mortais.

Agora o Deus caminhava na direção do grande dragão. - Uma fera poderosa você criou, jovem Tulyas - disse. - Muito poderosa... mas de certa forma incompleta, não estou enganado? - um sorriso cruza-lhe a face. - Um mero ensaio no ofício da criação, creio eu... se você desejar, eu poderia... matá-la.

Seu olhar se volta para o Deus da trapaça, e, surpreendentemente, desta vez até o olho rodopiante de Horfael mira Tulyas.
 
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De Vanya e Gött (Parte I)

Com a questão do Conselho resolvida, Samael resolveu perambular por Garr, esperando a Convocação do mesmo, enquanto também aproveitava para visitar os humanos, e ensinar-lhes sobre o Além.

Passando pelos mais simples povoados e pelas mais maravilhosas cidades, Samael escolhia dentre os mais sábios e respeitados humanos, e ensinava-lhes sobre o funcionamento da morte, seu julgamento no Além, e a futura recompensa que receberiam então daquele deus que resolvessem adorar. Assim que os julgava preparados para ensinar a seu povo sobre a morte, ele partia, indo em direção a outro conglomerado.

Logo ele havia chegado em uma cidade humana de proporções gigantescas, e cuja glória ofuscava a todas as outras. Ela permanecia solitária, no meio de uma ilha, e seu nome no idioma de seu povo significava Jóia do Mar.

Tal cidade era governada por uma Rainha-Feiticeira, de nome Vanya. É dito que foi uma das mais belas mortais a já terem pisado nesse mundo, e certamente uma das mais poderosas também. Ela governava seu povo com sabedoria e firmeza.

Ora, mesmo na mais humilde das formas, o olhar de Samael ainda possuia uma profundidade que fazia as almas dos mortais se recolherem, em reverencia ao ser que inconscientemente reconheciam. Entretando, quando seus olhos se encontraram com os da Rainha, ela não se intimidou, muito pelo contrário, ela o encarou como um igual.

Apesar de seus olhos terem se encontrado por pouco tempo, Samael ficara perturbado com o fato. Nos três dias seguintes, o deus vagou pela cidade, a Rainha sempre em sua mente. Da surpresa ele passara ao fascínio, e logo isso se tornaria um sentimento ainda mais forte, se não o maior dentre eles...

Mas ele não era o único. Vanya fora incomum desde a infância, assim como o nível de seus poderes dentre os demais Feiticeiros. Desde a mais tenra idade ela era temida, mesmo da forma mais inconsciente possível. Ela sabia que de alguma forma as pessoas conseguiam sentir o poder que ela possuia, e se assustavam com isso. Dessa maneira, ela crescera infeliz, sempre vendo o medo nos olhos das pessoas, e seu coração pesava cada vez mais, pois ela ansiava por ser amada, e não temida.

Quando seus olhos se encontraram com o do estranho, ela viu a surpresa, e então, pela primeira vez, não o medo, mas o fascínio. Por alguns segundos, seus olhos haviam se encontrado com o de alguém que era, no mínimo, tão poderoso quanto ela, e que também se supreendera com a situação. Porém, o estranho saiu de seu olhar logo depois, desaparecendo entre as pessoas. Naquela noite ela dormira pensando nele, sonhara com ele, e acordara pensando nele, e assim também foi nos próximos três dias.

Continua (preguiça de escrever mais agora)...

Nota: texto sujeito a edições para melhoramento da narrativa.
 
Kaiken seguia os humanos e subtamente parou. Viu eles se afastarem em direção ao reino e então virou o rosto para outra direção, era um momento de mudanças e o deus queria realizar um desejo próprio.
 
Tulyas via as espertas palavras de Horfael, porém se sentira de certa forma incomodado com a proposta de matar Kalfyra, pois ainda era jovem e ninguém compreendia ao certo a magnetude de sua força e inteligência, e responde:

"Receio que matar a minha criação não seja necessário Horfael, se tem uma característica forte em mim é minha capacidade de esperar para agir no tempo certo e este dragão reflete muito de minha personalidade. Assim como posso demorar para agir esperando o melhor momento, o dragão demora a amadurecer e se tornar uma ameaça incomparável, mas uma vez evoluída a sua capacidade máxima ela é muito forte, e até eu desconheço o limite de seu poder. Por hora deixe-a viver e após o tempo fortalecê-la você verá como valeu a pena poupá-la."

Por dentro Tulyas se sentia de certa forma ofendido com Horfael, uma vez que tinha se apegado a Kalfyra, sua primeira criação e única no momento. Perdê-la seria perder uma parte de si mesmo, pois Tulyas era um Finerim muito possessivo. Porém Tulyas era astuto e apesar de ofendido ele não demonstrava isso, afinal, não seria lucro discutir entre eles.
 
Horfael sorri levemente. Seu olho começa a tontear novamente. - Não vê que tua cria poderá servir-nos de modo mais imediato? Teus irmãos acusam-me de destruir as obras alheias. Coisa que não fiz. Mas se eu destruir sua obra que lhe é tão cara a preciosa, você terá motivos para desejar punir-me por lhe ter negado as graças da criação, não acha?

O Deus Insano volta a caminhar agitadamente de um lado para o outro. - É claro, você não me desejará morto. Apenas aprisionado e sob seu controle. Desta forma, posso ganhar poder na terra dos mortais sem empecilhos. Sua... traição não é de conhecimento dos seus irmãos, mas nós três estariamos trabalhando juntos intensamente, e isso nos daria tempo de amadurecer nossos próprios planos... e um segundo dragão também. Mas desta vez, o criaremos juntos: não só uma fera de proporções colossais e uma mente afiada, mas possuidora de segredos arcanos entre os que só eu conheço e posso transmitir. Desta maneira, sua fera se tornará muito mais poderosa e temível, e homem nenhum lhe será capaz de ferir sem esforços sobrenaturais.
 
Tulyas se sente tentado com a proposta de Horfael.

"Sua proposta é sábia e tentadora. Minha cria pode ser muito útil para que eu seja uma vítima e busque uma punição talvez severa, mas proposital. Exigirei que fique aprisionado em meus domínios e assim poderá trabalhar em segredo sem que os demais suspeitem de sua desconhecida liberdade. Mas minha cria... podemos matá-la, em público, assim os outros intervirão e me darão o direto de escolher teu destino. Assim aprisionado e minha cria ainda viva, poderemos deixá-la mais forte com seus conhecimentos arcanos e nos prepararmos para tomar o poder de acordo com nossos planos. Eu farei um segundo dragão, e durante seu nascimento você o fortificará com o poder arcano assim criando uma criatura mais forte do que as águias de Zyon."
 
Aracnel sente-se certa forma supreendido na concordância tão subita de Tulyas, e surpreso com os planos de Horfale e percebe que esse plano é ralmente um grande plano, então llhe surge uma idéia e seus olhos btilham, ele sorri e completa:

- Por que não cruzar sua criatura com uma das minhas criaturas através da magia de Horfel? assim faremos um ser ainda mais terrivel e poderoso dotado de conhecimentos arcanos! Fornecerei a mais poderosa de todas as minhas crias, esta foi a primeira de todas elas, são dotadas da imortalidade, todos nós Finerim podemos criar seres imortais, porém são bastante limitados e consomem muito de nosso poder, exigindo um bom tempo de descanso, isso sem a prévia autorização de Samael, porém, é atribuido a ele o controle acerca da quantidade que cada um pode criar.
Aprsentarei a vocês a mais perfeita de todas as minhas crias, que até agora estava em segredo absoluto, mas pretendia revela-la a todos daqui a mais algum tempo...


-Afaste-se Horfael...

Dito isso ele começa a emanar sua escuridão no centro de seu salão e assim que ela toma uma proporção circular que ocupa quase todo ele com cerca de 37 pés de comprimento num circulo perfeito e igualitário. Aracnel então se afasta e fala:

-Nerixalis venha até mim seu pai o comanda!

De repente da sombra começa a insurgir uma criatura horrenda e quase idêntica a Aracanel, porém cerca de quatro vezes seu tamanho(12 m, com base na aranha colossal do livr dos monstros), via-se uma criatura com corpo de aranha e pinças e caldas de escorpião, tinham oito olhos e oito patas, porém não possuia pelos, diferentemente de seu pai, era somente a carapaça lisa que chegava a brilhar com a luz emanada do Vaga-lume gigante e também possuia a aura do medo advinda de aracnel com uma menor itensidade.

-Contemplem...! Essa é Nerixalis! -Falava Aracnel com orgulho.-

-Diferentemente da maioria das crias dos Finerim, meus filhos não tem vida longa e amadurecem muito rápido, assim como morrem rápido, porém Nerixalis não morrerá a não ser que a destruam, se cruzarmos seu Dragão com Nerixalis através da magia de Horfael uma criatura terrivel, poderosíssima e imortal ao tempo surgirá, conjurando encantos como Horfael, aterrorizando os inimigos como eu e com as palavras destruidoras e cruéis que você o presenteou, seria a arma perfeita! O que me dizem?
 
Kaikan havia atravessado muitos lugares rapidamente e ao dar um passo para dentro da escuridão parou pois Aracnel já podia perceber sua presença e vir encontrá-lo.

-- Aracnael, podemos conversar?

Era uma visita inesperada.
 
Última edição:
Tendo permitido que Aracnel sentisse sua presença, Kaiken tenta se comunicar com seu irmão, mas ele não sabia que Aracnel estava muito ocupado e por enquanto kaiken não podia adentrar aos dominios de Aracnel pois esse não queria nenhuma visita no momento e um deus não pode invadir ou dentrar ao domínio de outro sem que este permita. No palácio Aracnel estava com Horfael e Tulyas, quando ouve um grito chamando por seu nome que ecoou por todo o subterrâneo, ele reconhece a voz sendo de Kaiken. Ele respira fundo com raiva, fala com seus irmãos e responde:

-kaiken está tentando falar comigo e adentrar em meus domínios, que momento importuno!


Se me permitem...

Completamente contrariado, mas tentando controlar sua raiva ele se une a sombra de seu castelo e como água desaparece, insurgindo a frente de seu irmão em uma das incontaveis portas de seu domínio.

-O que desejas kaiken?, algo eminentemente grave para querer falar comigo, pensei que estavas ocupado com seus trabalhos assim como todos nós...


Aracnel apenas tinha se comunicado com seu irmão no intuito de saber o motivo da procura.
 
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