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O tanque que desfilou em Brasília é tão poluidor que poderia ter tido outra finalidade: trabalhar na campanha contra a dengue

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Tá na hora do congresso começar a cortar as regalias e privilégios que foram dados às forças armadas e mostrar quem é que precisa de quem.
Isso tudo é herança do Lula, que investiu neles, quando estavam mais sucateados do que são hoje, e os mesmo não gostam do presidente que os agraciou com regalias.
 
Globo fez grafiquinho, tabela e tudo pra mostrar como os partidos votaram e quais tiveram sua orientação descumprida pelos deputados:

"PT, PSOL, PCdoB e Rede não tiveram nenhum voto contrário ao determinado pelo partido."
(O Rede nem conta porque só tinha um votando kk)
 
Globo fez grafiquinho, tabela e tudo pra mostrar como os partidos votaram e quais tiveram sua orientação descumprida pelos deputados:

"PT, PSOL, PCdoB e Rede não tiveram nenhum voto contrário ao determinado pelo partido."
(O Rede nem conta porque só tinha um votando kk)

- se você considera o percentual da bancada, o PSB, partido """de esquerda""" - ênfase nas aspas - teve adesão ao voto impresso maior que o PL - partido do Centrão e da base do governo - e por pouco não empata com o PP.

- que fim triste para o PSDB. Quase metade da bancada aderiu ao voto impresso. Se somar as ausências/abstenções então...

- só confirma - pela bilhardésima vez - que o Novo é o bolsonarismo de gola rolê.
 
- que fim triste para o PSDB. Quase metade da bancada aderiu ao voto impresso. Se somar as ausências/abstenções então...
Mas a ausência, nesse caso, joga contra a proposta em votação; a percentagem requerida para aprovação é baseada no total da Câmara, não dos presentes.
- só confirma - pela bilhardésima vez - que o Novo é o bolsonarismo de gola rolê.
:rofl: :rofl:
 
Sem querer passar pano, acho que a percentagem real de adesão ao voto impresso dos deputados é menor que o que transpareceu na votação de ontem. Uma parcela boa dos que votaram "sim" votou pra ficar de boa com o Planalto, sabendo que ia ser barrada.

Mas isso acaba fortalecendo o discurso do governo, e fica parecendo que o voto impresso tem mais aderência na população e entre os políticos que realmente tem.
 
não sei pq alguem seria contra o voto auditável, tudo tem que ser auditavel.
você passa seu cartão e confere o extrato ou a fatura.
você faz um pix e verifica se o valor e o destinatário estão corretos no comprovante e a qualquer momento pode consultar o comprovante.
mas na hora de votar você vota, vê a carinha do seu candidato e depois sumiu.
qual a dificuldade para um programador mal-intencionado alterar 1 voto a cada 10 por exemplo?
essa solução de um voto impresso em que o eleitor não tem acesso mas vê o voto caindo na urna é muito boa.
não falo por hoje pois sabe-se lá se há fraudes, mas suponhamos que o bolsonaro seja um ditador e resolva implementar essa mudança e diz ao programador da urna: a cada 100 votos no Lula passe 1 pra mim.
Dessa forma ele seria re-eleito e depois seus filhos e viveriamos numa ditadura bolsonariana.
É de se pensar e deixar a eleição mais limpa para todos. Corremos perigo desse jeito!
 
Ah, eu tô dividido sobre essa questão aí do "voto impresso". O debate real, a coisa em si (esquecendo-se um pouco do contexto), não se resume a "retroceder ao voto impresso", como a gente acaba simplificando. Nem sei se esta é exatamente a proposta que está em votação, mas existe sim uma discussão séria e antiga sobre a impressão do voto eletrônico, que pode realmente ser uma alternativa razoável para aumentar a confiabilidade do voto.

Eu acho um grande erro da oposição deixar a histeria de Bonsonauro reger esse debate. É óbvio que a intenção do palerma é usar isso para deslegitimar o sistema eleitoral e já arrumar pretexto para não aceitar o resultado (e por isso mesmo eu estava torcendo para cair o mais rápido possível), e também é evidente que não existem provas de fraudes bem sucedidas; mas acho que é mais inteligente não adotar essa relutância tão radical a discutir ajustes no modelo do voto, porque: 1. Com isso, meio que a gente se compromete a afirmar que o nosso sistema é avançadíssimo e invulnerável, o que não é verdade. Ele pode ser aperfeiçoado, e há estudos técnicos e descomprometidos que apontam para isso; e principalmente, 2. Perde-se uma oportunidade interessante de enterrar de vez essa historinha de conspiração. A derrota só vai fortalecer o discurso do Bozo, e de repente é tudo que ele quer. Para o discurso que tira sua força basicamente do anti-establishment, as derrotas por meio das instituições só o alimentam. É óbvio que isso não significa que vamos deixar passar qualquer absurdo - mas como falei, não é bem do que se trata aqui.

O @Fëanor fez um post bem elucidativo no Fb sobre o assunto:

Alguns comentários sobre o voto impresso, tentando fugir das caricaturas e espantalhos e olhar a coisa sob um prisma mais sério. A ideia aqui não é ser favorável ou contrário em princípio à ideia de impressão do voto, mas sim trazer argumentos que recolhi por aí de pessoas que estudam o tema academicamente e não têm rabo preso com esta ou aquela visão política. Nos comentários, vou deixar alguns links de referência.

O primeiro ponto consiste em desfazer a falsa equivalência de voto impresso com voto por cédulas (aquele de antes do voto eletrônico). Esse é um argumento recorrente em memes, que surge para associar a ideia em pauta com um retrocesso temporal. Contudo, não corresponde à realidade. Ocorre que o próprio termo “impresso” já denota algo diferente: o processo de votação continua a ocorrer eletronicamente, a urna seguirá registrando os votos por meio eletrônico como agora, mas com o adendo de um dispositivo que irá imprimir um comprovante físico do voto. “Opa, mas peraí, esse comprovante poderá ser utilizado para reinstaurar o voto de cabresto!”. Não, não ocorrerá isso, pois o comprovante não ficará com o eleitor. Na verdade, o eleitor sequer chegará a encostar nele, somente visualizando-o após a impressão, antes de o mesmo ser depositado automaticamente numa urna convencional.

E por que isso? A ideia é que o sistema possua uma camada adicional de auditagem, que permita auditoria pelo princípio de independência de software, isto é, que se possa, caso necessário, checar o resultado das eleições de outra forma que não exclusivamente pelo software que registra e contabiliza os votos. Esse princípio é considerado pela literatura especializada no tema um item importante para aumentar a transparência do sistema eleitoral.
“Mas o nosso sistema atual não é transparente?” Transparência não é uma categoria binária (ou tem ou não tem), mas sim de graus. Atualmente já existem diferentes formas de auditoria, que ocorrem em diferentes etapas do processo eleitoral, e com participação de diferentes grupos e instituições. Tudo isso já garante um grau razoável de segurança e transparência, mas isso não significa que não podemos aprimorar – como com alguma forma de auditoria independente de software, em adição ao que já temos.

Aliás, sobre o nosso sistema atual, é importante destacar que utilizamos a primeira geração de urnas eletrônicas, sendo que já existem sistemas de terceira geração. A prática do voto impresso paralelo é um aprimoramento da segunda geração, e tecnicamente denominada de “comprovante de votação verificado pelo eleitor" (ou pela sigla VVPAT, do inglês Voter Verifiable Paper Audit Trail). Nesses termos, nossas urnas estão, sim, defasadas.
Notem, porém, que defasadas não significa inseguras ou facilmente fraudáveis. Em toda história de nossas votações eletrônicas, não houve nenhuma fraude evidente ou comprovada, o que aponta para a segurança do sistema. Mas isso também não implica que a segurança seja perfeita (nunca será) e que fraudes são impossíveis. Só não podemos saltar daí para o discurso improdutivo - e errado - de associar imperfeição com alta probabilidade (ou mesmo certeza, para alguns) de fraudes, e com isso conturbar o processo eleitoral. Devemos, ao invés disso, pensar em termos de aprimoramentos contínuos, sem fazer acusações levianas de fraude, embasadas em vento na cabeça.
Nesse sentido, podemos, sim, considerar seriamente a questão do voto impresso, sem deixar essa discussão ser monopolizada por Bolsonaro como artifício para minar a credibilidade do sistema atual e encontrar escusas para uma eventual derrota. E, para falarmos seriamente no assunto, precisamos tocar no ponto da viabilidade: os especialistas concordam que é inviável implementar esse tipo de sistema para as eleições de 2022, pois é algo custoso e que demanda tempo, tempo para desenvolvimento, testes, adaptações, análises. Então esse papo de condicionar as próximas eleições ao voto impresso, além de ser um discurso de ataque frontal a um pilar institucional da democracia, não tem nenhum fundamento em termos de viabilidade prática (do meu ponto de vista, isso não faz diferença para o mitômano, pois ele só quer tensionar a corda).

Ainda sobre viabilidade, os comprovantes físicos também estão sujeitos a alguns problemas, cujas soluções precisam ainda ser pensadas. Eleitores com deficiência visual, por exemplo, irão verificar seu voto como? E quando a impressora travar (quem tem mínima experiência com impressoras sabe que travar não é questão de “se”, mas sim de “quando”), como resolver o problema sem comprometer o sigilo do voto?

Outra dúvida recorrente é referente ao procedimento para eventual recontagem dos votos. Teríamos que, em tal hipótese, voltar àquela época em que as contagens duravam dias? Não. Nesse caso, o que se recomenda é um sistema de contagem por amostragem, que permita checagem estatística da conformidade com os registros eletrônicos. Sobre isso, um ponto adicional e importante é que se sugere que tais amostras sejam contadas manualmente, sem auxílio de programas, para garantir justamente a independência de software.

Para finalizar, só quero reforçar que considerar a importância do voto impresso não é concordar com as alas bolsonaristas, até porque estas estão mobilizadas mais pelo discurso de ocasião de alguém que não quer aceitar algum revés eleitoral, do que genuinamente preocupadas com a transparência e segurança do sistema – o mesmo sistema através do qual o presidente e sua família foram eleitos reiteradas vezes. E, como procurei argumentar, pensar em aprimoramento rumo a gerações melhores de urnas eletrônicas envolve compreender que não conseguiremos isso rapidamente, certamente não para 2022.

 
não sei pq alguem seria contra o voto auditável, tudo tem que ser auditavel.
Mas a votação é auditável. Não há questionamento quanto a isso. Tanto é que já foi auditada em eleição presidencial recente. Você pode discutir possíveis melhorias na auditoria. Mas argumentar que o voto atual não é auditável não é verdade.

qual a dificuldade para um programador mal-intencionado alterar 1 voto a cada 10 por exemplo?
Ele teria que percorrer o Brasil a fora, urna por urna, alterando a programação de cada uma. As urnas não são ligadas na internet. É muito mais fácil alguém mal intencionado rapar a sua conta bancária do que escolher quem as urnas vão eleger.

No mais, acho que o quote do Fëanor que o Eriadan postou bastante completo.
 
Cês parem de me irritar com essa merda de voto impresso. O único que tem o direito de me tirar do sério, hoje, é o Galo. Passar bem. :humpf:
 
Dizer que o voto eletrônico não é aditável, é sem fundamento, falta de informação não é, as urnas são confiáveis e seguras, eu ia bota um textão aqui, mas acho que esse vídeo da Hbo explica bem melhor do que eu em um textão.

 
A questão de ser ou não ser auditável está mal posta. A urna o é. O que se alega, em suma, para justificar a impressão do voto eletrônico e criar uma segunda forma de controle, é que a auditoria de algo tão sério quanto o futuro do país não poderia ficar na mão de meia dúzia de peritos, mas que pudesse ser feita por qualquer leigo, como era com a contagem dos papeizinhos.

O mais importante no vídeo do Gregório, que eu cheguei a pensar de trazer pra cá, mas geral nem ia ver, é fazer um resumão das tentativas recentes de implementar essa ideia e do porquê de terem falhado. Basicamente a tecnologia da impressora embutida dava pau com mais frequência do que seria desejável. Se desenvolverem outra maquininha mais confiável que possa imprimir cem milhões de votos num dia com quase 0% de travamento, daí acho que a discussão volta a ter algum sentido.


Como alguém apontou por aí em algum lugar, nossas urnas seriam de primeira geração, e já estariam de certa forma defasadas. Se forem substituir no futuro, talvez pudessem substituir já por outra com impressora, se resolverem o problema das impressões dando pau.
 
Impressora mesmo que seja a mais simples possível deixa o equipamento (urna) bem mais caro. Já se gasta uma fortuna, (sempre com aquela enorme dúvida de superfaturamento embutido) com todo o processo eleitoral. Encarecer só piora ainda mais.
 
Todo processo eleitoral em si já é muito caro, agora quantas cifras a mais vai subir com a implantação é um ponto que fico muito em duvida
 
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