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Autor da Semana Haruki Murakami

  • Criador do tópico Criador do tópico -Jorge-
  • Data de Criação Data de Criação

-Jorge-

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Biografia

Haruki Murakami é um escritor e tradutor japonês nascido em Quioto em 1949. Cresceu em Kobe e nas cidades vizinhas, Nishinomiya e Ashiya. Formou-se em artes cênicas/dramáticas na universidade de Waseda em Tóquio, onde conheceu sua mulher. Depois de graduar-se, montou em Tóquio o bar/café de Jazz chamado Peter Cat mantido com a esposa durante sete anos (1974-1981).

Começou a escrever aos 29 anos, lançando o primeiro livro (Hear the Wind Sing) ainda em 1979. Esse primeiro livro forma a chamada Trilogia do Rato junto com Pinball, 1973 e Caçando carneiros. Alguns personagens da trilogia também aparecem em Dance Dance Dance. Vendeu o bar em 1982 para se dedicar a escrever.

Após o sucesso de vendas de Norwegian Wood (1987) (e segundo algumas fontes, incomodado pelo sucesso), viajou pela Europa e viveu durante quatro anos nos Estados Unidos. Deu aulas em Princeton e outras universidades e voltou em 1995, após o Terremoto de Kobe e o Ataque com gás sarin no metrô de Tóquio. Em relação ao primeiro publicaria os contos de after the quake. Sobre o último publicou um livro de entrevistas com as vítimas e com membros da seita que o planejou, Underground.

A partir de 1999 publicou Minha querida Sputnik (1999), Kafka à beira-mar (2002), Após o anoitecer (2004) e 1Q84 em três volumes (2009-2010), bem como o ensaio Do que eu falo quando eu falo de corrida (2007) sobre suas experiências como corredor de maratonas e triatleta (Murakami corre desde os 33 anos). Além da produção própria traduziu vários autores americanos para o japonês como Francis Scott Fitzgerald, Truman Capote, Raymond Chandler e J. D. Salinger. Vive atualmente em Tóquio.

Dentre os temas tratados pelo autor em suas obras estão a solidão e dificuldade de comunicação/relacionamento entre as pessoas, o amor, o crescimento e as mudanças na vida, a conformidade social, a busca da identidade, a sexualidade (sim, os livros de Murakami têm muito(s) (tipos de) sexo), a violência, o surreal (mistura de sonhos e realidade), artes (teatro grego, música clássica e Jazz principalmente, cinema, literatura), entre outros.

Alguns de seus contos e romances foram adaptados para peças de teatro, montadas nos Estados Unidos e Japão, e filmes, mencione-se em especial a adaptação de Norwegian Wood para filme em 2010.

O autor recebeu vários prêmios japoneses e internacionais como o Prêmio Literário Noma por Caçando Carneiros (em 1982) o Prêmio Tanizaki por Hard-Boiled Wonderland and the End of the World (em 1985), o Prêmio Yomiuri por The Wind-Up Bird Chronicle (em 1995), o World Fantasy Award por Kafka à beira-mar em (2006), o Prêmio Franz Kafka (em 2006) e o Prêmio Jerusalém (em 2009). Em 2011 doou o dinheiro do prêmio International Catalunya para as vítimas do Acidente Nuclear de Fukushima. Murakami é sempre cotado para receber o prêmio Nobel.

Bibliografia
Em negrito as obras traduzidas no Brasil (outras obras foram traduzidas para português, mas em Portugal).

Romances
  • Hear the Wind Sing (1979)
  • Pinball, 1973 (1980)
  • Caçando carneiros (1982)
  • Hard-Boiled Wonderland and the End of the World (1985)
  • Norwegian Wood (1987)
  • Dance Dance Dance (1988)
  • South of the Border, West of the Sun (1992)
  • The Wind-Up Bird Chronicle (1995)
  • Minha querida Sputnik (1999)
  • Kafka à beira-mar (2002)
  • Após o anoitecer (2004)
  • 1Q84 (2009-2010)
  • Colorless Tsukuru Tazaki and His Years of Pilgrimage (2013)

Contos
Reúnem (nos Estados Unidos) contos escritos desde 1980.
  • The Elephant Vanishes
  • Blind Willow, Sleeping Woman
  • after the quake

Ensaios
  • Rain, Burning Sun (Come Rain or Come Shine) (1990)
  • Portrait in Jazz (1997)
  • Underground: The Tokyo Gas Attack and the Japanese Psyche (1997-1998)
  • Portrait in Jazz 2 (2001)
  • Do que eu falo quando eu falo de corrida (2007)
  • It Ain't Got that Swing (If It Don't Mean a Thing) (2008)

Sites de interesse e fontes


Resumos das obras lançadas no Brasil
Não sei se isso interessa tanto, já que pode ser encontrado pela internet facilmente, mas achei que poderia facilitar discussões e atrair o interesse de novos leitores.


Caçando carneiros (fonte Wikipédia)

Narra a história detetivesca de um homem japonês não identificado através de Tóquio e Hokkaido em 1978. O personagem principal é levado em uma caçada por uma ovelha que não tem sido vista há anos. O protagonista apático conhece uma mulher com orelhas magicamente sedutoras e um estranho homem que se veste de ovelha e fala por meio de insultos. Norwegian Wood Narra a passagem da adolescência à idade adulta de Toru Watanabe entre os anos de 1968 e 1970. Ao chegar ao aeroporto de Hamburgo e ouvindo a música do título o Toru com 37 anos lembra os acontecimentos de 17 anos antes, quando era um estudante universitário em Tóquio. A história envolve o suicídio do amigo Kizuki e as relações com a ex-namorada deste, Midori Kobayashi, uma caloura do mesmo curso e outros alunos e pessoas. Faz várias críticas aos movimentos estudantis da época.

Dance Dance Dance (fonte Wikipédia)

O romance segue as desventuras surreais de um protagonista sem nome que ganha a vida como um escritor comercial. O protagonista é obrigado a retornar ao Dolphin Hotel, um estabelecimento decadente onde ele já ficou com uma mulher que ele amava, apesar do fato de que ele nem sequer sabia seu nome real. Desde então, ela desapareceu sem deixar rastro, o Dolphin Hotel foi comprado por uma grande empresa e convertido em um, elegante e sofisticado hotel de estilo ocidental.

Minha querida Sputnik

Narra a história de Sumire, jovem aspirante a escritora e de K., o narrador, professor primário de história de 25 anos apaixonado por ela, sem ser correspondido. Ao mesmo tempo, Sumire conhece Miu, uma mulher 17 anos mais velha de passado misterioso, por quem se apaixona e com quem começa a trabalhar.

Kafka à beira-mar

Narra as histórias de Kafka Tamura, adolescente de 15 anos que foge de casa por causa de uma profecia/maldição do pai dizendo que ele dormiria com a mãe e a irmã, e Nakata, senhor de idade que se envolveu em um evento estranho (UFO?) quando criança e adquiriu a capacidade de falar com gatos.

Após o anoitecer

Narra a história de Mari Asai de 19 anos, que pretendia passar a noite em um restaurante lendo, e de várias pessoas que cruzam seu caminho: Tetsuya Takahashi músico que toca trombone em um grupo amador; Kaoru, gerente de um love hotel; e Shirakawa, empregado em uma empresa de tecnologia. Enquanto isso a irmã de Mari, Eri, dorme e seus sonhos se misturam com a realidade.

1Q84

Relacionado com o 1984 de George Orwell a partir do título (se lê em japonês como um nove oito quatro), narra as histórias da assassina Aomame e de Tengo, professor de matemática e aspirante a escritor em Tóquio durante um 1984 ficcional. Enquanto Aomame aceita uma missão, Tengo aceita reescrever uma obra, enquanto notam mudanças no mundo real.

Do que eu falo quando eu falo de corrida

Cobre a preparação de quatro meses do autor para a Maratona de Nova Iorque de 2005, da influência do esporte em sua vida ou na sua arte, do momento em que decidiu se tornar escritor, do seu gosto por LPs antigos e de suas experiências com corredores e corridas.
 
Última edição:
Tenho todos os livros dele publicados no Brasil.
Mas só li "Após o anoitecer" por enquanto (pra variar). Não achei grande coisa, mas a minha namorada, que leu todos, me garante que os outros são foda XD
Preciso conferir.
 
Só li o primeiro do 1Q84, li no kindle, até tenho o segundo volume (tbm no kindle - queria ter os livros físicos =/ ) mas ainda não o li porque de qualquer maneira vou ter de esperar até novembro, que é quando o terceiro volume deve ser lançado, que vou esperar ainda um pouquinho pra das prosseguimento à leitura... Anyway, gostei demais do primeiro, todo aquele mistério, o modo como aos poucos a sugestão de um outro mundo vai sendo criada e a história de A crisálida de ar me deixaram presos na leitura. Já ouvi falar que o kafka à beira-mar é excelente, de modo que quero muito ler!
 
Tenho todos os livros dele publicados no Brasil.
Mas só li "Após o anoitecer" por enquanto (pra variar). Não achei grande coisa, mas a minha namorada, que leu todos, me garante que os outros são foda XD
Preciso conferir.
Hum, o "Após o anoitecer" foi o primeiro que li e li sem muitas expectativas. Talvez por isso tenha me surpreendido muito positivamente. Acho que o Murakami conseguiu representar em umas 200 páginas mais da sociedade japonesa contemporânea do que muitos autores brasileiros conseguem representar da brasileira em seus livros. Imigração chinesa, máfia, violência, juventude meio perdida, certa globalização pelo cenário inicial ser um fast-food Denny's, por Mari ser estudante de chinês... Enfim, pequenos detalhes que se somam muito bem. Fora isso tem a questão típica dele do surreal que deixa (ou me deixou) várias perguntas e interpretações possíveis no ar. Só o final que talvez seja aberto demais, né?

Ah! E se você gosta de cenas de sexo deu azar, esse é o único dos que li que não tem nada =P. Aliás, daria até para discutir se essas cenas são exageradas na obra dele ou se elas servem mesmo a algum propósito nos enredos.

Só li o primeiro do 1Q84, li no kindle, até tenho o segundo volume (tbm no kindle - queria ter os livros físicos =/ ) mas ainda não o li porque de qualquer maneira vou ter de esperar até novembro, que é quando o terceiro volume deve ser lançado, que vou esperar ainda um pouquinho pra das prosseguimento à leitura... Anyway, gostei demais do primeiro, todo aquele mistério, o modo como aos poucos a sugestão de um outro mundo vai sendo criada e a história de A crisálida de ar me deixaram presos na leitura. Já ouvi falar que o kafka à beira-mar é excelente, de modo que quero muito ler!

É mesmo. Uma das coisas que gostei também foi da narração, Gabriel. Ele sempre coloca pequenos mistérios (ou grandes) que deixam você instigado. Acho que dá para dizer dos que li (menos de Após o anoitecer, mesmo com o mistério) que são histórias de detetive. Fora os livros do começo da carreira dele que são declaradamente do gênero. Em "Minha querida Sputnik" o detetive poderia ser literalmente o K. e em Kafka à beira mar existe toda uma perseguição policial e clima de ficção científica desde o começo. Quando faz essas histórias duplas como o 1Q84 e o Kafka, ele sempre termina também os capítulos em um cliffhanger, maldito! E também deixei para ler Dance Dance Dance e o Caçando carneiros para quando sair o último volume do 1Q84. Acho que ficam para o ano que vem só.

Sacrilégio, eu não conhecer esse autor. Vou corrigir isso logo!
E depois passa aqui para dizer o que achou, Seiko-chan.
 
Última edição:
Tendo em vista que irá sair a trilogia do 1Q84 em um box, indago aos entendidos na obra de Haruki Murakami se vale a pena adquirí-lo, pois ainda não li nada desse escritor e tenho interesse em conhecê-lo.
 
Tendo em vista que irá sair a trilogia do 1Q84 em um box, indago aos entendidos na obra de Haruki Murakami se vale a pena adquirí-lo, pois ainda não li nada desse escritor e tenho interesse em conhecê-lo.

Depois que li "Norwegian Wood" fiquei fascinado com a escrita dele. Tô na metade do nonsense "The Wind-Up Bird Chronicle" - acho até que vou ler desde o início -, mas estava gostando. É bem fluido e gostoso de ler.
 
Tendo em vista que irá sair a trilogia do 1Q84 em um box, indago aos entendidos na obra de Haruki Murakami se vale a pena adquirí-lo, pois ainda não li nada desse escritor e tenho interesse em conhecê-lo.

Eu não acho lá grande coisa, principalmente o último livro.

Gosto bastante de Kafka à beira-mar e Caçando Carneiros.
 
Só li "Do que eu falo quando falo de corrida", que minha irmã deu pro meu cunhado, que é triatleta. Gostei de como ele escreve e fiquei com muita vontade de ler suas obras de ficção.
Quase comprei 1Q84 no lançamento, mas me amarrei... não sei porque. Agora estou numa "vibe" kindle e provavelmente será um dos próximos :)
 
Hoje eu troquei um livro que tinha pelo Norwegian Woods, depois digo se gostei. Alguém já leu?
É extremamente melancólico, mas muito bom. Recomendo sim. Pode ser uma boa introdução ao Murakami. O filme, pelo que vi também é bom, mas tem uma insinuação para um fato central do livro (que acontece logo no começo) que achei desnecessária (ou eu não vi isso no livro).

Agora a malandra fez questão de comprar o último lançamento só para a minha coleção ficar incompleta e me atacar do TOC...
Acho que eu sou como o @G., gosto de ver todos os livros de um autor em uma mesma editora, com mesmo projeto gráfico... TOC deve ficar atacado pelo Dance Dance Dance ter sido lançado pela Estação Liberdade, não (fora o Caçando Carneiros que era tão feinho)? Vai ter que comprar se sair edição nova pela Alfaguarra também.
 
Última edição:
gosto de ver todos os livros de um autor em uma mesma editora, com mesmo projeto gráfico... TOC deve ficar atacado pelo Dance Dance Dance ter sido lançado pela Estação Liberdade, não (fora o Caçando Carneiros que era tão feinho)? Vai ter que comprar se sair edição nova pela Alfaguarra também.


Pensei nisso tudo, mas me controlei. :joy:
O Dance dance dance tem uma capa horrível mesmo.
 
A alfaguara confirmou, em comentários na página deles no fb, que vão lançar o Dance, Dance, Dance tbm :iei:

E sim, tenho mó TOC com isso de livros de mesmo autor em editoras diferentes ou em mesma editora com projeto gráfico ou até mesmo dimensões diferentes: e isso eu odeio na Cia das letras (embora eu ame eles, hehe): por ex.: [TOC]tava super a fim de ter (e eventualmente ler) aquela saga autobiográfica do Karl Ove Knausgård que começa com o A Morte do Pai. Mas aí recentemente vi na livraria que o primeiro volume saiu em 14.00 x 21.00 cm, enquanto o segundo em 16.00 x 23.00 cm, tipo comparar o tamanho dos livros do saramago com os do Franzen. Eles tem uma lógica muita torta nisso, tipo, custava lançar o primeiro em formato +- grande de uma vez já que eles sabiam que cada livro da coleção terá no min. umas 500 págs, como o primeiro tem? - btw, isso foi coisa que não entendi, eles costumam lançar livros a partir de 500 páginas nesse tamanho maior o_O [/TOC]

E que bacana saber que lembram de características minhas assim :amor:

Btw, comprei recentemente Após o Anoitecer, Caçando Carneiros e esse Tsukuru novo tbm (embora esse ainda precise voltar do processo de troca: veio com uns rasgos na parte de baixo da lombada ¬¬). Agora faltam só Norwegian Wood e Sputnik pra completar... ah, e claro, falta ler algum dos que já tenho né ¬¬ queria ir logo no 19Q4, cujo primeiro volume eu adorei, mas na época faltava meio ano pro terceiro ser lançado, então resolvi esperar e ler tudo junto... mas agora to meio sem tempo então vou ler qualquer dia desses o Após o Anoitecer ^^ - talvez agora mesmo, aproveitando o findi...

Edit:

Saiu no feice da Alfaguara, ó:

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Última edição:
Tive uma má impressão do autor após terminar a trilogia 1Q84. O primeiro livro começa primorosamente, o segundo já dá uma arrastada e o terceiro é uma tragédia, extremamente repetitivo e fecha a história de maneira bem insatisfatória. Sério galera, a impressão que tive é que o Murakami tava com uma história boa na cabeça, começou, se enrolou e terminou o livro por terminar. A história toda, bem acertada e sem tanta prolixidade caberia em um livro só de 350 páginas.

Enfim, agora é dar um tempo e tentar ler outras coisas dele para ver se a gente se anima um pouco mais com o Murakami.
 
Comecei a ler o 1Q84 e, bem... tô achando meio artificial (- dããan é ficção! - dirão alguns, mas não se trata disso...) Não sei se é um problema com a tradução (não sei japonês, infelizmente), mas sinto um peso na narrativa (na caracterização dos personagens e descrição dos ambientes, principalmente), um narrador onipotente que não permite que esqueçamos que ele está ali conduzindo os personagens e ditando os rumos da história, sabe? Já estou na metade do livro 1, mas não consigo embarcar na história por conta desse estilo possessivo e didático que o autor usa.

Além disso, tem a irritante menção às marcas de carros e roupas que aparecem na história e sempre provocam aquela sensação de que estamos lendo uma inserção publicitária um merchan (só espero que não resolvam fazer um iogurte na Top Term até o fim da história...)
 
Além disso, tem a irritante menção às marcas de carros e roupas que aparecem na história e sempre provocam aquela sensação de que estamos lendo uma inserção publicitária um merchan (só espero que não resolvam fazer um iogurte na Top Term até o fim da história...)

No segundo livro tem tekpix e uma mensagem subliminar de jequiti.
Já no terceiro é castanha da índia atalaia direto hehehehe

O narrador onipresente não me incomodou. A prolixidade também não, já que tudo é bem descrito até demais, inclusive com citação das marcas e tal. Mas sim, concordo contigo que esse exagerar na citação das marcas (afinal, um dos principais pontos do livro é um posto com o tigre da Esso) deixa o livro com uma ideia de "patrocinado".
 

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