Uma Tolkien-Based para os senhores avaliarem....
A Morte nas Terras de Cá
No início haviam os Elfos
Mais sábios de todos as criaturas
Mais poderosos dos Filhos da Terra
Os mais tristes e melancólicos
De todos os seres
Pois à Terra estão ligados
E sua existência a ela vinculados
Jamais morrerão
Enquanto estiver viva a Terra
Condenados à vida eterna
Nenhuma doença ou enfermidade
Capaz de abatê-los é
Exceto atos de extrema violência
Ou a não-vontade de viver
Assim são os Elfos
Conta-se porém
Que anos mais tarde
Despertaram os Homens
Quando os primeiros raios de Sol
Brilharam na face da Terra
Os Homens Mortais
Filhos do Sol
Agraciados foram
Com o Presente da Morte
Nenhum vínculo com a Terra
Período definido de vida eles tem
Bastante curto aos olhos dos Elfos
Mas aos Homens é permitido o Descanso Eterno
Quando se cansam do Mundo
E para onde vão após a Morte ninguém sabe
Nem mesmo os Senhores do Oeste sabem
Enquanto para a Casa dos Mortos
Se dirigem as almas de Elfos assassinados
Para onde vai o espírito
Dos Homens Mortais
O Presente da Morte
A maior dádiva
Concedida pelo Pai de Todos
Aos seus Filhos Mais Novos
Tamanha dádiva
Inveja pelos imortais Elfos
E pelos Senhores do Oeste
Totalmente compreendida não fora
Pelos Homens Mortais
Pois nas profundezas de uma Era esquecida
Quando enfim despertaram os Homens
O Rei das Trevas recepcioná-los veio
E malignos emissários enviou
Para corromper os Homens
E sobre eles lançar um manto de medo
E assim o fez
O maldito Senhor Caído
E acometidos foram os Homens
Pelo medo da Morte
Compreender tal Presente
Não eram mais capazes
Pois agraciados não foram
Com a sabedoria dos Elfos
E morrer não mais queriam
No início respeitavam a vontade
Daquele que tudo criou
E se deitavam para morrer
No auge da virilidade
Quando do Mundo se cansavam
Mas floresceu infelizmente
A Semente do Mal
E mais astutos eram ainda
Seus emissários das Trevas
Facilmente enganando os Homens
E corrompendo-os para os serviços
De seu Senhor Maldito
As costas deram então
Para os Senhores do Oeste
Não mais morrer queriam
Os Homens Mortais
Apegavam-se cada vez mais à vida
Que então lhes era arrancada à força
Assim começaram a envelhecer
Pela primeira vez
E seus corpos murcharem
Até não mais capazes fossem
De sustentar sua vida angustiada
E essa angústia e desespero
Apenas suas mortes apressava
Infeliz fora o quinhão dos Homens
Imploravam por seu novo Senhor
Que os libertasse da Morte
Mas como relatado anteriormente fora
Ela mais cedo passou a vir
Enquanto no passado os Homens
Para dormir deitavam-se
Quando do Mundo se cansavam
Lentamente envelhecendo
Agora pelo ódio e loucura
Acometidos com frequência eram
Sacrifícios humanos realizavam
Em nome do Senhor das Trevas
Por causa do medo de morrer
E ir para as Trevas
O reino do Senhor que haviam escolhido
E se amaldiçoavam em seus leitos terminais
E imensa discórdia nasceu entre eles
Ódio gera ódio
Irmão contra irmão
Pais contra filhos
Imersos em dor e loucura
Até decidirem finalmente
Desafiar os Senhores do Oeste
A Imortalidade arrancar-lhes queriam
E guerra levaram aos Poderes do Mundo
Que do outro lado do Mar moram
Nas Terras Imortais de outrora
Por sua ousadia e suprema traição
Com severidade punidos foram
Os Homens Mortais
Completamente destruído fora
Seu majestoso Império de outrora
Jamais a antiga majestade alcançariam
Nem mesmo em milhares de vidas de homens
E mesmo nos dias de hoje
Poucos são os que compreendem
O Presente da Morte
Pois as mentiras plantas
Pelo maldito Senhor das Trevas
São uma Semente que não morre
E que não pode ser destruída
E que sinistros frutos dará
Até o Fim dos Tempos
anotações pessoais de um anônimo poeta de Gondor