Ilmarinen
10-08-2010, 20:34
Industrial, Tolkien nunca descreveu a Última Batalha com detalhes. Ele sempre quise inseri-la na história de Arda, como uma "profecia", mas nunca procurou "escrever como foi", entende?
Até 1937, ano que escreveu sobre o SdA, Tolkien tinha concepções muito claras sobre o que aconteceria no "Fim do Mundo": Melkor voltaria, Túrin, Eonwë (na época chamado Fionwë) e Tulkas lutariam com ele, e Túrin o acabaria matando de vez. Então Túrin seria contado entre os Valar (contado como um deles, não viraria um Vala de verdade - isso é impossível).
Na verdade, Célio, Tolkien manteve a noção, apresentada como uma suposição, de que os espíritos de homens partidos para o Além, Fora de Eä, deveriam se tornar Valar, inclusive depois da publicação do Senhor dos Anéis, o comentário está incluído em HoME IX e foi repetido em HoME X, e, presumivelmente, isso ainda é válido para aqueles que morreram na Bem Aventurança, mesmo depois da Queda descrita no Conto de Adanel.
Desde o The Book of Lost Tales o "contado entre os Valar" era para ser entendido sim como significando transformando-se em Vala.
Yet now the prayers of Urin and Mavwin came even to Manwe, and the Gods had mercy on their unhappy fate, so that those twain Turin and Nienori entered into Fos'Almir, the bath of flame, even as Urwendi and her maidens had done in ages past before the first rising of the Sun, and so were all their sorrows and stains washed away, and they dwelt as shining Valar among the blessed ones, and now the love of that brother and sister is very fair; but Turambar indeed shall stand beside Fionwe in the Great Wrack, and Melko and his drakes shall curse the sword of
Mormakil.'
Of the astonishing feature at the end of Eltas' narrative (pp. 115 -- 16)of the 'deification' of Turin Turambar and Nienori (and the refusal of the Gods of Death to open their doors to them) it must be said thatm nowhere is there any explanation given- though in much later versions of the mythology Turin Turambar appears in the Last Battle and smites Morgoth with his black sword. The purifying bath into which Turin and Nienori entered, called Fos'Almir in the final text, was in the rejected text named Fauri; in the Tale of the Sun and Moon it has been described (I. 187), but is there given other names: Tanyasalpe, Faskalanumen, and Faskalan.
Ou seja, se for mesmo o caso de que Túrin e/ou Beren retornariam na época da Dagor Dagorath ou da Última Batalha da Primeira Era,Guerra da Ira, ambos, ao regressarem do "Destino dos Homens", deveriam, pela inferência, fazê-lo já convertidos em Valar.
Men (the Followers or Second Kindred) came second, but it is guessed that in the first design of God they were destined (after tutelage) to take on the governance of all the Earth, and ultimately to become Valar, to 'enrich Heaven', Iluve. But Evil (incarnate in Meleko) seduced them, and they fell.
He may therefore in stage introduce things directly, which were not in the Music and so are not achieved through the Valar. It remains, nonetheless, true in general to regard Eä as achieved through their mediation.
The additions of Eru, however, will not be 'alien'; they will be accommodated to the nature and character of Eä and of those that dwell in it; they may enhance the past and enrich its purpose and significance, but they will contain it and not destroy it.
Para variar, isso reflete Doutrina postulada a princípio pelo Paulo , o Apóstolo dos Gentios (
http://www.bibliaonline.com.br/acf/1co/15). A rigor não implica realmente em dizer que os Homens se tornam anjos depois da Morte e do Julgamento e da Ressurreição da Carne, já que anjos são exclusivamente espíritos incorpóreos, mas que a carne é transfigurada e "elevada" junto com o espírito.
Mas alguém dirá: Como ressuscitarão os mortos? E com que corpo virão?
Insensato! o que tu semeias não é vivificado, se primeiro não morrer.
E, quando semeias, não semeias o corpo que há de nascer, mas o simples grão, como de trigo, ou de outra qualquer semente.
Mas Deus dá-lhe o corpo como quer, e a cada semente o seu próprio corpo.
Nem toda a carne é uma mesma carne, mas uma é a carne dos homens, e outra a carne dos animais, e outra a dos peixes e outra a das aves.
E há corpos celestes e corpos terrestres, mas uma é a glória dos celestes e outra a dos terrestres.
Uma é a glória do sol, e outra a glória da lua, e outra a glória das estrelas; porque uma estrela difere em glória de outra estrela.
Assim também a ressurreição dentre os mortos. Semeia-se o corpo em corrupção; ressuscitará em incorrupção.
Semeia-se em ignomínia, ressuscitará em glória. Semeia-se em fraqueza, ressuscitará com vigor.
Semeia-se corpo natural, ressuscitará corpo espiritual. Se há corpo natural, há também corpo espiritual.
Assim está também escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito em alma vivente; o último Adão em espírito vivificante.
Detalhes aí:
http://www.newadvent.org/cathen/12792a.htm
Repare como algumas qualidades que Tolkien atribui aos espíritos dos Elfos refletem algumas das propriedades dos espíritos dos homens santos reencarnados como imortais, refletindo a teologia escolástica sobre as palavras de Paulo na Carta aos Coríntios onde ele fala sobre a natureza dos Ressuscitados.
As ages passed the dominance of their fear ever increased,'consuming' their bodies (as has been noted). The end of this process is their 'fading', as Men have called it; for the body becomes at last, as it were, a mere memory held by the fea; and that end has already been achieved in many regions of Middle-earth, so that the Elves are indeed deathless and may not be destroyed or changed(impassibilidade).(30)
He wrote here: 'Memory by a fëa of experience is evidently powerful, vivid, and complete. So the underlying conception is that"matter" will be taken up into "spirit", by becoming part of its knowledge - and so rendered timeless and under the spirit's command ( sutileza). As the Elves remaining in Middle-earth slowly "consumed"their bodies - or made them into raiments of memory? The resurrection of the body (at least as far as Elves were concerned) was in a sense incorporeal. But while it could pass physical barriers at will, it could at will oppose a barrier to matter( sutileza de novo). If you touched a resurrected body you felt it. Or if it willed it could simply elude you - disappear. Its position in space was at will(agilidade).'
These three characteristics, identity, entirety, and immortality, will be common to the risen bodies of the just and the wicked. But the bodies of the saints shall be distinguished by four transcendent endowments, often called qualities.
The first is "impassibility", which shall place them beyond the reach of pain and inconvenience. "It is sown", says the Apostle, "in corruption, it shall rise in incorruption" (1 Corinthians 15:42). The Schoolmen call this quality impassibility', not incorruption, so as to mark it as a peculiarity of the glorified body; the bodies of the damned will be incorruptible indeed, but not impassible; they shall be subject to heat and cold, and all manner of pain.
The next quality is "brightness", or "glory", by which the bodies of the saints shall shine like the sun. "It is sown in dishonour," says the Apostle, "it shall rise in glory" (1 Corinthians 15:43; cf. Matthew 13:43; 17:2; Philippians 3:21). All the bodies of the saints shall be equally impassible, but they shall be endowed with different degrees of glory. According to St. Paul: "One is the glory of the sun, another the glory of the moon, another the glory of the stars. For star differeth from star in glory"'(1 Corinthians 15:41-42).
The third quality is that of "agility", by which the body shall be freed from its slowness of motion, and endowed with the capability of moving with the utmost facility and quickness wherever the soul pleases. The Apostle says: "It is sown in weakness, it shall rise in power" (1 Corinthians 15:43).
The fourth quality is "subtility", by which the body becomes subject to the absolute dominion of the soul. This is inferred from the words of the Apostle: "It is sown a natural body, it shall rise a spiritual body" (1 Corinthians 15:44). The body participates in the soul's more perfect and spiritual life to such an extent that it becomes itself like a spirit. We see this quality exemplified in the fact that Christ passed through material objects.
Vemos, então, que 3 das quatro "qualidades" dos Santos reencarnados aparecem explicitamente descritas nos corpos dos elfos "transfigurados": Agilidade, a capacidade de estar em qualquer lugar à vontade, impassibilidade, a imunidade a dano, e sutileza a submissão do novo corpo "feito de memória" à vontade do fëa élfico, o que lhe dá a capacidade de se tornar etéreo e atravessar a matéria consoante a vontade .
A "claridade" era, indubitavelmente, tida por Gandalf, o Branco, e pela forma fánar dos Valar e outros Ainur e , possivelmente, dado o sentido de "alvo" como sendo elemento embutido no nome "elfo", claro, branco, fica subentendido que era atributo dos elfos também.
On the other hand, in a less tentative analysis, the name Vanyar may be related with the etymology of elf. Tolkien was obviously aware that elves were traditionally believed to be fair (beautiful) creatures, but moreover he should have known that the word elf itself was thought to originally mean "fair" in the sense of "light colored, white," as commented on above. Thus, it is possible that the name of the first kindred of Elves had been inspired by that idea. This theory is further supported by the generic name by which Men referred to Elves in Adunaic: Nimir, which stands for "the Beautiful" (WJ 386), but literally meant "the Shining Ones," from the verb NIMIR "shine" (Sauron Defeated 358, 416). (10) It is told that they were so named because "they were exceeding fair to look upon, and fair were all the works of their tongues and hands." But all those Adunaic words seem to be clearly connected to the Sindarin term nim ("white"), occurring in names like Nimloth ("White Flower"), Ered Nimrais ("White Mountains"), etc. (Sil. 438). This means that the pattern of a noun that etymologically means "white, light-colored," but is used to mean "beautiful" or to refer to fair beings, is not only common to Vanyar and the hypothetical history of the word elf, but also to the history of Nimir, the generic Adunaic name for Elves.
Como vemos, é impressionante o grau em que Tolkien parecia estar mesmo estudando teologia escolástica feita por Tomás de Aquino (
http://www.catholicbook.com/AgredaCD/Aquinas_Catechism/acreed11.htm) para descrever as mudanças nos corpos etéreos e "sutis" dos elfos.
Juízo Final, a Ressurreição dos Corpos e Novo Céu e Nova Terra – Marcos Rocha (
http://gentedefe.com/marcosrocha/20...-corpos-e-novo-ceu-e-nova-terra-marcos-rocha/)
Após a morte, seremos salvos, graças a Cristo. Receberemos corpos gloriosos ou espirituais. É o que está em Fl 3,21 e em 1 Cor 15,41-44, por exemplo. Teremos os chamados dons sobrenaturais, que compreendem:
a) a impassibilidade: o corpo estará submetido à alma racional, que estará submetida perfeitamente a Deus. Não haverá mais doenças, ferimentos, fadiga, sono, frio ou calor. Implica em eterna saúde, bem-estar inalterável, pois o domínio do homem sobre o corpo será perfeito.
b) a sutileza: implica o poder de aparecer e desaparecer, assim como o de penetrar através dos corpos sólidos, como Jesus ressuscitado fez (Jo 20,19-26). Como dito sobre a impassibilidade, o corpo estará submetido à alma racional, que estará submetida perfeitamente a Deus. O domínio do homem sobre o corpo será perfeito, conferindo o efeito em sua parte corpórea de algo da natureza dos espíritos, os quais chamamos sutis. Como Cristo ressuscitado, os corpos serão palpáveis, mantendo a consistência desta terra.
c) a agilidade: Também como conseqüência deste domínio perfeito sobre o corpo, haverá um efeito também sobrenatural sobre o movimento. A agilidade livrará o corpo do seu peso e ele poderá ir para onde deseja a alma com uma facilidade e velocidade incomparáveis.
d) a claridade : como um jorro de glória sobre o corpo humano (Mt 13,41; Ap 21,23). Esta claridade é fruto da visão beatífica. Jesus tinha este atributo e os demais, contudo, suspendera a impassibilidade (para sofrer por nós na cruz) e a claridade. Só a deixou ver por ocasião da transfiguração (Mt 17), a três dos apóstolos – Pedro, Tiago e João
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