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O amante de Lady Chatterley (D. H. Lawrence)

  • Criador do tópico Criador do tópico Anica
  • Data de Criação Data de Criação

Anica

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A leitura mais aprofundada é terreno perigoso: se você se prende demais ao contexto social de uma obra, pode distorcer a dita intenção do autor. Mas se não voltar o olhar para o momento no qual a obra foi criada muito do valor do livro pode simplesmente se perder. É o caso de O amante de Lady Chatterley (de D.H. Lawrence), publicado com nova tradução aqui no Brasil no mês passado pela Companhia das Letras através do selo Penguin Companhia das Letras.

Prender-se apenas ao romance de Lady Chatterley com o guarda-caça Oliver Mellors, ou mesmo ao teor “pornográfico” do texto é quase um pecado. A obra de Lawrence vem forte como representante de uma nova Inglaterra que veio a surgir com o fim da Primeira Guerra Mundial. O declínio de um império, a adaptação da nobreza a uma nova realidade. Mesmo que predominantemente de forma sutil, tudo isso está lá, seja no apito da mina que avisa Lady Chatterley que é hora de voltar, seja no que a Guerra fez com os dois homens da vida da personagem.

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Agora, depois desse tópico, fiquei tentada a comprar essa edição da Penguin. :/
 
[size=medium]Comprei esta bela edição da editora Penguin hoje e pretendo começar a leitura logo após terminar "Orgulho e Preconceito"[/size]
 
Poxa, Anica, esse seu artigo me deu vontade de comprar essa edição e reler o livro... Mas no momento não po$$o.

E penso em fazer a releitura no original, em inglês. Recomenda alguma edição? Na biblioteca aqui tem Sons and Lovers, pretendo ler esse ano.

Eu fui atrás do Lawrence depois de ter visto "O Curioso Caso de Benjamin Button". Tem uma cena que a mulher diz: "Have you read D.H. Lawrence?
-Well...
-His books were banned. The words are like making love."

Realmente, as descrições de sexo dele são lindas. A narrativa é envolvente. Indiquei pra algumas amigas que gostam de histórias de amor bonitinhas (tipo Crepúsculo, Querido John e afins). Acho que terão uma surpresa. XD
 
Brianstorm disse:
Realmente, as descrições de sexo dele são lindas. A narrativa é envolvente. Indiquei pra algumas amigas que gostam de histórias de amor bonitinhas (tipo Crepúsculo, Querido John e afins). Acho que terão uma surpresa. XD

[size=medium]Realmente, Brianstorm, são lindas e surpreendentes. É uma delícia ver a transição sexual por que Lady Chatterley passa.

Ainda não terminei o livro, estou mais ou menos na metade, mas posso dizer que DHL é um autor que me encantou pela sua capacidade tão afiada de expor os sentimentos de uma mulher.

As descrições ao longo da obra são cuidadosas e quando os diálogos aparecem eles são memoráveis. Quero muito ler mais coisas desse autor.
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Estou relendo o livro, é uma das minhas histórias prediletas - acho linda a construção do romance e também a maneira como o autor coloca o sexo: vida, alegria, intimidade, e não pecado. E do como negar a vida à Constance vai a consumindo aos poucos, como ela, deprimida, se reencontra com Mellors, ele também com problemas e que nega o contato e afeto.

E lendo, começo a pensar: era menos pela falta de contato sexual e mais pela espécie de canibalização que Clifford fazia nela que o casamento se desgastou. Se ele conseguisse fazer sexo com ela, fico pensando se o desgaste e a depressão não seriam bem piores, pois se manifestariam com força maior no futuro. Sei lá, tou viajando... rs
 

BBC fez uma materiazinha lembrando o rolo que foi publicar esse polêmico livro na Inglaterra dos anos 60. O mesmo puritanismo rastaquera que hoje vemos por aqui, em alguns círculos sociais.
 

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