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Iorek disse:Lendo : As memórias do Livro , Geraldine Brooks
Nível de recomendação : :sim::sim::sim::sim:
Iorek disse:Lendo : As memórias do Livro , Geraldine Brooks
Ramalokion disse:Iorek disse:Lendo : As memórias do Livro , Geraldine Brooks
E pensar que eu comprei esse livro só pq vinah com um marca págians e couro! Mas foi uma grata surpresa!
Diego disse:Katrina, eu ainda estou no cursinho (leia-se ensino médio), dei uma olhada em Baudolino esses dias mas senti que ainda não estava na hora.
Desde que foi lançado em 2001, aquele a que muitos denominaram ser o tão esperado romance de Umberto Eco, fiquei com vontade de lê-lo. Por vários acasos do destino, destes para os quais certamente não buscamos explicações, não o li naquele ano nem nos subseqüentes. Para ser mais precisa, acabei de lê-lo ontem, dia primeiro de março de 2009. Oito anos depois.
De certa forma, só tenho que agradecer aos acasos que não me permitiram ler esta obra antes. Foi melhor assim. Como já disse (escrevi) em um fórum que participo: "A obra de Eco não teria tanto ‘eco’ se tivesse sido lida quando ainda estava no Ensino Médio". Faltava vivência, conhecimento, leitura. Sem os conhecimentos prévios acerca de determinados assuntos a história de Baudolino seria só palavras ordenadas ao acaso.
Bem, se já ouvistes falar em: traducianismo biogeográfico baseado na ocorrência do Dilúvio, surgimento de novas espécies a partir da Arca de Noé, pangênese e herança de caracteres adquiridos, antípodas, idéias sobre o paraíso terrestre ser um lugar efetivamente material e ser protegido por acidentes geográficos, patrística grega e latina, o mito de babel, Renascimento, a prensa de Gutenberg e a disseminação do livro - o que acabou por suscitar a realização de novas expedições ao Oriente, as várias crenças sobre o formato da Terra - esférica, plana ou em forma de tabernáculo?, e o mito de Atlântida só para citar alguns dos temas que de forma direta ou na maioria das vezes indiretamente são retratados por Eco. Lerás as histórias de Baudolino a admirarás o arcabouço de temas que Eco reuniu para dar mais veracidade a sua obra.
Baudolino é uma obra-prima, ao se ler a sinopse têm-se a impressão de que estamos para iniciar a leitura de aventuras constantes e inenarráveis, as quais na maioria das vezes são pautadas de muitas guerras e romances. Sinto informa-lhe, mas não é isso que te espera. Então poderás se perguntar: “Serás então a narrativa de aventuras ‘sem-graça’, guerras imaginárias e romances inexistentes?” Muito pelo contrário, as aventuras apesar de em sua maioria não serem épicas são constantes – o cotidiano de Baudolino nada tem de cotidiano e suas aventuras só não são inenarráveis porque como exímio mentiroso que ele é a tarefa de narrar o impossível é brincadeira de criança. E as guerras? São de verdade e como todas as guerras verdadeiras são palcos de muitas mortes, mas nosso herói, anti-herói ou o que queiram lhe denominar as abomina e de muitas faz de tudo para livrar os envolvidos através de ardis criativos. Romances inexistentes? Aqui acertastes, a obra é pautada de romances inexistentes, mas como o Baudolino adorava dizer: “A fé torna verdadeira as coisas...” Portanto, não se assustes se de repente deparar-se com situações inacreditáveis e seres impossíveis a fé de Baudolino fez milagres em suas histórias...