Nunca consegui fazer uma boa avaliaçao sobre os filmes depois de assistir pela 1a. vez. Foi assim com SDA e ADT, nem será diferente com RdR. Mas mesmo assim nao resisto a comentar.
Melhor filme? Provável, mas tá cedo pra afirmar. Vi os demais filmes dezenas de vezes, RdR só uma. Sem dúvida o ritmo está mais fluido. Apesar d'eu gostar da ediçao fragmentada de ADT (acho justificada), em RdR ela funciona melhor. É notável que, mesmo sendo dividida em diversos núcleos de personagens, a ediçao parece tao linear quanto a de SDA, sempre centrada em Frodo.
Ainda estou assimilando o prólogo com Sméagol/Déagol. Começa bem tolinho, com os hobbits fazendo as bobagens inocentes de sempre. Mas logo dá uma guinada assustadora. O momento em que Sméagol percebe que sufocou o primo é ótima. E a transformaçao em Gollum é nojenta, em especial os closes na boca de Gollum ao comer peixe.
A ediçao em Isengard ficou ótima. Nem se percebe o buraco deixado pela ausência de Saruman. Tanta gente reclamou à toa, mas sempre avisei que um bom editor faz milagres. Saruman nao faz falta.
Se tivesse de pensar num único ponto negativo, foi a pouca participaçao de Aragorn. A transiçao para rei, após Pellenor, ficou corrida. Viggo tem poucos grandes momentos, apenas o discurso no Morannon e a coroaçao. As cenas com Arwen também foram bem podadas, especialmente a que citava a profecia das Sendas dos Mortos. (Ela de súbito aparece com um livro na mao, justo o que pesquisou para descobrir a profecia). De qualquer forma, o momento em que vê Eldarion é belíssimo. O beijo final em Aragorn é fofinho.
Os cenários tiveram minhas expectativas superadas. Minas Tirith está muito além do que jamais imaginei. A Batalha de Pellenor supera Helm's Deep em qualquer aspecto. Sean Astin talvez seja o grande personagem, seu crescimento é notável. Todas suas cenas, em especial pós-Cirith Ungol estao perfeitas. É nessa parte que Elijah Wood me conquistou. Seu diálogo sobre nao lembrar do Condado e etc. e da "roda de fogo" que o atormentava é seu grande momento na trilogia. O momento em que clama o Anel merece destaque por um detalhe: ele ficou a cara de Isildur quando este fez o mesmo.
Por último, o melhor: a cavalgada dos rohirrin. Mais que o duelo Rei-bruxo/Éowyn, Théoden é destaque absoluto. Seu discurso é
O grande momento do filme. Sua morte chega muito perto em emoçao.
De resto, vale elogiar PJ pelo trabalho e pela coragem com RdR. Por mais que os puristas reclamem, o final do filme quebra muitas convençoes. Certo, está bem mais curto do que deveria ser, mas ainda assim está mais longo do que deveria. Qualquer um que leia reviews de críticos ou escute os leigos após o fim da projeçao percebe que PJ forçou a barra. Ele criou um fim para nós, e o aplaudamos por isso. A hora do reconhecimento chegou.