leoff disse:
Por último, o melhor: a cavalgada dos rohirrin. Mais que o duelo Rei-bruxo/Éowyn, Théoden é destaque absoluto. Seu discurso é O grande momento do filme. Sua morte chega muito perto em emoçao.
Tambem penso assim.É a sequência mais poderosa do filme.
Mas ao contrario de vc Leo, eu já vi três vezes e na segunda sessão com o devido distanciamento...se é que vou conseguir isso um dia.Foi mole com SDA e ADT , mas em RdR ta sendo barra.
Bom, mas o que me incomodou em RdR foi o seguinte:
1.Que diabos de doença é essa da Arwen ? Foi a forma que o PJ arrumou pra sublinhar o sacrificio dela por escolher ficar na Terra média ao lado de Aragorn.Funciona pro grande publico que não leu o livro, mas ficou uma pulga atras da orelha...
2.Pena que Eomer apareceu pouco, e a relação de amizade dele com Aragorn não foi explorada no livro.Tudo bem, são as tais concessões a simplificação no processo de adaptação. Fica a esperança de um Éomer menos "bad guy" e mais humanizado na versão estendida.
3.A cajadada de Gandalf em Denenthor.Na verdade foi até engraçado ouvir o Maglor do meu lado reclamando.Porra, o Petre jackson come coco ? Mas vamos admitir que funciona como recurso dramatico (comico) no filme.A segunda vez que assisti foi com uma platéia asséptica para SDA.Gente que tava ali por que tinha ganho ingresso e ia ter sorteio de brindes.Quase ninguem tinha lido o livro.Porem a cena funcionou.Houve risadas e empolgação com Gandalf assumindo a defesa de Minas Tirith.
Só que...com os diabos, isso é só uma conseqüência de uma escolha feita por PJ no segundo filme.Já que eles iam passar Laracna pra RdR,para PJ, a jornada de Frodo e Sam se torna dramaticamente vazia.Então ele criou todo aquele clima de suspense entre Faramir e os hobbits.Dessa forma o Farmir do altivo, nobre e gentil do livro deu lugar a um Faramir inseguro, sinistroe até mesmo violento.Ta certo que na versão estendida , existe a clara intenção de atenuar um pouco mais o personagem.Porem as cconseqüências dessa escolha do PJ se tornam claras em RdR com um Denenthor insano, irracional e sem nenhuma nobreza.O personagem se tornou bidimensional, sendo que nem mesmo o merito de chamar Roham lhe foi concedido, passando esse feito para Pipin (alias em uma sequencia maravilhosa dos faróis).
Aqui o filme perder muito em relação ao livro, pois faz questão de concentrar todas grandes ações nos personagens principais.
Existe uma leitura manequeista da obra que pode ser contestada no sentido de que as grandes ações são obra de todos, e nesse caso até mesmo Denethor tinha seu mérito.Denenthor é um personagem dificil de classificar.Ele foi mocinho ou vilão no livro ? Essa é uma pergunta sem resposta, pois na verdade os personagens não podem ser simplificados de forma tão rasa.O proprio discurso de Sam sobre as mentiras que o senhor do escuro teria contado para fazer um homem guerrear tão longe de sua casa (e que na versão estendida foi parar nos labios de Faramir), é uma prova de que não podemos simplesmente sair rotulando de vilão ou mocinho todos os personagens.
O livro fala sim de uma batalha entre o bem e o mal, o que da margem para interpretações manequeistas.Porem as escolhas de seus personagens são mais complexas e menos rotulaveis.
O filme perde esse sentido no momento que simplifica o time dos mocinhos e dos vilões.Nesse caso Denthor é apenas um arrogante insano e cruel.
Bom, mas apesar de tudo esse é o filme com menos alterações.E talvez seja o que contem mais frases saidas direto do livro.Até agoa me parece unanime que este seja tambem o melhor dos três.A critica especializada já ta apostando no Oscar, incluindo ai a "Le Cahiers du Cinéma" que consagrou um cinema que é exatamente o oposto do cinemão americano e cineastas como Godard, Bergman, Truffaut e outros caras que fazem um cinema já rotulado de lento e chato aqui nessa lista.
Mas RdR tem umas passagens fantasticas.Pippin cantado para Denenthor enquanto Framir parte para uma batalha perdida é uma delas.
Aragorn "dialogando" com Sauron no filnal do filme tambem é brilhante.Reparem que ai PJ nos remete ao primeiro filme quando o Anel tenta o herdeiro de Isildur: "Aragorn...Elessar".
E outra mostra da força do filme é o tom declamatorio de Sean Astin quando Sam parte para carregar Frodo nas costas.Esse tipo de interpretação é teatral e tempos não encontra respaldo no cinema.Porem esse tipo de interpretação é conveniente a adaptação de um livro que foi buscar beber no passado tanto na forma como no conteúdo.
Bom, pra mim a chegada de Theoden é fantastica.O momento mais emocionante do filme.Reparem como acontece exatamente como no livr
rei de Rohan chega e por um momento ele parece quebrado, assustado com as tropas de Mordor.Porem ele se recompõe:"Lança será sacudida, escudo estilhaçado! Um dia de espada, um dia vermelho, antes de o sol raiar! Cavalguem agora, cavalguem para a ruína e para o fim do mundo!" e clama por MORTE.Como disse o Reinaldo, esses homens estão diante da morte mas não a temem,e sim a abraçam.Maldito ar condicionado do cinema que irritou meus olhos...
Éowyn contra o Rei Bruxo só não é perfeito por que rola uma bobeira na lengendagem.A tradução da ameaça do Nazgul para Éowyn é "sua tola", quando deveria ser "seu tolo".
A sequencia é fantastica mas na minha opinião PJ erra em cortar para a chegada de Aragorn na batalha.Nesse momento a montagem paralela podia esperar um pouco.Todas as atenções estão voltadas para Éowyn e o Rei Bruxo, e cortar a cena naquele momento dispersa a emoção desse confronto.Mas vá lá...ainda assim funciona.E como.Só gostaria que PJ mostrasse o grito de agonia do Nazgul em plano geral, e em detalhes de outros personagens na luta compreendendo que naquele momento um grande mal deixou a Terra-média.
Bom, e tem algo de muito legal na chegada de Aragorn, Gimli e Legolas.
Gimli diz:
"Tem orc bastante para todos.Que vença o melhor anão."
Muiiiiiito Obelix essa frase.E quem reparar bem no meu nick vai entender o por que isso mexeu comigo.
Legolas e como disse o Reinaldo , a forçada de barra mais divertida da trilogia tambem é fantastica.Uma daquelas cenas para a platéia aplaudir gritar: Uh-uhhh.
E o elfo após derrubar o olifante ainda sai com todo estilo, surfando na tromba do bicho.Muito legal esse jeitão pop adrenalina radical que o PJ agregou ao principe elfo.E ainda assim ele não perde a elegancia.A sequencia toda é um primor tecnico.Impressionante como a WETA casou CG com personagens reais e a gente não identifica o que é o que.E pra terminar o alivio comico no comentario de Gimli.
Falando em primor tecnico, muito tempo vai se passar até que o cinema mostre alguma batalha tão espetacular como a do Pelenor.Talvez essa tenha sido a maior catarse épica na história do cinema de entretenimento o que vai cajudar a colocar esse filme na lista das grandes obras primas do cinema, coladinho com SW.
Sim, RdR é um marco histórico.Tecnicamente é algo nunca antes realizado de tão grandioso e épico.Mas o merito do filme não para por ai.Quantas vezes a gente tentou explicar aqui que a saida do Expurgo era compreenível ? Então imaginem agora o filme com o Expurgo.
PJ arriscou pacas trazendo para o filme a mesma melancolia lirica do livr
final do filme vem recebendo algumas ressalvas por ser longo.Rubens Ewald Filho por exemplo achou o filme fantastico, mas os varios finais dispensaveis.Outros criticos pensam o mesmo.
Porem existem os que aplaudem a ousadia de PJ em fazer um final assim, a antítese de tudo que deveria ser o fim de um filme blockbuster.Final após final.
Parece que o PJ sabia naquele momento que a platéia já estava conquistada e disse:
"Que se dane as formulas.Agora vou terminar o filme como ele deve ser terminado".
Apela pro sentilmentalismo, e isso não chega a ser nenhuma virtude, pois a coisa mais facil para um diretor é fazer uma platéia chorar.Mas horas...o livro é assim e na falta de argumento melhor eu defendo essa escolha por que tenho o coração na Terra média.
"É aqui estou de volta."