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Operação Lava Jato [Oficial]

STF ou Fachin?
Nós logo saberemos, uai.
Se o STF (Plenário ou Turma) ratifica ou não a decisão monocrática.
Se ele era tão petista assim, por que na Lava Jato chegaram até a dizer "aha uhu o Fachin é nosso"? :hxhx: Se tudo se explicasse por afinidade partidária, por que o Fachin já não teria tentado desde o início alguma manobra pra livrar o Lula?
A tese que anda correndo por aí é de que a decisão seria mais no intuito de salvar a Lava Jato ou o Moro do que qualquer outra coisa (o que não é bem um sonho da "esquerda"...). Mas talvez lá no íntimo dele a situação tenha parecido duplamente benéfica, do tipo win-win. Quem o sabe?
 
O Fachin que em tudo votou a favor da Lava Jato, o Fachin do "aha uhu, o Fachin é nosso!" dos Procuradores da Força Tarefa, o Fachin que, contra todas as evidências, votou contra a suspeição do Moro no caso Lula, agora é petista. :lol:

Apesar da conclusão errada, o @fcm tem razão em uma coisa: não há segurança jurídica no país.
Só me estranha alguém provavelmente simpático ao Moro e à Lava Jato estar preocupado com segurança jurídica. E o Supremo é parte do problema mesmo.

Ora, entre outras coisas, mudou a sua jurisprudência pra prender o Lula antes do trânsito em julgado (contra cláusula pétrea da Constituição) e, depois, pra soltar o Lula. E é mesmo um escárnio você anular quatro processos 5 anos depois, evocando regras de competência, quando a defesa já havia suscitado isso há anos, em diversas oportunidades. O Fachin era relator da Lava Jato no Supremo. E permitiu-se que um ex-presidente da República fosse pra cadeia, quando havia um vício de origem no processo.

E outra... o candidato que liderava as pesquisas em 18 foi ilegitimamente tirado do páreo, quando a condenação que pesava sobre ele estava maculada por um vício de origem que já então havia sido suscitado, mas que só agora, três anos depois, o ministro parece ter entendido que fazia sentido. E, como cereja do bolo, o juiz que condenou o réu sem ser juiz natural do caso foi ser ministro do governo eleito, do candidato que ele favoreceu, inclusive usando a toga pra levantar sigilo de delação premiada, com o único intuito de bombardear a candidatura do Haddad com manchetes há poucos dias do pleito.
Mas imagino que isso era o que o fcm chamava de segurança jurídica... rs

A decisão do Fachin é tecnicamente correta, mas reflete antes uma tentativa de fazer chicana, quando está vindo à tona todas as ilegalidades praticadas pelo ex-juiz e por integrantes do Ministério Público. Só que não parece ter tido o efeito desejado, porque o Gilmar Mendes está pautando a suspeição do Moro ainda assim.
 
Última edição:
Saí da memelândia e voltei para a realidade. Por isso, @Eriadan e @Mellime , quando forem responder, por favor, deem um jeito de me marcar, aqui, para eu não me esquecer de acompanhar o andamento da coisa, porque tô curiosa, mesmo, como se estivesse lendo um Thriller.

@Melian pelo que andei vendo não vai ter mesmo como condenar o Lula de novo, porque tudo deve provavelmente prescrever. E hoje - por enquanto pelo menos - o STF está descendo a lenha lindamente na lava jato.

Estou assistindo ao vivo, como boa parte dos meus colegas de tribunal. E estamos comentando lance a lance, como final de copa
 
@Melian

Até agora,declararam Moro suspeito: Gilmar Mendes e Lewandowski.

Cármen Lúcia e Edson Fachin já haviam votado em 2018, antes de o debate ser interrompido por pedido de vista de Gilmar Mendes. MUITA coisa aconteceu de lá para cá. Tendo em vista que o julgamento não acabou, eles podem perfeitamente bem mudar seus votos. Fachin despachou ontem para evitar isso, na real. Ele pelo visto vai seguir defendendo o Moro, mas a Carmen Lucia hoje falou elogiando o Gilmar de uma forma que me fez achar que ela vai mudar o voto. Ela também já disse que vai apresentar voto mas esperou o retorno do pedido de vista - se esse voto vai só confirmar o anterior ou se ela vai mudar tendo em vista os novos desenvolvimentos do caso... Mistério.

O julgamento voltou à pauta do colegiado, composto por 5 ministros, depois de o relator da Lava Jato, Edson Fachin, anular ações penais contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e mandá-las para a Justiça Federal de Brasília.

Fachin determinou, também, a perda de objeto [validade] do HC sobre a suspeição de Moro. Mas Gilmar Mendes, que é o presidente da 2ª Turma e havia pedido vista, decidiu que ele tem, sim, de ser analisado, e marcou para esta tarde.

Voltou porque tinha pedido de vista do Gilmar Mendes, então ele foi o primeiro a votar hoje.

Agora aos ACHISMOS. Fonte: minha cabeça (isto é, não levem muito a sério):

Fachin reagiu à decisão de Gilmar de agendar o julgamento. Indicou que o caso fosse enviado ao plenário, que reúne os 11 ministros do STF, para que o colegiado analise se a suspeição de Moro teria ou não validade depois da decisão dada por ele na véspera. Quatros dos 5 ministros da 2ª Turma, no entanto, vetaram a possibilidade.

Isto é, parece - para mim - que vai ficar mesmo no 4 a 1. 4 dizendo que o Moro foi parcial, e o Fachin tentando fugir da história e jogando panos quentes buscando a 'estratégia processual' mais branda, buscando mais tentar restaurar a legitimidade do judiciário e não em busca de um resultado 'Moro bom / Moro ruim'.
 
Ciro não tá gostando dessa história não... falou (vide minutagem 33:10 do vídeo abaixo) que o processo de suspeição de Moro vai implicar num "viva à roubalheira!" e numa "tragédia que não é desse mundo". Além disso, esse processo seria contrário à própria decisão do Fachin, fato que representaria um excesso de politização do supremo (ele depois acrescenta "ou aparente excesso", pra não ser processado por injúria). E isso resultaria numa deterioração da confiança "do nosso povo" no "sistema de leis" e no "estado de direito democrático".

Já em 8:17 ele constata o que quase todos esquerdistas parecem ignorar: Lula é ladrão, o lulapetismo é impregnado de bandidagem, logo Lula - acrescentaria eu - num judiciário e MP ideais, estaria condenado. Reveses jurídicos em nada interferem nessa realidade, e se um ladrão é solto por erros nos processos judiciais, isso não é motivo pra festa. Resta saber porque, sabendo disso, Ciro sempre queria lamber as bolas do Lula, só não lambeu mais porque ele não deixou - até na prisão queria visitá-lo.


Mais tarde, em 16:07, vemos um político supostamente sem papas na língua falando hiper-ultra-mega-manso com ministros do supremo, chega a ser cansativo esperar ele acabar de lamber os ministros antes de começar a sua crítica... Quer dizer, conforme já vinha discutindo,[1] eis os verdadeiros 'poderosos', até pra falar dos caras há de se ter todo um cuidado. Até por "excelências" ele repetidamente trata os ministros, formalidade desnecessária fora do tribunal - e se fosse pra ser formal, por coerência teria que sê-lo com diversas figuras dos outros poderes, o que sabemos que não é o seu perfil....

Por fim, diga-se de passagem, em 2:52, logo antes de (aqui também) lamber os ministros, ele fez uma afirmação bastante inédita, não sabia desse fato da biografia do Ciro...

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Quem parece estar gostando da fritura de Moro, além da esquerda e de legalistas de ocasião - visto que deixam de sê-lo para permitir a reeleição de manolos nas presidências do Parlamento,[2] ou para permitir candidatura de 'presidenta' impichada,[3] ou para julgar 'compadre'[4] - é Bolsonaro & cia:

Sem título.jpg

Sei lá, se até Lula virou mártir, Moro pode virar, talvez catalise uma união da centro-direita que tava custando pra vir...
 
Última edição:

'ESTOU PERPLEXO COM A DECISÃO DE FACHIN. A DECISÃO SERÁ REVISTA EM PLENÁRIO', CRITICA MARCO AURÉLIO MELLO​

Ministro cobrou que Nunes Marques devolva caso da suspeição de Moro
11/03/2021 - 05:00 - O Globo - Link original

Conhecido por ser voz dissonante no STF, Marco Aurélio Mello considera que Edson Fachin errou em anular todos os atos processuais da Justiça Federal em Curitiba sobre Lula e considera que a decisão vai ser revista em plenário. Ou seja: aposta que Lula pode voltar a ficar inelegível.

Em entrevista à coluna, Marco Aurélio defendeu Sergio Moro, disse que Cármen Lúcia não deve mudar seu voto e que Nunes Marques é obrigado pelo regimento a devolver o caso da suspeição de Moro à Segunda Turma na semana que vem.

Como o senhor viu o desenrolar dos fatos nesta semana no STF?
O que me assusta é o que o herói nacional, o mocinho, está sendo tomado como bandido. O ex-juiz Sergio Moro. Isso não se coaduna com o Estado democrático de direito. Imagina-se que ele estivesse a um só tempo como Estado julgador, como juiz, e Estado acusador, como Ministério Público. Mantemos diálogos com o MP. Nos 42 anos, mantive diálogo com membros do Ministério Público e advogados de qualquer das partes. Isso é normal. O único erro que ele cometeu — e disse a ele quando ministro da Justiça — foi ter deixado um cargo efetivo, com direito à aposentadoria, para ser auxiliar de um presidente da República, virando as costas para uma cadeira que para mim é sagrada, que é a cadeira de juiz. E estou perplexo diante da decisão do ministro Edson Fachin de anular os processos-crime depois de os processos terem percorrido todas as instâncias.

O saldo da semana é negativo na sua visão?
Em termos de avanço cultural? Negativo. E começaram o julgamento na Turma da suspeição do juiz Sergio Moro. A decisão do ministro Fachin é uma decisão individual, impugnável ainda. Se já fosse de colegiado, aí haveria prejuízo. Mas é decisão individual. Eu, por exemplo, não julgo individualmente habeas corpus.

Perde objeto o julgamento da suspeição de Sérgio Moro?
A rigor, a prevalecer a decisão do ministro Fachin anulando tudo, perde o objeto. Declarar suspeição para quê, se já está anulado? O ministro Gilmar Mendes divergiu, a ministra Cármen Lúcia foi vencida e o ministro Nunes Marques pediu vista. No plenário, entretanto, imagino que se reveja a decisão do ministro Fachin.

Cármen Lúcia vai mudar o voto dela sobre a suspeição de Moro?
A ministra Cármen fez um gesto de gentileza que nós fazemos. Quando um colega pede vista e já votamos e não somos o relator, nós dizemos 'Olha, aguardo o voto, quero ouvir também o voto do ministro', é uma gentileza, não quer dizer que vai voltar atrás.

Haverá mudança de voto na Segunda Turma?
Não muda. Mas o ministro Nunes Marques é sempre uma incógnita porque tem pouco de Tribunal, não podemos nem supor.

Qual o prazo para o ministro Nunes Marques devolver o caso à pauta?
O regimento prevê um prazo. Nunca extravasei prazo. Nunca transformei pedido de vista em perdido de vista, de sentar em cima e manobrar. Juiz não pode manobrar, a não ser da direção de carro.

O tema se esgota na semana que vem?
Espero que ele observe o regimento interno quanto ao prazo que tem para estudar o processo. São duas semanas a partir daquela em que ele pediu vista. Na terça-feira da outra semana ele tem que devolver.

(Por Naomi Matsui)

Surpreso com a lucidez. emoction.png Nunca fui com a cara desse ministro, porque ele parece melhor encarnar os privilégios e a pompa indevida do judiciário brasileiro. Porém, na minha rápida análise, ele foi um dos únicos que passou no teste de legalismo, junto com Rosa Weber e Celso de Mello.

É impressão minha, ou tem uma crítica (justa) ao Gilmar aí? Porque, pelo que li, Gilmar pediu vista em 2018, e só soltou o processo de suspeição agora, convenientemente para a tese do seu voto.
 
Última edição:
eu acho que vai dar 4 a 1. o fato de a carmen ter esperado o voto do kassio realmente é uma gentileza e eu sei disso pela pratica de varios anos - ele mesmo disse que 'não se ofenderia' se outros votassem depois do pedido de vista dele porque costuma ser visto como uma ofensa sutil mesmo tu votar depois de o outro pedir vista.

mas ela elogiou muito o gilmar e deu a entender que vai proferir voto e não só dizer 'acompanho' ou só 'mantenho meu voto anterior'. ela vai justificar, isso é certo, mas ainda pode ser para qualquer um dos lados. só que pelo JEITO como ela falou na terça está parecendo que ela vai virar.

E, bem, o marco aurelio historicamente é o do contra do supremo, e acho que desta vez, como de costume, será minoria.
 
Marco Aurélio é da 1ª turma. Não vota nesse caso.

A 2ª turma é composta por Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes, Carmem Lúcia, Edson Fachin e Kassio Nunes.

A configurar-se o cenário que você pintou (Carmem Lúcia mudando o voto e Kassio Marques acompanhando a linha do Gilmar e do Lewandowski), quem deve ficar sozinho, no caso, é o Fachin.

Eu sei. O Fachin é o 1 que eu mencionei antes. Estou falando que a posição do Marco Aurélio é minoritária, simbolicamente, entre os 11.
 
Como vocês sabem, eu tenho um senso de humor muito duvidoso (NÃO DESISTAM DE MIM!), por isso, escrevi uma brincadeirinha, ontem:

Lula lá, num extremo da polarização.
Bozo cá, nos braços do Mercadão.
Moro aqui, no centro da suspeição.

Liberais ensaiam o discurso:
com nossos votos
não contem, vocês, em 2022.

Surpreendidos, novamente, não fomos
— vocifera a soberba esquerda —
prontos estamos.

O Lula vai eleger o Bolsonaro, de novo.
À direita e à esquerda:
dizem os centristas.

— Povão.
— Diga lá, Ciro.
— Senti.

Mas o Lula nem votou, na eleição passada.
Estava preso, lembra? — diz, velozmente,
a esquerda alvoroçada.

Do pedestal, emendado com grude de farinha,
a direita fala manso:
mais trabalho, menos gritaria.

Quer ver meu dólar subir?
Inbox; empolga-se o Mercado.

Passa o Fachin no dólar;
responde a ministra Carmen Lúcida.

Não sem, antes, ouvirmos a depreciação
preparada pelo Gilmar e Suas Mentes.
— Pondera Kassio Nunca Mais.

— Qual das mentes? A que suspendeu
a nomeação do Lula para a Casa
Civil, morreu. Comenta Lewandowski,
enquanto lustra suas chuteiras de ouro.

— Não, a que votou pela execução
da pena em segunda instância,
que resultou em Lula na prisão.
Devolve Nunca Mais.

— E o Mercado, vota em quem?
Provoca Gilmar e Suas Mentes.
— No Guedes, é claro, não em Bolsonaro.
Apressa-se Carmem Lúcida.

Guardemos, pois, a Navalha
de Ockham, que por saliva contaminada
foi cegada. Peço vista!

— E quando devolve, ministro Kassio?
Instiga Carmem Lúcida.
— Nunca Mais. — Crocita.
 
Como vocês sabem, eu tenho um senso de humor muito duvidoso (NÃO DESISTAM DE MIM!), por isso, escrevi uma brincadeirinha, ontem:

Lula lá, num extremo da polarização.
Bozo cá, nos braços do Mercadão.
Moro aqui, no centro da suspeição.

Liberais ensaiam o discurso:
com nossos votos
não contem, vocês, em 2022.

Surpreendidos, novamente, não fomos
— vocifera a soberba esquerda —
prontos estamos.

O Lula vai eleger o Bolsonaro, de novo.
À direita e à esquerda:
dizem os centristas.

— Povão.
— Diga lá, Ciro.
— Senti.

Mas o Lula nem votou, na eleição passada.
Estava preso, lembra? — diz, velozmente,
a esquerda alvoroçada.

Do pedestal, emendado com grude de farinha,
a direita fala manso:
mais trabalho, menos gritaria.

Quer ver meu dólar subir?
Inbox; empolga-se o Mercado.

Passa o Fachin no dólar;
responde a ministra Carmen Lúcida.

Não sem, antes, ouvirmos a depreciação
preparada pelo Gilmar e Suas Mentes.
— Pondera Kassio Nunca Mais.

— Qual das mentes? A que suspendeu
a nomeação do Lula para a Casa
Civil, morreu. Comenta Lewandowski,
enquanto lustra suas chuteiras de ouro.

— Não, a que votou pela execução
da pena em segunda instância,
que resultou em Lula na prisão.
Devolve Nunca Mais.

— E o Mercado, vota em quem?
Provoca Gilmar e Suas Mentes.
— No Guedes, é claro, não em Bolsonaro.
Apressa-se Carmem Lúcida.

Guardemos, pois, a Navalha
de Ockham, que por saliva contaminada
foi cegada. Peço vista!

— E quando devolve, ministro Kassio?
Instiga Carmem Lúcida.
— Nunca Mais. — Crocita.

Dá para fazer uma continuação do livro do Calib!
 
Dá para fazer uma continuação do livro do Calib!
Ah, eu não conseguiria escrever poesia satírica de modo satisfatório, porque, não raro, sou mais emocionada do que debochada.
Eles são a mesma pessoa, dãã
Né? Ninguém se atentou ao fato de eu ter sido a primeira pessoa a perguntar se o Béla era o Calib.

Tudo bem que a gente está num fórum cheio de nerds que, por definição, são lerdos, mas, ainda assim, francamente, valinoreanos, francamente... :dente:
 

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