Caro Visitante, por que não gastar alguns segundos e criar uma Conta no Fórum Valinor? Desta forma, além de não ver este aviso novamente, poderá participar de nossa comunidade, inserir suas opiniões e sugestões, fazendo parte deste que é um maiores Fóruns de Discussão do Brasil! Aproveite e cadastre-se já!
(...)
Até porque o direito brasileiro é muito mais fonte de privilégios - especialmente de próprios operadores estatais do direito - do que qualquer outra coisa, e não tem, no Brasil, o caráter meio sacro-santo análogo ao direito de outros países, em que as tradições jurídicas remontam à própria fundação do país. Dom Pedro II disse, certa vez, "jurei a Constituição, mas ainda que não a jurasse, seria ela para mim uma segunda religião" - depois de tantos golpes e contragolpes, e de tantas constituições, a frase soaria, hoje, afetada e exagerada mesmo na boca de um ministro do STF. Mesmo na época de D. Pedro II o direito não era absoluto, vide o golpe da maioridade, patentemente inconstitucional, mas que foi praticamente unânime. Outro exemplo, mais recente, é o desmembramento do impeachment da Dilma, também patentemente inconstitucional, mas acatado pelo Parlamento e por um ministro do STF. Enfim, não consigo deixar de pensar que só tem todo esse zelo jurídico - a ponto de torcer para que bandidos sejam soltos para salvaguardar tecnicalidades jurídicas - quem o faz por força da profissão ou quem tem zelo mesmo é pelo bandido. De minha parte, não vejo como anular meu senso de justiça apenas para defender uma tradição jurídica que já tem sido desrespeitada em tantas outras ocasiões, e, mesmo quando é respeitada, tem sido fonte de privilégios....
(...)
Odebrecht anuncia novo nome para o grupo, que se chamará Novonor
Segundo a empresa, troca de nome é "ponto culminante da transformação empreendida nos últimos cinco anos pela empresa".g1.globo.com
Ver anexo 88748
Que nome horrível.
Parece o irmão do Seu Valinôr...
Após sete anos, força-tarefa da Lava Jato no Paraná é encerrada
A força-tarefa da Lava Jato no Paraná, responsavel pelos principais casos de investigação contra políticos no Brasil desde março de 2014, foi encerrada. Segundo o Ministério Público Federal no Paraná, o grupo será integrado ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), seguindo a determinação de dezembro do procurador-geral da República, Augusto Aras.
Desgastada com os indícios de parcialidade de investigadores e do ex-juiz Sergio Moro, reforçados com a revelação de conversas virtuais entre procuradores e o magistrado, a Operação Lava Jato teve 79 fases, que resultaram em 130 denúncias contra 533 acusados, gerando 278 condenações (sendo 174 condenados). Duas condenações tiveram como alvo o ex-presidente Lula (PT), que ficou preso por 580 dias na sede da Polícia Federal em Curitiba.
No Gaeco, a Lava Jato virará um núcleo. Quatro ex-membros da força-tarefa foram integrados ao grupo que já tinha cinco investigadores, com mandatos até agosto de 2022. "Assim, o Gaeco passou a contar com nove membros, sendo que cinco deles se dedicarão aos casos que compunham o acervo da força-tarefa Lava Jato, estando quatro desses membros desonerados das atividades dos seus ofícios de origem", explica o comunicado do MPF desta quarta-feira.
“O legado da força-tarefa Lava Jato é inegável e louvável considerando os avanços que tivemos em discutir temas tão importantes e caros à sociedade brasileira. Porém, ainda há muito trabalho que, nos sendo permitido, oportunizará que a luta de combate à corrupção seja efetivamente revertida em prol da sociedade”, afirma Alessandro José de Oliveira, coordenador do núcleo da Lava Jato no Gaeco. Ele assumiu a chefia da operação em setembro no lugar do procurador Deltan Dallagnol.
Após sete anos, força-tarefa da Lava Jato no Paraná é encerrada
A força-tarefa da Lava Jato no Paraná, responsavel pelos principais casos de investigação contra políticos no Brasil desde março de 2014, foi encerrada. Segundo o Ministério Público Federal no Paraná, o grupo será integrado ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), seguindo a determinação de dezembro do procurador-geral da República, Augusto Aras.
Desgastada com os indícios de parcialidade de investigadores e do ex-juiz Sergio Moro, reforçados com a revelação de conversas virtuais entre procuradores e o magistrado, a Operação Lava Jato teve 79 fases, que resultaram em 130 denúncias contra 533 acusados, gerando 278 condenações (sendo 174 condenados). Duas condenações tiveram como alvo o ex-presidente Lula (PT), que ficou preso por 580 dias na sede da Polícia Federal em Curitiba.
No Gaeco, a Lava Jato virará um núcleo. Quatro ex-membros da força-tarefa foram integrados ao grupo que já tinha cinco investigadores, com mandatos até agosto de 2022. "Assim, o Gaeco passou a contar com nove membros, sendo que cinco deles se dedicarão aos casos que compunham o acervo da força-tarefa Lava Jato, estando quatro desses membros desonerados das atividades dos seus ofícios de origem", explica o comunicado do MPF desta quarta-feira.
“O legado da força-tarefa Lava Jato é inegável e louvável considerando os avanços que tivemos em discutir temas tão importantes e caros à sociedade brasileira. Porém, ainda há muito trabalho que, nos sendo permitido, oportunizará que a luta de combate à corrupção seja efetivamente revertida em prol da sociedade”, afirma Alessandro José de Oliveira, coordenador do núcleo da Lava Jato no Gaeco. Ele assumiu a chefia da operação em setembro no lugar do procurador Deltan Dallagnol.
Eu não li ainda as tais novas conversas que vazaram (?). Alguém cola aqui. É bucha mesmo?
STF veta possibilidade de Maia e Alcolumbre serem reeleitos para presidir Câmara e Senado
Similar à discussão que tivemos na página anterior sobre terraplanismo: STF por margem apertada diz que a Terra é redonda. Naquele caso a coisa parece um pouquinho menos clara, mas nesse caso é mais evidente.
Prisão em segunda instância6 votos contra: Dias Toffoli, Celso de Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Rosa Weber, Marco Aurélio5 a favor: Cármen Lúcia, Luiz Fux, Luís Roberto Barroso, Edson Fachin, Alexandre de MoraesReeleição6 votos contra: Marco Aurélio, Cármen Lúcia, Rosa Weber, Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Luiz Fux5 votos a favor (terraplanistas): Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Nunes Marques, Alexandre de Moraes e Ricardo Lewandowski
Aceitando o que foi falado - que a prisão em segunda instância é patentemente inconstitucional (apesar de ser algo extremamente necessário para o combate à impunidade) - os únicos legalistas são Celso de Mello, Rosa Weber e (?!) Marco Aurélio. E em especial, Gilmar Mendes, Toffoli e Lewandowski são a banda podre, porque além de não serem legalistas, torcem a Constituição não para a medida modernizante da prisão em segunda instância, mas para a reeleição dos manolos no Parlamento.
Eu concordo com o espírito da crítica, se é que consegui captá-lo. Dá pra perceber entre os juristas um sentimento quase generalizado de que as aberrações judiciais têm se multiplicado nos últimos anos, em proporção com a polarização e o acirramento político - que agora tem se desdobrado num verdadeiro embate entre as instituições. O que eu não acho correto é pesar o verbo em aspectos não tão cristalinos, como a duração do flagrante, e ao mesmo tempo considerar "tecnicalidade jurídica" ou coisa assim a crítica a uma afronta escandalosa da imparcialidade de juízo, como a que ocorreu no caso Moro e MPF. Aí você incorre no mesmo erro de quem está batendo palmas para qualquer abuso do STF, desde que atinja os bolsonaristas.(...)
Eu concordo com o espírito da crítica, se é que consegui captá-lo. Dá pra perceber entre os juristas um sentimento quase generalizado de que as aberrações judiciais têm se multiplicado nos últimos anos, em proporção com a polarização e o acirramento político - que agora tem se desdobrado num verdadeiro embate entre as instituições. O que eu não acho correto é pesar o verbo em aspectos não tão cristalinos, como a duração do flagrante, e ao mesmo tempo considerar "tecnicalidade jurídica" ou coisa assim a crítica a uma afronta escandalosa da imparcialidade de juízo, como a que ocorreu no caso Moro e MPF. Aí você incorre no mesmo erro de quem está batendo palmas para qualquer abuso do STF, desde que atinja os bolsonaristas.
Aliás, chamei atenção disso para alguns amigos que, sem muito interesse em avaliar a legalidade desse inquérito insano (em que o mesmo STF é quem investiga, é quem acusa, é quem prende e é quem julga - e melhor! É a vítima!), estavam comemorando a prisão do troglodita lá. Os argumentos que eles usaram eram idênticos aos de quem faz vista grossa para as ilegalidades da Lava-Jato: "A coisa certa precisa ser feita, mesmo que não do jeito mais técnico [denúncia sendo feita pela PGR x imparcialidade do juízo]". Pode chamar de "legalismo excessivo", mas eu me prendo à ideia de que só dá pra se falar em "certo" no Direito dentro do devido processo legal, senão é só uma concepção particular, variável conforme a moral individual, visão de mundo ou interesses próprios, e portanto necessariamente injusta. É impossível que o próprio tribunal acusador (e ofendido) seja capaz de julgar o suposto criminoso, assim como é impossível julgar se o réu é culpado se o acusador e o juiz estão elaborando a acusação juntos à revelia da defesa.
Eu concordo com o espírito da crítica, se é que consegui captá-lo. Dá pra perceber entre os juristas um sentimento quase generalizado de que as aberrações judiciais têm se multiplicado nos últimos anos, em proporção com a polarização e o acirramento político - que agora tem se desdobrado num verdadeiro embate entre as instituições. O que eu não acho correto é pesar o verbo em aspectos não tão cristalinos, como a duração do flagrante, e ao mesmo tempo considerar "tecnicalidade jurídica" ou coisa assim a crítica a uma afronta escandalosa da imparcialidade de juízo, como a que ocorreu no caso Moro e MPF. Aí você incorre no mesmo erro de quem está batendo palmas para qualquer abuso do STF, desde que atinja os bolsonaristas.
Aliás, chamei atenção disso para alguns amigos que, sem muito interesse em avaliar a legalidade desse inquérito insano (em que o mesmo STF é quem investiga, é quem acusa, é quem prende e é quem julga - e melhor! É a vítima!), estavam comemorando a prisão do troglodita lá. Os argumentos que eles usaram eram idênticos aos de quem faz vista grossa para as ilegalidades da Lava-Jato: "A coisa certa precisa ser feita, mesmo que não do jeito mais técnico [denúncia sendo feita pela PGR x imparcialidade do juízo]". Pode chamar de "legalismo excessivo", mas eu me prendo à ideia de que só dá pra se falar em "certo" no Direito dentro do devido processo legal, senão é só uma concepção particular, variável conforme a moral individual, visão de mundo ou interesses próprios, e portanto necessariamente injusta. É impossível que o próprio tribunal acusador (e ofendido) seja capaz de julgar o suposto criminoso, assim como é impossível julgar se o réu é culpado se o acusador e o juiz estão elaborando a acusação juntos à revelia da defesa.