Narcei
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Nada é mau no começo...
Primeira cena: BULLYING. Mini Galadriel sendo excluída do grupo e brincando sozinha. Todas as crianças a odeiam. Ela faz um barco de papel, as crianças tacam pedras. Ela corre, se enraivece parte pra cima de um menino e vai socá-lo. Tudo isso, em Valinor.
Seu irmão, com cabelo à maquina, fala frases de Facebook, como: a pedra olha para baixo na água. O barco olha pra cima.
Valinor é mostrada. Um campo verde como qualquer outro, e uma cidade igual todas as outras que aparecem depois.
Então, a melhor e única cena boa é mostrada. Uma guerra de Nazgûls voadores e Águias no céu, que dura 5 segundos.
Ver anexo 93900
Finrod é mostrado morto, sem mais detalhes, só com a bendita marca do Sauron. Começa a busca de Galadriel. Um grupinho de Elfos com desgosto vão indo atrás de Galadriel e ela trata eles rudemente. Todo mundo quer voltar mas ela arrasta eles pra dentro de uma caverna. Essa cena poderia ser muito bem aproveitada, explorando o cenário e o suspense. Não hoje. Bom, no fim, todo mundo é incompetente e não consegue matar um troll, só Galadriel com uns movimentos de espada nada com nada parecendo uma dança de break. Acaba que ela quer continuar procurando Sauron porque viu a tal marca na caverna mas todo mundo rejeita ela e manda ela às favas.
Começa a parte dos Hobbits, que é agoniante. Aparecem as duas meninas. A mais gordinha começa sua 1ª cena entalada numa fresta de cerca e depois caindo de cara na lama. Uma clara alusão, mas vamos fingir que não vimos nada. Crianças Hobbit vão pegar frutinhas e uma rocha cortada, esculpida e talhada aparece. Sem mais detalhes. A gordinha de novo aparece toda lambuzada de amora e tem um erro de sequência nessa cena na boca dela.
Em Lindon, Elrond está escrevendo um discurso estranho pro Gil-galad. Ele encontra a Galadriel que voltou com o rabo entre as pernas mas está raivosa e quer ir embora de novo. Vários olhares de puro ódio ela dá ao suposto amigo e palavras de ordem frias, arrogantes e chatas. Ela é uma chata. Inclusive eu entendi o motivo do pessoal ter gostado do Elrond. Perto dela ele é um anjo. Ele explica pra ela que ao invés do Gil dar uma bronca nela por desobedecer e desafiar a autoridade dele, levando o povo pra morte, vai dar um presente e uma comemoração.
Pula pros Hobbits separando caracóis por uma rzão que descobrimos depois.
De volta a coroação do grupo da Galadriel, ela aceita receber uma coroa da Shopee com desgosto pela busca. Na verdade o que está realmente acontecendo é que o Gil cansou dela e vai mandar todo mundo pra Valinor, pra outro continente, tão insuportável que ela é.
Começam uns fogos de artifício (?) e ela aparece conversando com Elrond num memorial de estátuas dos antepassados, falando várias frases de Facebook como: o que sou sem minha espada? O que sempre foi, minha amiga, ele diz. E ela nem aí pra isso. Uma cena mal aproveitada porque o fundo, que é uma imagem lisa, poderia ser usada num cenário pra dar imersão no ambiente se eles fossem mostrados caminhando pra dentro da passagem.
Entra a 1ª cena de Arondir na Terra do Sul. Acontece uns barracos lá na taverna e falam sobre um envenenamento. Arondir é xingado de orelhudo e depois vai na torre de vigia e fica sabendo que a vigilia acabou e eles vão embora do Sul. Daí ele vai visitar Bronwyn e chegando lá descobre que a vaca doente de um homem que, se supõe, tem uma vaca pra tirar leite, não tirou leite da vaca, e logo, quando Arondir tira o leite, descobrem que o leite dela virou black goo (?). Eles, Arondir e Bronwyn, combinam de ir pro leste pra ver onde a vaca pastou e isso demoraria uma hora.
O filho da Bronwyn vai num celeiro com o amigo da onça dele, o que chamou o Arondir de orelhudo e fala que ele perdeu o pai porque a mãe é infiel (?). No celeiro eles pegam de dentro do assoalho aquela espada negra que deve ser de um ancestral adorador de Morgoth deles lá, sei lá.
Em Lindon, Elrond bate um papo com Gil e aparece o Celebrimbor igual um tiozinho amador de teatro atrás deles.
Na vila Hobbit, Sadoc está vendo um livro que mostra uns símbolos do futuro e trazem mau presságio e Nori também quer ver. Ele não deixa.
Arondir e Bronwyn caminham sobre um campo sob uma lua de sangue no céu e chegam numa vila destruída.
Os Elfos de Lindon, já no barco chegando em Valinor, são despidos da armadura que eu nem sei porque estavam vestidos e ficam de camisola. Estão todos de pé e o barco não tem leme (?). Daí quando vão tirar a adaga da Galadriel ela não quer mas deixa.
O meteoro cai e todo mundo vê e faz um barulhinho muito filme de suspense anos 80.
De volta ao barco, do nada aparece um portal intergalático dourado que se abre e todo mundo começa a ser envolvido. Um Elfo estende a mão pra Galadriel, naquela típica cena: me dê sua mão, venha, nãããão.
E na melhor cena, a mais bem pensada e lógica dos dois episódios, Galadriel pula do barco pra não ir. Uma cena digna do Oscar, porque, é claro, ela vai ir a nado pelo mar todo o caminho de volta. Mas como ela é uma Elfa, estranho mesmo seria ela não ser capaz de ir até voando. Isso era de noite.
Pulando pra Nori, ela encontra o cara que cai do céu e convenientemente só ela viu. O episódio sem alarde acaba com um corte seco.
EP 2.
Começa com Nori rolando o buraco abaixo que fez o cara que caiu do céu. Ele pega na mão dela e ela faz uma expressão que estará pra sempre nos meus sonhos, quando ele puxa o fogo que não queima (plasma?) para os olhos e depois solta de novo e desmaia.
Ver anexo 93902
De alguma maneira mágina elas tiram ele do buraco e a menina comenta que se sente predestinada a encontrar o homem.
De volta para Arondir, ele manda Bronwyn no escuro de volta pra casa (?) depois que encontram túneis de baixo da vila destruída. Ele quer entrar só.
Em Eregion, que é uma cidade igual as outras, um papo estranho acontece entre Elrond e Celebrimbor sobre Silmarils e o último querer fazer uma torre majestosa e revolucionária para criar a forja mais incrível de todas, ou um reator nuclear, eu não entendi direito.
Então o Sr. Elrond, muito aproveitador e sem caráter que é, pensa que eles devem bater na porta dos Anões pra terminar o prazo da obra da empreiteira até a primavera.
O que acontece ali é o político de meia tigela e o mestre de obras distópico se manifestando.
Daí do nada eles se teleportam pra Khazad-dûm que de acordo com o mapa é só virar uma esquina de Eregion. Ali nas montanhas o erro de CGI mata os olhos. Quando o close é dado nos personagens, o fundo borra totalmente, o que acontece também em outras cenas dos episódios em outros cenários. A água que cai da montanha, mesmo perto deles, desce lenta como se estivesse muitos quilômetros de distância, como um gif repetido.
Já na porta da montanha, um Anão não deixa eles entrarem mas Elrond evoca um torneio de sei lá o que e só ele entra, o outro fica no vácuo lá fora. No que ele passa a porta, tem um erro de proporção: quando ele se afasta e vai pra ponte dá pra ver uma porta que dá metade dele, mas quando ele passa não se abaixa.
Então chega Dúrin na sala do torneio para a quebração de pedras, falando um monte sobre ser um desafio criado por Aulë (?)
Indo pra Nori, ela está com o estranho e ele dá um grito que quase derruba as árvores. Ela por alguma razão tem uma reação de medo nula e irracional, ainda mais para uma criança. Daí de repente, você descobre porque ela estava separando caracóis antes. Ela oferece comida pro estranho e tira um CARACOL VIVO DA CASCA E COME. Que nojeira. Só umas mil doenças adquiridas.
Daí ele tenta mostrar pra ela o que ele quer, ou de onde veio e escreve um sinal. Mesclada está uma cena dos Hobbits levantando uma cabana na vila e do nada, sem qualquer sentido, o pai da Nori quebra a perna ao tempo que o estranho quebra o galho que usava pra desenhar. Então a amiga dela vem correndo desesperada atrás dela como se alguém tivesse morrido. Então ela teleporta e está na cabana com o pai e a mãe manda ela buscar remédio.
Lá fora da cabana está toda a vila fofocando como se o pai tivesse sido atropelado ou coisa mais grave. Um escândalo. A amiga da Nori dá uma bronca na fofoqueira que responde, à moda moderna: uuuui.
Voltando em Galadriel, que ficou a noite inteira nadando (?), de manhã convenientemente encontra a jangada do Halbrand e companhia. Daí nenhum homem ajuda ela, só uma mulher e quando eles acham que chegou um barco que é na verdade um monstro do mar que destruiu o barco do pessoal, a mesma mulher empurra ela pro mar de novo. Daí o monstro começa a ameaçar ataque e o Halbrand muito peste que é, tira um pedaço das madeiras e faz uma jangada só pra ele e deixa o povo sozinho. O monstro come todo mundo e vai embora sem mais nem menos. E acabou a trama do monstro, numa cena sem sentido e mal aproveitada. Daí chega Halbrand sozinho e ela sobe na jangada que ele fez.
Indo pra Elrond e Dúrin, eles estão no empate da disputa. Daí Elrond vê que o chiliquento está com orgulho ferido e deixa ele ganhar, pedindo pra escoltar ele pra fora. Eles sobem num elevador cyberpunk e começa uma briga de casal entre eles porque Elrond é amigo do Dúrin mas abandonou ele às minguas e nunca mais visitou, só quando precisou de ajuda agora. O que é verdade.
Disa encontra Elrond, agarra as pernas dele e fala que ele vai ficar pro jantar. Dúrin fala não, mas ela ameaça ele com olhar de assassina e Elrond fica. Aparecem duas crianças anãs com rosto coberto por uns capacetes gigantes que jamais conseguiriam carregar, parecendo umas malucas se batendo e a Disa chama eles de monstrinhos.
Daí começa a cena do jantar, aquela besteira de que Dúrin não a cortejou, diz que canta na montanha pra explorar as paredes, aí tem uma parte nojenta do Dúrin desprezando o Elrond, fala que os Elfos querem roubar eles, falam de uma tal árvore de Lindon e no fim a Disa obriga o Dúrin a fazer as pazes como Elrond e o primeiro diz que vai contar os planos da construção pro Rei.
De volta em Galadriel, ela pergunta porque Halbrand tão friamente deixou o povo pra ser comido, e ele mais friamente e sem remorso diz que foi por sobrevivência. Começa uma discussão sobre de onde cada um veio e tudo mais e ninguém responde nada. Galadriel diz que ele vai levar ela nas terras dele, porque ela quer mandar em todo mundo sendo a chata que é, e ele diz: "tenho mais o que fazer". Amei 98%.
Numa cena esplêndida, Bronwyn, que fez uma viagem de uma hora no pôr do sol para a vila destruída, volta só no outro dia de manhã pra casa e correndo ainda. Ela chega na taverna e fala pro pessoal do perigo que viu na vila destruída e ninguém dá bola.
Arondir desceu no túnel. Ele vê uma unha na parede e depois sombras. Ele corre pra passar no túnel e fica preso, mas depois cai na água e nada, chegando na raiz de uma árvore. Alguma coisa vai sair da água e pegar ele, mas a raiz da árvore puxa ele pra dentro de si.
Essa é a sequência de um filme de terror que segue com a Bronwyn chegando em casa e se escondendo depois de ver tudo destruído e o filho num armário. Um orc sai e ataca eles. O filho e ela matam o orc e ela leva a cabeça do bicho pra mostrar na taverna. Uma cena muito mal aproveitada onde a parte de medo não deu medo. Poderia ter dado, no melhor estilo filme de terror baixo orçamento, mas que pelo menos é um gênero consolidado. Perdeu a chance.
Daí vem uma cena hilária de Galadriel e Halbrand numa tempestade e ele falando que a jangada vai voar (?), amarrando ela nos paus. Bem na hora cai um raio nela e ela cai na água. Daí cria aquele clima, ela desmaia e logo em seguida vem o Halbrand e salva ela, que chega na superfície acordada (?). Essa cena foi pra imitar o afogamento do Sam, é igual, só que ruim.
Indo pra Nori, está a amiga, ela e o estranho, que controla os vagalumes da lanterna delas (?) e mostra o sinal que ele desenhou antes, uma constelação no céu. Só que depois disso os vagalumes morrem e as meninas ficam tristes. Daí o estranho ouve um sussuro e fica fraco de novo.
Theo é visto com a espada negra de novo, que puxa o sangue dele e começa a se reconstruir. A mãe e ele vão embora com a vila inteira.
O episódio acaba com Galadriel e Halbrand dormindo na jangada e sendo encontrados por Elendil.
Bom. Considerações.
Pontos negativos: cortes secos, transições ruins entre cenas, parece que falta cena entre uma e outra, confusão na locomoção dos personagens com gente se teleportando no cenário, enredo pobre e conveniente. Parece lembrar de um sonho estranho depois de acordar pela manhã.
Cenário não imersivo, parece na maior parte das vezes um cenário de teatro e os atores na frente. A cena do Arondir na torre estava estática, nem uma nuvem se mexia. As cenas em Lindon pareciam um palco e a cena da montanha de Khazad-dûm matou a proporção. Só a cena da água e das amoras que ficou melhorzinha.
Personagens chatos, sem expressão nem carisma, exceto um ou dois, uma trama nada empolgante ou curiosa. Você torce pros heróis se ferrarem, o que já era esperado e proposital.
Pontos positivos: pelas cenas do Arondir eu vi que os produtores se dariam bem numa estrutura de fime de terror, já que as cenas com mais sentido e emoção foram essas (suspense, claustrofobia, luta violenta). Poderia ser um filme de terror ao invés de suspense. Teria mais sentido, na capacidade deles. Eu não esperava isso mas as cenas mais tragáveis foram justamente da Bronwyn e do Arondir que trazem elementos lógicos e com uma linha mais clara, desde o leite preto até a busca nos túneis. Tirando algumas coisas sem sentido, é claro.
Arondir é o único na trama que parece uma pessoa normal, e o único homem decente. Ele é o melhor personagem, o único na verdade, fora talvez o Elfo da caverna que acha o troll porque pelo menos ele expressa felicidade/personalidade genuína. O resto deles, parecem todos bobalhões, histéricos, bananas ou depressivos. Arondir me lembra Alice no meio do País das Maravilhas, onde nada faz sentido e só ela é sã. Foi o melhor ator.
Fora isso, a melhor cena no quesito absoluto, a cena de parar o trânsito, durou 5 segundos, a única que pareceu Tolkien: a cena da guerra no céu. Se seguissem aquela linha em todo o resto, sairia uma série 100/10, simplesmente.
Também um parabéns aos nossos dubladores BR, que deram um pouco de personalidade e carisma a quem não tinha por natureza ao nos remeter personagens de outros filmes por quem nos afeiçoamos. Assistir em inglês é impossível.
A parte que interessa, por fim, Tolkien.
Personagens originais com personalidade aleatória e desconexa, desagradáveis e construídos a base de defeitos. E, bom, 0% de material/inspiração dos livros, fora uns easter eggs nada a ver com nomes de personagens fora de contexto e easter eggs dos filmes sendo mal reproduzidos.
Conclusão @MikukoCat, eu acho que o marketing da Amazon merece promoção porque transformaram uma coisa muito ruim em algo grandioso (não por bons motivos) na divulgação. Fizeram parecer que seria uma coisa colossal. Passou longe. Como disse o jornal, perderam a chance de fazer algo magnífico. Fica pra próxima.
10/10Nada é mau no começo...
Primeira cena: BULLYING. Mini Galadriel sendo excluída do grupo e brincando sozinha. Todas as crianças a odeiam. Ela faz um barco de papel, as crianças tacam pedras. Ela corre, se enraivece parte pra cima de um menino e vai socá-lo. Tudo isso, em Valinor.
Seu irmão, com cabelo à maquina, fala frases de Facebook, como: a pedra olha para baixo na água. O barco olha pra cima.
Valinor é mostrada. Um campo verde como qualquer outro, e uma cidade igual todas as outras que aparecem depois.
Então, a melhor e única cena boa é mostrada. Uma guerra de Nazgûls voadores e Águias no céu, que dura 5 segundos.
Ver anexo 93900
Finrod é mostrado morto, sem mais detalhes, só com a bendita marca do Sauron. Começa a busca de Galadriel. Um grupinho de Elfos com desgosto vão indo atrás de Galadriel e ela trata eles rudemente. Todo mundo quer voltar mas ela arrasta eles pra dentro de uma caverna. Essa cena poderia ser muito bem aproveitada, explorando o cenário e o suspense. Não hoje. Bom, no fim, todo mundo é incompetente e não consegue matar um troll, só Galadriel com uns movimentos de espada nada com nada parecendo uma dança de break. Acaba que ela quer continuar procurando Sauron porque viu a tal marca na caverna mas todo mundo rejeita ela e manda ela às favas.
Começa a parte dos Hobbits, que é agoniante. Aparecem as duas meninas. A mais gordinha começa sua 1ª cena entalada numa fresta de cerca e depois caindo de cara na lama. Uma clara alusão, mas vamos fingir que não vimos nada. Crianças Hobbit vão pegar frutinhas e uma rocha cortada, esculpida e talhada aparece. Sem mais detalhes. A gordinha de novo aparece toda lambuzada de amora e tem um erro de sequência nessa cena na boca dela.
Em Lindon, Elrond está escrevendo um discurso estranho pro Gil-galad. Ele encontra a Galadriel que voltou com o rabo entre as pernas mas está raivosa e quer ir embora de novo. Vários olhares de puro ódio ela dá ao suposto amigo e palavras de ordem frias, arrogantes e chatas. Ela é uma chata. Inclusive eu entendi o motivo do pessoal ter gostado do Elrond. Perto dela ele é um anjo. Ele explica pra ela que ao invés do Gil dar uma bronca nela por desobedecer e desafiar a autoridade dele, levando o povo pra morte, vai dar um presente e uma comemoração.
Pula pros Hobbits separando caracóis por uma rzão que descobrimos depois.
De volta a coroação do grupo da Galadriel, ela aceita receber uma coroa da Shopee com desgosto pela busca. Na verdade o que está realmente acontecendo é que o Gil cansou dela e vai mandar todo mundo pra Valinor, pra outro continente, tão insuportável que ela é.
Começam uns fogos de artifício (?) e ela aparece conversando com Elrond num memorial de estátuas dos antepassados, falando várias frases de Facebook como: o que sou sem minha espada? O que sempre foi, minha amiga, ele diz. E ela nem aí pra isso. Uma cena mal aproveitada porque o fundo, que é uma imagem lisa, poderia ser usada num cenário pra dar imersão no ambiente se eles fossem mostrados caminhando pra dentro da passagem.
Entra a 1ª cena de Arondir na Terra do Sul. Acontece uns barracos lá na taverna e falam sobre um envenenamento. Arondir é xingado de orelhudo e depois vai na torre de vigia e fica sabendo que a vigilia acabou e eles vão embora do Sul. Daí ele vai visitar Bronwyn e chegando lá descobre que a vaca doente de um homem que, se supõe, tem uma vaca pra tirar leite, não tirou leite da vaca, e logo, quando Arondir tira o leite, descobrem que o leite dela virou black goo (?). Eles, Arondir e Bronwyn, combinam de ir pro leste pra ver onde a vaca pastou e isso demoraria uma hora.
O filho da Bronwyn vai num celeiro com o amigo da onça dele, o que chamou o Arondir de orelhudo e fala que ele perdeu o pai porque a mãe é infiel (?). No celeiro eles pegam de dentro do assoalho aquela espada negra que deve ser de um ancestral adorador de Morgoth deles lá, sei lá.
Em Lindon, Elrond bate um papo com Gil e aparece o Celebrimbor igual um tiozinho amador de teatro atrás deles.
Na vila Hobbit, Sadoc está vendo um livro que mostra uns símbolos do futuro e trazem mau presságio e Nori também quer ver. Ele não deixa.
Arondir e Bronwyn caminham sobre um campo sob uma lua de sangue no céu e chegam numa vila destruída.
Os Elfos de Lindon, já no barco chegando em Valinor, são despidos da armadura que eu nem sei porque estavam vestidos e ficam de camisola. Estão todos de pé e o barco não tem leme (?). Daí quando vão tirar a adaga da Galadriel ela não quer mas deixa.
O meteoro cai e todo mundo vê e faz um barulhinho muito filme de suspense anos 80.
De volta ao barco, do nada aparece um portal intergalático dourado que se abre e todo mundo começa a ser envolvido. Um Elfo estende a mão pra Galadriel, naquela típica cena: me dê sua mão, venha, nãããão.
E na melhor cena, a mais bem pensada e lógica dos dois episódios, Galadriel pula do barco pra não ir. Uma cena digna do Oscar, porque, é claro, ela vai ir a nado pelo mar todo o caminho de volta. Mas como ela é uma Elfa, estranho mesmo seria ela não ser capaz de ir até voando. Isso era de noite.
Pulando pra Nori, ela encontra o cara que cai do céu e convenientemente só ela viu. O episódio sem alarde acaba com um corte seco.
EP 2.
Começa com Nori rolando o buraco abaixo que fez o cara que caiu do céu. Ele pega na mão dela e ela faz uma expressão que estará pra sempre nos meus sonhos, quando ele puxa o fogo que não queima (plasma?) para os olhos e depois solta de novo e desmaia.
Ver anexo 93902
De alguma maneira mágina elas tiram ele do buraco e a menina comenta que se sente predestinada a encontrar o homem.
De volta para Arondir, ele manda Bronwyn no escuro de volta pra casa (?) depois que encontram túneis de baixo da vila destruída. Ele quer entrar só.
Em Eregion, que é uma cidade igual as outras, um papo estranho acontece entre Elrond e Celebrimbor sobre Silmarils e o último querer fazer uma torre majestosa e revolucionária para criar a forja mais incrível de todas, ou um reator nuclear, eu não entendi direito.
Então o Sr. Elrond, muito aproveitador e sem caráter que é, pensa que eles devem bater na porta dos Anões pra terminar o prazo da obra da empreiteira até a primavera.
O que acontece ali é o político de meia tigela e o mestre de obras distópico se manifestando.
Daí do nada eles se teleportam pra Khazad-dûm que de acordo com o mapa é só virar uma esquina de Eregion. Ali nas montanhas o erro de CGI mata os olhos. Quando o close é dado nos personagens, o fundo borra totalmente, o que acontece também em outras cenas dos episódios em outros cenários. A água que cai da montanha, mesmo perto deles, desce lenta como se estivesse muitos quilômetros de distância, como um gif repetido.
Já na porta da montanha, um Anão não deixa eles entrarem mas Elrond evoca um torneio de sei lá o que e só ele entra, o outro fica no vácuo lá fora. No que ele passa a porta, tem um erro de proporção: quando ele se afasta e vai pra ponte dá pra ver uma porta que dá metade dele, mas quando ele passa não se abaixa.
Então chega Dúrin na sala do torneio para a quebração de pedras, falando um monte sobre ser um desafio criado por Aulë (?)
Indo pra Nori, ela está com o estranho e ele dá um grito que quase derruba as árvores. Ela por alguma razão tem uma reação de medo nula e irracional, ainda mais para uma criança. Daí de repente, você descobre porque ela estava separando caracóis antes. Ela oferece comida pro estranho e tira um CARACOL VIVO DA CASCA E COME. Que nojeira. Só umas mil doenças adquiridas.
Daí ele tenta mostrar pra ela o que ele quer, ou de onde veio e escreve um sinal. Mesclada está uma cena dos Hobbits levantando uma cabana na vila e do nada, sem qualquer sentido, o pai da Nori quebra a perna ao tempo que o estranho quebra o galho que usava pra desenhar. Então a amiga dela vem correndo desesperada atrás dela como se alguém tivesse morrido. Então ela teleporta e está na cabana com o pai e a mãe manda ela buscar remédio.
Lá fora da cabana está toda a vila fofocando como se o pai tivesse sido atropelado ou coisa mais grave. Um escândalo. A amiga da Nori dá uma bronca na fofoqueira que responde, à moda moderna: uuuui.
Voltando em Galadriel, que ficou a noite inteira nadando (?), de manhã convenientemente encontra a jangada do Halbrand e companhia. Daí nenhum homem ajuda ela, só uma mulher e quando eles acham que chegou um barco que é na verdade um monstro do mar que destruiu o barco do pessoal, a mesma mulher empurra ela pro mar de novo. Daí o monstro começa a ameaçar ataque e o Halbrand muito peste que é, tira um pedaço das madeiras e faz uma jangada só pra ele e deixa o povo sozinho. O monstro come todo mundo e vai embora sem mais nem menos. E acabou a trama do monstro, numa cena sem sentido e mal aproveitada. Daí chega Halbrand sozinho e ela sobe na jangada que ele fez.
Indo pra Elrond e Dúrin, eles estão no empate da disputa. Daí Elrond vê que o chiliquento está com orgulho ferido e deixa ele ganhar, pedindo pra escoltar ele pra fora. Eles sobem num elevador cyberpunk e começa uma briga de casal entre eles porque Elrond é amigo do Dúrin mas abandonou ele às minguas e nunca mais visitou, só quando precisou de ajuda agora. O que é verdade.
Disa encontra Elrond, agarra as pernas dele e fala que ele vai ficar pro jantar. Dúrin fala não, mas ela ameaça ele com olhar de assassina e Elrond fica. Aparecem duas crianças anãs com rosto coberto por uns capacetes gigantes que jamais conseguiriam carregar, parecendo umas malucas se batendo e a Disa chama eles de monstrinhos.
Daí começa a cena do jantar, aquela besteira de que Dúrin não a cortejou, diz que canta na montanha pra explorar as paredes, aí tem uma parte nojenta do Dúrin desprezando o Elrond, fala que os Elfos querem roubar eles, falam de uma tal árvore de Lindon e no fim a Disa obriga o Dúrin a fazer as pazes como Elrond e o primeiro diz que vai contar os planos da construção pro Rei.
De volta em Galadriel, ela pergunta porque Halbrand tão friamente deixou o povo pra ser comido, e ele mais friamente e sem remorso diz que foi por sobrevivência. Começa uma discussão sobre de onde cada um veio e tudo mais e ninguém responde nada. Galadriel diz que ele vai levar ela nas terras dele, porque ela quer mandar em todo mundo sendo a chata que é, e ele diz: "tenho mais o que fazer". Amei 98%.
Numa cena esplêndida, Bronwyn, que fez uma viagem de uma hora no pôr do sol para a vila destruída, volta só no outro dia de manhã pra casa e correndo ainda. Ela chega na taverna e fala pro pessoal do perigo que viu na vila destruída e ninguém dá bola.
Arondir desceu no túnel. Ele vê uma unha na parede e depois sombras. Ele corre pra passar no túnel e fica preso, mas depois cai na água e nada, chegando na raiz de uma árvore. Alguma coisa vai sair da água e pegar ele, mas a raiz da árvore puxa ele pra dentro de si.
Essa é a sequência de um filme de terror que segue com a Bronwyn chegando em casa e se escondendo depois de ver tudo destruído e o filho num armário. Um orc sai e ataca eles. O filho e ela matam o orc e ela leva a cabeça do bicho pra mostrar na taverna. Uma cena muito mal aproveitada onde a parte de medo não deu medo. Poderia ter dado, no melhor estilo filme de terror baixo orçamento, mas que pelo menos é um gênero consolidado. Perdeu a chance.
Daí vem uma cena hilária de Galadriel e Halbrand numa tempestade e ele falando que a jangada vai voar (?), amarrando ela nos paus. Bem na hora cai um raio nela e ela cai na água. Daí cria aquele clima, ela desmaia e logo em seguida vem o Halbrand e salva ela, que chega na superfície acordada (?). Essa cena foi pra imitar o afogamento do Sam, é igual, só que ruim.
Indo pra Nori, está a amiga, ela e o estranho, que controla os vagalumes da lanterna delas (?) e mostra o sinal que ele desenhou antes, uma constelação no céu. Só que depois disso os vagalumes morrem e as meninas ficam tristes. Daí o estranho ouve um sussuro e fica fraco de novo.
Theo é visto com a espada negra de novo, que puxa o sangue dele e começa a se reconstruir. A mãe e ele vão embora com a vila inteira.
O episódio acaba com Galadriel e Halbrand dormindo na jangada e sendo encontrados por Elendil.
Bom. Considerações.
Pontos negativos: cortes secos, transições ruins entre cenas, parece que falta cena entre uma e outra, confusão na locomoção dos personagens com gente se teleportando no cenário, enredo pobre e conveniente. Parece lembrar de um sonho estranho depois de acordar pela manhã.
Cenário não imersivo, parece na maior parte das vezes um cenário de teatro e os atores na frente. A cena do Arondir na torre estava estática, nem uma nuvem se mexia. As cenas em Lindon pareciam um palco e a cena da montanha de Khazad-dûm matou a proporção. Só a cena da água e das amoras que ficou melhorzinha.
Personagens chatos, sem expressão nem carisma, exceto um ou dois, uma trama nada empolgante ou curiosa. Você torce pros heróis se ferrarem, o que já era esperado e proposital.
Pontos positivos: pelas cenas do Arondir eu vi que os produtores se dariam bem numa estrutura de fime de terror, já que as cenas com mais sentido e emoção foram essas (suspense, claustrofobia, luta violenta). Poderia ser um filme de terror ao invés de suspense. Teria mais sentido, na capacidade deles. Eu não esperava isso mas as cenas mais tragáveis foram justamente da Bronwyn e do Arondir que trazem elementos lógicos e com uma linha mais clara, desde o leite preto até a busca nos túneis. Tirando algumas coisas sem sentido, é claro.
Arondir é o único na trama que parece uma pessoa normal, e o único homem decente. Ele é o melhor personagem, o único na verdade, fora talvez o Elfo da caverna que acha o troll porque pelo menos ele expressa felicidade/personalidade genuína. O resto deles, parecem todos bobalhões, histéricos, bananas ou depressivos. Arondir me lembra Alice no meio do País das Maravilhas, onde nada faz sentido e só ela é sã. Foi o melhor ator.
Fora isso, a melhor cena no quesito absoluto, a cena de parar o trânsito, durou 5 segundos, a única que pareceu Tolkien: a cena da guerra no céu. Se seguissem aquela linha em todo o resto, sairia uma série 100/10, simplesmente.
Também um parabéns aos nossos dubladores BR, que deram um pouco de personalidade e carisma a quem não tinha por natureza ao nos remeter personagens de outros filmes por quem nos afeiçoamos. Assistir em inglês é impossível.
A parte que interessa, por fim, Tolkien.
Personagens originais com personalidade aleatória e desconexa, desagradáveis e construídos a base de defeitos. E, bom, 0% de material/inspiração dos livros, fora uns easter eggs nada a ver com nomes de personagens fora de contexto e easter eggs dos filmes sendo mal reproduzidos.
Conclusão @MikukoCat, eu acho que o marketing da Amazon merece promoção porque transformaram uma coisa muito ruim em algo grandioso (não por bons motivos) na divulgação. Fizeram parecer que seria uma coisa colossal. Passou longe. Como disse o jornal, perderam a chance de fazer algo magnífico. Fica pra próxima.
Me cadastrei só por esse resumo. Nem sei se é a autora original, mas se for, tá de parabéns, tem talento para mesclar ironia, comédia e crítica. Foi a critica mais prazerosa de ler.