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Seu perfil político

Qual o seu perfil político?


  • Total de votantes
    89

Belo e moral

Aliás, queria passar aqui mesmo.

Libertários no paraíso:

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Na segunda notícia, sobre a alimentação escolar, o que é de amargar é a falta de coerência do argumento (travestido de libertário):

Por outro, argumenta-se que a medida é essencial para assegurar os direitos à alimentação adequada e à saúde de crianças e adolescentes em ambiente escolar.

De que forma a situação atual priva os jovens do direito à alimentação saudável? O que a autora queria escrever, mas não teve coragem, é que a medida é essencial para obrigar os jovens a ter uma alimentação saudável, já que são incapazes de fazer a melhor escolha por conta própria.
 
Mas quem tem dúvidas de que eles são incapazes de ter uma alimentação saudável?

Se bem que eu discordo desse tipo de medida inútil, também.
 
Isso pode até ser verdade, mas o que é lamentável é a falsidade ideológica de quem escreveu o texto. Não tem direito algum sendo protegido. O que tem é uma imposição sendo feita. Se as pessoas aceitam ou não essa imposição, aí são outros quinhentos.
 
Ideologia interfere pouco na decisão de voto, diz Datafolha: Quase metade do eleitorado do país se identifica com os valores de direita

Achei interessante a pesquisa, mas continuam errado ao usar um espectro político unidimensional. Isso acaba gerando alguns resultados questionáveis. Por exemplo:

Outros 46% disseram que a pena de morte é a melhor punição para crimes graves, ideia mais ligada à direita.

Acho que a pena de morte está mais associada ao eixo das liberdades individuais (autoritário-liberal) do que ao eixo das liberdades econômicas (direita-esquerda).

Alguns infográficos sobre o assunto:

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Grimnir, eu acho que a pesquisa procura uma direita e uma esquerda padrão, meio que "projetando" os pontos numa reta mais tradicional que vai da esquerda liberal à direita mais conservadora/autoritária.

O liberalismo não é mesmo uma força no pensamento popular brasileiro. Apenas rudimentos dele. Pesar muito no eixo econômico não tornaria a pesquisa mais pesquisa, já que é meio consenso por aqui que o Estado deva fornecer certos serviços e proteções.

Estou falando do grosso, claro, mas é o grosso que decide eleições. E esquerda e direita são conceitos flexíveis.

Se uma posição de liberalismo econômico seria saudável para o debate político, isso é outros quinhentos. Eu creio que sim.
 
já que é meio consenso por aqui que o Estado deva fornecer certos serviços e proteções.

Consenso, pero no mucho, né? Olha só:

A mudança [da classificação de extremo liberal para esquerda] ocorreu para evitar confusão com o termo liberal. Antes, eleitores identificados com valores mais à esquerda em questões políticas e econômicas, como apoio à maior intervenção do Estado, acabavam sendo encaixados na segmento dos liberais, o que podia gerar estranheza.

Ou seja, para a pesquisa, o pensamento econômico liberal é de direita (o que está certo, na minha opinião). Se os eleitores de centro-direita e direita superam os eleitores de centro-esquerda e esquerda, então esse consenso que você falou não é tão consenso assim.

De qualquer forma, eu concordo que o espectro político da pesquisa parece variar da esquerda-liberal até a direita-autoritária, como uma diagonal entre o primeiro e o terceiro quadrante do espectro político de quatro dimensões.

Nesse sentido, a posição dos libertários estaria entre centro-esquerda, centro e centro-direita.
 
Eu não disse que o eixo econômico não pese na classificação dos brasileiros.

Só acho que para 85% de população, a polarização é muito mais entre autoritarismo x liberdades civis. Tanto que no eixo econômico os partidos ficam é disputando eficiência.
 
Segundo o teste em inglês, sou de centro-esquerda, e fiquei no quadradinho "libertário" (o de baixo, perto do Gandhi, do Mandela e do Dalai Lama rsrs).

Já suspeitava. Tem mta coisa da linha de pensamento de esquerda que eu discordo, mas usualmente concordo mais do que com a linha da direita.

E sem contar que, apesar de eu não ser atéia, de eu não ser de esquerda e de eu ser contra o aborto (eu não faria... mas não costumo julgar quem faz), a maioria de meus amigos são de esquerda, ateus e a favor do aborto.

-q né.
 
Mas Grimnir, eu acho que rola uma certa confusão na cabeça da galera quando enquadram "esquerda e direita". A direita, historicamente, está mais associada na cabeça do brasileiro com a ordem, o estado mais forte, as penas mais rígidas, os governos mais conservadores e etc, muito longe da tua direita libertária. Inclusive eu imagino que suas posições vistas ao grosso entendimento da população comum seria um "esquerdista", por estar relacionado com um estado mínimo e etc.

Acho que quando o brasileiro se dizde "direita" é pelos valores que ele carrega: É contra direitos humanos (luta essa histórica da esquerda, e que eu sei que também existe na direita), é a favor de pena de morte, de trabalho forçado a criminosos, uma parte é contra os programas de "esmola" do governo (sem nenhuma base econômica sustentável para isso, sem nenhum discurso liberal refinado, apenas o velho "tem que ensinar a pescar e parar de sustentar vagabundo com o meu dinheiro"), com o caráter bem religioso do brasileiro, no sentimento anti aborto (outra luta presente tanto na esquerda quanto na direita, mas convenhamos, muito maior na esquerda), entre outros. Acho que isso ajuda explicar como tanto brasileiro se diz de direita mas na hora de votar só vota nos partidos da "esquerda".
 
Eu concordo contigo, @Felagund. Realmente existe um pacote de valores (as vezes erroneamente) enraizado no conceito brasileiro de direita. E acho que não existe um esforço legímito para desfazer algumas dessas confusões.

Na minha visão, a maioria dos valores que você citou (contra os direitos humanos, a favor da pena de morte e trabalho forçado para criminosos) tem um viés de autoritarismo, que não necessariamente tem a ver com direita ou esquerda. Eu entendo, no entanto, o que você diz: As coisas se misturam na avaliação do brasileiro.

A questão de políticas de transferência de renda tem menos relação com o problema de liberdades individuais e mais relação com liberdade econômica. Esse sim é um problema a ser avaliado no eixo direita-esquerda.

Já o tema "religiosidade" é uma incognita, pois depende do comportamento de cada indivíduo. Acho, no entanto, que está mais no eixo das liberdades individuais, ou seja, se existe ou não um desejo de impor a todos determinados valores religiosos.

Ainda sobre o perfil político do brasileiro, achei alguns detalhes sobre a tal pesquisa da Datafolha:

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O que eu acho que não tem relação com conservadorismo: Pobreza, sindicato e talvez causas da criminalidade. Aliás, achei questionável a avaliação sobre porte de armas. Fiz a pesquisa da Folha (que achei muito fraca) e, como esperado, deu centro.
 
Última edição:
Uma atualização da pesquisa sobre o perfil político do brasileiro:

Brasileiros se dividem sobre impostos e papel do governo

Nada divide tanto os brasileiros como a concepção do papel que o Estado deve ter em suas vidas. É o que mostra a mais completa pesquisa do Datafolha sobre as inclinações ideológicas do país.

Confrontados com afirmações antagônicas sobre vários temas, as pessoas se dividiram simetricamente ao falar de suas relações com o Estado.

Para 47%, quanto mais benefícios receber do governo, melhor. Para outros 47%, quanto menos a pessoa depender do governo, melhor.

No Nordeste, a região mais pobre do país, e entre pessoas que recebem até dois salários mínimos, estrato mais baixo de renda, a preferência pela ajuda do governo atinge 53%.

Outra questão que divide bastante a população tem a ver com a elevada carga tributária do país e a qualidade dos serviços que o governo oferece. Para 49%, seria preferível pagar menos tributos e contratar serviços particulares de saúde e educação.

É o que pensam 60% das pessoas que ganham mais de dez salários mínimos. A formulação alternativa, pagar mais impostos e ter saúde e educação gratuitas, é preferida por 43% da população.

O Datafolha faz pesquisas sobre as preferências ideológicas da população desde setembro de 2012, mas esta foi a primeira vez em que os assuntos econômicos foram incorporados ao questionário. Foram realizadas 4.557 entrevistas em 194 municípios, nos dias 28 e 29 de novembro.

Os resultados mostram que o brasileiro médio preza valores comportamentais de direita, mas manifesta acentuadas tendências de esquerda no campo econômico.

Em todo o país, 41% identificam-se mais com ideias de esquerda ou centro-esquerda. Outros 39% são mais simpáticos aos valores de direita ou centro-direita.

A pesquisa deixa evidente a simpatia que os brasileiros têm pela ação do Estado. Quase 70% acham que o governo deveria ser o principal responsável pelo crescimento econômico do país, e não as empresas privadas.

Além disso, 58% entendem que as instituições governamentais precisam atuar com força na economia para evitar abusos das empresas.

Um contingente de 57% diz que o governo tem obrigação de salvar as empresas nacionais em apuros quando elas enfrentam risco de falência. E 54% associam leis trabalhistas mais à defesa dos trabalhadores do que à ideia de empecilho às empresas.

Nas questões de comportamento, os resultados da pesquisa foram semelhantes aos de levantamentos anteriores produzidos pelo Datafolha. Quando o assunto é religião ou drogas, há quase uma unanimidade nacional. Quase 90% acham que acreditar em Deus torna alguém melhor. E 83% continuam a favor da proibição das drogas. (RICARDO MENDONÇA)

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Eu sou o chato que continua trazendo esse tópico para a primeira página. :mrgreen:

O "perigo vermelho".

Acho algumas coisas meio exageradas, já que a própria direita liberal tem que fazer, na minha opinião, algumas reflexões sobre seu discurso padrão. A própria noção de meritocracia, por exemplo, não dá pra ser sempre evocada ou aplicada em qualquer situação. Não que esse princípio não deva ser objetivado, mas não vivemos no mundo com as condições ideiais. Feita uma autocrítica, destaco um trecho do texto que critica a esquerda:

No Brasil, a palavra “esquerda” continua o ópio dos intelectuais. Pressupõe uma “substância” que ninguém mais sabe qual é, mas que “fortalece”, enobrece qualquer discurso. O termo é esquivo, encobre erros pavorosos e até justifica massacres. Temos de usar “progressistas e conservadores”.

Essa baboseira eu já ouvi e li ad nauseam. Eu entendo que se você é meu oponente ideológico, isso significa que eu não concordo com as suas ideias. O que vemos hoje, no entanto, é que se você não é de esquerda, você é automaticamente tudo de ruim. Se eu digo que discordo de alguma ideia esquerdista, eu sou leitos do Olavo de Carvalho (nunca li uma linha dele). Ou então sou homofóbico. Ou qualquer outra coisa.

Também discordo de que "temos de usar progressistas e conservadores". Temos que usar essas palavras sim e ter consciência de que esquerda e direita falam sobre atuação do estado na economia (um debate do qual a maioria dos esquerdistas evita, preferindo bater nos religiosos). Já vi esquerdistas ateus que pareciam mais exterminadores de qualquer traço religioso na sociedade. Algumas alas da esquerda tem um viés contra a liberdade religiosa e esse é um tipo sim de conservadorismo (bizarro).
 
Sim, é um problema da esquerda que cada vez mais vai vindo à tona. Enquanto vejo em algumas partes até mesmo tendências de superarmos esse próprio espectro direita-esquerda que é brega e geralmente só funciona com base em simplificações, algumas áreas da esquerda recrudescem o discurso e tendem a se encasular mesmo. Você citou o próprio Olavo de Carvalho, e, mesmo que isso resulte numa verdadeira tortura, eu acho muito incômodo ridicularizarmos o que o cara escreve sem nunca ler ou ouvir o que ele tem a dizer. (Eu já li e ouvi algumas coisas; depois eu confirmei que ele é mesmo um babaca, mas tento purgar meus pecados na medida do possível.)

Como você mesmo diz várias vezes, a Direita é mais complexa que um balde de estereótipos. Como marxista, falo isso na boa: sinto afinidade com o pensamento libertário, por exemplo. Não vejo tanta diferença do sistema de livre mercado proposto e do sistema comunista. (Mas ainda preciso ler mais até sustentar satisfatoriamente essa opinião.) Afinal de contas, tenho a convicção que só a partir de uma simplificação bem grotesca podemos chegar à conclusão que a Esquerda idolatra a Igualdade e se esquece da Liberdade, e que a Direita faz o contrário.

O artigo do Jabor, que li hoje de manhã e estava em crise existencial por ter gostado de algumas passagens (ó o estereótipo aí nam, Arnaldo Jabor é cocô mesmo), tem outros pontos interessantes também:

Temos de parar de pensar do Geral para o Particular, de Universais para Singularidades. As grandes soluções impossíveis amarram as possíveis. Temos de encerrar reflexões dedutivas e apostar no indutivo. O discurso épico tem de ser substituído por um discurso realista, possível e até pessimista. O pensamento da velha “esquerda” tem de dar lugar a uma reflexão mais testada, mais sociológica, mais cotidiana. Weber em vez de Marx, Sérgio Buarque de Holanda em vez de Caio Prado, Tocqueville em vez de Gramsci.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/cultura/o-perigo-vermelho-11224735#ixzz2pk6KAVWh
© 1996 - 2014. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.

Essa parte aqui também achei explorável, em parte pois o Jabor recai numa ligeira -- mas perceptível e até engraçada -- contradição:

De cara, temos de assumir o fracasso do socialismo real. Quem tem peito? Como abrir mão deste dogma de fé religiosa? A palavra “socialismo” nos amarra a um “fim” obrigatório, como se tivéssemos que pegar um ônibus até o final da linha, ignorando atalhos e caminhos novos.

A verdade tem de ser enfrentada: infelizmente ou não, inexiste no mundo atual alternativa ao capitalismo. Isso é o óbvio. Digo e repito: uma “nova esquerda” tem de acabar com a fé e a esperança — trabalhar no mundo do não sentido, procurar caminhos, sem saber para onde vai.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/cultura/o-perigo-vermelho-11224735#ixzz2pk6Yjze0
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Que o socialismo real fracassou, Oscar Wilde já previa antes de começar:

Mas, para que a Vida se desenvolva plenamente no seu mais alto grau de perfeição, algo mais se faz necessário. O que se faz necessário é o Individualismo. Se o Socialismo for Autoritário; se houver governos armados de poderes econômicos como estão agora armados de poderes políticos; se, numa palavra, houver Tiranias Industriais, então o derradeiro estado do homem será ainda pior que o primeiro.

(Aliás, esse texto do Wilde tem umas coisas muito curiosas também, como a frase de abertura: "A vantagem principal da consolidação do Socialismo está, sem dúvida, no fato de que ele poderia nos livrar dessa imposição sórdida de viver para outrem, que nas condições atuais pesade forma implacável sobre quase todos.")

Também acho correto dizer que não existe alternativa atual ao capitalismo. E acho que nunca vai existir. A opção socialista nunca será uma opção. Deverá ser, acima de tudo, uma construção. Afinal de contas, o aludido socialismo real foi uma possibilidade. Catastrófica, naturalmente. Mas uma opção. É um dever do pensamento socialista considerar novos caminhos. O que, eu também tenho a convicção, só ocorrerá com o debate e a adoção de uma postura complexa tanto para um lado quanto para o outro. Sem aquela velha via argumentativa de complexificar o seu tapete e simplificar o do adversário.

Por fim, sobre a liberdade religiosa, é também um ponto incômodo do pensamento marxista. O poeta Paulo Leminski, na sua biografia sobre o poeta catarinense Cruz e Sousa, discorrendo sobre a cultura negra, cita um teatrólogo da Nigéria, intelectual de esquerda:

-- Os brancos nos trouxeram coisas de valor. Como o pensamento científico e filosófico, incluindo o marxismo. Mas o preço que temos que pagar é alto demais. O ateísmo é a morte dos deuses. Com a morte dos deuses, vem a morte das danças, que são para os deuses. Com a morte da dança, vem a morte da música, que acompanha as danças. Ao adotarmos filosofia marxista, estaremos matando toda a árvore da nossa cultura. Um marxismo, para nós, não pode nem deve negar nossas crenças. Porque estaria negando a nós mesmos.

O Marx fala da morte da ilusão no prefácio ao Crítica da Filosofia do Direito de Hegel. Pra citar um pedacinho, o raciocínio é esse:

A abolição da religião enquanto felicidade ilusória dos homens é a exigência de sua felicidade real. O apelo para que abandonem as ilusões a respeito da sua condição é o apelo para abandonarem uma condição que precisa de ilusões. A crítica da religião é, pois, o germe da crítica do vale de lágrimas, do qual a religião é a auréola.

Mas é provável que faltou ao Marx a sensibilidade de entender que a ilusão é também fundamental para a vida do homem. E que muitas vezes, coisas importantes, boas, coisas essenciais para seguirmos em frente nascem dela mesma. Para não dizer no fato de que a afirmação de que a religião é uma religião me parece bem questionável... Mas enfim.
 
Pra quem tiver interesse, curiosidade e paciência, rolou uma troca de artigos (curtos de verdade, eu juro) bem interessante entre economistas liberais ("de direita") e desenvolvimentistas ("de esquerda").

É bom para sairmos um pouco desse papo manjado entre progressistas (que não são todos de esquerda) e conservadores (que não são todos de direita): Casamento gay, aborto, legalização e etc.

Bacana. E o Bresser-Pereira até teve a humildade de colocar o debate no próprio site sem ter a palavra final, surpreendente :lol:

No mais, parece que parte da discussão gira em torno da definição de desenvolvimentismo, que nunca foi uma coisa assim tão clara. Recentemente o prof. Pedro Fonseca, da UFRGS, fez um trabalho bastante interessante na busca de uma definição mais objetiva para o termo. Vale a pena ler o trabalho dele.
 
Sou do pensamento de que meu voto não vale absolutamente nada e minhas opiniões sobre estes assuntos não tem a menor importância. Desde que percebi que sou um grão de areia na praia eu parei de pensar nesses assuntos.

Por exemplo, sobre ter ou não ter armas, eu já pensei bastante sobre isso. Acho completamente errado o tamanho de proibições do governo. Proibir termos armas dentro de casa só nos obriga a sermos vítimas de marginais e dependentes de uma polícia muitas vezes corrupta. A prova de que armas são benéficas ou maléficas é muito simples e não passa de estatísticas, é só pegar os benefícios e medir contra os malefícios, e sempre que fizerem isso vão perceber que é benéfico no geral. Mas mesmo que eu reúna várias informações pertinentes e concretas e prepare discursos eloquentes sobre isso e prove sem sombra de dúvidas que posse de armas deva ser legalizado, no fim nada vai mudar. Nada. Mesmo que eu contagie toda a minha família, todo o prédio onde eu trabalhe, toda a minha cidade, ainda sim, nada vai mudar. Então, pra que perder meu tempo?

Seu voto é um em mais de 150 milhões de eleitores. Ou seja, é quase 0. Para comparação, um simples cartão de mega sena tem 1 chance em 50 milhões de receber o prêmio, tem dois sorteios pro semana e eleição é só de 4 em 4 anos.
 

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