Está rolando um rumor de que o exército numenoriano da série será composto de soldados do sexo masculino e feminino em bases igualitárias.
Ver anexo 93285
Valerá dar uma lida no compilado de informações que o Martinez fez aí nesse artigo
Q: Are There Women Warriors in Tolkien’s Literature? ANSWER: Here is nearly the full comment/question I received from a reader:… I know that Eowyn takes up a sword, and that there are m…
middle-earth.xenite.org
Tb haverá orcs/orques fêmeas
In a new interview with IGN, a Lord of the Rings: The Rings of Power producer confirmed new info about the Orcs of Middle-earth's Second Age.
www.ign.com
Que nós aqui sabemos que foram confirmadas por Tolkien em carta mas de cuja existência alguns dos grandes "acérrimos" defensores da Lore não estão tão a par quanto deveriam estar.
Bomba, bomba!! Descobri uma carta não coligida em livro do próprio JRRT confirmando o que já era especulado mas pouco "sabido" There must have been orc-women. But in stories that seldom if ever see the Orcs except as soldiers of armies in the service of the evil lords we naturally would...
www.valinor.com.br
On 21 October 1963, J.R.R. Tolkien wrote a letter to Mrs. Munby. Subject: Writing to a Mrs Munby in response to a number of questions posed by her son Stephen about...
tolkiengateway.net
Bomba, bomba!! Descobri uma carta não coligida em livro do próprio JRRT confirmando o que já era especulado mas pouco “sabido” There must have been orc-women. But in stories that…
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Não quero nem pensar na loucura e "impraticidade" de juntar homens e mulheres em um modelo de exército antigo/medieval.
Númenor é um reino ufanista, militarista, colonialista, e tem uma economia vampírica que depreda a Terra-Média, que saqueia recursos e escraviza outros povos. Ou seja, segue um modelo imperante dos reinos, civilizações e impérios que moldaram a humanidade: Egito, Grécia, Pérsia, Roma, etc.
E tudo isso antes de Sauron! Mas olha que coisa legal: em meio a essas características medonhas da natureza humana, Númenor é progressista! Matam e escravizam povos inteiros, mas prezam por igualdade de gênero num mundo militar que sempre foi predominantemente masculino.
Se isso for verdade, a Série perdeu a oportunidade de mostrar um modelo antítese a "tendência" militarista/marcial masculina que dominou (com algumas exceções) a política e a história humana. Um desperdício da ideia de como as mulheres, durante a história, muitas vezes tiveram de usar sutileza, inteligência, oratória e personalidade para driblar as "gaiolas das barreiras culturais, religiosas e sociais".
A linha para a Série podia ser o que Erendis fala para Ancalime:
Os homens de Númenor são meios-elfos (disse Erendis), em especial os nobres; não são nem uma coisa nem outra. A vida longa que lhes foi concedida engana-os, e brincam no mundo, crianças na mente, até que a velhice os encontre — e então muitos só abandonam o jogo ao ar livre pelo jogo em suas casas. Transformaram sua brincadeira em assuntos importantes e assuntos importantes em brincadeira. Gostariam de ser artesãos, mestres das tradições e heróis, tudo ao mesmo tempo; e as mulheres são para eles apenas chamas na lareira — para outros cuidarem até que eles se cansem de brincar, à tardinha.
Todas as coisas foram feitas para servi-los: as colinas são para pedreiras, os rios para fornecer água ou girar rodas, as árvores para tábuas, as mulheres para a necessidade de seu corpo ou, se forem belas, para adornar sua mesa e seu lar; e crianças para serem provocadas quando não há mais nada para fazer — mas brincariam da mesma forma com as crias dos seus cães. São corteses e bondosos com todos, joviais como cotovias pela manhã (se brilhar o sol), pois nunca se encolerizam se puderem evitá-lo. Os homens devem ser alegres, afirmam, generosos como os ricos,
dando o que não necessitam. Mostram ira somente quando se dão conta, de repente, de que existem outras vontades no mundo além da sua. Então são implacáveis como o vento do mar se qualquer coisa ousar se opor a eles.
Assim é, Ancalime, e não podemos alterar isso. Pois os homens formaram Númenor: os homens, esses heróis de outrora dos quais eles cantam — de suas mulheres ouvimos falar menos, exceto que choravam quando seus homens eram mortos. Númenor devia ser um repouso após a guerra. Mas. quando se cansam do repouso e dos jogos da paz, logo voltam ao seu grande jogo, assassinato e guerra. Assim é; e fomos postas aqui entre eles. Mas não temos de consentir. Se também nós amamos Númenor. vamos desfrutá-la antes que eles a arruinem. Também nós somos filhas dos grandes, e temos nossas próprias vontades e coragem. Portanto não se curve. Ancalime. Curve-se um pouco uma vez, e eles a curvarão mais até que você esteja inclinada até o chão. Deite suas raízes na rocha, e enfrente o vento, por muito que ele leve todas as suas folhas.
Além disso, e com influência mais forte, Erendis acostumara Ancalime à companhia de mulheres: a vida fresca, tranqüila, suave em Emerie, sem interrupções ou alarmes. Os meninos, como Îbal, gritavam. Os homens vinham cavalgando, tocando trompas em horas estranhas, e eram alimentados com grande barulho. Geravam filhos e os deixavam aos cuidados das mulheres quando davam trabalho. E. embora o parto tivesse menos males e perigos, Númenor não era um “paraíso terrestre”, e a exaustão do trabalho ou de todo o fazer não fora removida.
Se isso for verdade, será menos"trágico" o perecimento das "pessoas que, teoricamente, não tiveram participação" nas políticas de genocídios, escravizações e a mortandade praticada por Númenor:
e Númenor afundou no oceano com todas as suas crianças, esposas, donzelas e damas altivas, com todos os seus jardins, salões e torres; seus túmulos e tesouros; suas jóias, seus tecidos, seus objetos pintados e esculpidos, seu riso, sua alegria e sua música; seus conhecimentos e sua tradição: tudo desapareceu para sempre.
Quando li o Akallabeth, eu via as mulheres de Númenor num paralelo das "Mulheres de Atenas":
Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Vivem pros seus maridos, orgulho e raça de Atenas
Quando amadas, se perfumam
Se banham com leite, se arrumam
Suas melenas
Quando fustigadas não choram
Se ajoelham, pedem, imploram
Mais duras penas, cadenas
Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Sofrem pros seus maridos, poder e força de Atenas
Quando eles embarcam, soldados
Elas tecem longos bordados
Mil quarentenas
E quando eles voltam sedentos
Querem arrancar violentos
Carícias plenas, obscenas
Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Despem-se pros maridos, bravos guerreiros de Atenas
Quando eles se entopem de vinho
Costumam buscar o carinho de outras falenas
Mas no fim da noite, aos pedaços
Quase sempre voltam pros braços
De suas pequenas Helenas
Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Geram pros seus maridos os novos filhos de Atenas
Elas não têm gosto ou vontade
Nem defeito nem qualidade
Têm medo apenas
Não têm sonhos, só têm presságios
O seu homem, mares, naufrágios
Lindas sirenas morenas
Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Temem por seus maridos, heróis e amantes de Atenas
As jovens viúvas marcadas
E as gestantes abandonadas
Não fazem cenas
Vestem-se de negro, se encolhem
Se conformam e se recolhem
Às suas novenas serenas
Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Secam por seus maridos, orgulho e raça de Atenas
Lamentem o triste papel das mulheres na História do Mundo. Mas não precisam ser Amazonas assassinas de mulheres e crianças. Muito mais fantástico e poderoso um feito como a de Morwen: encarou altivamente, com sua presença e olhar, um exército de Orientais na porta de sua casa, sem usar armadura ou partir pra porrada. Ou, talvez, a existência de Ancalime que governou Númenor num período em que a Ilha ainda não tinha "se perdido".