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Especulação Spoilers, leaks e especulações

  • Criador do tópico Criador do tópico Grimnir
  • Data de Criação Data de Criação
Pode ser, mas não é apropriada para Tolkien. E mesmo não tendo o "puritanismo" vitoriano, eles não mostraram grandeza nos figurinos. Não é questão do que mostra mais o corpo, mas do que mostra mais beleza. E pelo visto, é mais fácil mostrar o corpo para compensar a falta da beleza.

Vc reparou que o Tolkien era supervago na hora de descrever roupas? Ele não passava nem perto do detalhismo de um Walter Scott e nem sequer de um Robert E. Howard. É o mesmo tratamento que ele dava pros elementos ritualísticos "religiosos" pq ele queria que a imaginação do leitor preenchesse as lacunas. Ele não queria que a percepção disso ficasse restrita a um modelo pré-concebido.

Essa noção de achar que tudo no Tolkien (obra) teria que perpetuar um modelo vitoriano pq o Tolkien (o homem) mesmo era puritano e edwardiano-conversador (ou posava que era isso pra fazer média com uma sociedade e um ambiente de trabalho intolerantes) é uma idealização "camisa de força" que restringe o alcance multifacetado dos simbolismos dele. Já que ele usou muito material Pré-Medieval como fonte também. Confunde a noção de criação de arte com culto da personalidade. dentro de parâmetros extremamente bitolados.

A questão com Tolkien é tentar voltar o máximo que a memória permitir para transmitir os símbolos. Aí foi o máximo que PJ chegou. Já a Amazon, nunca sequer saiu do lugar.

Pelo contrário. Ela está indo nas fontes do Tolkien que precedem o "medievalismo" pra resgatar uma idéia que o Peter Jackson "engessou" num corpete "vitoriano" pq aquilo batia com muito do que rolava na Terceira Era. Mas não precisava, necessariamente, se aplicar a coisas de 3000-4500 anos antes dentro do Legendarium.


 
Última edição:
Passando aqui apenas para falar que os ananos estão chegando e que Khazad-dûm está ficando foda, engenhosa, criativa, viva, iluminada e barbuda.

Outra coisa: Só lembrando que o tema "religiosidade" é parte fundamental dessa história que vamos ver. Já não acho que veremos os Valar, mas com certeza veremos a fé dos numenorianos, assim como a perversão dessa fé no culto a Morgoth. Dito isso, nada mais natural do que arriscar a falar sobre algo que é sabido, ou seja, que os anãos cultuam sim Aulë. Não é descrito em detalhes, assim como o próprio idioma khuzdul, mas isso não significam que ambos não existam.
 
Exatamente;... a exclusão do elemento "religioso" do SdA e do Hobbit era uma escolha estética do Tolkien feita pre evitar a polêmica sobre as correlações com as contrapartes do mundo primário. Mas sempre foi uma "distorção" intencional da "lente" dele como subcriador feita como uma concessão pra ajudar a VENDER os livros sem passar a impressão de "alegoria" e acarretar as discussões que seriam mais espinhosas na época para uma obra pioneira como o SdA era.

Mas quando vc vai lidar com isso no domínio do audiovisual e num período que não abarca só o ponto crucial da guerra em si vc NÃO TEM como deixar de retratar "religião" e esperar que a realidade seja auto-contida e um exemplo bem sucedido de "subcriação". Ela não fica completa sem isso.
 
Última edição:
Passando aqui apenas para falar que os ananos estão chegando e que Khazad-dûm está ficando foda, engenhosa, criativa, viva, iluminada e barbuda.

Outra coisa: Só lembrando que o tema "religiosidade" é parte fundamental dessa história que vamos ver. Já não acho que veremos os Valar, mas com certeza veremos a fé dos numenorianos, assim como a perversão dessa fé no culto a Morgoth.

Dito isso, nada mais natural do que arriscar a falar sobre algo que é sabido, ou seja, que os anãos cultuam sim Aulë. Não é descrito em detalhes, assim como o próprio idioma khuzdul, mas isso não significam que ambos não existam.
E por que escolher uma conexão com a Wicca, um ritual sagrado feminino, pra representar isso é a pergunta. Muitas perguntas. Nenhuma resposta.
 
Vc reparou que o Tolkien era supervago na hora de descrever roupas? Ele não passava nem perto do detalhismo de um Walter Scott e nem sequer de um Robert E. Howard. É o mesmo tratamento que ele dava pros elementos ritualísticos "religiosos" pq ele queria que a imaginação do leitor preenchesse as lacunas. Ele não queria que a percepção disso ficasse restrita a um modelo pré-concebido.

Essa noção de achar que tudo no Tolkien (obra) teria que perpetuar um modelo vitoriano pq o Tolkien (o homem) mesmo era puritano e edwardiano é uma idealização "camisa de força" que restringe o alcance multifacetado dos simbolismos dele. Já que ele usou muito material Pré-Medieval como fonte também. Confunde a noção de criação de arte com culto da personalidade. em parâmetros extremamente bitolados.

Pelo contrário. Ela está indo nas fontes do Tolkien que precedem o "medievalismo" pra resgatar uma idéia que o Peter Jackson "engessou" num corpete "vitoriano" pq aquilo batia com muito do que rolava na Terceira Era. Mas não precisava, necessariamente, se aplicar a coisas de 3000-4500 anos antes dentro do Legendarium.
Se você acha que escolher roupas sem capricho e sem vida e dar um rasgo do lado é ir além das fontes usadas antes e se aproximar de um período mais correto, ok. Aqui não há mais o que dizer.


 
E por que escolher uma conexão com a Wicca, um ritual sagrado feminino, pra representar isso é a pergunta. Muitas perguntas. Nenhuma resposta.

Vc deve saber que a Wicca não inventou uso de cristais nem formação de "círculos" em rituais né? O culto e a devoção aos santos que o próprio Tolkien equiparou à reverência feita aos Valar é ,como a própria Wicca, uma recriação de tradições "pagãs" que precedem o Cristianismo e que foram inseridas nele via "sincretismo" .

Esse último , portanto, não deve ser diabolizado como muita gente tenta fazer. O próprio culto da Virgem Maria é herdado de tradições que remontam à Isis e Osiris egípcios. Virgem com véu branco e manto azulado não são invenções que nasceram com os idéias católicos e cristãos eles remontam a períodos muito mais antigos.


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Se os anões estão reverenciado Mahal-Aulë de quantos modos diferentes vc acha que daria pra representar isso sem reinventar a roda?
 
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Vc deve saber que a Wicca não inventou uso de cristais nem formação de "círculos" em rituais né? O culto e a devoção aos santos que o próprio Tolkien equiparou à reverência feita aos Valar é ,como a própria Wicca, uma recriação de tradições "pagãs" que precedem o Cristianismo e que foram inseridas nele via "sincretismo" .

Esse último , portanto, não deve ser diabolizado como muita gente tenta fazer. O próprio culto da Virgem Maria é herdado de tradições que remontam à Isis e Osiris egípcios. Virgem com véu branco e manto azulado não são invenções que nasceram com os idéias católicos e cristãos eles remontam a períodos muito mais antigos.
Sei de tudo isso. Como eu disse, se a Amazon sabe de alguma coisa é pegar referências místicas históricas de sua preferência e colocar por ali como se nada fosse. O que eu quero saber é o que tem a ver a adoração da tríade feminina com Aulë.
Se os anões estão reverenciado Mahal-Aulë de que modos vc acha que daria pra representar isso sem reinventar a roda?
Não tenho ideia. E Tolkien não ter descrito isso é porque há motivo, ou seja, seria associado a qualquer coisa que não diz respeito ao assunto. Então, já que a Amazon atropela tudo, por que justamente adicionar esse detalhe com uma formula específica do mundo primário que nem de longe tem qualquer semelhança? Afinal, parece que tem um motivo para Disa existir, e mais uma vez, não é por Tolkien, mas pelas ideias estranhas da Amazon.
 
O que eu quero saber é o que tem a ver a adoração da tríade feminina com Aulë.
O que tem inerentemente círculo de fiéis com mãos dadas e uso de cristais a ver com Tríade Feminina?

Vc vai dizer isso só no elemento "visual"? Não é que se diz e se "ora" em rituais assim que vai definir pra quem e o quê é dirigida a reverência?

E Tolkien não ter descrito isso é porque há motivo, ou seja, seria associado a qualquer coisa que não diz respeito ao assunto

O motivo é que Tolkien nunca fez uma narrativa que englobasse o dia o dia dos anões na mesma escala em que contou o cotidiano do Shire e pq o que existe da Primeira e Segunda Eras são só crônicas e não descrições "romanceadas". Mas dentro do contexto do Mundo Secundário Retratado elas são, sim, parte do assunto, tanto é que Tolkien teve que explicar coisas assim nas cartas pra quem se deu ao trabalho de perguntar.

O pessoal da Amazon NÃO TEM mais que lidar com as atitudes potencialmente reacionárias de uma crítica literária Anos Cinquenta em obra originalmente destinada ao público infanto-juvenil do jeito que Tolkien precisou fazer.

É bem melhor retratar ambientação tolkieniana assim do que ficar dando o vago tratamento panteísta "gnóstico" de um Star Wars por exemplo. Deixar a coisa supervaga nesse sentido só deixa o sentido e a intenção do Tolkien deliberadamente obscurecidos de uma maneira anacrônica pros dias de hoje.
 
Última edição:
Eu sempre imaginei elfos semi nus, com paninhos transparentes esvoaçantes.
Vão dizer que minha leitura não é apropriada? Oh céus, e agora? Vou ter minha carteirinha de fã caçada?
É sério isso?
A leitura é polissêmica. Goste ou não.
Com certeza. Mas quando se faz uma adaptação, você deve pensar no que o autor pensou, não no que você tem preferência. Nessa hora a razoabilidade entra antes das suas próprias ideias: Tolkien aprovaria seus personagens sendo representados semi-nus? Assim como desenharam Legolas afeminado e ele desaprovou, ele tinha uma noção clara sobre as coisas, e embora algumas fossem menos detalhadas, tem coisas que são óbvias. Mas podemos ignorar a razoabilidade e avacalhar tudo. Afinal não é tempo de razão. Gente mostrando o corpo chamará atenção do público que Amazon quer, e isso basta.
 

 
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O que tem inerentemente círculo de fiéis com mãos dadas e uso de cristais a ver com Tríade Feminina?

Vc vai dizer isso só no elemento "visual"? Não é que se diz e se "ora" em rituais assim que vai definir pra quem e o quê é dirigida a reverência?
Você sabe, duas pessoas olham o mesmo quadro e interpretarão de forma diferente se alguma delas tem algum conhecimento mais detalhado sobre o assunto. Existem cores, formatos, simbolos e numerologia na imagem, mas expandir ainda mais o assunto não cabe muito aqui.
O motivo é que Tolkien nunca fez uma narrativa que englobasse o dia o dia dos anões na mesma escala em que contou o cotidiano do Shire e pq o que existe da Primeira e Segunda Eras são só crônicas e não descrições "romanceadas". Mas dentro do contexto do Mundo Secundário Retratado elas são, sim, parte do assunto, tanto é que Tolkien teve que explicar coisas assim nas cartas pra quem se deu ao trabalho de perguntar.

O pessoal da Amazon NÃO TEM mais que lidar com as atitudes potencialmente reacionárias de uma crítica literária Anos Cinquenta em obra originalmente destinada ao público infanto-juvenil do jeito que Tolkien precisou fazer. É bem melhor isso do que o panteísmo "gnóstico" de um Star Wars por exemplo.
Não cabe a Amazon colocar o que Tolkien não quis. Ela não é um "descendente espiritual" do homem para querer "dizer o que ele não pode". O máximo que fará é usar símbolos estranhos que a minoria vai entender e que tem mais a ver com sua mentalidade do que a de Tolkien.
 
Você sabe, duas pessoas olham o mesmo quadro e interpretarão de forma diferente se alguma delas tem algum conhecimento mais detalhado sobre o assunto. Existem cores, formatos, simbolos e numerologia na imagem, mas expandir ainda mais o assunto não cabe muito aqui.

Ou a mesma imagem significa coisas diferentes pra períodos históricos, pessoas e contextos diferentes. sendo a "gramática" desses "símbolos" tão multifacetada quanto o são os povos do mundo. Existem motivos pra que, por exemplo, o luto no oriente-Japão-China seja representado por branco e não preto. Cristais e rodas em espiral não precisam necessariamente ser "matriarcais" ou voltados pra Deusa Mãe.

Não cabe a Amazon colocar o que Tolkien não quis. Ela não é um "descendente espiritual" do homem para querer "dizer o que ele não pode". O máximo que fará é usar símbolos estranhos que a minoria vai entender e que tem mais a ver com sua mentalidade do que a de Tolkien.

Gostando ou não, a Amazon VAI TER que colocar o que Tolkien não detalhou. Ela está contando a narrativa numa escala "novelística" que requer que certos assuntos sejam retratados pra que não se perca a verosimilhança e a imersividade do cenário. E todo mundo que for retratar Primeira e Segunda Eras desse modo no futuro, mesmo depois da Amazon tb vai ter que lidar com esses temas.

A trama não se centra em cima de uma perspectiva única de um cronista e seus herdeiros só vivendo num período delimitado e "mortal" como os hobbits o eram ao fazerem suas "crônicas" no SdA e Hobbit.
 
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Gostando ou não, a Amazon VAI TER que colocar o que Tolkien não detalhou. Ela está contando a narrativa numa escala "novelística" que requer que certos assuntos sejam retratados pra que não se perca a verosimilhança e a imersividade do cenário.
Ela está pouco preocupada com verossimilhança, isso já vimos. Então se a Amazon resolveu trazer seres caídos de interpretações gnósticas, leitores de sinais nos céus e profecias, gente tendo visões do futuro e conteúdo religioso/ritual, não é porque quer lembrar Tolkien. Mas isso aí, cada um que entenda da sua maneira.
 
Ou é pq o mundo retratado por Tolkien não se llimita só ao que ele coloca nas "crônicas" tanto é que ele teve que prestar contas de praticamente tudo isso que vc citou aí em cima nas cartas dele quando não colocou tudo embutido no mito cosmogônico do Silmarillion.

E pq história do tamanho de série com cinquenta horas de duração em Mundo Inventado e Subcriado fica incompreensível sem religião no cotidiano das pessoas ainda mais quando precisa necessariamente lidar com metafísica Qualquer um que vier a contar narrativa na mesma escala no mesmo período histórico na Terra-média e Númenor vai precisar lidar com tudo isso de um modo ou de outro. Não ter isso como posto num parâmetro qualquer de expectativa é se condenar à eterna decepção.
 
Pouco importa o que Tolkien pensou. Não é ele quem está produzindo a série, nem é ele quem assina o roteiro. Ele nem está lá pra dar pitaco.

Ainda que fosse, o público é livre pra ler (ou ver) da maneira que melhor lhe aprouver, e não da maneira como o autor pensou. Não se trata de manuais ou de texto científico.

Se um autor se propõe a publicar uma obra literária, ele espera ser lido por outras pessoas. E se ele vai ser lido, a obra, enquanto expressão artística, não está mais do domínio exclusivo do seu pensamento. Goste ou não a obra passa a ser de cada leitor também. É daí que nasce a polissemia de todo texto literário.

Em literatura, a pergunta "o que o autor quis dizer?" sempre vai ser menor perto da "o que eu, enquanto leitor, leio?".
 

e-la-vamos-nos-bruxa-picapau-o.gif
Pelo jeito vc não entendeu a correlação do comentário dos showrunners com essas cartas do Tolkien aqui, né?

carta 186)Contudo, é uma coisa simples, um problema contemporâneo e
possivelmente passageiro e efêmero. Não creio que mesmo o Poder ou a
Dominação sejam o verdadeiro centro de minha história. Isso fornece o tema
de uma guerra, sobre alguma coisa suficientemente sombria e ameaçadora
para parecer-se naquele momento de suprema importância, mas é
principalmente “um cenário” para os personagens mostrarem-se. O
verdadeiro tema para mim é sobre algo muito mais permanente e difícil:
Morte e Imortalidade — o mistério do amor pelo mundo nos corações de
uma raça “fadada” a deixá-lo e aparentemente perdê-lo; a angústia nos
corações de uma raça “fadada” a não deixá-lo até que toda a história deste
mundo estimulada pelo mal esteja completa.

Carta 203 Mas devo dizer, caso perguntado, que a história não é realmente sobre
Poder e Domínio: isso apenas mantém as rodas girando; ela é sobre a Morte e
o desejo pela imortalidade. Que não mais é do que dizer que esta é uma
história escrita por um Homem!

Carta 210: Posso dizer, porém, que se a história é “sobre” alguma coisa (além de si mesma), não é,
como parece ser amplamente suposto, sobre “poder”. A busca pelo poder é
apenas o motivo-poder que coloca os eventos em andamento, e creio ser
relativamente sem importância. A história diz respeito principalmente à Morte
e à Imortalidade, e às “fugas”: longevidade serial e memória cumulada.
 
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Pelo jeito vc não entendeu a correlação do comentário dos showrunners com essas cartas do Tolkien aqui, né?
É claro que eu sei disso, o que não pago pra ver é a conclusão da história que Bezos irá aprensentar e quem vai sair o herói e o errado no final das contas.

 
É claro que eu sei disso, o que não pago pra ver é a conclusão da história que Bezos irá aprensentar e quem vai sair o herói e o errado no final das contas.


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Em tríade procê:
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Eu sempre imaginei elfos semi nus, com paninhos transparentes esvoaçantes.
Vão dizer que minha leitura não é apropriada? Oh céus, e agora? Vou ter minha carteirinha de fã caçada?

A leitura é polissêmica. Goste ou não.
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Sem dúvida que essa noção tem precedentes, haja vista as representações séc XIX do Povo das Fadas tb conhecidos como os "elfos" arquetípicos dos quais Tolkien se abeberou.


Tadinho do Gimli.... ia morrer na flor da idade... :P
 
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