[SPOILLERS]
Nascimento e Morte
Uma porta automática abriu atrás de Yoda. Ele se virou. No corredor adiante, estava Bail Organa. Parecia aflito.
“Obi-Wan pede que vá ao centro cirúrgico”, ele disse. “É Padmé. Ela está morrendo.”
Obi-Wan estava sentado ao lado dela, segurando-lhe a mão fria e inerte entre as suas. “Não desista, Padmé.”
“É…”. Seus olhos giravam às cegas. “É uma menina. Anakin acha que é uma menina.”
“Não sabemos ainda. Em um minuto…você tem de ficar conosco.”
Em baixo da tenda de tecido opaco que a encobria do tórax para baixo, um par de dróides cirurgiões a auxiliava em seu parto. Um dróide clínico geral observava preocupado e fazia ajustes em uma miscelânea de scanners e equipamentos.
“Se for…uma menina – oh, oh, oh, não…”
Obi-Wan fez um apelo ao médico dróide. “Você não pode fazer alguma coisa?”
“Todos os danos orgânicos foram reparados.” O dróide checou uma outra tela. “Esta falha sistêmica não pode ser explicada.”
“Não fisicamente”, pensou Obi-Wan. Ele apertou a mão dela como se pudesse manter a vida em seu corpo com a simples pressão. “Padmé, você tem de agüentar.”
“Se for uma menina…”, ela falou com a voz entrecortada, “...chame-a Leia.”
Um dos dróides cirúrgicos saiu de trás da tenda, embalando em seus braços revestidos um pequenino bebê, já limpinho e respirando, mas sem um sinal de lágrimas.
O dróide anunciou suavemente. “É um menino...”
Padmé se esticou para tocá-lo, com a trêmula mão livre, mas não tinha força para pegá-lo.
Ela só pôde tocar os seus dedos na testa do bebê.
Ela sorriu, fraca. “Luke…”
Um outro dróide rodeou a tenda também, com um outro limpo, quieto e sério bebê. “…e uma menina.”
Mas ela já tinha tombado sobre seu travesseiro.
“Padmé, você teve gêmeos”, Obi-Wan disse desesperado. “Eles precisam de você, por favor, resista.”
“Anakin…”
“Anakin não está aqui, Padmé”, disse, embora não acreditasse que ela poderia ouvir.
“Anakin, sinto muito. Sinto tanto…Anakin, por favor, eu amo você…”
Na Força, Obi-Wan sentiu a aproximação de Yoda e levantou o olhar para ver o velho Mestre ao lado de Bail Organa, ambos olhando fixamente o grave problema, pelo painel de observação do quirófano.
A única resposta de Obi-Wan foi um impotente balançar de cabeça.
Padmé estendeu a mão livre, a mão que ela pousou na fronte de seu primeiro filho recém-nascido, e pressionou algo na palma de Obi-Wan.
Por um momento, seus olhos clarearam e ela o reconheceu.
“Obi-Wan…ainda…há bondade nele. Sei que há…ainda…”.
Sua voz debilitou-se até exaurir-se num suspiro e ela quedou-se no travesseiro. Dúzias de diferentes scanners dispararam tons de alarme conflitantes e os médicos dróides o puseram fora da sala.
Ele permaneceu no corredor, lá fora, olhando para o que ela tinha pressionado em sua mão. Era um pendente de algum tipo, um amuleto, com gravações desconhecidas, esculpidas em uma espécie de material orgânico, pendurado em um cordão de couro. Na Força, ele podia sentir traços do toque de sua pele.
Em torno de uma mesa de conferências na Tantive IV, Bail Organa, Obi-Wan Kenobi e Yoda se reuniram para decidir o destino da galáxia.
“Para Naboo, mande seu corpo…”, Yoda esticou o pescoço, elevando a cabeça, como se experimentasse uma corrente na Força. “Grávida, ela ainda deve parecer. Escondidas, seguras, as crianças devem ser mantidas. A fundação da Nova Ordem Jedi, elas serão.”
uma palha da cena pos luta final:
Em Mustafar, abaixo do trovão vermelho de um vulcão, um Lorde Sith já arrebatou da negra areia vítrea a cabeça e o torso carbonizados do que antes fora um homem, e já saltou para o penhasco acima com um poderio sem esforço, e já rugiu a seus clones para que tragam a cápsula médica imediatamente!
O Lorde Sith baixou o homem desmembrado delicadamente no chão frio acima, pousou sua mão sobre a lesada e enegrecida massa que antes fora sua fronte e impôs sua vontade sobre ele.
Viva, Lorde Vader. Viva, meu aprendiz.
Viva.
[FIM SPOILLERS]