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Trilogia - Matrix

Caras.. estou esperando muito o Matrix II, ainda mais com esse eskema de Filosofia e tal (q eu adoro + sou tímido para falar sobre... :oops: ) baixei um clip muito legal e estou empolgadõ =)

só sei que eu não sei nada sobre os Animatrix =(
 
Caras.. estou esperando muito o Matrix II, ainda mais com esse eskema de Filosofia e tal (q eu adoro + sou tímido para falar sobre... )

Não vá ao filme esperando alguma filosofia. Se você quer filosofia, tem outros filmes melhores para te satisfazer.
 
Espero com um filme de ação maravilhoso q vai além do comum pq eh... digamos... um pouco mais inteligente.
E vai ser um filmaço!
 
Eu nao acho q eles se inspiraram especificamente em Ghost in the Shell. Eles trabalharam em cima do conceito de varias historias fantasticas e citar apenas Ghost in the Shell seria desmerecer o trabalho dos caras. A genialidade deles reside no fato de terem feito uma historia incrivel e que apesar das muitas referencias à cultura pop e de um tema ja abordado de outras maneiras, se sustenta por si so. George Lucas tb teve varias fontes de inspiracao e a trilogia dele é cultuada ate hj. Matrix esta apenas começando a ja faz esse barulho todo, tenho certeza q sera cultuada ainda por muito tempo.

Os caras foram geniais sim, nao eh so pq as referencias ja existiam q a historia deles perdeu o merito. Já ouviu falar no Anel de Nibelungo?

Tb to louco pra saber mais sobre o mundo de Matrix, Zion e toda a filosofia da historia !

Esse filme vai ser F***
 
Tb to louco pra saber mais sobre o mundo de Matrix, Zion e toda a filosofia da historia !
*Momento Folco-"Filosodia? :lol: :lol: :lol: " *

Kanawati, não acho que eles não tenham sido geniais. Eu acho o enredo muito bem criado, mas não podemos dizer que fizeram tudo sozinhos.
Eles juntaram várias coisas, isso não faz disso mais fácil ou difícil. Eles criaram algo novo, e tem minah admiração por isso.
 
É, filosofia... Neo/Keanu Reeves descobre viver num sonho (ou num software, ou numa realidade virtual, e que, na realidade, os homens foram derrotados por uma geração de robôs e servem de alimento para esses robôs). Talvez seja o caso lembrar que essa boa idéia veio da filosofia (o famoso 2º grau da dúvida - o argumento do sonho - nas Meditações de Descartes), ou da literatura ("O homem, um dia, emergiu do sono como de um deserto viscoso, olhou a luz vã da tarde que, à primeira vista, confundiu com a aurora e compreendeu que não sonhara", nas Ruínas circulares de Borges), ou, ainda, do próprio cinema (em O Vingador do Futuro também está presente a boa idéia de que num futuro será possível vivermos em duas realidades).
"Matrix" permanece porque, de algum modo, transpira o ar de uma época; uma época em que (em muitos pontos do mundo do consumo) a realidade se confunde com a virtualidade.

O filme é quase uma HQ dos anos em q vivemos em forma de filme.

Eu acho o enredo muito bem criado, mas não podemos dizer que fizeram tudo sozinhos.
Eles juntaram várias coisas

Cara, como a maioria das boas historias... isso nao diminui o merito dos irmãos Wachowski.
E estamos falando de cinema, certo? Um filme nao pode ser bom e ter muitos fas só por ser incrivelmente divertido? Os fãs de filmes q nao entram na categoria "cabeça" sao uns pobres coitados dependentes de George Lucas e Spielberg?

Acho q vcs levam muito à serio alguns diretores por causa de suas pequenas "obras-primas" (questionaveis) e tendem a desmerecer o q cai no gosto do grande publico.
 
Completando meu Post Anterior eu tenho um texto muito legal, da epoca de lançamento do primeiro filme:

O cinema levanta questões que colocam em xeque os conceitos de realidade criados pela razão

Neo: Por que meus olhos doem?

Morpheus: Porque você nunca os usou antes.

(Diálogo do filme "Matrix")

No filme "Matrix", Keanu Reeves descobre que a realidade como a conhecemos é a criação de uma inteligência artificial. É como se vivessemos todos, sem saber, num mundo virtual. E se a "verdade" do filme não for tão fantasiosa assim? A superprodução dos desconhecidos Andy e Larru Wachowski, os irmãos diretores e roteiristas do filme, pode ser interpretada de várias formas - da discussão óbvia sobre a relação homem e tecnologia às metáforas míticas e cristãs, passando ainda pela crítica à sociedade das aparências e falsidades, das pessoas subjugadas pelo "sistema". Mas a questão mais perturbadora do filme é a que coloca em discussão o conceito de realidade.

O pensamento cartesiano (de René Descartes, o da famosa frase "Penso, logo existo") influenciou a cultura ocidental a partir do século XVII, com sua crença de que o mundo poderia ser descrito objetivamente, o que está na base da investigação científica. A razão está acima de qualquer suspeita. Será mesmo? O virtual engana os sentidos e parece tão real quanto o próprio real, que, afinal, revela-se não tão real assim. A simulação cria um perfeito simulacro de realidade, como um sonho tão vívido que, ao "acordarmos", não conseguimos distinguir entre ilusão e verdade.

O homem está preso aos limites da mente

A mente humana cria, por exemplo, a noção de tempo e espaço que, na realidade, não existem. A filosofia oriental já dizia isso, e Einstein comprovou com sua Teoria da Relatividade. A velha comparação entre cérebro e computador é tomada ao extremo por Jorge Braga para explicar o modo como olhamos e apreendemos o mundo. "Cada um de nós tem um Windows dentro de si. Olhamos para o mundo com um software já instalado. ‘Matrix’ é uma viagem em relação a isso". Jorge Braga refere-se à constatação de que, ao nascer, o indivíduo já traz em sua mente um conhecimento herdado de sua espécie, algo como um arcabouço psicológico, uma matriz psiquíca que condiciona a forma como percebemos a realidade.

O assunto foi tratado pela filosofia clássica (e moderna também) e pela psicologia. Os céticos consideravam que a única atitude sensata é a dúvida, na medida em que tudo que conhecemos é captado pelos sentidos e que, portanto, a mente humana se defronta com a incapacidade de conhecer objetivamente. Os idealistas afirmavam que só conhecemos as idéias que fazemos das coisas, isto é, apenas suas representações.

Matriz de equívocos

Platão resumiu em seu mito da caverna a "prisão mental" em que a humanidade vive: por não deixar a caverna, o homem não tem conhecimento do mundo luminoso que existe lá fora e considera as sombras do exterior como a única realidade existente. Ou seja, não temos acesso direto à realidade, pois só entramos em contato com ela através da mediação da linguagem, dos símbolos e dos conceitos, que são limitados.

Os orientais também já reconheciam a impossibilidade de o homem apreender a realidade como ela é, e toda sua filosofia está centrada no desenvolvimento de técnicas e rituais para capacitar a mente a ter uma consciência não conceitual da realidade. No Budismo, o nirvana é o estado mental de libertação total, em que se atinge o despertar, para além de todos os conceitos intelectuais.

Conceitos são criações da mente racional, chegada a distinções intelectuais, a noções de causa e efeito - enfim, são representações do real. A representação da realidade é mais fácil de se apreender do que a própria realidade. A questão é que tomamos os conceitos e os símbolos pela realidade. Os hindus simbolizam este conflito verdade x representação através das figuras de Maha (verdade) e Maya (representação).

Os zen-budistas desenvolveram os chamados Koans, paradoxos que através de afirmações e questionamentos aparentemente absurdos procuram demonstrar as limitações da lógica e do raciocínio. Como este, citado em "O tao da física", de Fritjof Capra: "Você pode procuzir o som de duas mãos batendo uma na outra. Mas qual é o som de uma das mãos"?

A tela recria os mitos modernos

"Vivemos de ilusão", afirma Jorge Braga. Na opinião do psicólogo, "Matrix" é revelador por abordar isto, embora para a maioria do público o que interessa no filme são os efeitos especiais e a ação vertiginosa. "Toda criação nas telas é um mito moderno, a leitura da consciência coletiva. A realidade da cultura é a que está no cinema, principalmente no cinema, que é popular e tem um incrível poder visual, criador de imagens fantásticas. O cinema está para a cultura assim como o sonho está para a pessoa. O sonho é a realidade".

Com Freud, os sonhos passaram a ser entendidos como uma autêntica expressão do homem e estudados como uma forma de compreender o que vai no interior humano, imagens e emoções que ditam nosso comportamento. Segundo Jorge Braga, o sonho é a realidade da pessoa. "Em qualquer imagem sonhada ou imaginada está a verdade". Não é a toa que em "Matrix" o personagem que oferece a Keanu Reeves a possibilidade de conhecer a verdade se chama Morpheus, figura da mitologia grega que é o guardião do sono e desta realidade transpessoal.

"Todos levamos uma vida dupla, quem lida com o virtual sabe disso", ressalta o psicólogo. Anderson, isto é, Neo, o personagem de Reeves em "Matrix", é alguém que leva uma vida dupla. Neo é o nome que Anderson assume em seus contatos virtuais. Simbolicamente, Neo é o Novo que se rebela contra o Velho. "Matrix", na opinião de Braga, é o primeiro filme em que a máquina supera o homem, e este usa a máquina para superá-la. O final, entretanto, deixa margem quanto a isso.

Assim como "Blade runner, o caçador de andróides", um clássico da ficção científica na década de 80, "Matrix" retrata o conflito criador e criatura, em que a criatura se volta contra o criador. "Matrix" também usa e abusa de estruturas míticas e religiosas: Neo é a transfiguração de Cristo, o salvador, com direito até a Maria Madalena e a Judas.

Ainda em "Matrix", a inteligência artificial assume o livre-arbítrio, em mais uma representação do grande temor que o homem enfrenta diante da possibilidade de o computador um dia alcançar a mente humana. "Nada acontece sem que não tenha sido imaginado antes", acredita Braga. No entanto, o psicólogo observa que o homem deusifica o computador quando, na verdade, está olhando num espelho narcísico. "O computador é o espelho do homem, a representação do nosso cérebro".
 
Muito legal esse texto. É como eu li uma vez, sobre um chinês, Chuang-Tsu, que sonhou que era um borboleta. Quando ele acordou, ele não sabia se era um homem que tinha sonhado que era uma borboleta ou se era uma borboleta que estava sonhendo que era homem...

Por isso gosto de Matrix, hehehe. Imaginar que tudo isso não passa de ilusão é algo perturbador e desafiador ao mesmo tempo...
 
Kanawati. Eu concordo que o filem tem uma filosofia. Eu tava tentando satirizar o Folco que vem nas ultiams paginas questionando a filosofia do Homem.

Acompanhando o dialogo inicial do teto, lembrando que morpheus diz, a matrix eh colocada na nossa frente, e acreditamos nela.

Ou ainda nas cenas de luta, quando ele questioan Neo por eles estar perdendo. Você acha que força e velocidade valem neste mundo?(a matrix)

E sim concordo com o que falou da filosofia..e com o que o smeagol postou da borboleta.

E só apra constar, dificilmente eu olho o diretor do filme. Julgar o filme pelo diretor é ridículo.

Sou fan de matrix, toh pensando em ver ele d enovo hoje...quem sabe ver se jah consigo falar 50%das falas corretamente....

só vo deixar um comentário, quando alguemq eu não viu matrix me pergunta se é bom eu simplesmente tenho vontade de dizer:

"Unfortunately no one can be told what the matrix is, you have to see it for yourself"
 
Eu vi hj de novo! :mrgreen:

Neo, a mensagem nao foi direcionada a ninguem, desculpe se te dei essa impressao! :oops:

Vc ja leu aquela serie "Marvels"? Que mostrava como uma pessoa comum via a presença dos super-herois no seu dia a dia? Eu achei isso genial, e nesse ultimo Animatrix (Detective Story) eles partem quase do mesmo principio: um detetive foi contratado para encontrar uma famosa Hacker (Trinity) e ve a sua vida de pernas pro ar qd finalmente a encontra. Esse tema poderia ser mais abordado em Matrix... a visao de pessoas comuns diante do inexplicavel. Eu tenho aqui trechos de um outro Animatrix q se passa em uma casa "fantasma". Umas crianças brincam em um lugar (se eu entendi direito) onde a Matrix "falha" em simular a realidade. Parece q vai ser estupidamente bom, mal posso esperar!
 
Isso mesmo. Todo mundo se inspira em todo mundo. Os diretores do Matrix se inspiraram em anime (entre outras coisas). Tolkien se inspirou em na mitologia nórdica, em Wagner e nas obras dos companheiros dele como CS Lewis. Shakespeare foi o que mais usou influências (e até cometeu plágio). Mesmo assim, ele continua um dos maiores escritores de todos os tempos.

"A originalidade é saber esconder suas fontes." - Mark Hein-Hagen
 
"Originality is undetected plagiarism." - William R. Inge

Mas isso não muda o fato de que Matrix copiou totalmente o desenho Ghost In The Shell, sem falar na HQ que o V mencionou para mim um dia, que eu esqueço o nome agora(Invisibles, ou algo assim).

E a "filosofia" em Matrix é totalmente inexplorada, praticamente um disfarçe para o filme parecer algo a mais do que realmente é. A vida é um sonho, uau. Só pq tem uma historinha de ficção não faz o filme ser mais do que um simples filme de ação. O filme não pergunta nada além de questionar a realidade (e faz isso repetidamente, tratando o espectador como um idiota), uma coisa já feita várias vezes em filmes, livros, etc. E além disso, ele ainda resolve todas as suas questões com artes marciais. Está na cara que os Watchowski nunca planejavam dar alguma densidade para o filme além do óbvio. Se quisessem, talvez tivessem deixado o Kung Fu de lado um pouco e tentado resolver os conflitos do filme de uma outra forma, ou pelo menos começar a explorar, nem que seja um pouco, do universo que o filme cria. Mas isso não acontece.
 
Hehehehe, o Folco e suas opiniões.

Concordo em algumas coisas com você. Mas acho que se o filme tivesse menos Kung Fu e mais filosofia, não teria feito o sucesso que fez (eu sei, por isso ele é um filme pra massa, um blockbuster).

Um dia ainda vou ver um filme com você aqui em Goiânia e ver qual serão seus comentários ao final do filme... :lol:
 
Smeagol disse:
Mas acho que se o filme tivesse menos Kung Fu e mais filosofia, não teria feito o sucesso que fez (eu sei, por isso ele é um filme pra massa, um blockbuster).

Exatamente.

Não que o filme precise de menos Kung Fu. Só alguma coisa inteligente a dizer além de "nós vivemos em um sonho".
 
Mas isso não acontece.

o que não desmerece o filme como um todo... mesmo não explorando a filosofia de um modo mais profundo, ele pelo menos se dá ao trabalho de nos instigar com ela... se não foss essa história de "vivemos num mundo de ilusões" o filme nunca teria feito tanto sucesso...seria apenas mais um filme de artes marciais...

Editado: odeio quando abro uma página e demoro pra responder...
 
o que não desmerece o filme como um todo... mesmo não explorando a filosofia de um modo mais profundo, ele pelo menos se dá ao trabalho de nos instigar com ela... se não foss essa história de "vivemos num mundo de ilusões" o filme nunca teria feito tanto sucesso...seria apenas mais um filme de artes marciais...

É o que eu acho também. É bem dosado no filme a parte de ação com a parte "filosofal" (principalmente para leigos, como eu. Claro que um cara que conhece um pouco mais de filosofia vai achar bem fraca essa parte no filme...).
 

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