Gente... fui na
Cultura, o livro indicado é da Cia da Letras - Preço: R$ 27,00 - Número de páginas: 336
ISBN: 856356059X - ISBN-13: 9788563560599
Idioma: PORTUGUÊS - Encadernação: BROCHURA - Dimensão: 20 X 13 cm
Edição: 1° - Ano de Lançamento: 2013 - Peso: 0,32
Procurei uma edição que não me deixasse a ver navios, já que, só minha amizade irrestrita e carinho pelos colegas, me fazem olhar para o passado brasileiro. Daí FUI A SARAIVA.
A Coleção de bolso da Saraiva tem Biografia, introdução e notas:
M. Cavalcanti Proença, necessários para eu me situar. Com 296 páginas, bem longe das 190 que o pessoal está falando no tópico. R$12,00 - nos dias 9, 19 e 29 tem 20% de desconto. Comprei dia 29
I.S.B.N.: 9788520927045 - Cód. Barras: 9788520927045 - Reduzido: 3649496
Altura: 17,5 cm. x Largura: 10,5 cm. x Profundidade: 1 cm. - Acabamento : Brochura
Edição : 1 / 2011 - Idioma : Português - País de Origem : Brasil
Número de Paginas : 296 - Grau : Ensino Médio
1829 - 1° / Maio - Messejana - bairro de Fortaleza-CE - Nasce José Martiniano de Alencar, fruto do amor entre um Padre e sua prima, que abandona a batina e torna-se Senador.
Em 1837, seu pai deixa a presidência do Ceará e volta ao Rio de Janeiro. José de Alencar está com 8 anos e esta viagem se faz pelo interior, de Fortaleza até o rio São Francisco e daí até Salvador. O conhecimento do sertão deixará marcas inapagáveis na memória do menino José e será uma evocação permanente na obra do romancista.
Com 11 anos, lendo muito bem, José é leitor dos serões em que a mãe, a tia e algumas pessoas se reúnem para ouvir romances de "amor contrariado", histórias de esposas caluniadas que, no capítulo final, são, afinal, desagravadas, enquanto os carrascos e os maus recebem o castigo pelo falso levantado. Na mesma casa, entretanto, se planeja a revolução de 1842... Frustrada a conspiração, dela partem e a ela aportam pessoas estranha, de sussurrantes vozes e pesados silêncios; os derrotados, procurando escapar às perseguições. Mas o tempo é de criança não se meter em conversas de mais velho, quanto mais em planos revolucionários! O que ninguém podia proibir ao menino era adivinhar e pressentir, e perceber; silencioso, sofrido, tenso, aprende fatos, interpreta notícias. E vem, talvez, dessa conjura fracassada o seu plano de escrever uma história dos movimentos rebeldes no Nordeste.
1846 está em São Paulo, na Faculdade do Largo de São Francisco, à sombra daquelas arcadas onde se pode dizer que nasceu grande parte da literatura romântica do Brasil. É um estudante sério, pouco dado as loucuras boêmias, a ênfase em seus estudos de francês, a leitura de Balzac, Victor Hugo e Chateaubriand, a aquisição do artesanato literário, o singulariza entre os nossos românticos.
1848 tem que se transferir para a Faculdade de Direito de Olinda. Lá, a paisagem evocativa de um passado heroico e as bibliotecas das comunidades religiosas lhe abrem ao espírito as largas perspectivas do romance histórico,
Alma de Lázaro e
Guerra dos Mascates estão diretamente ligados a essa permanência em Pernambuco; podem situar-se na mesma linha
O ermitão da Glória e
O garatuja, embora tenham como cenário o Rio de Janeiro.
Aproveitando a proximidade, vai ao Ceará; o reencontro da paisagem natal reaviva-lhe o encantamento pelos índios, a admiração pelo conhecimento que possuíam da terra, íntimos das plantas e dos animais silvestres, quase miraculoso para o entusiasmo do jovem estudante.
Mais tarde contará que nessa ocasião se delineiam os primeiros sinais de O guarani, e também de Iracema, embora a distância de oito anos que haveria entre um e outro.
...
José de Alencar confessa que procurava na literatura "diversão à tristeza que (lhe) infundia o estado da Pátria" (Iracema, 1865). Frase cujo sentido se completa nesta outra em que mal se revela uma alusão ao seu caso pessoal: "Quando as letras, entre nós, forem uma profissão, talentos que hoje aí buscam apenas passatempo ao espírito, convergirão para tão nobre esfera suas poderosas faculdades". Note-se, a propósito, a abundância de sua produção no campo da jurisprudência e da política, da crítica literária e da filosofia (cerca de 42 trabalhos), e compare-se com o volume da obra de ficção que não chegou a 20 romances.
Do ponto de vista nacional, é ele o nosso mais importante escritor, em 20 anos de ofício literário, levantou em seus romances um retrato do Brasil.
Um brasileiro que merece muitos aplausos e que pagou um preço elevado, como todas as pessoas sérias e comprometidas com seu tempo. As divergências com D. Pedro II tolheram sua carreira (sei lá quando terá fim essa vergonha na política brasileira). Deixo um link, para quem gosta de mergulhar, quando lê uma obra, que mostra as posições de José de Alencar que tornaram sérias, talvez, as diferenças de pontos de vista, com o imperador.
Link:
http://www.revistaaopedaletra.net/volumes/Volume%2013.1/Vol-13-1-Genesson-Johnny-Lima-Santos.pdf
M. Cavalcanti Proença foi muito feliz em sua biografia. Para quem ainda não comprou, recomendo. É claro que tem muito mais, dei umas pinceladas apenas.
Estou, ainda, terminando a leitura da:
Primeira Parte - O PREÇO
Muito do esforço feminino em parecer interessante, naqueles tempos, como a imagem de um anjo que se move como se deslizasse, sem suar em uma temperatura absurda, cheia de panos. Parecer soberba, soberana, quando se é tão festejada como a protagonista, cantar liricamente, tocar piano e ser linda, é muito bem retratado em Senhora. Mostra muito de como se comportam as moças de 18 anos até hoje, um pouco esnobes, os comentários com a amiga, de repente começam a ficar estranhas, um brilho que lhes dá encanto, desassossego...
Ainda, Aurélia era perspicaz, facilidade em operações aritméticas por muito difícil e intrincadas que fossem, não havia nela nem sombra do ridículo pedantismo de certas moças que,
tendo colhido em leituras superficiais algumas noções vagas, se metem a tagarelar de tudo. Ou seja, ela tinha cérebro, por enquanto parece... Em um livro romântico, a mocinha é inteligente!
Estou passada com esse José de Alencar, por enquanto, pode-se dizer, que ele olhava mesmo para as mulheres, não fazia de conta, como era o costume local.
Leio mais e volto.