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ja li o livros mas vou le-lo mais uma vez para discutir.. as discussoes vao ser nesse topico mesmo....( diago aqui memso )..
desculpe mas vc disse assim : ( Coloquei lá no primeiro post mas repito aqui.) E por isso perguntei..
Obrigado pela paciencia.
Povo Leitor!!!!!!
Que sensação engraçada ao começar reler a obra.
Resgatei a mesma angústia que senti qdo o li pela primeira vez. Naquela época, talvez minha indignação fosse mais superficial.....não tinha muita experiência de vida e assim....me limitava a indignação frente ao controle absoluto sobre a vida alheia.
Hoje, depois de ser responsável pelo desenvolvimento de meus filhos, preocupada em oferecer estímulos certos pra "mudarem de fase" a cada nova jogada que a vida impõe, fico chocada com o conteúdo do livro.
No terceiro capítulo achei muito interessante a maneira como Huxley apresenta várias cenas acontecendo ao mesmo tempo, a troca de confidências entre Lenina e sua amiga Fanny, Bernard Marx conversando com seu colega, Sua Fordeza Mustafá Mond com os estudantes, etc.
Não sei se os demais foristas gostaram desse jeito de narração.
Mas confesso que me senti mal com a parte dos bebês da casta Delta sendo condicionados a rejeitar flores e livros.
Fiquei com dor de cabeça quando li essa parte.
Rosas e choques elétricos, o cáqui dos Deltas e exalações de assa-fétida -- indissolùvelmente ligados antes de a criança poder falar. Mas o condicionamento sem palavras é imperfeito e global; não pode proporcionar as distinções mais sutis, não pode inculcar os padrões mais complexos de comportamento. Para êsses deve-se poder dispor da palavra, mas palavras sem raciocínio. Em suma, da hipnopédia.
(p. 52, final do cap. 2)
Fora, no jardim, era recreio. Ao sol quente de junho, seis ou sete meninos e meninas corriam nus sôbre a grama, dando gritos estridentes, ou jogavam bola, ou bem se distraíam acocorados silenciosamente em grupos de dois ou três entre os arbustos em flor. (...) O ar estava acalentador com o murmúrio das abelhas e dos helicópteros.
(p. 55, começo do cap. 3)
Go, said the bird, for the leaves were full of children,
Hidden excitedly, containing laughter.
(de Burnt Norton, parte I)
No terceiro capítulo achei muito interessante a maneira como Huxley apresenta várias cenas acontecendo ao mesmo tempo, a troca de confidências entre Lenina e sua amiga Fanny, Bernard Marx conversando com seu colega, Sua Fordeza Mustafá Mond com os estudantes, etc.
Não sei se os demais foristas gostaram desse jeito de narração.
Outra parte que só dei uma passada de olhos mesmo, e que vi que vocês já abordaram, é a parte da educação das crianças. Também fiquei chocado quando li com esse tratamento com base em eletrochoques... Se bem que o tratamento de ensino durante o sono é também muito violento. Estão usurpando, meio que literalmente, os sonhos dessas crianças. Como disseram:
É de quando tem uma voz dizendo pras crianças Delta etc que elas são estúpidas e são burras...
E pensar que esse tipo de coisa não é tão irreal quanto se pensa, não é mesmo? Quantas crianças não cresceram ouvindo de seus pais, professores, dos adultos que são burras, que isso, que aquilo, simplesmente porque elas não se encaixavam, não se adaptavam a UMA forma específica de aprender? A uma forma que não engloba as múltiplas possibilidades de aprendizado? Uma forma "imperfeita e global", que "não pode proporcionar as distinções mais sutis, não pode inculcar os padrões mais complexos de comportamento", mas tão somente "palavras sem raciocínio"?
Uma coisa bacana no livro está sendo descobrir os nomes dos personagens, todos nomes de figuras famosas ligadas aos mundos da ciência, do comunismo, totalitarismo e do capitalismo.
Ford, Rothschild, Hoover, Helmholtz, Deterding;
Marx, Bakunin, Lenin, Bradlaugh, Benito.
Alguém descobriu mais dessas referências?
Bernard Marx detesta tudo isso e parece que será o herói da história.
Parece que ele é o revolucionário, mas é evidente que está apaixonado pela linda e fútil Lenina.
Fútil, que não se importa (parece que até gosta) de ser vista como um pedaço de carne, mas muito linda.
Claro que Bernard Marx não ia se apaixonar por uma moça feia como ele ou de casta mais baixa, né?
(...)
Aliás, eu não sei quem é mais irritante, a Lenina repetindo aquelas frases feitas ("estou tão feliz de não ser uma ípsilon!") ou a pose pseudo-revoltada do Bernard Marx querendo ser "iconoclasta" e "irreverente" ao mesmo tempo que se preocupa com o quanto vai gastar por ter deixado a torneira de perfume aberta, além de ficar com o cu na mão ao saber que provavelmente será transferido pra Islândia.
-- Como você se chama?
-- Polly Trotsky.
-- É um nome excelente, disse o Diretor. Agora corra e vá ver se encontra outro menino para brincar.
A menina fugiu saltando entre os arbustos até se perder de vista.
Lar, lar -- alguns quartos exíguos e sufocantes (...); uma prisão sem condições de esterilidade; escuridão, doença, mau cheiro.
(...)
Lenina saiu do banho, enxugou-se, pegou um longo tubo flexível ligado numa parede, colocou o bocal no peito como se pretendesse suicidar-se, apertou o gatilho. Uma onda de ar tépido empoou-a com o mais fino talco. (...)
O lar era tão sujo psíquica quanto fisicamente. Psiquicamente, era uma toca de coelho, um monturo, fervente de atritos da vida apertada e amontoada, enfumaçado pelas emoções. Que intimidades sufocantes, que relações perigosas, insanas, obscenas entre os membros do grupo familiar!
Não é irônico isso? E isso lembra, de certo modo, o próprio Marx... Alguns pensadores modernos, como Slavoj Zizek, acusam a obra marxiana de não ser revolucionária o suficiente. Marx analisou magistralmente o capitalismo, mas possui falhas graves ao propor um conceito de superação do mesmo. Ele é iconoclasta, e eu diria até mesmo que é irreverente (basta ler obras dele [e do Engels] como "A Ideologia Alemã"), mas parece ir até aí. "Só isso".
Outra passagem interessante, com cutucadas a fundo da Revolução Russa, foi essa aqui, no capítulo 3:
-- Como você se chama?
-- Polly Trotsky.
-- É um nome excelente, disse o Diretor. Agora corra e vá ver se encontra outro menino para brincar.
A menina fugiu saltando entre os arbustos até se perder de vista.
Qualquer pessoa que conhece um mínimo da vida do Trotsky sabe ver o gritante que essa cena, tão pequena, mostra...
No link que passei mostra também como o Stálin buscou apagar o Trotsky da história. Acho uma coisa ainda mais brutal que a morte física... Não sei se o Huxley aborda muito disso; tenho a ligeira impressão de que esse tema de apagar a história (pois apagar a história é apagar o presente e inviabilizar o futuro) foi tratado pelo Orwell.
Eles não têm religião nem Deus, mas têm Ford.
Qual a relação disso com o Ford que conhecemos, e que também foi o criador do Ford T?
Ainda não entendi essa referência.
Bernard Marx detesta tudo isso e parece que será o herói da história.
Parece que ele é o revolucionário, mas é evidente que está apaixonado pela linda e fútil Lenina.
Fútil, que não se importa (parece que até gosta) de ser vista como um pedaço de carne, mas muito linda.
Claro que Bernard Marx não ia se apaixonar por uma moça feia como ele ou de casta mais baixa, né?
(Revolucionário meu koo.)
Para a psicóloga Ana Letícia Pereira, 30, o capítulo foi bastante proveitoso. Ela acredita que perdeu um partidão por ter feito um pedido diretamente para o garçom durante um jantar. "Demonstrei ser independente demais."
O que se fala à mesa também é importante: nada de tagarelar sobre trabalho. "Deixe esse assunto para eles, que já se sentem muito inferiorizados", ensina.
As magnéticas são maleáveis, "batem cabelo" (jogo de cabeça para os lados), quebram os pulsos (sim, desmunhecar) e movem os quadris enquanto conversam.
Quem quer relacionamentos duradouros não deve transar na primeira noite, e o homem é quem paga o primeiro jantar. Mas a magnética também pode ser ousada e ligar no dia seguinte para agradecer o passeio.