O duelo:
Um duelo é um tipo muito controlado de briga. Em um duelo, dois homens se enfrentam em termos iguais (somente em ocasiões muito raras as mulheres duelavam). Os duelos seguem um conjunto de regras acordadas, começa em um horário específico e em um determinado lugar. A palavra vem do termo em latim duellum, uma contração de duo (dois) ebellum (guerra).
Geralmente, os duelos não aconteciam espontaneamente. Um homem desafiaria o outro, que geralmente responderia direcionando outras questões para seu padrinho. Um padrinho era um amigo que se unia para ajudar a preparar suas armas, se certificava de que o outro duelista não iria fazer uma emboscada e de que as regras do duelo estavam sendo seguidas. Os padrinhos também deviam tentar acalmar a situação que levara ao duelo conseguindo uma desculpa de uma parte para a outra. Na verdade, os padrinhos acabavam brigando um com o outro ao lado dos duelistas principais. Às vezes, havia outros padrinhos na briga. Em todos os casos, depois de um homem fazer o desafio, os padrinhos arranjariam todos os detalhes. O processo poderia levar dias.
Quando um duelo era declarado, qualquer arma poderia ser usada, desde que o desafiante ou seu adversário fizessem a escolha dependendo de qual conjunto de regras estava em uso.
O desafiado tinha o direito de escolher suas próprias armas, a menos que o desafiante desse sua palavra de honra de que ele não era um espadachim. Em seguida, entretanto, ele podia recusar qualquer outra espécie de arma proposta pelo desafiado.
Por muitos séculos, a escolha era limitada a vários tipos de espadas. Mais tarde, quando as armas eram usadas nos duelos, determinados conjuntos de regras indicavam que apenas espingardas de calibre leve eram aceitas, ao contrário dos rifles que faziam a bala girar dando grande precisão e alcance. Muitas das regras do duelo pareciam formuladas para evitar a morte e ferimento ou pelo menos para reduzir as probabilidades. Por exemplo, às vezes era pedido que os duelistas se enfrentassem a uma distância, apenas virando para atirar quando o sinal apropriado fosse dado. Isso não dava a eles tempo suficiente para mirar bem suas armas.
O perdedor de um duelo estava praticamente à mercê do vencedor, que poderia escolher, preservar a vida do adversário ou matá-lo. A etiqueta do duelo também dava ao vencedor o direito de profanar o corpo do rival da maneira que ele quisesse. Isso geralmente acontecia em forma de decapitação e colocação da cabeça em local público.
As regras:
Em 1777, um comitê de irlandeses escreveu um código de duelo que viria a ser muito usado em toda a Europa e América. O código irlandês de 1777 foi chamado de Código de Duelo. Esse código era tão popular que as pessoas do mundo todo o viam como as regras "oficiais" do duelo. Na verdade, a Marinha Americana incluiu o texto do Código de Duelo no manual do estudante de academia naval até que os duelos realizados pelos oficiais da marinha finalmente fossem banidos em 1862.
Os destaques das regras incluem os passos de uma desculpa, que poderia cancelar o duelo, a etiqueta própria do duelo em termos de comportamento digno, o papel dos padrinhos, etc.
Talvez uma das mais importantes regras do duelo não envolva a mecânica do próprio duelo, mas, ao contrário, quem tem permissão para duelar. Na Europa medieval, duelar era o esporte do homem nobre de berço. Embora os plebeus lutassem e certamente se enfrentassem em competições que podiam ser chamadas de duelos, um duelo de limite de honra verdadeiro tinha de ser realizado entre dois homens de posição nobre. A economia era das razões: as espadas eram armas caras e nem todos os camponeses tinham uma. Mas isso também significava a distinção das classes superior e inferior. Muitos países tinham leis proibindo os plebeus de lutar entre si, enquanto se esperava que os duques, príncipes e reis duelassem.