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Clube de Leitura 27º Livro: Memórias Póstumas de Brás Cubas (Machado de Assis)

Requeri no Skoob Plus a edição da Ateliê, de Memórias Póstumas.
Há, pois, chance de eu reler esse ano. Mas não há chance de eu conseguir acompanhar o cronograma aqui. :dente:
 
vou dar meus 2 centavos sobre o formato já que comentaram na página anterior: eu lembro que a gente usava esse formato para o clube de leitura ainda no meia palavra e era super frustrante não só porque muita gente não seguia o cronograma, mas porque ficava uma coisa meio "hum, gostei disso" e não nascia discussão nenhuma, era só tapinha nas costas do escritor e buenas.

desde então eu tenho pensado bastante no que seria um bom modelo para um clube, ainda mais em um meio de comunicação assíncrona como é o fórum. e a conclusão que cheguei é a coisa mais professorinha que vive dentro de mim, mas...

... o clube precisa de um moderador. por moderador não digo alguém para apagar post e coisas do tipo, é a pessoa para mediar a discussão. ou ainda, criar de fato uma discussão. não precisa ser um moderador do fórum - mas alguém que conheça bem a obra a ser discutida ao ponto de saber quais temas trazer para o debate.

uma coisa parecida com a dúvida do mercúcio fez ao trazer aquela discussão sobre MAS POR QUE ESCREVER O LIVRO lá no tópico do dom casmurro, mas aí lógico, mais do que uma pergunta. e aí é claro que não seria proposto um cronograma, mas um prazo limite para a leitura (eu acho que um livro por mês está mais do que bom) - e quando começasse a discussão, ela seria ampla e mesmo quem já leu o livro em um outro momento poderia participar porque não teria o problema de passar na frente de coisas que só acontecerão em capítulos mais avançados.

não sei se fui clara, mas seria mais ou menos assim: quem sugerir livro para o clube já sugere sabendo que será moderador. digamos que o pirilampo sabido sugere o voo da borboleta rosa e esse livro ganha a enquete. então todo mundo tem um mês para ler, e o pirilampo sabido tem um mês para elaborar questões para trazer para o debate.

quando falei que é a coisa mais professorinha que vive dentro de mim é porque a mediação é uma coisa que exigiria um plano, é claro. e o plano demanda mais tempo que criar o cronograma de leitura, então eu sei que o problema desse formato seria achar alguém disposto a gastar o tempo com algo que no fim é mero entretenimento nosso. mas enfim, fica aí a sugestão.
 
vou dar meus 2 centavos sobre o formato já que comentaram na página anterior: eu lembro que a gente usava esse formato para o clube de leitura ainda no meia palavra e era super frustrante não só porque muita gente não seguia o cronograma, mas porque ficava uma coisa meio "hum, gostei disso" e não nascia discussão nenhuma, era só tapinha nas costas do escritor e buenas.

desde então eu tenho pensado bastante no que seria um bom modelo para um clube, ainda mais em um meio de comunicação assíncrona como é o fórum. e a conclusão que cheguei é a coisa mais professorinha que vive dentro de mim, mas...

... o clube precisa de um moderador. por moderador não digo alguém para apagar post e coisas do tipo, é a pessoa para mediar a discussão. ou ainda, criar de fato uma discussão. não precisa ser um moderador do fórum - mas alguém que conheça bem a obra a ser discutida ao ponto de saber quais temas trazer para o debate.

uma coisa parecida com a dúvida do mercúcio fez ao trazer aquela discussão sobre MAS POR QUE ESCREVER O LIVRO lá no tópico do dom casmurro, mas aí lógico, mais do que uma pergunta. e aí é claro que não seria proposto um cronograma, mas um prazo limite para a leitura (eu acho que um livro por mês está mais do que bom) - e quando começasse a discussão, ela seria ampla e mesmo quem já leu o livro em um outro momento poderia participar porque não teria o problema de passar na frente de coisas que só acontecerão em capítulos mais avançados.

não sei se fui clara, mas seria mais ou menos assim: quem sugerir livro para o clube já sugere sabendo que será moderador. digamos que o pirilampo sabido sugere o voo da borboleta rosa e esse livro ganha a enquete. então todo mundo tem um mês para ler, e o pirilampo sabido tem um mês para elaborar questões para trazer para o debate.

quando falei que é a coisa mais professorinha que vive dentro de mim é porque a mediação é uma coisa que exigiria um plano, é claro. e o plano demanda mais tempo que criar o cronograma de leitura, então eu sei que o problema desse formato seria achar alguém disposto a gastar o tempo com algo que no fim é mero entretenimento nosso. mas enfim, fica aí a sugestão.
Em resumo, está faltando a prova de literatura :mrgreen:
Aquelas perguntinhas que fazem a gente voltar no livro todo e, quando respondidas em voz alta, a classe podia debater.

Só não sei se a pessoa que indicou ficar como a responsável por isso seria a melhor ideia, porque as vezes quem indicou também nunca leu e pode deixar passar coisas.

E se todos ao lerem, bolassem perguntas com base nas suas reflexões e ai com o conjunto delas, a gente começasse a debater após a leitura?

Lembro que, quando participei do clube do meia, eu fui anotando o que achava dos pedaços que me chamaram mais a atenção e ai fui trazendo isso conforme o cronograma para o topico.
 
Quase mandei um haha pelo pirilampo sabido. :lol:

A outra opção seria tentar levar o clube para a discussão síncrona mediante Google Meet ou similar. #juranéam
 
Em resumo, está faltando a prova de literatura :mrgreen:
Aquelas perguntinhas que fazem a gente voltar no livro todo e, quando respondidas em voz alta, a classe podia debater.

Só não sei se a pessoa que indicou ficar como a responsável por isso seria a melhor ideia, porque as vezes quem indicou também nunca leu e pode deixar passar coisas.

E se todos ao lerem, bolassem perguntas com base nas suas reflexões e ai com o conjunto delas, a gente começasse a debater após a leitura?

vc compreende que todos lerem e bolar perguntas meio que já seria a proposta desse modelo atual, né?

Lembro que, quando participei do clube do meia, eu fui anotando o que achava dos pedaços que me chamaram mais a atenção e ai fui trazendo isso conforme o cronograma para o topico.

isso é legal, mas o que acontece é que muitas vezes a pessoa traz o que chama a atenção sem qualquer comentário, só o trecho. a questão principal, o que falta no clube mais do que seguir ou não cronograma é o debate.
 
vc compreende que todos lerem e bolar perguntas meio que já seria a proposta desse modelo atual, né?
Mais ou menos. Se for, o povo não ta fazendo :dente:

isso é legal, mas o que acontece é que muitas vezes a pessoa traz o que chama a atenção sem qualquer comentário, só o trecho. a questão principal, o que falta no clube mais do que seguir ou não cronograma é o debate.
Concordo.

Meu receio com a ideia de centralizar é as vezes não se conseguir formular as perguntas...
Talvez possamos tentar a ideia de um moderador que inicie a discussão com as perguntas, mas deixar em aberto o pessoal trazer algo que não foi colocado pelo moderador(talvez já estivesse implicito na sua ideia, mas quando li a primeira vez não tive essa impressão rs)

A ideia de dar um prazo pra leitura toda eu acho legal, deve trazer mais dinamismo mesmo quando começarmos o debate.
 
vou dar meus 2 centavos sobre o formato já que comentaram na página anterior: eu lembro que a gente usava esse formato para o clube de leitura ainda no meia palavra e era super frustrante não só porque muita gente não seguia o cronograma, mas porque ficava uma coisa meio "hum, gostei disso" e não nascia discussão nenhuma, era só tapinha nas costas do escritor e buenas.

desde então eu tenho pensado bastante no que seria um bom modelo para um clube, ainda mais em um meio de comunicação assíncrona como é o fórum. e a conclusão que cheguei é a coisa mais professorinha que vive dentro de mim, mas...

... o clube precisa de um moderador. por moderador não digo alguém para apagar post e coisas do tipo, é a pessoa para mediar a discussão. ou ainda, criar de fato uma discussão. não precisa ser um moderador do fórum - mas alguém que conheça bem a obra a ser discutida ao ponto de saber quais temas trazer para o debate.

uma coisa parecida com a dúvida do mercúcio fez ao trazer aquela discussão sobre MAS POR QUE ESCREVER O LIVRO lá no tópico do dom casmurro, mas aí lógico, mais do que uma pergunta. e aí é claro que não seria proposto um cronograma, mas um prazo limite para a leitura (eu acho que um livro por mês está mais do que bom) - e quando começasse a discussão, ela seria ampla e mesmo quem já leu o livro em um outro momento poderia participar porque não teria o problema de passar na frente de coisas que só acontecerão em capítulos mais avançados.

não sei se fui clara, mas seria mais ou menos assim: quem sugerir livro para o clube já sugere sabendo que será moderador. digamos que o pirilampo sabido sugere o voo da borboleta rosa e esse livro ganha a enquete. então todo mundo tem um mês para ler, e o pirilampo sabido tem um mês para elaborar questões para trazer para o debate.

quando falei que é a coisa mais professorinha que vive dentro de mim é porque a mediação é uma coisa que exigiria um plano, é claro. e o plano demanda mais tempo que criar o cronograma de leitura, então eu sei que o problema desse formato seria achar alguém disposto a gastar o tempo com algo que no fim é mero entretenimento nosso. mas enfim, fica aí a sugestão.
Perfeito!

Quase mandei um haha pelo pirilampo sabido. :lol:

A outra opção seria tentar levar o clube para a discussão síncrona mediante Google Meet ou similar. #juranéam
Uma boa também, mas:
1) Mesmo nesse modelo, funcionaria melhor com um moderador e questões previamente formuladas, para nortear a discussão;
2) Eu e o @Mercúcio já propusemos algo parecido e não rolou. As pessoas são tímidas. 😌
 
Mais ou menos. Se for, o povo não ta fazendo :dente:
pois
acho que em partes é o problema do cronograma. vc tenta não se antecipar, não atropelar a leitura de quem ainda não leu e aí não dá para comentar o negócio. além disso, normalmente os grandes debates sobre livros são frutos de uma leitura completa, não de pedaços de um livro.

falando do brás cubas, por exemplo, eu acho que a coisa mais legal do livro é que ele é um tremendo de um fdp, mas o público do machado na época era essencialmente um monte de brás cubas (e aí as dúvidas: eles sentiram que estavam tomando tapinhas nas costas? eles se reconheceram ali?). claro que eu posso chegar aqui e pontuar que eu adoro com paixão o capítulo da borboleta preta, mas compreende que aí é mais um compartilhamento de opiniões do que um debate propriamente dito?


Concordo.

Meu receio com a ideia de centralizar é as vezes não se conseguir formular as perguntas...

a ideia do moderador ser alguém que conhece o livro é justamente por causa disso. eu se fosse sugerir um livro, sugeriria um que a) acho massa - portanto já li e gostaria de apresentar para outras pessoas e b) procuraria um que gere debate. claro, isso considerando que é um clube de leitura, não uma reading party nos moldes "vamos todo mundo apertar play juntos nesse filme aqui".

Talvez possamos tentar a ideia de um moderador que inicie a discussão com as perguntas, mas deixar em aberto o pessoal trazer algo que não foi colocado pelo moderador(talvez já estivesse implicito na sua ideia, mas quando li a primeira vez não tive essa impressão rs)

está implícito quando falo em "gerar debate". debate é isso, todo mundo trazendo colaboração. o moderador é quem faz a mediação e quem traz a fagulha para iniciar a discussão, mas sem a participação dos outros leitores é só ele falando sozinho. se ele traz uma questão e isso faz com que fulano traga outra complementar, e a discussão da complementar se prolongue, ele não precisa necessariamente usar todas as perguntas que programou anteriormente para fazer - o debate ganhou vida.

(e o legal é que pode continuar para sempre, a discussão não precisa morrer quando começar a discussão de outro livro)
 
Daí tem que ser a @Melian pra conduzir a conversa. Ela meio que tem vocação pra isso néam #professora :dente:
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ela tem vocação pra mediação literária :yep: não quero dar pitaco e aí arrumar trabalho para os outros, mas se eu fosse escolher alguém para mediar debate sobre brás cubas, seria a melian.
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Gente, fico até emocionada por ter sido lembrada indicada ao Oscar (Olá, Margot Robbie! :tchau:) para mediar um debate literário sobre o meu livro preferido, mas eu sou muito tímida pra essas coisas.​
 
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Gente, fico até emocionada por ter sido lembrada indicada ao Oscar (Olá, Margot Robbie! :tchau:) para mediar um debate literário sobre o meu livro preferido, mas eu sou muito tímida pra essas coisas.​
Apois se avexe que você nasceu pra isso!
 
Eita que tive um insight que pode trazer alguns questionamentos para a conversa. Antes, porém, preciso reler um conto do Machado, para averiguar um negócio.​
 
A outra opção seria tentar levar o clube para a discussão síncrona mediante Google Meet ou similar. #juranéam

Eu acho que essa forma seria ideal por dar aquela motivada para ler por medo de perder algo #exclusivo e tals; mas, realmente, teria seus problemas (ou limitações); além do que o Eriadan já falou das pessoas serem tímidas (por mais que a gente poderia deixar todos à vontade para, se quiser, não mostrar o rosto nem a voz, apenas digitar no chat), teria o porém de não ficar um registro aqui...
 
É consenso entre os críticos machadianos que nos textos do escritor fluminense nada é aleatório. Esse, talvez, seja um dos motivos pelos quais os textos deste Bruxo despertem, tanto, a nossa curiosidade e, claro, nos deixem sem rumo. Memórias póstumas de Brás Cubas, ainda bem, é uma fonte inesgotável de maravilhosas interpretações literárias. E as argumentações que melhor se sustentam são as que partem deste já tão comentado, mas que não pode ser esquecido, narrador.

Aqui, recorro a Roberto Schwartz, que chama Brás Cubas de narrador volúvel, que muda de assunto com a velocidade de um piscar de olhos, que insulta o leitor, e que tem todo o poder narrativo para passar por escolas literárias e tradições filosóficas de modo superficial e voltar ao vazio, porque esta é a FORMA do livro. E isso tem um propósito: colar a forma do romance: fragmentado — com adornos que encobrem vazios — à constituição da sociedade brasileira.

Os adornos, os arroubos filosóficos vazios são a elite — forjada pela farsa, pela parecença, da qual nasceu a flor chamada Brás Cubas. E personagens açoitados por esta elite, violenta e que se ornamenta como cordial (vou acenar para o Sério Buarque, aqui), são, dentre tantos outros, Dona Plácida — que precisa se submeter aos caprichos da elite para sobreviver, mesmo que isso custe seu caráter e Eugênia, a flor da moita. É importante olharmos o epíteto da Eugênia, aqui, porque ele tem uma jogada muito típica do texto machadiano.

A locução adjetiva da moita esconde e revela mais do que conseguimos perceber numa primeira leitura. Inicialmente, entendemos que a ideia da moita, daquilo que fica escondido sob as plantas é a concepção espúria da moça, mas há mais coisas nesta moita: sob a fina flor da ironia oculta-se o significado do nome da Eugênia: boa raça, bons genes. (Eugenia?): ela era coxa. O Brás era um cretino hipócrita, como todo burguês safado. Ele "se safa" com reflexões vazias e já vai para outro "assunto"; já "sugou" dessa flor o que pôde.

E assim, Brás fica em um trampolim: vai de assuntos cotidianos, negócios miúdos, à metafísica, mas não se aprofunda em nenhum, porque a ideia é reforçar a nulidade. Melhor dizendo, a ideia é tecer um irônico elogio à mediocridade, o que, a meu ver, é o conselho que o pai dá ao filho, no conto "Teoria do medalhão". Em suma, o conto é um diálogo entre o pai e o filho, Janjão. O pai, que também protagoniza o conto, deseja que o filho seja um medalhão na sociedade, isto é, um figurão, uma pessoa importante. Então ele vai elencando conselhos para que o filho figure na sociedade e exerça "a arte de pensar o pensado", isto é, não se envolva, efetivamente, em nada, apenas dê um jeito de aparecer, de atrair publicidade, mas que evite quaisquer coisa que o faça pensar, ter ideias.

— Se for ao parlamento, posso ocupar a tribuna?
— Podes e deves; é um modo de convocar a atenção pública. Quanto à matéria dos discursos, tens à escolha: — ou os negócios miúdos, ou a metafísica política, mas prefere a metafísica. Os negócios miúdos, força é confessá-lo, não desdizem daquela chateza de bom-tom, própria de um medalhão acabado; mas, se puderes, adota a metafísica; - é mais fácil e mais atraente. Supõe que desejas saber por que motivo a 7ª companhia de infantaria foi transferida de Uruguaiana para Canguçu; serás ouvido tão-somente pelo ministro da guerra, que te explicará em dez minutos as razões desse ato. Não assim a metafísica. Um discurso de metafísica política apaixona naturalmente os partidos e o público, chama os apartes e as respostas. E depois não obriga a pensar e descobrir. Nesse ramo dos conhecimentos humanos tudo está achado, formulado, rotulado, encaixotado; é só prover os alforjes da memória. Em todo caso, não transcendas nunca os limites de uma invejável vulgaridade.

(Teoria do medalhão).

O conto acima faz parte de Papéis avulsos. Esta coletânea de contos, tal qual Memórias Póstumas, é uma divisora de águas e aponta para a fase da obra machadiana classificada como realista. O romance foi publicado em 1881 e o livro de contos em 1882. Na "advertência" do livro, o autor indica que este título de Papeis Avulsos parece negar ao livro uma certa unidade; faz crer que o autor coligiu vários escritos de ordem diversa para o fim de os não perder. A verdade é essa, sem ser bem essa. O crítico português Abel Barros Baptista comenta que, num primeiro sentido, "avulso" é o que foi arrancado do todo, a folha separada da coleção a que pertencia; mas "avulso" tem um outro sentido, cuja consideração é indispensável quando está em causa o livro: a folha que nunca integrou nenhuma coleção, nenhum conjunto, que nunca se destinou ao livro.

Tomo emprestadas essas reflexões sobre Papéis avulsos para compartilhar com vocês uma intuição. Não é novidade que a crítica recebeu mal as Memórias Póstumas num primeiro momento. Esse romance só começou a ser lido criticamente por ocasião do lançamento de Quincas Borba. E se vocês derem uma rápida passada de olhos pela fortuna crítica machadiana, verão que há dificuldade de encaixar as obras desse escritor, pós 1881, pura e simplesmente no Realismo.

A partir disso, da leitura de Memórias Póstumas que vocês fizeram/estão fazendo, dos comentários iniciais que fiz neste tópico e de demais leituras e conhecimentos que vocês têm sobre o Bruxo do Cosme Velho, o que me dizem de chamarmos, por ora, o Realismo machadiano de Realismo avulso? Parece-me que se trata de um realismo-folha que nunca integrou nenhuma coleção, nenhum conjunto, que nunca se destinou ao livro-regras do realismo como o concebemos.

Vocês acham que essa reflexão faz sentido? Em caso afirmativo, que pistas textuais, além das já apresentadas no tópico, vocês poderiam trazer para aprofundarmos essa reflexão?​
 
Última edição:
Com o que lembro do livro não consigo nem começar a responder os questionamentos, foi mal :dente:
 

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