Conhecemos também a figura (completamente) improvável do abade Faria, o "prisioneiro louco" que é na verdade um sábio, o dono do tesouro que se havia anunciado desde vários capítulos atrás prometendo milhões ao governador. O homem sabe várias línguas, escreve livros, se lembra dos Clássicos, cria ferramentas... Sobre a prisão dele: acho que foi preso pelo tesouro, não pela ideia de uma união italiana.
eu fiquei com esse pensamento durante o livro todo, uma vez que na adaptação para o cinema que eu assisti, ele realmente dá a entender isso, mas no final do livro não cheguei a conclusão nenhuma sobre essa parte, até porque se o motivo fosse esse, porque a pessoa que tinha o interesse não foi atrás quando ele disse que dividiria o tesouro em troca da liberdade??
Acho que Dantés foi criado daquele jeito típico de vilas antigas. Basta ver como era o pai dele, honesto, a ponto de passar fome para saldar uma dívida. Até hoje em comunidades simples a honestidade e a franqueza são atributos considerados básicos.
em cidade pequena também tem muita coisa que ainda é feita dessa forma, por aqui ainda se usa a expressão "no fio do bigode" - ou seja, os chamados "bigodudos" mantém a sua palavra, e acho que esse era o caso ali, ele foi criado com aquela questão de manter a honra, a palavra dada a qualquer custo...
As regras de relações humanas são desconhecidas por ele.
Primeiro toma decisões com autonomia, sem se preocupar em ter o apoio dos demais. Pode assim ser considerado arrogante e cheio de si.
Segundo considera-se amigo de uma pessoa que parece ter um caráter discutível, ou seja, confiava facilmente.
mas quem não é assim aos 19 anos? principalmente naquela época, a maturidade e o conhecimento vem com a experiência na maioria das vezes, e desta ele tinha muito pouco, fora criado por aquele homem de honra, de palavra e acreditava que todas as pessoas assim o eram, pois na juventude é assim que vemos o mundo...
O que faz a gente admirar mais ainda as obras do homem, já que não é pra qualquer um conseguir enrolar e ao mesmo tempo prender a atenção do leitor.
Que o digam os escritores de novelas da TV brasileira.
sim! exatamente! olha, eu li todos os livros das Crônicas de Gelo e Fogo, do Martin e foi justamente isso que me irritou um pouco, apesar dos livros serem ótimos, ele enche muita linguiça sem conseguir prender tão bem a atenção, quando se lê a narrativa do Dumas parece que tudo está ali por um propósito específico, enquanto que em outros autores, como o Martin, em momentos parece que algumas coisas só foram postas ali com o intuito de acrescentar páginas aos livros...
Estamos esperando ainda os colegas que determinaram qual a obra que iríamos ler.
Para que não se esqueçam, vou citá-los: @
*Erendis*
eu já passei várias vezes pelo tópico, postei e não esqueci, até porque foi eu quem indiquei o livro, sempre passo por aqui pra ler e se achar algo pertinente, postarei, mas como não tenho a narrativa do Dumas, não vou postar abobrinha aqui só pra dizer que postei...