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Clube de Leitura [6º livro] O Conde de Monte Cristo - Alexandre Dumas

Pobrezinho do Dantès!

E histórias como essa, que narram filhadaputices de lacraias como o Danglars e bocós como o Fernand me deixam transtornada. =/

E que maravilha que é a narrativa do Dumas, hein?
Consegue fazer a gente se interessar até por um capítulo que tinha tudo pra ser um porre, como o VI (O substituto do procurador do rei) que é sobre bonapartismo, monarquistas e gerondinos, com aquelas pessoas endinheiradas e hipócritas se estapeando com palavras.
A começar pelo pernóstico Villefort, típico advogado estrelinha, de ego inflado.
Mas talvez a inocência da noiva ajude um pouco o Dantés.
Vamos ver.

Estou lendo a edição de bolso da Zahar, com tradução de André Telles e Rodrigo Lacerda.
Estou gostando da leitura, mas tem uma coisa que me incomodou um pouco, quando Danglars e Caderousse estão bebendo (e depois conversam com Fernand) o dois chamam o dono do lugar de "seu Pamphile".

Não é nada demais, mas não gostei desse "seu" no meio do texto, acho que ficou estranho, meio vulgar, não sei.

Clara, concordo com você. A narração de Dumas é daquelas que prende a atenção da gente e faz com que não vejamos a hora de ler a página seguinte, para ver o que vai ocorrer.

Quanto seu Pamphile também achei estranho, mais aí é coisa da tradução.
 
bom, gente eu já li o livro todo porque não ia aguentar ficar esperando pra ler no cronograma, como eu disse, eu já tinha começado...
mas, realmente uma coisa que achei muito bacana desse livro e acho que isso é principalmente influenciado pela tradução é que, apesar de ele ter sido escrito há mais de 150 anos, a linguagem dele não se torna difícil, confesso que eu tenho um pouco de receio de ler livros muitos antigos por esse motivo, o linguajar que eles utilizavam antigamente é muito entediante pra mim (me julguem) e eu acabo detestando o livro muito simplesmente porque acho chato ter que ficar procurando no dicionário o significado de certas palavras que eu não entendo...
mas bem, quanto ao livro, pelo fato de eu já ter uma noção da história devido ao filme (a versão de 2002, se não me engano), não me surpreendi muito com o início da história, mas já me prendeu no começo sim...
não vou comentar muito por hora, porque eu sou muito "linguaruda" e sei que vou acabar soltando spoiler pra quem ainda tá lendo, vou esperar vocês chegarem mais pra frente pra fazer os comentários que eu acho mais pertinentes...
 
Indo pro capítulo 5. Engraçado ver como o Dantès tá num ninho de cobra... Não sei, mas nem mesmo o pai dele me agradou totalmente. Ele parece ser do tipo honesto-sonso.

E o que dizer do Danglars? No começo achei que ele, o Ferdinand e o Caderrousse eram a congregação de vilões. Mas o Danglars parece que vai encabeçar a coisa toda... Aliás, quanto ao Ferdinand. Naquela parte, do capítulo III, em que o Dantès chega e vai cumprimentá-lo e o Ferdinand não aceita. Aí o Dantès fala aquela coisa de "não sabia que tinha um inimigo aqui", e a Mercedes dá uma bronca nele (Ferdinand) e o Ferdinand cumprimenta o Dantès e sai correndo.

É isso mesmo? Deu a louca nele ou o quê? :eek:

De resto, nada de mais até aqui. Aquele lance da carta ainda vai ferrar com a vida do Dantès. Será que o Caderrousse é alguma coisa próxima do rei? Ou será que na época essas picuinhas eram tão fáceis assim de serem feitas?
 
Não sei, mas nem mesmo o pai dele me agradou totalmente. Ele parece ser do tipo honesto-sonso.

Levando em consideração o verdadeiro sentido de sonso (= fingido) não acho que o pai do Dantès seja assim.
Acho que é mais um simplório mesmo.
Daquele tipo que acredita que, por ser pobre, não tem direito algum e não é nada na vida. =/
Não sei se é bem isso, foi o que me pareceu agora.
Mas fingido eu não acho que ele seja, não.


Aliás, quanto ao Ferdinand. Naquela parte, do capítulo III, em que o Dantès chega e vai cumprimentá-lo e o Ferdinand não aceita. Aí o Dantès fala aquela coisa de "não sabia que tinha um inimigo aqui", e a Mercedes dá uma bronca nele (Ferdinand) e o Ferdinand cumprimenta o Dantès e sai correndo.

É isso mesmo? Deu a louca nele ou o quê? :eek:

Acho que ele saiu correndo porque viu que não tinha mais jeito, que a Mercedes gosta mesmo do Dantès.

Eu não li muita coisa de A. Dumas, mas acho que foi uma cena dramática, só isso.
O cara que está acostumado a reagir e conseguir as coisas com emoção e na força, se vê incapaz de tomar uma atitude dessas e, desesperado, corre pra longe.

De resto, nada de mais até aqui. Aquele lance da carta ainda vai ferrar com a vida do Dantès. Será que o Caderrousse é alguma coisa próxima do rei? Ou será que na época essas picuinhas eram tão fáceis assim de serem feitas?

Bom, que em diversas sociedades isso podia ser feito, sim.
No século XVII em Salém, muita gente acusava de bruxaria algum desafeto, com consequências muito funestas pra o acusado.
No Brasil mesmo, durante a ditadura militar, sabe-se de pessoas que eram acusadas de serem contra os milicos e eram presas, torturadas e até mortas, mesmo sem nenhuma prova.

Mas no caso do Dantès, não esqueçamos que ele realmente parou na ilha de Elba onde estava preso o Napoleão Bonaparte (de onde posteriormente fugiu e retomou o poder na França) e lá pegou uma carta.
Estava seguindo ordens do falecido capitão, mas enfim vamos ver o que tem na tal carta. =/

A respeito da opinião que o escritor tinha sobre Napoleão Bonaparte, está na cara que ele era a favor do bonapartismo, até porque seu pai o General Alexandre Davy de la Pailleterie, foi um importante general do exército de Napoleão Bonaparte.
O próprio Alexandre Dumas escreveu uma biografia do imperador: Napoleão: Uma Biografia Literária.
Bem interessante e que ajuda a entender melhor o ambiente de O Conde de Monte Cristo.
É só deixar de lado o patriotismo exagerado do Dumas e as (pra mim) entediantes descrições de batalhas. :yep:
 
Última edição:
Levando em consideração o verdadeiro sentido de sonso (= fingido) não acho que o pai do Dantès seja assim.
Acho que é mais um simplório mesmo.
Daquele tipo que acredita que, por ser pobre, não tem direito algum e não é nada na vida. =/
Não sei se é bem isso, foi o que me pareceu agora.
Mas fingido eu não acho que ele seja, não.

Devo ter usado o sonso num sentido mais regional. Sonso no sentido de bocó, daquele tipo de gente que "deixa os outros passarem a perna". Sem fibra, sem malícia, entende? No começo eu também achei que o Dantès era assim; mas depois que ele deu aquela resposta pro Caderousse quando o Caderousse viu as moedas em cima da mesa, aí eu percebi que o Dantès de bobo não tinha nada. Ou talvez tenha um pouco. Vamos ver.

Acho que ele saiu correndo porque viu que não tinha mais jeito, que a Mercedes gosta mesmo do Dantès.

Eu não li muita coisa de A. Dumas, mas acho que foi uma cena dramática, só isso.
O cara que está acostumado a reagir e conseguir as coisas com emoção e na força, se vê incapaz de tomar uma atitude dessas e, desesperado, corre pra longe.

Tinha achado estranha a cena, mas deve ser uma cena dramática mesmo :dente:

Mas com certeza não é algo gratuito. Isso mostra uma passionalidade por parte do Ferdinand, mas uma passionalidade distinta da do Dantès. O Dantès encara. Ele viu que tinha um inimigo e abriu a boca, quase falou: "cai dentro". Já o Ferdinand não; ele correu e inclusive, na cena do bar, tem umas passagens que ele se levanta e quase vai tirar satisfação com o Dantès e a Mercedes, mas depois "pondera" e se senta.

Essa ambiguidade entre um caráter passional e covarde é algo muito difícil de ser feita, pois mostra melindres e tudo mais. Quero acompanhar como o Dumas vai trabalhar essa personalidade do Ferdinand.

Mas no caso do Dantès, não esqueçamos que ele realmente parou na ilha de Elba onde estava preso o Napoleão Bonaparte (de onde posteriormente fugiu e retomou o poder na França) e lá pegou uma carta.
Estava seguindo ordens do falecido capitão, mas enfim vamos ver o que tem na tal carta. =/

Nossa, essa coisa da ilha de Elba é muito interessante, não? Pode ter muitas significações ao longo da narrativa... Vou guardar com carinho essa informação. Acho que ela vai ser simbolicamente bombástica em seu devido tempo.
 
Mas com certeza não é algo gratuito. Isso mostra uma passionalidade por parte do Ferdinand, mas uma passionalidade distinta da do Dantès. O Dantès encara. Ele viu que tinha um inimigo e abriu a boca, quase falou: "cai dentro". Já o Ferdinand não; ele correu e inclusive, na cena do bar, tem umas passagens que ele se levanta e quase vai tirar satisfação com o Dantès e a Mercedes, mas depois "pondera" e se senta.

Essa ambiguidade entre um caráter passional e covarde é algo muito difícil de ser feita, pois mostra melindres e tudo mais. Quero acompanhar como o Dumas vai trabalhar essa personalidade do Ferdinand.

É, ele é nervosinho mas bem covardão mesmo. :yep:

Acho que não precisa colocar em spoiler o fato de que o Dantès vai preso, né (ainda não sei bem o motivo, mas sei que ele vai) então eu estava pensando se a Mercedes vai casar com ele (Fernand).
Se ela fizer isso, vou achar uma puta falta de sacanagem com o Edmundo e vou xingar muito no tuíter.
Porque né? Esse Fernand é muito desprezível! :tsc:
 
Gente,não pensem que esqueci do clube, é que a vida ta cheia mas semana que vem, venho aqui confabular com vocês :upa:
 
Indo pro capítulo 5. Engraçado ver como o Dantès tá num ninho de cobra... Não sei, mas nem mesmo o pai dele me agradou totalmente. Ele parece ser do tipo honesto-sonso.

... e a Mercedes dá uma bronca nele (Ferdinand) e o Ferdinand cumprimenta o Dantès e sai correndo.

É isso mesmo? Deu a louca nele ou o quê? :eek:

De resto, nada de mais até aqui. Aquele lance da carta ainda vai ferrar com a vida do Dantès. Será que o Caderrousse é alguma coisa próxima do rei? Ou será que na época essas picuinhas eram tão fáceis assim de serem feitas?

Cabeça quente, infantil, egoico e não encara a dor, alguém tem que sofrer, pois ele não está bem...

Eu achei interessante que Dantès chegar feliz partilhando sua sorte com a comunidade e ninguém parece se sentir honrado por ter um competente navegador como vizinho. A felicidade dele parece fazer mal àquela gente; Daí, mais parece, que felicidade não é algo que deva ser dividido. Nossa....
 
Cabeça quente, infantil, egoico e não encara a dor, alguém tem que sofrer, pois ele não está bem...

Eu achei interessante que Dantès chegar feliz partilhando sua sorte com a comunidade e ninguém parece se sentir honrado por ter um competente navegador como vizinho. A felicidade dele parece fazer mal àquela gente; Daí, mais parece, que felicidade não é algo que deva ser dividido. Nossa....

Né?
Até o agradecimento pelo empréstimo que o Caderousse lhe fez (e cobrou sacanamente do pai, quando o Dantès estava fora) ele tomou como presunção.
Mas também porque ele julgou o Dantès por ele mesmo, acho.
O que é típico de gente medíocre.
Danglars também, quando lhe dizem o que Edmond afirmou não se importar de trabalhar com ele (apesar de evidente um não gostar do outro) ele, Danglars, acha Edmond falso.
Como disse o Mavericco: ninho de cobras. =/
 
Terminei de ler o capítulo do casamento. Na parte em que o Dantès fala que em uma hora vai estar casado com a Mercedes, confesso que, mesmo já sabendo disso (pelo próprio título do capítulo), eu me surpreendi um pouco. Não sabia que o Morrel era influente...

Achei outra passagem do capítulo em que a personalidade passional-histérica do Fernand fica ainda mais clara:

His words [de Dantès] were re-echoed by the whole party, with vociferous cheers.

At this moment Danglars, who had been incessantly observing every change in Fernand's look and manner, saw him stagger and fall back, with an almost convulsive spasm, against a seat placed near one of the open windows.

A parte em que chegam pra levar o Dantès é bem bonita também... Em específico, essa passagem aqui:

The old father and Mercedes remained for some time apart, each absorbed in grief; but at length the two poor victims of the same blow raised their eyes, and with a simultaneous burst of feeling rushed into each other's arms.

Estou começando agora o seis. Bem interessante o Dumas narrar outra festa de casamento, simultânea... Ainda mais quando, no começo, ele fala de quem fazia parte daquela festa de casamento. Pelo que pude entender, a antiga aristocracia francesa que tripudiava Napoleão ("and execrate the man whom five years of exile would convert into a martyr, and fifteen of restoration elevate to the rank of a god."). Muito bom ir tecendo os contrapontos!
 
achei esse início bem promissor, meio q já apresentando as etapas 1 e 2 da jornada do herói. só achei os protagonistas 1 tto maniqueístas. dantes é o melhor marujo, o mais honrado e honesto, digno d ganhar as melhores honras mesmo aos 21 anos. mercedes é a mulher + desejada, cobiçada, honrada e gostosa da região. ambos são pobres mas limpinhos, e a pobreza me pareceu o selo d qualidade d gente boa do dumas, kkkkk. tá certo q surge 1 defeitinho singelo em ambos (ele contrabandeando produtos p o pai e "se esquecendo" d dívidas ao viajar; ela, desfilando com o primo q sabia tá caidinho por ela eqto o namorado tá fora, o povo hj já diria q ela tava dando p ele imagina na época), mas são detalhezinhos q nem sequer os tornam reais p mim. talvez dumas quisesse aqui cativar o seu público leitor d folhetins, tipos classe c e d mesmo, mas o fato é q curto + personagens + reais, nem 8 ou 80, pq ngm é assim tão bom ou tão mau.

já os antagonistas me pareceram + verossímeis. danglars, fernand, calderousse (é oq chamo d antagonista covarde, mas q acredito vai ter 1 gde papel na vingança d dantes no futuro) e villefort já são apresentados d cara com defeitos e as justificativas p tê-los. me lembrou aqui os vilões do got, q depois d 1 tempo passamos a entender e até simpatizar (jaime, cersei, cão d caça etc.).

e nuvens negras pairam no horizonte do casal dantes mercedes. conseguirão os nossos amiguinhos sair dessa enrascada?
Aliás, quanto ao Ferdinand. Naquela parte, do capítulo III, em que o Dantès chega e vai cumprimentá-lo e o Ferdinand não aceita. Aí o Dantès fala aquela coisa de "não sabia que tinha um inimigo aqui", e a Mercedes dá uma bronca nele (Ferdinand) e o Ferdinand cumprimenta o Dantès e sai correndo.

É isso mesmo? Deu a louca nele ou o quê? :eek:
acredito q se vc usar o contexto da conversa do ferdinand com mercedes um pouco antes do dantes chegar vai entender direitinho a reação dele. o cara tá caidão pela prima, tava torcendo pro dantes ter sumido no triangulo das bermudas, se declarando p prima q só o jogava p friendzone, é claro q ele n saberia reagir apropriadamente ao encontro com dantes. sangue latino. só oq segurou ele d puxar a faca e atacar o dantes foi o domínio q mercedes exerce sobre ele. a bela controlando a fera. várias vezes nos capítulos dessa semana é dito q ele pousava a mão sobre a faca. mas tadinho, se ele fizesse qq coisa contra o dantes perderia tb a sua amada. vou mandar 1 sofrimentos do jovem werther pro ferdinand ler. kkk
 
Última edição:
Muito interessante o capítulo em que aparece o Rei Luiz XVIII e seus assessores, em que nos mostra os bastidores do poder.
 
e nuvens negras pairam no horizonte do casal dantes mercedes. conseguirão os nossos amiguinhos sair dessa enrascada?

acredito q se vc usar o contexto da conversa do ferdinand com mercedes um pouco antes do dantes chegar vai entender direitinho a reação dele. o cara tá caidão pela prima, tava torcendo pro dantes ter sumido no triangulo das bermudas, se declarando p prima q só o jogava p friendzone, é claro q ele n saberia reagir apropriadamente ao encontro com dantes. sangue latino. só oq segurou ele d puxar a faca e atacar o dantes foi o domínio q mercedes exerce sobre ele. a bela controlando a fera. várias vezes nos capítulos dessa semana é dito q ele pousava a mão sobre a faca. mas tadinho, se ele fizesse qq coisa contra o dantes perderia tb a sua amada. vou mandar 1 sofrimentos do jovem werther pro ferdinand ler. kkk

Bem notado esse detalhe da faca...

patrick.jpg


Lembrando uma coisa só: não é Ferdinand. É Fernand, Fernand Mondego. :lol:

E aí eu fui e li: Fernand Montenegro.

Terminei de ler o capítulo 6 e agora posso ficar tranquilo pra próxima semana...

Não, pera.

Como disse o Spartaco, muito legal ver esses bastidores do poder. A primeira fala da Marquise de Saint-Meran, por exemplo, é fabulosa. Nós sempre lemos muito a respeito da visão dos revolucionários da Revolução Francesa; ler a perspectiva da aristocracia é sempre interessante não pra irmos no caminho reverso, querendo deslegitimar a Revolução Francesa, mas pra observarmos como resistência a revoluções ou contestações da ordem das coisas sempre existiram e, sem espanto nenhum, se repetem.

O caráter do Villefort é também interessante. Como disse o JLM, os vilões estão bem caracterizados. Achei essa parte aqui digna de nota:

"But," said Renee, "this letter, which, after all, is but an anonymous scrawl, is not even addressed to you, but to the king's attorney."

"True; but that gentleman being absent, his secretary, by his orders, opened his letters; thinking this one of importance, he sent for me, but not finding me, took upon himself to give the necessary orders for arresting the accused party."

O final do capítulo deu um gelo na espinha... Coitado do Dantès. Só se lasca. Sai do espeto e cai na brasa...
 
Não consegui resistir a chance e estou acompanhando também. Estou no capítulo 5. Pior é que tenho muitas leituras "obrigatórias" para fazer até o final da leitura (março?), mas vou entremear as leituras, ninguém precisa saber... :assobio:

Até agora, concordo com o JLM, em relação às personalidades maniqueístas. Dantès e Mercédès são muito bons, assim como o pai dele e o patrão, Morel, e os outros, ou são muito ruins, Danglars, ou desprezíveis. Tudo muito romântico, mas mesmo assim muito bom.

Até agora, o grande mistério é a suposta ofensa de Dantès a Danglars que levou ao duelo (se não me engano) e ao ódio e inveja. Vamos ver o que foi isso.
 
outro detalhe q n posso deixar passar é a riqueza dos diálogos q estimulam mto a minha inteligência. já repararam na qtd d informação dita e n dita em cada conversa? a do restaurante na hora do plano é d uma sutileza sem igual, é retratado 1 personagem ficando cada vez + bêbado, mas mesmo assim consciente d seus atos, a sugestão implícita do danglars ao fernand, a relação entre cada interlocutor, as diferenças culturais dos catalães e marselhenses, só p citar alguns. o mesmo ocorre no diálogo do villefort, com mta coisa sendo revelada sobre o caráter dos personagens ali pelo q pensam e como agem, ao invés d uma descrição pobre q simplesmente diria, fulano pensava assim. eis 1 dos pontos altos, na minha opinião, do pq dumas é clássico e atual até hj. aprendam escritores brasileiros! pfv

e me corrijam algo q lembro vagamente das adaptações cinematográficas q assisti: n me recordo do personagem fernand existir. lembro d alguém q misturava fernand e danglars, sendo q este além d orquestrar o plano contra dantes ainda se casa com mercedes depois. tá certo isso?

por fim, na questão da dedurice, nota-se q mtos se calam ou se veem obrigados a agir com rigor senão eles mesmos virariam alvo da caça às bruxas monarquistas. notei essa ameaça velada pairando sobre morrel, calderousse e villefort. ou seja, em épocas d tirania e repressão, ficar quieto na sua é praxe p n acabar junto com os demais prejudicados. + vale 1 covarde livre q 1 corajoso preso né n?
 
Última edição:
Li o capítulo 7 hoje. Não tenho muito o que comentar dele... Villefort não me pareceu tão vilão agora. Tô cafuso. Por hora, pelo menos com o Dantès ele não tá sendo sacana. Provavelmente vai ser com outra personagem; com essa, por enquanto, ainda não.

Dessa vez o Dantès até conseguiu se safar. Por pouco. Ia ser muito cômico se, no finalzinho do capítulo, desse tudo errado.
 
Já estou no Capítulo XII (Pai e Filho) no qual ficam frente a frente Villefort e seu pai, onde verificamos as opiniões opostas de um realista (o filho) e de um bonapartista (o pai).

Li o capítulo 7 hoje. Não tenho muito o que comentar dele... Villefort não me pareceu tão vilão agora. Tô cafuso. Por hora, pelo menos com o Dantès ele não tá sendo sacana. Provavelmente vai ser com outra personagem; com essa, por enquanto, ainda não.

Dessa vez o Dantès até conseguiu se safar. Por pouco. Ia ser muito cômico se, no finalzinho do capítulo, desse tudo errado.

Quanto ao personagem Villefort, discordo do Mavericco, para mim parece que ele é tão ruim quanto Danglars.
 
na verdade, a questão d ser ruim/vilão é mto d ponto d vista q o observa né. é assim na ficção (nas melhores, pelo menos) e é assim na vida real. tudo oq vc faz pode ser considerado por alguém como 1 ato altruísta ou maléfico. já dizem alguns filósofos q até os atos generosos q praticamos são p aliviarem as nossas consciências, então tudo oq fizermos é basicamente p o nosso bem pessoal. um 3º sair prejudicado aí seria mera consequência indireta.

oq villefort fez foi agir pensando no futuro dele e do pai dele, mesmo q p isso outro pagasse o pato. diga q vc no lugar dele n faria o mesmo? eu, como 1 cara pragmático q sou (e achei o villefort mto pragmático) faria sem pestanejar. chamo isso d instinto d sobrevivência básico: proteger vc e a sua família antes d tudo e d todos.

agora, apesar d achar o tratamento dispensado ao dantes ser demasiado duro, creio q d certa forma foi preventivo p q ngm desconfiasse dos sobrenomes villefort e noirtier, afinal, eram tempos d dedurice e caça às bruxas, e todo cuidado era pouco.
 

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