• Caro Visitante, por que não gastar alguns segundos e criar uma Conta no Fórum Valinor? Desta forma, além de não ver este aviso novamente, poderá participar de nossa comunidade, inserir suas opiniões e sugestões, fazendo parte deste que é um maiores Fóruns de Discussão do Brasil! Aproveite e cadastre-se já!

Clube de Leitura 7º Conto: O Gato Preto (Edgar Allan Poe)

Clara

Perplecta
Usuário Premium
De acordo com indicações e enquete postados aqui, o conto escolhido para a 7ª edição do Clube de Leitura - Contos, foi O Gato Preto, de Edgar A. Poe.

A discussão começará no próximo sábado, 09/05/2015.
Enquanto isso, fiquem à vontade para postar dados, biografia, fatos e curiosidades sobre autor e obra, bem como onde o conto escolhido pode ser lido.
(Lembrem-se: nada de pirataria! ;) )

As regras e diretrizes do Clube podem ser lidas neste tópico aqui.
 
O conto O Gato Preto (The Black Cat) de Edgar Allan Poe foi publicado em uma edição do Saturday Evening Post de 19 de agosto de 1843. Neste conto, o autor mexe com a sensibilidade do leitor ao apresentar uma história carregada de violência, perversidade e insanidade. Para muitos, trata-se de um estudo da psicologia da culpa.

edgar-allan-poe-portrait-black-cat.webp
 
Eu tenho a edição da Nova Aguilar, com tradução de Oscar Mendes e Milton Amado.


edicao-da-aguilar.webp
 
Sendo "gateira" confesso que é bem difícil pra mim ler este conto sem sentir uma raiva profunda do protagonista.
Mas, depois de superada essa parte, não tem como notar a quantidade de significados que podemos tirar dessa história terrorífica: culpa, raiva reprimida, vício, baixa auto-estima, sadismo e masoquismo, esquizofrenia...
Tanta coisa se passa em tão poucas páginas.
Porque será que uma história assim nos atrai, e repele ao mesmo tempo, com tanta força?
Será que é porque desperta aqueles sentimentos e diabinhos que temos dentro de nós e que o protagonista não só deixou escapar como ainda os atiçou pra que ficassem piores, mais perversos?
Acho que é isso que não perdoamos nele, o fato de se ter entregado livremente a essas coisas que lutamos quase que todo o tempo pra deixar bem escondida, lá no fundo do porão da alma.

Mas ele também não se perdoou, afinal.
No talvez mais famoso ato falho da literatura, o infeliz acaba por entregar a si mesmo à forca com que havia matado o gatinho no começo da história. :mwaha:

Esse Edgar era um fanfarrão, hein?

illustration-of-Black-Cat.webp
 
Li ontem o conto de Poe e também senti o mesmo que a @Clara.

Pelo que entendi, o que transformou o nosso protagonista/narrador foi o vício do álcool.
 
Li ontem o conto de Poe e também senti o mesmo que a @Clara.

Pelo que entendi, o que transformou o nosso protagonista/narrador foi o vício do álcool.

Acho que o Poe usa essa estratégia muito bem, pois acredito que o vício do álcool pode explicar as atitudes do homem. Entretanto, não creio que as justifique. O que quero dizer é que o vício não necessariamente torna alguém perverso; acho que ele ficou obcecado com o gato, e escolheu-o para expulsar o ódio que sentia.

Não é somente o gato que sofre abusos, ele também dá uma machadada na cabeça da esposa.
E o final é brilhante: o orgulho do próprio feito faz com que ele mesmo se entregue à polícia.
 

Valinor 2023

Total arrecadado
R$2.644,79
Termina em:
Back
Topo