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A crueldade do homem

  • Criador do tópico Criador do tópico Malaman
  • Data de Criação Data de Criação
Eu não entendo qual a neura que vocês tem com os animais criados para servirem de comida. O primeiro tópico fala de chineses comendo cachorros e isso realmente parece absurdo, mas 90% disso é culpa dos nossos costumes e cultura, mas e o resto? Qual o real problema com isso?

O problema é infligir um sofrimento e morte desnecessários a seres vivos sencientes. Além de todas as implicações ecológicas, éticas e morais já citadas nesse mesmo tópico... por mim e outras pessoas.

Existem diversos programas de lida com gado que evitam o stress do animal. Por exemplo existe a "lida sutil", em que o gado é criado a pasto e de uma forma tão tranquila que você pode caminhar perto dele sem problema nenhum, já que ele não tem nenhum medo do ser humano.

Isso atende a qual objetivo? Sinceramente parece-me muito estranho cuidar de um animal imbuído de um sentimento de compaixão/respeito com todo zelo e cuidado se você pretende matá-lo no fim das contas.

A grande maioria dos frigorificos de gado usam, na hora da morte do animal, uma pistola de ar comprimido. 90% deles morrem de forma imediata e sem dor.

A pistola de ar comprimido tem eficácia duvidosa, ainda mais quando operada por gente sem instrução - como convenhamos, é a grande realidade dessa mão-de-obra no Brasil. Nesse caso, o animal perde a habilidade motora, mas não morre, sequer desfalece, e ainda tem tempo de vida suficiente pra sentir a dor de ser erguido por uma das patas (deslocando articulações, rasgando tendões e músculos por conta de seu peso) e degolado.
Não entram nesse exemplo os inúmeros casos de crueldade maior do que essa presente em abatedouros clandestinos.
O abate de frangos consegue ser de longe pior do que esse. Pois são escaldados ainda vivos.


Fora que existem N produtos de origem animal que fazem parte do cotidiano e não são comida.

E os vegetarianos os evitam todos. Ou a grande maioria deles.
 
Eu vou dar um exemplo...
Um homem tem um cao a muito tempo, sempre foi o seu companheiro ao longo do tempo e nunca se mostrou contra a vontade do dono...
Resumindo um fiel companheiro e acima de tudo um fiel amigo...
Dai o homem tinha um orgulho enorme naquele cao...
Um dia vao os dois á caça para uma floresta...
O homem perdesse e nao tem comida nem agua...
Em vez de procurar por comida ou agua de um rio ou riacho, decide matar e comer o seu cao...
É um caso de vida ou de morte? Sim...
É justo para o cao? Nao...
Havia outras opçoes? Sim...

Nada explica a crueldade do homem...
E cruel e nojento acima de tudo
 
Vou responder ao post da Anne e do jean juntos, para não ficar muito longo.

Veja bem...
No final das contas esse topico serviu como debate entre vegetarianos/vegans e os 'carnivoros'/'onivoros'.

Sim, por que hoje a maioria dos orgãos de proteção dos animais fazem vista grossa e exigem métodos de abate limpos e indolores.

Por isso houve tanta repetição de um mesmo fato: É um absurdo a morte dos animais. Sim. Por que? Se eu não como humanos, por que comeria animais?! Eles também não sao seres vivos com direito a liberdade?! O pensamento primordial é esse. O clássico 'animais são amigos, NÃO comida'.

Você percebeu a comparação que está fazendo? Você acaba de colocar humanos e animais em um mesmo padrão, como se ambos fossem iguais. Eu não discordo que eles devem ser tratados bem e sem dor, mas comparar um animal qualquer com um ser humano, que pensa, raciocina e consegue modificar o meio ambiente ao seu redor com uma galinha (por exemplo) é meio exagerado.

Todos sabemos que podemos viver sem proteina animal, e mesmo assim pessoas insistem em acreditar em suas teses mal desenvolvidas apenas para suprir a consciencia de que 'estou fazendo isso para o meu proprio bem', sendo que na verdade, está fazendo isso pois a carne é saborosa. Alimentos servem para nos manter em pé. A função da alimentação é nos dar energia apenas. Não precisamos nos alimentar de outros seres para isso. Matar animais por prazer 'estomacal'?! Infelizmente a sociedade não está desenvolvida o bastante para entender isso. (não estou querendo ofender ninguem com esse comentário, até porque tambem estaria ofendendo a mim mesma).

O problema é infligir um sofrimento e morte desnecessários a seres vivos sencientes. Além de todas as implicações ecológicas, éticas e morais já citadas nesse mesmo tópico... por mim e outras pessoas.

Ouquei, necessidade, certo? Mas parem para pensar um pouco. Nascemos em uma nação com um espaço territorial bem grande, mas e nos casos de lugares que não tem esse espaço, como o Japão, Sri Lanka e outras ilhas? Deveriam simplesmente se limitar a uma quantidade de pessoas vivas, para não ter problemas com falta de comida?

E isso na era atual. No passado, as técnicas de cultivo eram muito mais trabalhosas e complicadas que hoje, coisa que dificultava muito. Foi a partir dai que a alimentação por meio de carne se tornou realmente uma solução viável, já que os animais resistiam melhor ao clima e poderiam ser manejados de uma forma muito mais simples.

Um outro ponto em relação a necessidade é o seguinte. Vamos fazer uma comparação: Quanto de salada você precisa comer para ficar satisfeito? E quanto de carne? Querendo ou não, a carne é uma alimento que satisfaz muito mais que uma salada, então uma mudança drástica na alimentação é complicada por que você vai sentir falta disso e seu organismo, também.

Que bom que pelo menos alguns programas ao matar animais, pensam em seu bem estar. Ironico, nao?! Sei que o assunto começou como a crueldade que fazem ao matar animais, e depois surgiram os elementos contra a mantança animal. Maaaas, eles estão matando os bixos. E sinceramente, matar outro humano é crime. Matar animais também deveria ser. Um exemplo (hipotetico é claro): Se eu mato alguém 'injetando' ar em sua veia, vão me considerar criminosa. Por mais que não tenha causado dor alguma no humano que teria sido assassinado por mim. Não é? Eu no final das contas me sairia como a criminosa que acabou com outra vida. Pois é... O mesmo com animais. Matar animais, de forma indolor ou não, é acabar com outras vidas. Coisa que para muitos é considerado crime... As pessoas apenas esquecem que a irracionalidade deles não deve ser levada em conta, pois eles tem uma vida, querendo ou não.

Mais uma vez, você faz a comparação que um ser humano é animal qualquer. Eu não vejo como isso pode ser possível, visto que existem N características diferentes entre nós. E no caso de acabar com vidas, plantas também são seres vivos, então esse seu argumento não serve para provar nada ou provar que devemos viver fazendo fotossintese. :meditando:

Sim, exato. Isso também é errado, mas esses produtos na maioria das vezes é consequente da alimentação baseada em carne. (com excessão do Marfim, que matam elefantes apenas para se utilizar dele, e das cobras e jacarés suponho eu.).
Logo, se deixassemos a natureza fluir em suas condições naturais, não haveria nada disso. (E também não haveria uma superpopulação de boi, pelo amor de Deus, eles são presas de outro ser, que não sejam o homem - comparando às situações atuais - ).

O predador natural do boi seria os grandes felinos, como a onça. Se simplesmente abrissem as porteiras e deixassem todos livres, haveria sim uma super população. O número de predadores é muito inferior e estão em localidades muito isoladas para darem contas. Hoje, o predador que controla a população bovina é o homem, ponto.

Esse embate vai ser eterno.

Então vou te vencer pelo cansaço. :g:

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Uns provarão que o certo é não comer animais. (concordo)
E os outros provarão com any teses estapafurdias que o certo é comer animais, pois faz parte do ser humano. (o que é mentira).

É isso.

Existem trilhões de possibilidades e perspectivas para definir o que é certo e o que é errado. São conceitos totalmente relativos. No Hezbolaah, morrer como homem-bomba é uma coisa certa. É absurdo, mas tente convence-lo do contrário.

Isso atende a qual objetivo? Sinceramente parece-me muito estranho cuidar de um animal imbuído de um sentimento de compaixão/respeito com todo zelo e cuidado se você pretende matá-lo no fim das contas.

Que tal "minimizar o sofrimento"? Ou então, "melhorar o periodo de vida"? São propostas bem válidas, devida a procura por carnes. Você não ficaria mais feliz em saber que os animais pararam de sofrer, mesmo ainda sendo mortos para o consumo?

A pistola de ar comprimido tem eficácia duvidosa, ainda mais quando operada por gente sem instrução - como convenhamos, é a grande realidade dessa mão-de-obra no Brasil. Nesse caso, o animal perde a habilidade motora, mas não morre, sequer desfalece, e ainda tem tempo de vida suficiente pra sentir a dor de ser erguido por uma das patas (deslocando articulações, rasgando tendões e músculos por conta de seu peso) e degolado.

O abate de frangos consegue ser de longe pior do que esse. Pois são escaldados ainda vivos.

Não sei de onde você tirou isso, mas está errado. Motivo:

Código de Proteção aos Animais em SP : Lei 11.977
Seção V
Do Abate de Animais
Artigo 19 - É obrigatório em todos os matadouros, matadouros-frigoríficos e
abatedouros, estabelecidos no Estado, o emprego de métodos científicos modernos de insensibilização aplicados antes da sangria por instrumentos de percussão mecânica, por processamento químico, choque elétrico (eletronarcose) ou, ainda, por outros métodos modernos que impeçam o abate cruel de qualquer tipo de animal destinado ao consumo.

Parágrafo único - É vedado o uso de marreta e da picada de bulbo (choupa), bem como ferir ou mutilar os animais antes da insensibilização.
A pistola de ar comprimido funciona com um pistão interno, que injeta o ar comprimido diretamente no cérebro. Demora cerca de 0.1 segundos, ou seja, morte instantânea. É claro que o cara pode errar, mas ele é punido por isso, já que acarreta em problemas na linha de produção do frigorífico.

Não sei exatamente como é o abate de frangos, mas pelo que eu conheço eles são degolados antes de qualquer coisa, método que também produz a morte instantanea e indolor.

Não entram nesse exemplo os inúmeros casos de crueldade maior do que essa presente em abatedouros clandestinos.

Que deveriam ser fechados, com certeza.
 

Anexos

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Sim, eu comparei animais a humanos. E de fato, são VIDAS.
As plantas não sentem dor, como o Jean disse.
E você não me vencerá pelo cansaço hahahahahaha
Eu não admito, e não aceito a morte de animais para alimentar um capricho.

Repito: Este embate será eterno. Vegetarianos sempre dirão que estão corretos, eu sempre concordarei com isso. E carnivoros sempre defenderão sua causa.

Então:

PETA%20protest.jpg


Creio que a imagem diz tudo :yep:


Pela vida dos animais e por um mundo mais saudável.
NÃO coma animais, se alimentar de outras vidas não leva a nada... Pelo contrário, dá exemplo para tirar outras vidas... mas neste caso humanas.
 
Você percebeu a comparação que está fazendo? Você acaba de colocar humanos e animais em um mesmo padrão, como se ambos fossem iguais. Eu não discordo que eles devem ser tratados bem e sem dor, mas comparar um animal qualquer com um ser humano, que pensa, raciocina e consegue modificar o meio ambiente ao seu redor com uma galinha (por exemplo) é meio exagerado.

A comparação não é exagerada.
É lógico que animais e seres humanos não são iguais em tudo, mas o que deve ser levado em consideração não é a capacidade de pensar, e sim de sentir. Não se trata de direitos totais iguais, mas de direitos básicos assegurados por características indiscutivelmente iguais.
Reproduzo aqui um fragmento de texto de Peter Singer, em seu Livro A Libertação Animal.

"A capacidade de sofrer e de sentir alegria é um pré-requisito para se ter sequer interesses, uma condição que tem de ser observada antes de podermos falar de interesses de um modo significativo. Não faria sentido dizer que não é do interesse de uma pedra ser pontapeada ao longo de uma rua por um rapaz de escola. Uma pedra não tem interesses porque não é capaz de sofrimento. Nada que lhe façamos fará a mais pequena diferença em termos do seu bem-estar. A capacidade de sofrimento e alegria é, no entanto, não apenas necessária mas também suficiente para que possamos afirmar que um ser tem
interesses - a um nível mínimo absoluto, o interesse de não sofrer. Um rato, por exemplo, tem interesse em não ser pontapeado ao longo da rua, pois sofrerá se isso lhe for feito.

(...)

Se um ser sofre, não pode haver justificação moral para recusar ter em conta esse sofrimento. Independentemente da natureza do ser, o princípio da igualdade exige que ao seu sofrimento seja dada tanta consideração como ao sofrimento semelhante - na medida em que é possível estabelecer uma comparação aproximada - de um outro ser
qualquer. Se um ser não é capaz de sentir sofrimento, ou de experimentar alegria, não há nada a ter em conta. Assim, o limite da senciência (utilizando este termo como uma forma conveniente, se não estritamente correta, de designar a capacidade de sofrer e/ou, experimentar alegria) é a única fronteira defensável de preocupação relativamente aos interesses dos outros. O estabelecimento deste limite através do recurso a qualquer
outra característica, como a inteligência ou a racionalidade, constituiria uma marcação arbitrária.
Por que não escolher qualquer outra característica, como a cor da pele?"



Um boi não pode raciocinar como você... não pode desenvolver estruturas complexas de pensamento, nem abstrair geometricamente. Mas tenho certeza que sente dor, aflição, tristeza e depressão - e as demonstra praticamente da mesma maneira que o faz o ser humano.
Deveríamos levar em conta a capacidade cognitiva para dizer quem tem ou não o direito de fazer outrem sofrer e morrer em nome de um fetiche alimentar? Já que você optou pela perspectiva amoral do abate, onde só cabe a perspectiva da inteligência, me pareceria muito pertinente alguém matar e se alimentar de doentes mentais, de velhos senis e de pessoas em estado vegetativo.
Claro, tudo da maneira mais indolor e humana possível.






Ouquei, necessidade, certo? Mas parem para pensar um pouco. Nascemos em uma nação com um espaço territorial bem grande, mas e nos casos de lugares que não tem esse espaço, como o Japão, Sri Lanka e outras ilhas? Deveriam simplesmente se limitar a uma quantidade de pessoas vivas, para não ter problemas com falta de comida?

Um hectare de plantação produz até 12 vezes mais alimentos (em calorias) do que a mesma área reservada à pecuária.
Além desse argumento ser falacioso por esquecer que boi não se alimenta de luz solar... e precisa comer gêneros agrícolas para sobreviver. Dessa maneira, façamos alguns cálculos:

"2,2 Kg de ração resultam em 1 Kg de carne da qual se aproveita apenas 0,5 Kg. Assim, 4,4 Kg de ração resultam em 1 Kg de carne consumida por humanos.
Levando em conta a concentração de água: 4,4 Kg vezes 88% (12% de água na ração) resulta em 3,87 Kg de sólidos que formam a ração. 1 Kg vezes 20% (80% de água na carne) resulta em 0,2 Kg de sólidos que formam a carne.
Calculando a proporção de sólidos da ração com os sólidos da carne: 3,87 sobre 0,2 resulta em 19,36.
Isto é, a quantidade de matéria seca da carne consumida por humanos é 19,36 vezes menor do que a quantidade de de matéria seca da ração fornecida aos animais." (José A. Lutzenberger)



No passado, as técnicas de cultivo eram muito mais trabalhosas e complicadas que hoje, coisa que dificultava muito. Foi a partir dai que a alimentação por meio de carne se tornou realmente uma solução viável, já que os animais resistiam melhor ao clima e poderiam ser manejados de uma forma muito mais simples.

O hábito do consumo de carne surgiu desde muito antes da revolução neolítica e do sedentarismo. Basta ter em mente que os primeiros registros feitos por humanos em cavernas africanas retratam exatamente as atividades de caça. Ainda há estudos que provam que antes de sermos caçadores fomos carniceiros em períodos de fome severa, mas infelizmente não tenho fonte pra isso.

A domesticação de animais para o abate surgiu nesse entremeio. Embora alguns considerem o começo da pecuária os estoques de animais feitos pelos caçadores-coletores pré-históricos, a pecuária como atividade econômica só se deu realmente em sociedades de produção de excedentes como os sumérios.





Um outro ponto em relação a necessidade é o seguinte. Vamos fazer uma comparação: Quanto de salada você precisa comer para ficar satisfeito? E quanto de carne? Querendo ou não, a carne é uma alimento que satisfaz muito mais que uma salada, então uma mudança drástica na alimentação é complicada por que você vai sentir falta disso e seu organismo, também.

Como já falei antes, a produção da carne despende uma quantidade absurda de ração vegetal para produzir uma quantidade final ridícula de nutrientes/calorias. Esse argumento só existe em função da "quantidade de vezes que você teria que comer durante o dia".
Bom, apesar de saber que usar-se como exemplo em uma argumentação não é muito correto, posso dizer que me alimentando de produtos exclusivamente vegetais faço 4 grandes refeições por dia e mantenho atividades esportivas de alto gasto calórico. Em mais de 5 anos de vegetarianismo nunca tive um único problema de carência nutritiva. E nem sofri horrores para largar o hábito de comer carne e produtos animais.


O predador natural do boi seria os grandes felinos, como a onça. Se simplesmente abrissem as porteiras e deixassem todos livres, haveria sim uma super população.

Quem disse que as coisas deveriam ser feitas desse modo?
Novamente, trata-se de um processo paulatino de abandono da pecuária e do consumo de carne.
Aliás, esse argumento de que abolir dos cativeiros os animais criados pra abate resultaria em uma superpopulação, uma invasão sem precedentes, se assemelha muito a um texto que li de um inglês no séc.XVII, falando exatamente a mesma coisa sobre negros cativos.

O número de predadores é muito inferior e estão em localidades muito isoladas para darem contas. Hoje, o predador que controla a população bovina é o homem, ponto.

Aurélio:
do Lat. praedatore

adj. e s. m., Zool., animal ou designativo de animal que ataca outros, destruindo-os.
Boa caçada no açougue, campeão!


Existem trilhões de possibilidades e perspectivas para definir o que é certo e o que é errado. São conceitos totalmente relativos. No Hezbolaah, morrer como homem-bomba é uma coisa certa. É absurdo, mas tente convence-lo do contrário.

Eis o meu dilema com carnívoros que tentam justificar sob argumentos crassos o consumo de carne.
Acho muito mais sincero e intelectualmente honesto dizer: "Eu sei que é uma merda... que os animais sofrem pra caralho, prejudica o meio ambiente... mas não largo meu churrasco nem f*dendo"



Que tal "minimizar o sofrimento"? Ou então, "melhorar o periodo de vida"? São propostas bem válidas, devida a procura por carnes. Você não ficaria mais feliz em saber que os animais pararam de sofrer, mesmo ainda sendo mortos para o consumo?

Essas são, sem dúvida, as maiores batalhas dos grupos de defesa dos animais atualmente. Seja pressionando autoridades a exigir melhores padrões de tratamento para os animais de criação intensiva ou denunciando escândalos de maus-tratos como o da KFC americana.



Não sei de onde você tirou isso, mas está errado. Motivo:

A pistola de ar comprimido funciona com um pistão interno, que injeta o ar comprimido diretamente no cérebro. Demora cerca de 0.1 segundos, ou seja, morte instantânea. É claro que o cara pode errar, mas ele é punido por isso, já que acarreta em problemas na linha de produção do frigorífico.

"Pistola Pneumática: Uma "pistola" é apontada para a cabeça do animal e uma vara de metal é disparada para dentro do cérebro. A pistola é projetada de modo que a haste jamais sai completamente, ela simplesmente vara a cabeça do animal e depois é puxada pelo açougueiro enquanto o animal desmaia.
Este disparo, como o animal se agita muito, nem sempre é certeiro e, freqüentemente, atinge o olho ou resvala na cabeça do animal, gerando ainda mais dor." (Instituto Nina Rosa)


Não sei exatamente como é o abate de frangos, mas pelo que eu conheço eles são degolados antes de qualquer coisa, método que também produz a morte instantanea e indolor.

Aves a Caminho do Prato

1º Estágio: São despejadas como lixo dos caminhões que as trazem.

2º Estágio: Colocadas em um sistema de ganchos e transportadoras que fazem parte do sistema de abate automático.

3º Estágio: Sofrem uma descarga elétrica que deveria causar a inconsciência para o abate, mas essa corrente é reduzida causando somente dor (níveis maiores de corrente endurecem a carne). As aves vão para o próximo estágio com plena consciência.

4º Estágio: Processo de degola automática: as aves penduradas passam por uma máquina que vai degolando o pescoço.

5º Estágio: São imersas em um banho escaldante. MUITAS VEZES, AS AVES CHEGAM VIVAS NESTE ESTÁGIO.

6º Estágio: Vão para a área onde serão depenadas e estrinchadas.

http://www.pea.org.br/crueldade/abatedouro/index.htm#Aves



Que deveriam ser fechados, com certeza.

E por que não são fechados?
Será que é porque as pessoas estão tão pouco se lixando pro bem-estar animal que continuam comprando carne sem procedência? Será?

I rest my case.
 
Última edição:
Qual o problema em comer animais ou vegetais? A meu ver o problema mais urgente é o quanto você joga fora.

Independente da sua escolha de alimentos, algo é extinto. Para plantarmos vegetais comestíveis, vamos destruir florestas, da mesma forma que nossa pecuária extensiva (deixa o boi livre e sossegado até a hora do abate). Pois a intensiva, vimos que gerou os príons (vide comentário posterior)

Na verdade, o fato de existirmos implica em extinção de alguma vida. No budismo o que se respeita não é um Deus supremo, mas a divindade em cada ser vivo, seja animal ou vegetal. O agradecimento não é para Deus por termos alimento na mesa, mas para os seres vivos que sacrificaram suas vidas para que continuemos vivendo.

Uma coisa interessante foi um cálculo sobre plantar arvores para diminuir o efeito estufa. Não necessariamente: se você planta demais em áreas frias (cobertas de neve) podemos ter o efeito contrário. Pelo menos na simulação um matemático previu um efeito contrário ao que todo mundo pensa.

Mas apesar de ser uma simulação, é interessante notar que atitudes extremas aplicadas a todo o mundo são danosas. Tornarmo-nos todos vegetarianos também não precisa ser bom para o planeta (ou para os seres vivos).

Uma idéia que me ocorreu por conta da morte das abelhas e da vaca-louca e do menor tempo de vida dos cães de raça (12 anos penando) quando comparados ao vira-latas comum (14 anos fácil), ao mesmo tempo em que me irrito com a resistência absurda do mosquito da dengue, me fazem pensar sobre nosso efeito sobre os animais úteis e nocivos: de certa forma, os úteis estão ameaçados pela nossa escolhas de "características interessantes" (cachorro mais bonito, pedigree, mel mais doce), pela nossa sovinice em alimentar o gado (bois forçados a virar carnívoros, gerando os príons)

Nossas "escolhas" se não equilibradas, afetam prejudicialmente tanto o mundo vegetal quanto o animal.

Outro ponto: não necessariamente parar de comer carne vai salvar os bois e animais vegetarianos. Na verdade, tornamo-nos competidores, vide os coelhos que são o terror de qualquer agricultor, e nenhum zé da roça vai pensar duas vezes antes de acabar com pilhas desses animais fofinhos, mesmo sendo contra a lei ou se o animal está em extinção.

Creio que por ser de uma família que se precisar come farofa de formiga, e cobra, e acostumada a ver porco como animal de estimação (são cutties como Babe) e ao mesmo tempo apreciar uma bisteca e pernil, não ache estranho a necessidade de comermos outros seres vivos para mantermo-nos vivos. Até onde sei, há plantas com sensores cujos movimentos em resposta a um estímulo que podem perfeitamente serem considerados respostas a dor/ameaça. Até onde sei, da mesma forma que institutos "vegetarianos" publicam conclusões a respeito do que um boi sente com a pistola de ar comprimido (e como obtiveram tais dados se eles não sacrificaram os animais!?), porque não os eco-defensores não teriam razão em dizer "AS PLANTAS TAMBÉM SENTEM!"

Desta forma, o maior desrespeito a meu ver é quando a gente deixa joga no lixo quilos de comida, sejam em forma de bifes, seja em forma de feijão. Obliteramos, em nome de nossa gula inúmeras vidas, fazemos pouco do sacrifício deles ao não aproveitar ao máximo. Pois aproveitando ao máximo um arroz, não significa apenas que não será necessário desmatar mais matas, mas também que outras sementes (arroz é grão) não terão de ser sacrificados para saciar minha gula. Em termos de bife, significa que outro boi não teria de morrer, se como os povos simples, aproveitássemos até o tutano do osso do boi para nos alimentarmos.

E em termos de respeito, se respeitassemos a natureza dos animais vegetarianos, não teríamos essa confusão dos príons. Mas manter a pecuária extensiva é danosa ao ambiente, então mais ummotivo para aproveitar ao máximo cada boi sacrificado, e não ficar economizando centavos para gastar dólares (cada boi louco sacrificado é prejuízo)

De forma que, sim, não somos melhores que animais. E se somos animais temos de ter noção que o alimento é algo que degladiamo-nos uns com os outros desde que a primeira proteina resolveu se replicar por motivo nenhum (vide Super interessante deste mes), e não fica nem um pouco triste se sua alimentação/sobrevivência implica na extinção de uma espécie anterior inteira.

No entanto, crescimento incontrolado de qualquer população leva à enorme mortandade de seus elementos em um ponto crítico. Isso aconteceu uma vez quando tentou-se salvar alguns ursos da extinção, e eles procriaram demais e o ecossistema não tinha como manter tanto urso. De novo, vem o problema agricultura/pecuária (e não vou separar os dois pois NÃO HÁ PROVA - uma hora um é vilão, outra é o outro - sobre qual é pior para o desmatamento) que impede que possamos salvar animais da extinção se não temos espaço para colocar os bichos.

Mesmo nós, malthusianamente, também estamos com problema semelhante. E não será a opção de comer vegetais somente, ou comer carne somente que resolverá a equação.

A equação implica coisas desagradáveis com impedir as pessoas de casarem para começar. Coisa que na China teremos 6 milhões de homens sem poder se casar (afinal muitos preferem meninos) e de certa forma impede um pouco o número de humanos a comer desenfreadamente e jogar fora mais ou outro tanto de kilos de lixo diário, inclusive os arroz feijão toucinho e tomates.
 
Última edição:
bem nada contra mas vi algo de estranho no poste do jean, alguns vão rir eu ri pelo menos.
segue:
Aves a Caminho do Prato

1º Estágio: São despejadas como lixo dos caminhões que as trazem.

2º Estágio: Colocadas em um sistema de ganchos e transportadoras que fazem parte do sistema de abate automático.

3º Estágio: Sofrem uma descarga elétrica que deveria causar a inconsciência para o abate, mas essa corrente é reduzida causando somente dor (níveis maiores de corrente endurecem a carne). As aves vão para o próximo estágio com plena consciência.

4º Estágio: Processo de degola automática: as aves penduradas passam por uma máquina que vai degolando o pescoço.

5º Estágio: São imersas em um banho escaldante. MUITAS VEZES, AS AVES CHEGAM VIVAS NESTE ESTÁGIO.


6º Estágio: Vão para a área onde serão depenadas e estrinchadas.

Bem creio que se hoje em dia uma ave chega viva na área onde se escalda e muito estranho pois ela vai para aquela área já degolada.

E Jean mais terrível que isso e o que eles fazem com marrecos (acho que é marreco), não sei ao certo que ave é mas sei que elas são escolhidas quando filhotes os escolhidos vão para um lugar de engorda, os rejeitados vão direto para o triturador ainda vivos, e triste. Mas ainda assim como tanto Carne quanto legumes, frutas e verduras.
 
Qual o problema em comer animais ou vegetais? A meu ver o problema mais urgente é o quanto você joga fora.

A comida não existe somente no prato de comida. Acho que tudo que escrevi antes sobre desperdício de recursos na pecuária foi ignorado.
Para plantarmos vegetais comestíveis, vamos destruir florestas, da mesma forma que nossa pecuária extensiva (deixa o boi livre e sossegado até a hora do abate). Pois a intensiva, vimos que gerou os príons (vide comentário posterior)

Levando a argumentação para o extremo do caso, lembre-se que não existe pecuária intensiva sem agricultura. Mas existe perfeitamente agricultura sem pecuária intensiva. Entre 2 males e um mal a escolha, ao menos para mim, parece distinta e óbvia.

Na verdade, o fato de existirmos implica em extinção de alguma vida. No budismo o que se respeita não é um Deus supremo, mas a divindade em cada ser vivo, seja animal ou vegetal. O agradecimento não é para Deus por termos alimento na mesa, mas para os seres vivos que sacrificaram suas vidas para que continuemos vivendo.

Até onde eu sei, o budismo tibetano estimula a prática do vegetarianismo exatamente tendo em vista o conceito de não causar sofrimento.
Não há como negar que há muito mais sofrimento encerrado em um bife do que em um repolho.


Tornarmo-nos todos vegetarianos também não precisa ser bom para o planeta (ou para os seres vivos).

Um exemplo sobre plantar árvores em regiões geladas pra supor que o vegetarianismo não seria uma boa se generalizado não me pareceu um argumento muito plausível.




não necessariamente parar de comer carne vai salvar os bois e animais vegetarianos. Na verdade, tornamo-nos competidores, vide os coelhos que são o terror de qualquer agricultor, e nenhum zé da roça vai pensar duas vezes antes de acabar com pilhas desses animais fofinhos, mesmo sendo contra a lei ou se o animal está em extinção.

Mesmo que sirva pra diminuir a quantidade de animais abatidos por ano, o vegetarianismo pode e salva incontáveis vidas animais na conta total dos abates.
Esse cenário de caos é suposto não sei de onde nem porque. É quase tão bem fundamentado como: "Se a vaca pudesse, ela comeria você".
O fim gradativo da pecuária não poderia levar a um dano maior ao ambiente do que o seu menor crescimento anual previsto pelo menos otimista dos pecuaristas em 50 anos.


Até onde sei, há plantas com sensores cujos movimentos em resposta a um estímulo que podem perfeitamente serem considerados respostas a dor/ameaça.

Qual?

Até onde sei, da mesma forma que institutos "vegetarianos" publicam conclusões a respeito do que um boi sente com a pistola de ar comprimido (e como obtiveram tais dados se eles não sacrificaram os animais!?), porque não os eco-defensores não teriam razão em dizer "AS PLANTAS TAMBÉM SENTEM!"

Olha, Primula, compare as reações fisiológicas à dor de dois mamíferos diferentes. Acho que isso pode ser feito da maneira mais empírica possível, não é? O que você faria se um ferro incandescente encostasse na sua pele? Posso chutar? Gritaria e se afastaria dele. Um boi tenta fazer o mesmo, só que está amarrado.
Não vejo o porque de se exigir um estudo muito aprofundado das reações neurológicas de um boi pra afirmar (através da observação de um evento traumatizante e das reações aparentes) que o mesmo se sente desconfortável ao ser amarrado pelas quatro patas, ter seus chifres arrancados e os ferimentos cauterizados sem o uso de anestésico.






bem nada contra mas vi algo de estranho no poste do jean, alguns vão rir eu ri pelo menos.
segue:


Bem creio que se hoje em dia uma ave chega viva na área onde se escalda e muito estranho pois ela vai para aquela área já degolada.

Degolada é diferente de decapitada. Acho que foi essa a sua confusão.
 
Olha, Primula, compare as reações fisiológicas à dor de dois mamíferos diferentes. Acho que isso pode ser feito da maneira mais empírica possível, não é? O que você faria se um ferro incandescente encostasse na sua pele? Posso chutar? Gritaria e se afastaria dele. Um boi tenta fazer o mesmo, só que está amarrado.

Estava pensando alto sobre morte instantânea e do fato de um instituto que não tem acesso a essa informação divulgar um "resultado científico". Sobre os extremos que se realmente forem seguidos, não necessariamente resultam em coisas positivas. Sobre achismos e senso comum, sobre falta de verificação dos fatos nesta era de google onde qualquer um vira erudito sobre qualquer assunto...

Um ferro incandescente, e um tiro nos miolos (humanos) são coisas que tecnicamente não são a mesma coisa, e duvido que o prezado Instituto TENHA REALIZADO as duas experiências nos animais que preza para então divulgar estes resultados. Oras, mesmo em condenados à morte nos EUA não há elementos conclusivos sobre dor com injeção letal. (e convenhamos, esbarramos na ética ao efetuar estes estudos! É tênue o caminho para Auschwitz)

Até onde vejo, o resultado só poderia ter sido obtido pelo "açougueiro", e acho muito estranho o próprio atestar contra o método.:think:

Me veio de repente à lembrança o acidente da Gol, onde disseram que as pessoas morreram instantaneamente no avião da Gol... e outra vertente rebateu dizendo que todos estavam conscientes...

Não nego que animais (homem incluso) sentem dor. E o senso comum diz que sentem mais dor que vegetais. Mas alerto para o fato que tanto quanto "crescei e multiplicai-vos" foi danoso para o ambiente - tornando o homem "melhor" que o resto dos animais - não é muito diferente de considerar animais "mais evoluídos" que plantas, ou que sentem mais dor que plantas. Hmmmm... tolkien ia adorar esta minha mente insana.

Esta "hierarquização" de formas de vida é que tornou o mundo a bagunça que temos hoje. Reestruturara uma nova hierarquização do valor das formas de vida não é solução, antes vamos todos nos tornar coelhos predadores de plantações.

Como eu disse, não há para mim, diferença de valor entre eu/primula e um carvalho bicentenário ou uma cenoura. Talvez os dois últimos devam ter mais valor... :think:

De qualquer forma, o ponto é que sofrimento é inerente à vida. Note que não me ative a sofrimento humano ou sofrimento animal.

Uma frase engraçada que li na exposição de Darwin "na ilusória paz das florestas, ocorre uma guerra silenciosa e sem piedade o tempo todo"

Quando falei de budismo, falei em termos científicos e não religiosos, ou de abnegação em diminuir o sofrimento. Os praticantes da religião, apesar de considerar válido os esforços deles, cometem um pequeno deslize sobre dois preceitos fundamentais (no sentido fundador):

1) o fundador chamou a atenção para não seguir credulamente qualquer pessoa viva ou morta, para encontrar seu próprio caminho (isto me parece muito com o método científico atual), e

2) o sofrimento é inevitável - até por que é necessário para entendermos o seu oposto - mas a iluminação reside em algum ponto na compreensão que podemos ter por sofrer (considerando-se que num estado incorpóreo - caso exista - não temos como sentir dor ou sofrer)

O que me incomoda na religião é que os praticantes resolveram que todos os que seguem o budismo devem ser vegetarianos. Mas isto é algo que UM dos inúmeros iluminados (budas) achou melhor PARA SI PRÓPRIO (de forma a não sofrer sabendo que inflingiu algum sofrimento em outro ser vivo. O que é controverso hoje).

No entanto, durante a abstinência de alimentação (jejum por não sei quantos dias), à procura da iluminação, outro buda percebeu que as austeridade não é o caminho. Tentar alcançar o espiritual, negligenciando o corpo - quando o estado espiritual todos irão alcançar querendo ou não - e assim DESPERDIÇANDO o enorme aprendizado que pode ter com uma experiencia terrena, corporal é um desrespeito a si mesmo e a tudo que existe. Pois para este outro iluminado, somente sendo carne é que pode-se entender o sofrimento dos outros, ter simpatia pelos outros. (uma grande semelhança com Deus encarnando na forma de Jesus para entender os homens)

Outro ponto que é extremamente perigoso é cair no lugar comum. Acho que por isso o Budismo (no seu sentido original) também me interessa: não acredite ou siga cegamente as palavras de outros, ou dos mestres. O caminho de cada um é de cada um, e onde dá certo para um, não precisa dar certo para outro. Mesmo que tenha sido o caminho dos mestres. (professor = aquele que nasceu antes. De certa forma, significa que um pai não pode definir o caminho/vida do filho, que ele não vai escolher o melhor caminho para o filho, talvez aquilo que na verdade ele próprio queria mas não pôde realizar)

Um lugar comum é que animais sentem dor. E então, atentei para o fato de que plantas tem também movimentação quando estimuladas, e por vezes é instantânea a reação. Como nas mimosas que fecham suas folhas ao sentir algum toque, ou as plantas carnívoras. Algumas espécies que tentam "relaxar" suas folhas à noite (elas ficam menos rígidas) e se são impedidas de "relaxar" e têm suas folhas fixadas na posição diurna, definham e morrem. (experiência feita na vida científica de Darwin)

Isto também posso considerar "sofrimento".

E neste sentido, o simples fato de estar viva, significa que inflinjo sofrimento em outros. E aí vem a escolha dos vegetarianos, carnívoros, onívoros, vivíparos e sei la mais o que.Alguns escolhem comer seres vivos que sentem "menos dor", outros escolhem comer os que sentem "mais dor". Mas não existe a escolha: não comer.

Em algum momento até este instante havia uma consciencia no homem de que estar vivo provoca em outros dor e sofrimento?

Na verdade, ninguém pensa nisso... nem mesmo os orientais que proferem o verso agradecendo a comida, muito dificilmente concatenam o raciocínio que estão agradecendo ao senhor arroz e ao senhor cervo, por terem se sacrificado em seu favor.

O ser humano é neste ponto diferente por que uma hora percebe que provoca sofrimento e pode agir no sentido de diminuir ou aumentar. (e de aguentar as consequencias de suas escolhas neste sentido. Os vegetarianos - até onde EU vi - pagam com um estado de apatia e sem energia, enquanto os carnívoros tem ataques cardíacos)

Mas... e esta é a graça de toda esta argumentação: mesmo isto é algo que o ser humano teima em achar que uns sofrem menos que outros, na necessidade de não ser o vilão. O que me lembra um artigo interessante que pessoas pobres conseguem ser felizes com maior intensidade, enquanto que as que tem tudo não conseguem manter o sentido de felicidade por muito tempo... Não é meio maquiavélico concluir que é melhor deixar as pessoas pobres para que sejam mais felizes?

Ops... novamente quantificação de sentimentos, tentando justificar uma escolha que na verdade é algo pessoal e intransferível. Eu pessoalmente não acho que peixes e moluscos sofram menos que bois, mas o senso comum diz que sofrem menos... (apesar do peixe morrer por asfixia, e no caso da piranha permanece viva por horas fora d´agua. Experiencia própria e dolorosa de conhecido que teve um dedinho amputado pensando que a bichinha tinha já morrido).

Uma amiga uma vez me contou que as pessoas querem ser heróis, mas nunca vilões. Se não pode ser herói, preferem ser vítimas do que pegar o papel de vilão... o que me lembra daquele comentário do Espelho mágico lamentando sobre a bruxa da Branca de Neve.

As vezes é necessário saber que o vilão não está em outra pessoa. Cada um de nós tem uma predisposição em ser ditador, em querer que outros sigam o MEU caminho (ou O caminho, porque outros estão andando por lá, deve ser o correto... mas a sensação de que estão no caminho correto aumenta se outras pessoas também forem de opinião que é uma boa idéia andar por ali)

Como disse Pratchett "O problema de se ter uma mente aberta é que as pessoas pensam que isso signfica que podem colocar suas coisas lá dentro"

Sobre a simulação sobre plantar arvores aumentar o efeito estufa... bem, vou ver o que posso fazer para possibilitar um debate do assunto com o autor do artigo. Vou ver se consigo o pdf do tal Journal no portal de periodicos da capes depois, OK? Normalmente tem address de correspondência...
 
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Até que tem alguma proteína legal nessa foto

Tipo, aquela do meio é até gostosinha, eu como. :)

:lol: :lol: :lol:

Um boi não pode raciocinar como você... não pode desenvolver estruturas complexas de pensamento, nem abstrair geometricamente. Mas tenho certeza que sente dor, aflição, tristeza e depressão - e as demonstra praticamente da mesma maneira que o faz o ser humano.

Deveríamos levar em conta a capacidade cognitiva para dizer quem tem ou não o direito de fazer outrem sofrer e morrer em nome de um fetiche alimentar? Já que você optou pela perspectiva amoral do abate, onde só cabe a perspectiva da inteligência, me pareceria muito pertinente alguém matar e se alimentar de doentes mentais, de velhos senis e de pessoas em estado vegetativo.

Não. E eu não disse em nenhum momento que humanos devem receber igualdade de direitos em relação a qualquer animal, foram vocês que disseram. E respondo da mesma forma: Humanos em estado vegetativo não sentem dor. Quer servir o primeiro prato?

Claro, tudo da maneira mais indolor e humana possível.

Oh oh. Você está levando isso pro lado pessoal?

Um hectare de plantação produz até 12 vezes mais alimentos (em calorias) do que a mesma área reservada à pecuária.
Além desse argumento ser falacioso por esquecer que boi não se alimenta de luz solar... e precisa comer gêneros agrícolas para sobreviver. Dessa maneira, façamos alguns cálculos:

"2,2 Kg de ração resultam em 1 Kg de carne da qual se aproveita apenas 0,5 Kg. Assim, 4,4 Kg de ração resultam em 1 Kg de carne consumida por humanos.
Levando em conta a concentração de água: 4,4 Kg vezes 88% (12% de água na ração) resulta em 3,87 Kg de sólidos que formam a ração. 1 Kg vezes 20% (80% de água na carne) resulta em 0,2 Kg de sólidos que formam a carne.
Calculando a proporção de sólidos da ração com os sólidos da carne: 3,87 sobre 0,2 resulta em 19,36.
Isto é, a quantidade de matéria seca da carne consumida por humanos é 19,36 vezes menor do que a quantidade de de matéria seca da ração fornecida aos animais." (José A. Lutzenberger)

Certo, mas aqui entra o que eu disse. A carne satisfaz uma pessoa muito mais rápido que várias folhas de alface, agrião, etc. Será que não vale a pena continuar com esse espaço?

O hábito do consumo de carne surgiu desde muito antes da revolução neolítica e do sedentarismo. Basta ter em mente que os primeiros registros feitos por humanos em cavernas africanas retratam exatamente as atividades de caça. Ainda há estudos que provam que antes de sermos caçadores fomos carniceiros em períodos de fome severa, mas infelizmente não tenho fonte pra isso.

A domesticação de animais para o abate surgiu nesse entremeio. Embora alguns considerem o começo da pecuária os estoques de animais feitos pelos caçadores-coletores pré-históricos, a pecuária como atividade econômica só se deu realmente em sociedades de produção de excedentes como os sumérios.

Bom pra eles. Uniram o útil ao agradável.

Como já falei antes, a produção da carne despende uma quantidade absurda de ração vegetal para produzir uma quantidade final ridícula de nutrientes/calorias. Esse argumento só existe em função da "quantidade de vezes que você teria que comer durante o dia".

Claro que isso se você alimentar o gado com ração. Se você utilizar recursos minerais ou apenas pasto, isso não existe. Além do mais, muitas rações são feitas com sobras de sacas de arroz / milho / soja. Sobras que não servem para consumo humano e devem ser descartadas, re-utilizadas para a ração animal.

Quem disse que as coisas deveriam ser feitas desse modo?

Pois é, ninguém. Esse tipo de coisa se chama hipótese.

Novamente, trata-se de um processo paulatino de abandono da pecuária e do consumo de carne. Aliás, esse argumento de que abolir dos cativeiros os animais criados pra abate resultaria em uma superpopulação, uma invasão sem precedentes, se assemelha muito a um texto que li de um inglês no séc.XVII, falando exatamente a mesma coisa sobre negros cativos.

Então o que devemos fazer?

Eu digo "come-los."

Aurélio:
do Lat. praedatore

adj. e s. m., Zool., animal ou designativo de animal que ataca outros, destruindo-os.

E a onça é o que?

E o jacaré?

E o falcão?

E o gato doméstico, quando sai a procura de ratos?

Todos nós destruimos coisas. A questão é o propósito que vamos dar a essa destruição. Pode ser algo nocivo ou benéfico. Depende de você. :joinha:

Boa caçada no açougue, campeão!

Oh oh. Agora eu tenho quase certeza que você levou isso para o lado pessoal.

Eis o meu dilema com carnívoros que tentam justificar sob argumentos crassos o consumo de carne. Acho muito mais sincero e intelectualmente honesto dizer: "Eu sei que é uma merda... que os animais sofrem pra caralho, prejudica o meio ambiente... mas não largo meu churrasco nem f*dendo"

Mas eu sei que alguns animais sofrem pra caralho e que prejudica o meio ambiente. O caso é que isso não é uma merda, muito pelo contrário! É foda e existem muitos pontos positivos para continuar me alimentando dessa forma.

Essas são, sem dúvida, as maiores batalhas dos grupos de defesa dos animais atualmente. Seja pressionando autoridades a exigir melhores padrões de tratamento para os animais de criação intensiva ou denunciando escândalos de maus-tratos como o da KFC americana.

Bom para as galinhas! Yay! Como eu disse, também sou contra o maltrato dos animais.

"Pistola Pneumática:
Uma "pistola" é apontada para a cabeça do animal e uma vara de metal é disparada para dentro do cérebro. A pistola é projetada de modo que a haste jamais sai completamente, ela simplesmente vara a cabeça do animal e depois é puxada pelo açougueiro enquanto o animal desmaia.

Este disparo, como o animal se agita muito, nem sempre é certeiro e, freqüentemente, atinge o olho ou resvala na cabeça do animal, gerando ainda mais dor."
(Instituto Nina Rosa)


Esse estudo da Embrapa
(arquivo .pdf) mostra exatamente os métodos adotados nos frigoríficos do Brasil. Ele mostra que, apesar do método ser sangrento, ele tem grande eficácia por que o animal simplesmente não tem tempo para sentir o golpe.

Existe sim, o caso do tiro não ser certeiro. Mas ele acontece com muita pouca frequencia. A cabeça do boi não fica solta e livre, mas presa. E o cara que estiver trabalhando nessa área não pode errar, por que isso só atrasa as coisas e ele mesmo acaba sendo prejudicado (salário, ect).

Aves a Caminho do Prato

1º Estágio: São despejadas como lixo dos caminhões que as trazem.

2º Estágio: Colocadas em um sistema de ganchos e transportadoras que fazem parte do sistema de abate automático.

3º Estágio: Sofrem uma descarga elétrica que deveria causar a inconsciência para o abate, mas essa corrente é reduzida causando somente dor (níveis maiores de corrente endurecem a carne). As aves vão para o próximo estágio com plena consciência.

4º Estágio: Processo de degola automática: as aves penduradas passam por uma máquina que vai degolando o pescoço.

5º Estágio: São imersas em um banho escaldante. MUITAS VEZES, AS AVES CHEGAM VIVAS NESTE ESTÁGIO.

6º Estágio: Vão para a área onde serão depenadas e estrinchadas.

http://www.pea.org.br/crueldade/abatedouro/index.htm#Aves

Você já viu uma galinha morrer, jean? Mesmo depois de ter o pescoço quebrado, o cérebro continua mandando impulsos elétricos para o corpo, que se debate violentamente. Veja bem, a galinha está morta e não sente nada, mas ainda se mexe.

E essa fonte que você citou é absolutamente parcial e mal informada. Encontrei diversas informações incorretas e/ou sensacionalistas.

E por que não são fechados?
Será que é porque as pessoas estão tão pouco se lixando pro bem-estar animal que continuam comprando carne sem procedência? Será?

Ou será que o Ministério da Agricultura ainda não sabem desses frigoríficos?

Se fábricas de fogos clandestinas existem aos montes por ai e ninguém denuncia, imagine um frigorífico que alimenta parte da população com carnes a preços mais baixos que o normal.

I rest my case.

Me too.

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NHAM!

(Outras tentações no anexo. Dá uma olhada. Vai que você não tem uma recaída e volte a ter o bom senso de comer essa delícia? :obiggraz: )
 

Anexos

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Putz, não faz isso comigo não, postando essas fotos, eu ainda não jantei... :babar:
 
Mais uma vez ele usa a idade das pessoas com a intenção de ofendê-las, e depois ainda se considera muito maduro...:roll:
 
http://video.google.com/videoplay?docid=8905871484167204845

Um vídeo de um abatedouro de porcos dentro de todas as normas de abate "humanitário".

Esse aí é tranqüilo, não parece sujo e os porcos morrem relativamente rápido, não parecendo sofrer mais do que sofreriam se, digamos, um bando de leões os atacasse.

Aqui tem um monte de coisa mil vezes pior: http://www.youtube.com/watch?v=GhxKnys7Ryw

(Esse filme eu não sei se já postaram aqui, tem tipo uma hora e meia, é bem efetivo como filme de recrutamento de vegetarianos. Tem até narração do Joaquin Phoenix.)
 
Só uma pergunta, sério, mas vegetarianos tomam leite?
Não estou a fim de ler todos os posts pra trás.
 
Só uma pergunta, sério, mas vegetarianos tomam leite?
Não estou a fim de ler todos os posts pra trás.

Vou responder apenas essa pergunta, pois eu já disse que o embate Vegetarianos X Carnívoros não vai sair do lugar.

Olha, depende...
Existem os Ovo-Lacto-Vegetarianos que consomem proteína vegetal, ovos e leites (e derivados).
E os Vegans que não consomem nada que tenha origem animal ( isso exclui leite - e derivados- ,ovos, e obviamente proteína animal).

:)
 

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