"Nib ouve Gorpo com apenas metade da atenção.
'Balsaag? Que idéia! Não vejo o que Balsaag poderia querer com isso, nem por que razão ele abandonaria suas ocupações todas para vir aqui pessoalmente. Agora, não julgue Dyson precipitadamente. Nós invadimos sua torre, e ele nos atacou. Até que provemos alguma coisa, nós é que estamos errados, e aquelas pessoas que estão nos sitiando ali são justamente as que devíamos salvar...'
Ele anda pelo lugar com passadas largas, falando apressadamente, em um tom que os faz lembrar de sua encenação de general. Ele parece estar assumindo não exatamente a liderança, mas a iniciativa; o alívio pelo fim do combate não durou muito nele, e ele planeja e coordena e se contradiz, dá argumentos e os derruba, discute consigo mesmo e embora apresse todos a fazer algo, ele mesmo não faz nada além disso.
'Nós sabemos a origem do poder deste lugar - o que nos foi contado por um famoso herói, que morreu a anos. Credibilidade nula, mas ninguém vai se preocupar com a forma como descobrimos isso. Nos foi dito que as pedras protegem a cidade, o que parecia ser a razão pela qual Balsaag a queria. Sabemos que flechas atingiam a cidade, ameaçando as lavouras e causando fome. Sabemos que havia um fantasma assombrando a estrada, e o vencemos; mas não sabemos quem o pôs lá, nem por que, se para impedir que entrassem ou saíssem daqui. Tully disse que havia enfrentado o fantasma, talvez ele não fosse criação de Dyson. Não, Tully provavelmente mentiu. E nós chegamos com facilidade, talvez a intenção fosse impedir a saída. Ou talvez Jonathan tenha frustrado ele, a população parecia estranha de qualquer forma. Nós deduzimos que foi uma ilusão que vimos atacar a cidade aquela vez, pode ser que todos os ataques fossem falsos. Os elfos não usariam ilusões de si mesmos, ou usariam? Toda a vida selvagem parece hostil, não sei por que, pode ser algum sacrilégio ou algo assim. Os elfos podem estar hostis a nós e aliados a Dyson, hostis a Dyson, hostis a todos nós, ou nem sabendo de nada. Os cidadãos de Ossington podiam estar sobre controle mágico de Dyson ou enganados por ele. Mas o pior: estamos sitiados aqui, e não podemos contar com a morte dos sitiantes para sair!'
Nib escuta Wardinock, e se sente cético quanto à chance de perceber alguma magia. O que ele realmente sabe de magia são rudimentos. No entanto, ele se sente inquieto com a sugestão.Talvez ele dê uma olhada depois, mas se um escrutínio tão intenso não revelou nada, deve estar bem oculto o que quer que seja, e não há como perder tempo agora. Ele responde, então, evasivamente:
'Bem, vou dar uma olhada. Mas há outras prioridades: vasculhar os cômodos lá em baixo, verificar a segurança da porta, reanimar Alanian... por falar nisso, ele pode ter descoberto algo. E decidir o que vamos fazer... ou antes falar com os pobres coitados lá embaixo. Muito pobres. Nem tão coitados. Wardinock, você e Gorpo vão vasculhar os cômodos em busca de tudo que puder ajudar. Robin, vá checar a segurança da porta, se precisar de ajuda chame, faça uma barricada ou coisa assim... Jonathan, reanime o Alanian e em seguida, me ajude a lidar com a cambada. Talvez dizendo algo sobre a vontade de Pellor ou o pecador Dyson, eles se acalmem. Mas primeiro, por favor salve ele.'
E, vendo que havia pouco a ser feito, ele começa a analisar ele mesmo o corpo de Dyson. Ele sentira algo estranho quando o feiticeiro fizera magia, algo como ecos da realidade, e foi isso que ele buscou. Remexeu brevemente o corpo, e em seguida se concentrou não em tentar perceber "magia", mas sintonizar-se com aquilo para tentar entender melhor."
Em off: é só identificar magia mesmo, como sugerido pelo Dáin, mas pela compreensão do Nib.
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