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Diário Literário

Não cheguei a ler nenhum conto dele. De romance li o das ovelhas e o do castelo alto. Minha conclusão é que as brisas dele não me pegam.
Eu estava considerando o "das ovelhas" entre os contos.
Se for romance (e acho que é, mesmo, eu que viajei), li também e é bem da hora.
Mas se não te pegou, daí PKD não é pra você.
:hihihi:
 
Eu fico confuso com as definições romance x novela. Boto tudo no mesmo saco.
Nisso eu sigo as lições do Massaud Moisés, encontráveis no seu Dicionário de Termos Literários, segundo as quais, para horror de muitos, Dom Quixote e mesmo o caudaloso O Tempo e o Vento seriam novelas. Grandes, mas novelas, pelo modo linear com que os pontos dramáticos se desenvolvem. Isso porque a noção, muito encontradiça e replicada por aí, de tamanho, é, no fim das contas, tautológica e subjetiva: "conto é menor que novela, que é menor que romance"... Está aí algo que não faz sentido, de fato, e no entanto é a noção predominante, quase absoluta, a ponto de hoje quase ninguém mais declarar-se autor de novelas.


(Mas, por praticidade e para não ter de bater cabeça com todos a todo momento, eu também acabo chamando tudo que é "prosa longa" de romance. Eu deveria comprar essa briga? :dente: )
 
Só impressão. É a mesma bagunça. Usam o critério do tamanho.
Tanto que o conto é "short story". A prosa "média" é a "novella" e a "longa" o "novel".
 
Acho que só para os livros de romance (história de amor/paixão), tipo os Sabrinas e similares. É livro "de gênero" e não um gênero textual. Enfim. A nomenclatura literária é toda bagunçada. Gênero, poesia, romance... Vários termos problemáticos.
 
Diário,

vou aceitar que não consigo ler, e pronto. Para tentar lidar com o meu TOTAL bloqueio, assei pão de queijo e fui tentar ler. O livro (Sempre vivemos no castelo), já no início, prende a atenção da gente, mas eu não consigo focar em NADA que tento ler. Leio um parágrafo e, quando vou para o outro, me perco. Um dia, isso passa.​
 
De leitura, peguei pra ler Depois do último trem, do Josué Guimarães, e nossa, ainda tô no começo e é mil vezes melhor que aquele mais famoso, Enquanto a noite não chega, que tem um apelo emocional interessante, mas é tão raso esteticamente falando.
Aliás, como eu tô fazendo teatro agora, resolvi pegar pra ler as peças do WB Yeats, e comecei com A ampulheta. Por Josafá!, que texto chato do c******! Parece fruto daquele romantismo que se encontra com a carolice. O texto parece ter sido escrito para um teatrinho de igreja.
 
Última edição:
Bom saber, pra nunca chegar perto.
E reforço: não vale a pena. Nem pela estética.
Eu esperava mais de Yeats, tendo em vista seus poemas. É aquela coisa: tem autor que é tão celebrado que o pessoal ignora as coisas ruins — vide os últimos romances de Hemingway, por exemplo.
Se você já leu Gil Vicente, sabe que o ethos católico define finais ideais para tipos ideais, mas o português era um gênio da dramaturgia.
Depois vou ler Cathleen ni Houlihan, que é mais celebrado e que Yeats escreveu com Lady Gregory.
 
Diário literário...

Estou lendo Terras do Sem Fim, do Jorge Amado, que me foi indicado aqui no forum mesmo. Estou gostando muito... leitura que flui, envolvente. Bom demais!

Acabei pegando mais um livro da Lygia Fagundes Telles pra ler - "Durante Aquele Estranho Chá". É um livro de crônicas e fragmentos de memórias, no qual a autora vai contando episódios que viveu com outros escritores e intelectuais - até agora, já passei por Clarice Lispector, Jean Paul Sartre e Simone de Beauvoir, Glauber Rocha e a turma do Cinema Novo, e Hilda Hilst - e passa também por outros temas como o feminismo e a revolução da mulher. Gostando bastante...

Também iniciei a releitura de "A morte de Ivan Ilitch", do Tolstói. Li, pela primeira vez, faz uns 8 anos. É o próximo livro a ser discutido com o Clube de Leitura Travessia. Gosto bastante dessa novela. Só li três livros do Tolstói (os outros foram "Ressurreição" e "Guerra e Paz"), mas dos três, considero "A Morte de Ivan Ilitch" o melhor. Os outros dois me frustraram um pouco...
 
Acabei de ler o livro 1 da série do Detetive Cormoram Strike, "O Chamado do Cuco", de Robert Galbraith (aka J K Rowling) e me surpreendi positivamente.
Leitura de mistério policial do tipo viciante, com personagens bem carismáticos (Strike e a secretária Robin são adoráveis juntos). A trama tem alguns furos, é verdade, mas cumpre muito bem a função de divertir.

Estou com o segundo volume do detetive Strike engatilhado pra começar, mas antes voltei pra França do Georges Simenon pra ler o primeiro livro publicado com o comissário Maigret, "Pietr, o Letão". =]
 
Lendo Os robôs da alvorada, do Isaac Asimov, e olha, eu até gosto dos momentos em que Baley experimenta os problemas sensoriais pelo isolamento e pelos diferentes ambientes que percorre, mas as conversas são um porre. E o pior é que não fazem sentido, não são as grandes sacadas que o Asimov devia achar que fossem, pois muito se resolve pela menção de algum dado omitido até então pelos interessados na resolução do crime. Se ele resumisse em parágrafos descritivos o teor das conversas, economizaria umas 100 páginas. Ele não era tão bom escritor assim pra gente "saborear" sua sintaxe.
 

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