Não mesmo!Ele não era tão bom escritor assim pra gente "saborear" sua sintaxe.
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Não mesmo!Ele não era tão bom escritor assim pra gente "saborear" sua sintaxe.
Desisti. Como disse no Facebook, a impressão que eu tenho é que encheram tanto o saco dele pra escrever esse livro — lançado quase 30 anos depois do volume anterior — que ele entregou como quis só pra se livrar o quanto antes. É uma pena, porque eu realmente gostava de alguns pontos e eles estavam começando a elaborar um interessante — o robô humaniforme, algo que ia além do Andrew do conto O homem bicentenário, só que agora sabendo como reproduzir isso (pra quem viu Westworld (a série), seria algo próximo do que ocorre no final da primeira temporada) —, mas não dá. Se eu escrevesse daquele jeito, recusariam o manuscrito na hora.Lendo Os robôs da alvorada, do Isaac Asimov, e olha, eu até gosto dos momentos em que Baley experimenta os problemas sensoriais pelo isolamento e pelos diferentes ambientes que percorre, mas as conversas são um porre. E o pior é que não fazem sentido, não são as grandes sacadas que o Asimov devia achar que fossem, pois muito se resolve pela menção de algum dado omitido até então pelos interessados na resolução do crime. Se ele resumisse em parágrafos descritivos o teor das conversas, economizaria umas 100 páginas. Ele não era tão bom escritor assim pra gente "saborear" sua sintaxe.
Penso no Edgar Wallace, que escreveu muito pra pagar dívidas.O Asimov tinha muito disso, de encherem o saco dele pra escrever X, e ele topar porque a grana oferecida era boa demais pra negar. É preciso desconfiar de autores de mais de cem livros.
Mas o próprio Asimov confessa, na introdução de uma edição (acho que está inclusa na da Aleph né?) que só continuou a Fundação porque ofereceram muuuita grana. Eu pessoalmente nem quis ler os volumes subsequentes. Já ouvi dizerem que cai bastante em qualidade e, depois que li essa confissão, decidi que não valeria a pena.Penso no Edgar Wallace, que escreveu muito pra pagar dívidas.
Aliás, agora tô preocupado porque embora ainda não tenha começado Fundação, o quarto livro da série saiu quase 30 anos depois também. ¬¬'
Medo de que essa seja o destino de Winds of Winter. Só espero que ele não leve TRINTA anos, mas só vinte.Desisti. Como disse no Facebook, a impressão que eu tenho é que encheram tanto o saco dele pra escrever esse livro — lançado quase 30 anos depois do volume anterior — que ele entregou como quis só pra se livrar o quanto antes.
Prefácio das edições dessa Trilogia dos Robôs ele fala algo parecido, menciona também o quarto livro de Fundação.Mas o próprio Asimov confessa, na introdução de uma edição (acho que está inclusa na da Aleph né?) que só continuou a Fundação porque ofereceram muuuita grana. Eu pessoalmente nem quis ler os volumes subsequentes. Já ouvi dizerem que cai bastante em qualidade e, depois que li essa confissão, decidi que não valeria a pena.
Sei que tu é fã, mas do jeito que o pessoal fica na internet, queria ver o Martin só dizendo, "ah é? Agora que não sai mais nada mesmo!"Medo de que essa seja o destino de Winds of Winter. Só espero que ele não leve TRINTA anos, mas só vinte.
Só um acréscimo: uma das subtramas do livro é basicamente esta música, lançada antes do livro. O que me faz pensar se Asimov não tirou a ideia daí:Lendo Os robôs da alvorada, do Isaac Asimov, e olha, eu até gosto dos momentos em que Baley experimenta os problemas sensoriais pelo isolamento e pelos diferentes ambientes que percorre, mas as conversas são um porre. E o pior é que não fazem sentido, não são as grandes sacadas que o Asimov devia achar que fossem, pois muito se resolve pela menção de algum dado omitido até então pelos interessados na resolução do crime. Se ele resumisse em parágrafos descritivos o teor das conversas, economizaria umas 100 páginas. Ele não era tão bom escritor assim pra gente "saborear" sua sintaxe.
Lendo ou relendo, pelo menos tu está fazendo alguma coisa. Total bostalhão é a pessoa que larga os livros pela metade e não consegue continuar. Opa, essa sou eu.Terminarei os Lusíadas hoje.
Mas ao invés de avançar na minha lista de leitura. Eu comprei O Muro do Sartre, e estou relendo. Eu sou um total bostalhão.
Quando a gente passa dos 30, percebe que esse completismo é besteira. Na boa, se tá um porre, larga.Total bostalhão é a pessoa que larga os livros pela metade e não consegue continuar. Opa, essa sou eu.
Não consegui evitar as comparações.Uau... começa com Rushdie, passa por Eco e descamba em Draccon.
Eu não sei se vc sabe, mas o luka é meio que o sequel desse, apesar de poder ser lido independente. Eu até li uns dois capítulos iniciais de haroun e gostei na época...Não consegui evitar as comparações.
Já separei outro livro infanto-juvenil do Rushdie aqui, Haroun e o Mar de Histórias. Espero que seja melhor.