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Diário Literário

Quando seu post apareceu, no instagram, só tinha visto os livros deitados. Contei, e tava dando doze. Já ia falar: "uai, Lufe?", aí olhei para o lado e vi o outro. :hihihi:
 
Tá difícil ler ultimamente. Estou com um sono que não passa por nada.

Idem. Tô lendo basicamente só os livros do Clube de Leitura.
E essa semana, por exemplo, em que terminei de ler o Eça de Queirós na segunda-feira e a última reunião de discussão é só no sábado, imaginei que ia finalmente conseguir achar tempo para as leituras paralelas que eu havia iniciado. E não li nada. Chego em casa e desmonto...

Tô trazendo o livro do Sebald pro trabalho todos os dias, porque sempre aproveito uns 20 minutos do meu horário de almoço pra leitura. Mas essa semana o livro só está vindo passear, na mochila.

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Pessoal habituado a ler poesia, alguma indicação sobre por onde começar, pra ler Antero de Quental?
 
Última edição:
Meninos, sinto muito por vocês estarem assim. Como eu já comentei, isso vem acontecendo comigo desde o início do ano. Meio que já aceitei que não conseguirei ter um ano prolífico, em termos de leitura, e tenho tentado fazer outras coisas: colocar séries ruins em dia. É o ideal? Não, mas não adianta eu ficar me lamentando por ter lido um terço do que li no ano passado, sabe? Em algum momento, conseguirei voltar a ler, mas, enquanto isso não acontece, vou fazendo outras coisas de que gosto. Espero que vocês consigam voltar a ler o mais rápido possível.​
 
Pessoal habituado a ler poesia, alguma indicação sobre por onde começar, pra ler Antero de Quental?
Antero de Quental é um poeta simples. Comece pelos sonetos, que são sua grande realização. Algumas edições saem a uma pechincha nas lojas de livros usados. Ainda hoje tenho um carinho muito grande por alguns:

DIVINA COMÉDIA

Erguendo os braços para o Céu distante
E apostrofando os deuses invisíveis,
Os homens clamam: - «Deuses impassíveis,
A quem serve o destino triunfante,

Porque é que nos criastes?! Incessante
Corre o tempo e só gera, inextinguíveis,
Dor, pecado, ilusão, lutas horríveis,
Num turbilhão cruel e delirante...

Pois não era melhor na paz clemente
Do nada e do que ainda não existe,
Ter ficado a dormir eternamente?

Porque é que para a dor nos evocastes?»
Mas os deuses, com voz inda mais triste,
Dizem: - «Homens! porque é que nos criastes?!»

Duas antologias confiáveis - elaboradas por especialistas, com introdução e notas - são a da Global e a da Cultrix, esta última mais antiga, da capa roxa. A edição portuguesa publicada pela Livraria Sá da Costa, lá na década de 60, me parece ser mais difícil de achar, mas é uma coleção muito conceituada e importante. Pode ser que você a encontre em bibliotecas.

Antero foi um nome importante na poesia portuguesa do século XIX por ter se envolvido em polêmicas com alguns dos medalhões do alto romantismo português - a chamada questão coimbrã. Uma sugestão de leitura: https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=6077341
 
Antero de Quental é um poeta simples. Comece pelos sonetos, que são sua grande realização. Algumas edições saem a uma pechincha nas lojas de livros usados. Ainda hoje tenho um carinho muito grande por alguns:

DIVINA COMÉDIA

Erguendo os braços para o Céu distante
E apostrofando os deuses invisíveis,
Os homens clamam: - «Deuses impassíveis,
A quem serve o destino triunfante,

Porque é que nos criastes?! Incessante
Corre o tempo e só gera, inextinguíveis,
Dor, pecado, ilusão, lutas horríveis,
Num turbilhão cruel e delirante...

Pois não era melhor na paz clemente
Do nada e do que ainda não existe,
Ter ficado a dormir eternamente?

Porque é que para a dor nos evocastes?»
Mas os deuses, com voz inda mais triste,
Dizem: - «Homens! porque é que nos criastes?!»

Duas antologias confiáveis - elaboradas por especialistas, com introdução e notas - são a da Global e a da Cultrix, esta última mais antiga, da capa roxa. A edição portuguesa publicada pela Livraria Sá da Costa, lá na década de 60, me parece ser mais difícil de achar, mas é uma coleção muito conceituada e importante. Pode ser que você a encontre em bibliotecas.

Antero foi um nome importante na poesia portuguesa do século XIX por ter se envolvido em polêmicas com alguns dos medalhões do alto romantismo português - a chamada questão coimbrã. Uma sugestão de leitura: https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=6077341

Obrigadão, Mavz. Você é fera!
Fiquei interessado por conta de um trechozinho sobre a geração de 1870, no texto de apresentação d'O Primo Basílio. Vou procurar essas antologias.
 
Diário, sobre Os Emigrantes, do Sebald:

O primeiro texto do livro, sobre o Dr. Henry Selwyn, conforme o texto da contracapa, "um cirurgião lituano que termina os seus dias cuidando de plantas e cavalos numa pequena propriedade no interior da Inglaterra", não me causou tanto impacto.

Mas acabo de ler o segundo, sobre um professor primário chamado Paul Bereyter, um judeu alemão, cuja vida foi de tantas maneiras devastadas pelo nazismo, e que retorna à pequena vila alemã onde vivera tantos dissabores. Aqui o texto de Sebald, que une a ficção ao estilo memorialista, que inclusive junta fotografias à composição da narrativa, me envolveu com força. Sebald convence que Bereyter é de carne e osso e, pelo caminho da empatia, me fez partilhar de sua dor e sondar as suas razões. Que coisa mais triste, palpável, real! E que potência narrativa a desse texto!

Esse texto certamente vai me acompanhar por uns dias.
 
Estou quase no fim do último livro (que tenho no kindle) do Inspetor Maigret e já estou com a angústia da abstinência atacando.
Preciso criar coragem e ir até algum sebo procurar os exemplares físicos dos livrinhos do Simenon porque os que encontro em livrarias e no kindle estão bem caros e, no momento, fora do meu alcance.
E o fato é que eu simplesmente não posso ficar sem acompanhar as aventuras do meu francês rabugento favorito antes de dormir. :amor:
 
Diário literário,

De passagem pela Livraria da Vila, um livro me chamou a atenção: É Sempre a Hora de Nossa Morte Amém, de Mariana Salomão Carrara.

Depois fui ver que foi finalista no Jabuti. Dei uma lida na orelha do livro e me fisgou totalmente. Entrou pra listinha de livros que quero ler.

Só que... meu ritmo de leitura está bem devagar, então sabe lá Deus se e quando eu vou conseguir ler.
 
Estou quase no fim do último livro (que tenho no kindle) do Inspetor Maigret e já estou com a angústia da abstinência atacando.
Preciso criar coragem e ir até algum sebo procurar os exemplares físicos dos livrinhos do Simenon porque os que encontro em livrarias e no kindle estão bem caros e, no momento, fora do meu alcance.
E o fato é que eu simplesmente não posso ficar sem acompanhar as aventuras do meu francês rabugento favorito antes de dormir. :amor:
Traça. Nem precisa sair de casa, lá se acha de tudo.
 

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