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Diário Literário

Apenas para confirmar a superioridade do time dos que leem deitados, um testemunho de Manuel Bandeira:

O de Gilberto [Casa Grande e Senzala] li de uma assentada, ou antes, de uma deitada, porque é assim e só assim, que posso ler.

"Goal!", 28/8/1955, Flauta de Papel, em Poesia e prosa, vol. 2, ed. José Aguilar, 1958, p. 373.
 
Eu quase sempre leio deitada mesmo, naquela horinha antes de dormir, delícia. O kindle é bom por isso, eu tenho uma capinha pra ele e dá de apoiar de lado na capinha e ficar lendo deitada de lado até o sono vir. Coisa maravilhosa.
 
É um problema de definição, ao que parece; estamos falando de coisas diferentes com o mesmo nome. Quando eu disse que ler deitado era doideira, estava pensando no relato do Eriadan, e nesse aí da Erendis mais recente. Isso, pra mim, é ler deitado. Daí o Meneldur acha que sentar na cama é estar deitado; pra ele, sentado é estar com as costas e as pernas em angulo de 90°, o que não faz sentido para mim, já que cadeiras e poltronas reclináves não fazem esse ângulo e nem por isso a gente diz que está deitada nelas... Eu acho que estamos aí num terreno movediço em que haverá muitas gradações entre o sentado e o deitado propriamente ditos. Pra mim, é encostado ou reclinado ou coisa que o valha; pronto. :lol:
 
Vocês são maluques querides. Disse a mulher que está tentando ler Crepúsculo em inglês.
 
Iniciei ontem a leitura de "O Diabo", da Marina Tsvetáieva. A ideia é que esta fosse uma "leitura B", pra quando sobrasse tempo. Mas como se trata de uma narrativa curta, devo concluí-lo hoje ou amanhã.
Não tinha nenhuma referência do livro ou de sua autora. É uma espécie de narrativa autobiográfica que conta a infância da autora até os 7 anos de idade, só que enredada numa construção poética e mitológica, com a presença ostensiva do diabo, que vivia no quarto de sua irmã e que ela chamava, familiarmente, de Mycháty. Minhas primeiras impressões: é uma narrativa "bonitinha" e acolhedora.

Me impressionou muito mais a biografia da autora. Que vida triste! Em plena Rússia pós-revolucionária, no ano de 1919, uma de suas filhas morreu de fome. O marido, pelo que entendi, lutara ao lado do Exército Branco. Sobrou-lhes o exílio. Foram para Praga e, depois, para Paris. "O Diabo", inclusive, foi publicado em Paris, em 1935, numa revista de exilados russos. Dá pra sentir no texto essa saudade de uma infância acolhedora, na sua terra natal. Depois, o marido e a filha voltaram a Moscou, onde foram presos. Já durante a Segunda Guerra, em 1941, o marido foi fuzilado. Marina também regressa a Moscou e, em 1941, no curso da guerra com os alemães, é evacuada para algum lugarejo no interior. Sozinha e desamparada, comete suicídio ainda em 1941.

Sua história me lembrou os textos de "Os Emigrantes", do Sebald: personagens cujas vidas foram arrasadas pela Guerra e pelos movimentos da História; personagens trágicos, em desajuste com o mundo, que não encontram o seu lugar. Muito triste.

Impressiona que, em "O Diabo", tem uma passagem em que uma das personagens lê a sorte da pequena Marina nas cartas e retira uma carta que, pelo que se sugere, lança uma sombra de mau agouro sobre o destino daquela criança. Morte, infortúnio. A pequena Marina não interpretou daquela forma. Mas sabendo o que se passou com ela depois, vem essa sensação de que aquele destino trágico pré-figurado se realizou...
 
Última edição:
Iniciei ontem a leitura de "O Diabo", da Marina Tsvetáieva. A ideia é que esta fosse uma "leitura B", pra quando sobrasse tempo. Mas como se trata de uma narrativa curta, devo concluí-lo hoje ou amanhã.
Não tinha nenhuma referência do livro ou de sua autora. É uma espécie de narrativa autobiográfica que conta a infância da autora até os 7 anos de idade, só que enredada numa construção poética e mitológica, com a presença ostensiva do diabo, que vivia no quarto de sua irmã e que ela chamava, familiarmente, de Mycháty. Minhas primeiras impressões: é uma narrativa "bonitinha" e acolhedora.

Me impressionou muito mais a biografia da autora. Que vida triste! Em plena Rússia pós-revolucionária, no ano de 1919, uma de suas filhas morreu de fome. O marido, pelo que entendi, lutara ao lado do Exército Branco. Sobrou-lhes o exílio. Foram para Praga e, depois, para Paris. "O Diabo", inclusive, foi publicado em Paris, em 1935, numa revista de exilados russos. Dá pra sentir no texto essa saudade de uma infância acolhedora, na sua terra natal. Depois, o marido e a filha voltaram a Moscou, onde foram presos. Já durante a Segunda Guerra, em 1941, o marido foi fuzilado. Marina também regressa a Moscou e, em 1941, no curso da guerra com os alemães, é evacuada para algum lugarejo no interior. Sozinha e desamparada, comete suicídio ainda em 1941.

Sua história me lembrou os textos de "Os Emigrantes", do Sebald: personagens cujas vidas foram arrasadas pela Guerra e pelos movimentos da História; personagens trágicos, em desajuste com o mundo, que não encontram o seu lugar. Muito triste.

Impressiona que, em "O Diabo", tem uma passagem em que uma das personagens lê a sorte da pequena Marina nas cartas e retira uma carta que, pelo que se sugere, lança uma sombra de mau agouro sobre o destino daquela criança. Morte, infortúnio. A pequena Marina não interpretou daquela forma. Mas sabendo o que se passou com ela depois, vem essa sensação de que aquele destino trágico pré-figurado se realizou...
Marina Tsvetáieva (1892–1941), considerada uma das vozes poéticas mais potentes e relevantes do século 20. Nasceu em 8 de outubro de 1892, em Moscou. Produziu uma vasta obra também nos campos do teatro, de ensaios e da tradução.

Após o fim da Guerra Civil na Rússia, exilou-se para encontrar com o marido, o oficial Sergei Efron; primeiro em Praga, a partir de 1922, e depois em Paris, onde passaria quatorze anos, entre 1925 e 1939, quando retorna ao país natal.

Tem início um doloroso período de penúria financeira em que quase não consegue trabalho para se sustentar. Com a Segunda Guerra Mundial, em 1941, é evacuada para a cidade de Elábuga, onde se suicida aos 48 anos de idade. Existe outra versão para sua morte; correm rumores de que foi morta por agentes da NKVD, policia política de Stálin.

Durante o regime soviético permaneceu inédita até depois da II Guerra, quando passou a ser publicada em folhas clandestinas.
 
Me ajudem com uma coisa, por favor...
Vale à pena comprar esses boxzão luxuoso, que entra em pré-venda a 250 mangos?

Ou sempre, depois do lançamento, rolam umas promoções melhores?
 

"Fiel a sua concepção de arte aberta e múltipla, Umberto Eco, ao escrever sua obra-prima ficcional O Nome da Rosa, também concebeu seu universo em desenhos dos personagens, dos cenários e até das ferramentas usadas na produção agrícola do século 14, quando se passa a história. Agora, uma nova edição do livro, lançada nesta semana pela Record em uma caixa luxuosa que traz ainda O Pêndulo de Foucault e O Cemitério de Praga, terá também as caricaturas, os mapas e os esboços que Eco produziu quando escrevia o texto, no fim da década de 1970. (Estadão)" [do Informativo Meio de hoje]

link aqui: https://www.amazon.com.br/Box-Umberto-Eco/dp/8501306142
 
Nem estava sabendo disso. Que esquisito estarem investindo pesado em Umberto Eco justo agora; parece meio aleatório rs.
Pela minha parca experiência comprando em pré-venda, o desconto nunca costuma passar dos 20%.
Isso quando há; porque no momento não está ali previsto nenhum desconto né. Então se corre o risco de pagar valor inteiro.

Ao passo que pode ser possível encontrar o box mais tarde com uns 40%-50% em algumas oportunidades. É questão de esperar e ficar de olho. Mas também pode ser que não. Nem tudo realmente chega a entrar nessa faixa maior de descontos numa Amazon da vida.
 
Nem estava sabendo disso. Que esquisito estarem investindo pesado em Umberto Eco justo agora; parece meio aleatório rs.
Pela minha parca experiência comprando em pré-venda, o desconto nunca costuma passar dos 20%.
Isso quando há; porque no momento não está ali previsto nenhum desconto né. Então se corre o risco de pagar valor inteiro.

Ao passo que pode ser possível encontrar o box mais tarde com uns 40%-50% em algumas oportunidades. É questão de esperar e ficar de olho. Mas também pode ser que não. Nem tudo realmente chega a entrar nessa faixa maior de descontos numa Amazon da vida.

Boto fé. Vou aguardar então...
Valeu! :joinha:
 
Pois então. Com certeza uns 30% você consegue pouco depois de lançado. Não é como se um box do Umberto Eco fosse esgotar rápido, néam. :lol:

Eu tenho os três livros em edições antigas; pra mim, nem tchum. Ficarei com elas.
 
Pra mim nem adianta; lombadeiro que sou, sentiria TOC de ver que não combinam com os outros livros dele na estante. Então é melhor que sejam logo todos diferentes entre si :rofl:
 

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