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O de Gilberto [Casa Grande e Senzala] li de uma assentada, ou antes, de uma deitada, porque é assim e só assim, que posso ler.
"Goal!", 28/8/1955, Flauta de Papel, em Poesia e prosa, vol. 2, ed. José Aguilar, 1958, p. 373.
Marina Tsvetáieva (1892–1941), considerada uma das vozes poéticas mais potentes e relevantes do século 20. Nasceu em 8 de outubro de 1892, em Moscou. Produziu uma vasta obra também nos campos do teatro, de ensaios e da tradução.Iniciei ontem a leitura de "O Diabo", da Marina Tsvetáieva. A ideia é que esta fosse uma "leitura B", pra quando sobrasse tempo. Mas como se trata de uma narrativa curta, devo concluí-lo hoje ou amanhã.
Não tinha nenhuma referência do livro ou de sua autora. É uma espécie de narrativa autobiográfica que conta a infância da autora até os 7 anos de idade, só que enredada numa construção poética e mitológica, com a presença ostensiva do diabo, que vivia no quarto de sua irmã e que ela chamava, familiarmente, de Mycháty. Minhas primeiras impressões: é uma narrativa "bonitinha" e acolhedora.
Me impressionou muito mais a biografia da autora. Que vida triste! Em plena Rússia pós-revolucionária, no ano de 1919, uma de suas filhas morreu de fome. O marido, pelo que entendi, lutara ao lado do Exército Branco. Sobrou-lhes o exílio. Foram para Praga e, depois, para Paris. "O Diabo", inclusive, foi publicado em Paris, em 1935, numa revista de exilados russos. Dá pra sentir no texto essa saudade de uma infância acolhedora, na sua terra natal. Depois, o marido e a filha voltaram a Moscou, onde foram presos. Já durante a Segunda Guerra, em 1941, o marido foi fuzilado. Marina também regressa a Moscou e, em 1941, no curso da guerra com os alemães, é evacuada para algum lugarejo no interior. Sozinha e desamparada, comete suicídio ainda em 1941.
Sua história me lembrou os textos de "Os Emigrantes", do Sebald: personagens cujas vidas foram arrasadas pela Guerra e pelos movimentos da História; personagens trágicos, em desajuste com o mundo, que não encontram o seu lugar. Muito triste.
Impressiona que, em "O Diabo", tem uma passagem em que uma das personagens lê a sorte da pequena Marina nas cartas e retira uma carta que, pelo que se sugere, lança uma sombra de mau agouro sobre o destino daquela criança. Morte, infortúnio. A pequena Marina não interpretou daquela forma. Mas sabendo o que se passou com ela depois, vem essa sensação de que aquele destino trágico pré-figurado se realizou...
Qual box?Me ajudem com uma coisa, por favor...
Vale à pena comprar esses boxzão luxuoso, que entra em pré-venda a 250 mangos?
Ou sempre, depois do lançamento, rolam umas promoções melhores?
Qual box?
Nem estava sabendo disso. Que esquisito estarem investindo pesado em Umberto Eco justo agora; parece meio aleatório rs.
Pela minha parca experiência comprando em pré-venda, o desconto nunca costuma passar dos 20%.
Isso quando há; porque no momento não está ali previsto nenhum desconto né. Então se corre o risco de pagar valor inteiro.
Ao passo que pode ser possível encontrar o box mais tarde com uns 40%-50% em algumas oportunidades. É questão de esperar e ficar de olho. Mas também pode ser que não. Nem tudo realmente chega a entrar nessa faixa maior de descontos numa Amazon da vida.