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Diário Literário

Diário,

Seguindo com a leitura de Os Miseráveis, acabo de passar pela passagem em que Jean Valjean resgata Cosette da casa dos Thenardier. Essas passagens, em que o narrador explicita os maus tratos aos quais era sujeitada a criança, são muito fortes. É uma coisa de chorar.

Eu me perguntava se, com a releitura, Os Miseráveis continuaria sendo o meu livro preferido. A leitura ainda está na casa dos 30 e poucos %, mas acho que sim. O Hugo é tão bom escritor que faz raiva. É um monstro!

Quanto ao mais, como comentei lá no tópico do Censo, tentando espremer um monte de coisas que eu gostaria de ler numas férias de 18 dias.

Pretendo ler O Deserto dos Tártaros. Mas também quero ler algo do Miguel Sousa Tavares (o Equador ou, talvez, o Rio das Flores, que eu já tenho). Me caiu sob os olhos um texto de uma moça sugerindo autoras, a propósito do 8 de março, e me fisgou completamente a proposta do livro Caderno Proibido, da italiana Alba de Céspedes. No mesmo texto, me intrigou um pouco a proposta do livro A Praça do Diamante, da escritora catalã Mercè Rodoreda - uma história ambientada no contexto da guerra civil espanhola. Descobri que esse foi editado pela TAG e fui perguntar a uma amiga, que assina o clube, se ela tinha lido. Ela disse que leu e se lembra de ter gostado, mas que o livro não deixou marcas, porque ela não se lembra de muita coisa. Um post do Instagram me deu vontade de tirar da estante mais um Eça de Queirós, no caso, "A Ilustre Casa de Ramires". O @Eriadan acrescentou "As Vinhas da Ira" a essa lista. Tudo isso pra ser lido paralelamente aos Miséra, do Hugo.
 
Seguindo com a leitura de Os Miseráveis, acabo de passar pela passagem em que Jean Valjean resgata Cosette da casa dos Thenardier. Essas passagens, em que o narrador explicita os maus tratos aos quais era sujeitada a criança, são muito fortes. É uma coisa de chorar.

Essa foi uma das quatro passagens literárias que me fizeram chorar muito, de soluçar e ficar com dor de cabeça!
As outras foram
quando Lira descobre que os pais estão juntos naquela tramoia horrenda e quando ela encontra o garoto sem deamon abraçado com um peixe seco, em "Fronteiras do Universo" e a morte da Baleia em "Vidas Secas"
.
Histórias com crianças e animais traídos e/ou maltratados = :-( >:(
 
Seguindo com a leitura de Os Miseráveis, acabo de passar pela passagem em que Jean Valjean resgata Cosette da casa dos Thenardier. Essas passagens, em que o narrador explicita os maus tratos aos quais era sujeitada a criança, são muito fortes. É uma coisa de chorar.
Essa foi uma das partes que mais me comoveram também, mas aquela que conta o progressivo empobrecimento de Mabeuf, até que ele se vê finalmente obrigado a vender seu livro de estimação; e aquela já no fim, sobre Valjean indo e desistindo das visitas a Cosette, nossa... essas me despedaçaram. Chorei copiosamente, como não acontecia desde a morte de Baleia (tmj Clara).
 
Essa foi uma das quatro passagens literárias que me fizeram chorar muito, de soluçar e ficar com dor de cabeça!
As outras foram
quando Lira descobre que os pais estão juntos naquela tramoia horrenda e quando ela encontra o garoto sem deamon abraçado com um peixe seco, em "Fronteiras do Universo" e a morte da Baleia em "Vidas Secas"
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Histórias com crianças e animais traídos e/ou maltratados = :-( >:(

Essa foi uma das partes que mais me comoveram também, mas aquela que conta o progressivo empobrecimento de Mabeuf, até que ele se vê finalmente obrigado a vender seu livro de estimação; e aquela já no fim, sobre Valjean indo e desistindo das visitas a Cosette, nossa... essas me despedaçaram. Chorei copiosamente, como não acontecia desde a morte de Baleia (tmj Clara).

Sobre Cosette:

Uma criança de 8 anos, que parecia ter 6. Subnutrida, esquálida, cheia de hematomas pelo corpo, um olho roxo em razão de um soco que levou da senhora Thenardier, vestida em trapos, com as pernas nuas, a pele azulada em virtude do castigo imposto pelo frio do rigoroso inverno Europeu. Cosette era literalmente uma criança escravizada, obrigada a trabalhos físicos que estavam muito além da sua capacidade física, permanentemente submetida a sevícias e atormentada pelo medo. Dorme numa cama de trapos, imunda, sob a escada. E é tratada pior que um cachorro.

Sequer tinha o entendimento da sua condição. Ela diz a Jean Valjean, a certa altura, que todas as crianças têm mãe e que ela não entendia por que ela nunca teve. E então, em algum momento, a sra. Thenardier diz na frente dela, com absoluta indiferença, que a mãe dela provavelmente estava morta. E Cosette repete, em um canto, maquinalmente, que a mãe está morta.

Para completar a cena, o contraste com o tratamento dispensado pela senhora Thenardier a Eponine e Azelma torna a situação de Cosette muito mais cruel. Na passagem em que ela brinca com uma boneca jogada de lado pelas meninas Thenardier, às escondidas, até que Eponine, tendo notado, vai se queixar à mãe, é notável a fúria de que é acometida a mulher. Se Jean Valjean não estivesse ali, ela teria avançado sobre a menina e a espancado sem dó.

Essa passagem me lembrou do conto "Negrinha", do Monteiro Lobato. Aliás, Clara... está aí outra história sobre maus tratos a crianças, de fazer chorar. O conto se passa no pós-escravidão e tematiza como uma "Sinhá" descontava a saudade que sentia dos "bons tempos" do cativeiro nos maus tratos que impunha a uma criança negra que mantinha em sua casa. Então há um momento em que uma sobrinha da sinhá vem passar as férias em sua casa e permite que Negrinha brinque com sua boneca. Não vou contar o que acontece em seguida, pra não entregar o final da história.

Vontando a Os Miseráveis, depois, já em Paris, quando Jean Valjean está fugindo de Javert, em determinado momento ele precisa que Cosette faça silêncio e, para atemorizá-la, ele diz que quem vem em seu encalço é Madame Thenardier. A menina fica absolutamente petrificada de pavor e silencia.

Porra... tudo isso é muito cruel. Pra passar por isso sem se comover, a pessoa precisa não ter um coração.

E Eriadan, sobre essa passagem que você comentou, sobre Jean Valjean indo e desistindo das visitas a Cosette...

Porra... essa passagem também me arrebentou. Jean Valjean pode ter perdoado Marius. Mas eu nunca perdoei. :cry:
 
Só quero deixar aqui registrado que não li os comentários de vocês porque esse livro está na minha lista de clássicos para ler (o que quero tentar fazer esse ano ainda) e não quero tomar spoiler.
Sobre o Dorian Gray: até agora está chaaaato. Me dando muito sono (o que pode ser bom, já que um dos motivos de eu ler é pra conseguir relaxar pra dormir), mas daí fico patinando nos livros.
 
Só quero deixar aqui registrado que não li os comentários de vocês porque esse livro está na minha lista de clássicos para ler (o que quero tentar fazer esse ano ainda) e não quero tomar spoiler.
Sobre o Dorian Gray: até agora está chaaaato. Me dando muito sono (o que pode ser bom, já que um dos motivos de eu ler é pra conseguir relaxar pra dormir), mas daí fico patinando nos livros.
Poxa, eu sempre tive vontade de ler a historia do dorian gray e livros do Oscar wilde, sem saber que essa historia era dele, agora tomei um balde de gelo :lol:
 
Só quero deixar aqui registrado que não li os comentários de vocês porque esse livro está na minha lista de clássicos para ler (o que quero tentar fazer esse ano ainda) e não quero tomar spoiler.
Sobre o Dorian Gray: até agora está chaaaato. Me dando muito sono (o que pode ser bom, já que um dos motivos de eu ler é pra conseguir relaxar pra dormir), mas daí fico patinando nos livros.

Pelo que me lembro, eu até gostei, quando li. Só que eu esperava tão mais... rsrs
 
Eu gostei de O Retrato de Dorian Gray, mas também esperava mais, pela fama que tem. O que me entreteve mais não foi nem o enredo, mas os aforismos de Lorde Henry, cada um melhor que o outro: alguns muito verdadeiros, outros muito absurdos, mas nem por isso menos fabulosos.
 

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