Nem é novidade nenhuma o kindle, um monte de gente do Meia já tem, já comentou a respeito e tal. Acho que devo ser tipo da terceira geração de compradores, aqueles que dizem "ah, agora barateou, já consertaram os bugs, acho que vale a pena". Mas até me arrependo de não ter descolado um antes. Fico olhando para a minha estante e pensando o quanto de dinheiro e espaço teria economizado... Para leitores massivos como o pessoal aqui do fórum é uma ferramente essencial. Ou será em breve, quando existirem mais e-books em português...
Só tem uma coisa que eu queria destacar: a utilidade na leitura em línguas estrangeiras. Tirando aí algum masoquista, acho que ninguém gosta de ficar consultando dicionários. Ter que colocar o livro de lado repetidamente para procurar uma palavra crucial é coisa que desanima até pessoas com mais experiência na língua. Então, essa função de procurar um verbete direto do texto, apenas posicionando o ponteiro, é a salvação. É o carro para o camelo, o elevador para a escada. E mais ainda: com alta economia. Dicionários em geral não são baratos e quem já teve que escolher algum em uma livraria provavelmente passou pela experiência de se ver pressionado a levar uma versão cada vez mais reduzida. Eis que o Zingarelli, por exemplo, o mais renomado dicionário italiano, aparece na Amazon por míseros $2.99. Na Livraria Cultura, a edição de papel custa R$303,40. Só isso já paga o kindle (sem os impostos). Verdade que poucas línguas já têm um bom dicionário disponível, mas por enquanto está ótimo, já está bem melhor que ter que ligar o computador só para consultar alguma versão online...
E uma dúvida: com as versões mais antigas do kindle já dava para navegar na internet? O meu veio com um browser na seção "experimental", que não é grandes coisas, mas que pelo menos serve para dar uma checada nos e-mails.