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Eleições 2014 [Enquete] Em quem você votará para presidente do Brasil?

  • Criador do tópico Criador do tópico Clara
  • Data de Criação Data de Criação

Qual das opções abaixo você pretende escolher ao votar para presidente?

  • Aécio Neves (PSDB)

    Votos: 14 24,1%
  • Dilma (PT)

    Votos: 10 17,2%
  • Eduardo Jorge (PV)

    Votos: 13 22,4%
  • Eymael (PSDC) ou Pastor Everaldo (PSC)

    Votos: 0 0,0%
  • Levy Fidelix (PRTB)

    Votos: 0 0,0%
  • Luciana Genro (PSOL)

    Votos: 8 13,8%
  • Marina Silva (PSB)

    Votos: 6 10,3%
  • Mauro Iasi (PCB)

    Votos: 0 0,0%
  • Rui Costa Pimenta (PCO) ou Zé Maria (PSTU)

    Votos: 0 0,0%
  • Não vou votar/Votarei em branco

    Votos: 7 12,1%

  • Total de votantes
    58
  • Votação encerrada .
só pra deixar claro uma coisa: o funcionário público é alguém que quer servir o estado e não quer/deveria enriquecer. No Brasil está ocorrendo que várias mentes que poderiam ser brilhantes e empreendedoras trocam isso tudo pra trabalhar pro governo e ganhar bem. O correto não é ganhar bem sendo servidor público e sim ganhar o razoável pois você está ali para servir o país. Essa inversão de valores pode ser explicada porque aqui temos vários entraves sejam estruturais ou econômicos que dificultam o empreendedorismo ou a ascensão na carreira privada. Claro que o salário deve ter reajustes por causa da inflação e tal, mas enquanto várias pessoas inteligentes preferirem o serviço público ao privado o Brasil perderá sempre na área que é mais carente: inovação.
Não entendi: Qual o problema de uma pessoa inteligente e competente querer trabalhar no serviço público? Eu acho que quanto mais gente competente trabalhando na mesma, melhor! E salários bons e estabilidade de emprego são grandes atrativos (em algumas áreas, claro).

Vale lembrar que o próprio Machado de Assim foi funcionário público, lecionando em escolas públicas.

Concordo que o empreendedorismo é um caminho mais complicado para o brasileiro, mas não acho que o serviço público se torna um "escapismo" para aqueles que desistiram do empreendedorismo.
 
Onde, em que país/planeta/empresa pública ou privada (pelamordedeus me conte) ecxiste um assalariado que enriquece apenas com o salário?! o_O
em empresas públicas se enriquece com o salário, principalmente as chefias que na grande maioria das vezes ganham mais que o teto e não produzem quase nada e ainda possuíam aposentadoria integral. Acho que não possuem mais, correto?

Sei que não deve ser isso (não quero crer que seja isso) o que você pensa mas, você deixa, por exemplo, um funcionário de um banco estatal (muitos deles lidando com milhões todos os dias) ganhando um salário simbólico, sem aumento real por cinco anos seguidos, apenas pra ele sobreviver e pelo "prazer" de servir o país? o_O

não, tanto que disse que deve ter reajustes por causa da inflação, mas o servidor está para servir o país e não necessita de um salário muito alto pois já tem a estabilidade garantida.

Não acha que um funcionário público ganhando bem e com um plano de carreira seja mais dedicado e faça seu trabalho melhor?
Acho e concordo, mas a ideia do funcionalismo público pra mim é ainda a de servir o país e abandonar suas aspirações pessoais.

Não entendi: Qual o problema de uma pessoa inteligente e competente querer trabalhar no serviço público? Eu acho que quanto mais gente competente trabalhando na mesma, melhor! E salários bons e estabilidade de emprego são grandes atrativos (em algumas áreas, claro).

Não há problema algum, apenas deveriam estar sujeitas que estão servindo o país, então não devem esperar promoções e ascensões meteóricas como elas poderiam ter na iniciativa privada se gerassem ganhos para sua empresa ou de terceiros.


EDIT: só completando, pois talvez não fui claro, acho que hoje as pessoas já enxergam o funcionalismo público como o trabalho privado. No mercado privado você ganha ou deveria ganhar proporcionalmente à riqueza que você gera e no público você está trabalhando para a pátria amada e abdicando de se enriquecer, você está lá para servir ao estado.
 
Última edição por um moderador:
Não há problema algum, apenas deveriam estar sujeitas que estão servindo o país, então não devem esperar promoções e ascensões meteóricas como elas poderiam ter na iniciativa privada se gerassem ganhos para sua empresa ou de terceiros.
Eu não sei onde isso ocorre, mas pelo menos entre os professores públicos tal cenário é absolutamente absurdo.

No mercado privado você ganha ou deveria ganhar proporcionalmente à riqueza que você gera e no público você está trabalhando para a pátria amada e abdicando de se enriquecer, você está lá para servir ao estado.
Pera lá, ninguém vai trabalhar pro Estado por questões nacionalistas, de vocação para abdicar da situação financeira para poder "ajudar a pátria amada". Pessoas vão trabalhar pq o Estado oferece plano de carreira e estabilidade maior do que muita empresa por ai. E como a Bel falou, nenhum assalariado enriquece pra valer sendo assalariado.
 
E como a Bel falou, nenhum assalariado enriquece pra valer sendo assalariado.
não, quem enriquece de verdade é quem inova, seja o carinha que criou o iFood ou o Candy Crush ou o Facebook entre outros por exemplo.
E sim, ninguém vai trabalhar pro estado por isso, todos vão para garantir a estabilidade e o plano de carreira e é exatamente isso que eu não concordo. Pessoas que poderiam/deveriam inovar,criar e produzir vão atrás de um salário fixo e de uma estabilidade e se acomodam no funcionalismo público. E o pior de tudo é esse comodismo, quem ai é funcionário público sabe muito bem do que eu estou falando.

Sobre os professores, na USP/UNESP/UNICAMP os salários aumentaram exorbitantemente nos últimos anos o que levou as faculdades a bancarrota.
 
Que ideia mais antiga e irreal essa do fcm. :think:
A maioria das empresas estatais hoje em dia faz justamente o contrário, implanta planos de cargos e salários e participação nos lucros (quando é o caso) exatamente pra ficar mais competitivas, manter colaboradores talentosos em seu quadro de pessoal e coisas assim, típicas de empresas privadas e que é extremamente benéfico para o governo.

Essa ideia parece ter um ranço daquelas mentalidades antigas do funcionário público "barnabé" e molenga, que coloca o paletó na cadeira, vai pro bar tomar cerveja e que não quer nada com trabalhar duro e sob pressão.
É mentalidade de Felipão, de gente com a mente no passado.
Desculpe, @fcm . :|

Mas enfim, graças a Deus não é mais desse jeito, e já faz uns bons anos que não é assim.
Sempre trabalhei em empresas privadas e agora estou numa semi estatal (faz 14 anos) e posso dizer que não vejo diferença nenhuma entre os dois tipos de empresa.
Inclusive (no meu caso) no que se refere à estabilidade, já que meu emprego é regido pela CLT. =/
 
Pessoas que poderiam/deveriam inovar,criar e produzir vão atrás de um salário fixo e de uma estabilidade e se acomodam no funcionalismo público. E o pior de tudo é esse comodismo, quem ai é funcionário público sabe muito bem do que eu estou falando.
Ué cara, mas essa
e a opção de vida do cara ué! Ele tem a orbigação de inovar por que? De ir para a área privada por que? Eu sei que parece loucura, mas tem gente que não quer ser milionário, ou pelo menos não quer abrir mão da vida para ser um! E outracoisa: quem disse que seo cara for pro emprendedorismo ele vai dar certo? Muita gente competente falha ao tentar um negócio próprio, e não apenas no Brasil (é óbvio, mas as vezes tem que ser diexado claro).

Sobre os professores, na USP/UNESP/UNICAMP os salários aumentaram exorbitantemente nos últimos anos o que levou as faculdades a bancarrota.
Eu não estava me referindo aos professores universitários, mas que seja, já que vc tocou no assunto, vamos lá:
As Universidades Estaduais estão quebradas graças ao governo de Estado e sua ingerência na administração das mesmas por muitos anos. Você falou de aumento de salários, mas vale lembrar que a a aposentadoria integral, que sempre foi presente nelas, deixou de existir.

Os salários da USP e afins devem ser altos pq eles precisam atrair os professores, pois eles competem com as universidades de outros estados, das federais e das particulares! Além disso, muitos professores poderiam ter carreiras mais lucrativas na rede privada ou até mesmo na política, mas preferem participar dessa instituição grandiosa que é a USP e as outras faculdades públicas do Brasil.
 
Essa ideia parece ter um ranço daquelas mentalidades antigas do funcionário público "barnabé" e molenga, que coloca o paletó na cadeira, vai pro bar tomar cerveja e que não quer nada com trabalhar duro e sob pressão.
muito pelo contrário Clara, já citei acima que o que me incomoda é exatamente isso. Se a pessoa não está a fim de trabalhar pro estado a troco de um salário ok e pensando em servir, que vá pro mercado privado ao invés de adotar essa postura que você citou como "barnabé". Se você quer ser servidor público, ou seja, servir ao público, que faça seu trabalho corretamente sem esperar promoções e ascensões como no mercado privado.
** Posts duplicados combinados **
Ué cara, mas essa
e a opção de vida do cara ué! Ele tem a orbigação de inovar por que?
isso aí, ele não tem obrigação alguma de inovar e nem de enriquecer e pode escolher ir para o funcionalismo público, só que ao ir para essa área ele deve estar ciente que não será reconhecido e nem recompensado por este serviço e deve fazer um belo trabalho e não se acomodar como a maioria dos funcionários públicos faz.
** Posts duplicados combinados **
Sempre trabalhei em empresas privadas e agora estou numa semi estatal (faz 14 anos)
se sua empresa visa o lucro, está listada na BOVESPA, se for o Banco do Brasil ou a SABESP ou a PETROBRÁS, se ela não reconhecer e recompensar os funcionários como em uma empresa privada ela tende a ser engolida pelas concorrentes.
 
muito pelo contrário Clara, já citei acima que o que me incomoda é exatamente isso. Se a pessoa não está a fim de trabalhar pro estado a troco de um salário ok e pensando em servir, que vá pro mercado privado ao invés de adotar essa postura que você citou como "barnabé". Se você quer ser servidor público, ou seja, servir ao público, que faça seu trabalho corretamente sem esperar promoções e ascensões como no mercado privado.
** Posts duplicados combinados **
isso aí, ele não tem obrigação alguma de inovar e nem de enriquecer e pode escolher ir para o funcionalismo público, só que ao ir para essa área ele deve estar ciente que não será reconhecido e nem recompensado por este serviço e deve fazer um belo trabalho e não se acomodar como a maioria dos funcionários públicos faz.
Desculpe, mas vc claramente quer "penalizar" o cara por desistir da área privada e ir pra área pública! Ele não vai enriquecer, mas vai ganahr bem sim! Não vai ter uma ilha, mas se economizar certinho vai poder ter uma casa na praia! Não poderá ser demitido a qualquer momento, mas também precisará enfrentar o preconceito de parte da população que acha que funcionário público é parasita.
 
Desculpe, mas vc claramente quer "penalizar" o cara por desistir da área privada e ir pra área pública!
não, não quero penalizar o cara. Quero apenas que ele entenda que ao abdicar do mercado privado e escolher o público, ele deva estar ciente que vai servir a sociedade e que não terá salários altos e que mesmo assim deva estar satisfeito com isso.
Hoje, as pessoas querem ir pro mercado público pensando somente na grana!
 
O ponto é que o funcionalismo público deveria existir como uma exceção necessária e fundamental ao bom funcionamento das demais atividades socio-econômicas e não ser, como elas, um fim em si mesmo. As atividades estatais são sustentadas involuntariamente pelos contribuintes e são colocadas em prática - ou deveriam ser - apenas na medida em que sem elas as demais atividades são impossíveis. Uma metáfora seria um hospital, cujo objetivo primário é prestar serviços na área de saúde, e a manutenção do hospital no que concerne a limpeza, energia elétrica, etc, que não é um fim em si mesmo do hospital mas algo que serve àquela prestação de serviços.

Nesse sentido o Estado não é um concorrente daquelas atividades, mas um servidor - não sendo um concorrente e logo não tendo um concorrente, não podem sofrer uma avaliação mercadológica as atividades de seus servidores. O salário de um juiz ou um deputado é totalmente arbitrário - se um deputado e um juiz ganha bem ou mal é uma questão subjetiva. Nesse sentido cabe sim uma espécie de conservadorismo e contenção nos gastos. Mesmo porque - de novo - esses gastos não são bancados voluntariamente.

Claro que isso vale para aquelas atividades profundamente estatais, e não para outras atividades que o estado acaba prestando em concorrência da iniciativa privada, atividades essa que nem deveriam ser por ele executadas.

Nesse sentido:

O Ônus da Cultura do Funcionalismo Público
http://www.administradores.com.br/a...nus-da-cultura-do-funcionalismo-publico/1383/

Leandro Vieira, 30 de maio de 2007

Parece realmente tentador: salário vitalício, benefícios garantidos pelo Estado, estabilidade, carga horária conveniente... Quem nunca desejou passar em um concurso público para dar fim às aflições motivadas pelas incertezas do conturbado cenário econômico-social atual?

De fato, milhões de pessoas em todo o Brasil têm se dedicado à exaustiva maratona preparatória para os diversos concursos oferecidos pelo setor público, em todas as suas esferas. Alguns dedicam anos de estudo, investindo não apenas tempo, mas, também, dinheiro, muito dinheiro. Cursinhos, material didático, inscrições, viagens, estadias... Se tudo for colocado na ponta do lápis, o ROI (retorno sobre o investimento) de algum felizardo deve tardar uma barbaridade.

Tudo bem, cada um sabe onde aperta o sapato e o que é melhor para a sua vida. A grande questão é que o sonho do concurso público tem gerado um prejuízo enorme para o nosso país. A lógica é simples: temos uma boa parcela de nossos talentos buscando vagas em trabalhos que não acrescentam nada ao avanço da nação. A maior parte dos cargos públicos volta-se à operacionalização e manutenção da máquina estatal e nada mais que isso. Não estou menosprezando a grande importância do serviço público em nosso país, e tampouco me refiro aos professores e pesquisadores das nossas instituições públicas, longe disso. A questão é que apenas manter a máquina não gera crescimento econômico. É algo como uma locomotiva funcionando sem sair do lugar.

Normalmente, as pessoas que almejam um cargo público têm uma certa aversão a riscos. Entretanto, não conseguem enxergar os grandes riscos que estão por trás de suas escolhas. Enquanto se preparam para os concursos, os candidatos deixam de desenvolver as competências e habilidades extremamente necessárias na iniciativa privada. Não acumulam experiência, não fazem contatos, e colocam em seu currículo apenas os cursinhos preparatórios para concursos. Parecem nunca ter o pensamento “e se eu não passar?”.

Um concursado leva, muitas vezes, mais tempo para passar em um concurso do que um acadêmico leva para se fazer doutor. E em que contribuem os anos de estudo do “caçador de concursos” para o avanço da ciência? Em nada. E para a geração de novos negócios? Pior ainda...

Justamente, um dos principais vetores do desenvolvimento econômico e social de um país é a sua capacidade de produzir ciência, tecnologia e inovação. As modernas teorias acerca do crescimento econômico apontam a inovação como o fator mais importante, não apenas no desenvolvimento de novos produtos ou serviços, como também no estímulo ao interesse em investir nos novos empreendimentos criados. Nesse cenário, surge o empreendedor como uma força positiva no crescimento econômico, fazendo a ponte entre a inovação e o mercado. Vou mais além: o empreendedor é a figura principal desse processo. Apenas pesquisa e desenvolvimento e investimentos em capital físico e humano não causam o crescimento. Essas atividades tomam lugar em resposta às oportunidades de crescimento, e tais oportunidades são criadas pelos empreendedores.

Lembrando Schumpeter, os empreendedores são os impulsionadores do desenvolvimento econômico, os responsáveis pelas mudanças econômicas em qualquer sociedade. O seu papel envolve muito mais do que apenas o aumento de produção e da renda per capita. Trata-se de iniciar e constituir mudanças na estrutura de seus negócios e da própria sociedade. Essas mudanças são acompanhadas pelo crescimento e por maior produção, o que possibilita que mais riqueza seja dividida pelos diversos atores sociais.

Entretanto, em nosso país a cultura empreendedora cede lugar, cada vez mais, à cultura do funcionalismo público. Por aqui, empreender é apenas a saída para os menos inteligentes, para os mais necessitados, para aqueles que não têm condições de arrumar um emprego decente ou de passar em um concurso público. Está tudo errado. A carreira acadêmica não atrai os jovens em virtude dos baixos soldos e falta de reconhecimento profissional. O empreendedorismo não os atrai em virtude dos elevados riscos e das enormes dificuldades para se fazer negócios no Brasil. O resultado dessa equação é trágico: empaca-se o avanço da ciência e dos negócios, a oferta de empregos diminui, a economia estagna e mais e mais pessoas passam a almejar um posto nas instituições públicas, alimentando esse círculo vicioso.

É fundamental revertermos essa tendência e trabalharmos no sentido de fomentar a cultura empreendedora em nosso país. Quando coloco os verbos reverter e trabalhar na primeira pessoa do plural, quero puxar a responsabilidade para as nossas mãos, cidadãos comuns. Não podemos esperar que o poder público faça a sua parte, pois o Estado faz justamente o contrário: inibe a atividade empreendedora ao elevar a carga tributária e criar empecilhos burocráticos absurdos, buscando sempre financiar os altos gastos do setor público com mais tributos e endividamento. A impressão que passa é de que o Estado é um inimigo da sociedade. Já que não podemos vencê-lo, devemos resistir fortemente à tentação de nos juntarmos a ele.
 
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Reactions: fcm
@fcm , tanto você como o texto do Leandro Vieira partem de uma premissa equivocada de que o mau servidor público seria uma regra.
Como eu disse antes, estou no serviço público há quase 20 anos e nesse período vi muito mais gente que trabalha corretamente do que gente encostada e/ou desonesta. Utilizar as exceções pra atestar seu pensamento é uma visão deturpada, sim.

Muitos acreditam na falácia da "mamata". Eu lhes digo: ela não é assim tão mamata como muitos acreditam. As horas trabalhadas são praticamente as mesmas (40 x 44), a estabilidade é relativa, pois eu posso sim ser demitido por justa causa, os benefícios previdenciários foram equiparados aos do INSS e os salários não são tão altos assim na média. Um servidor estatutário de nível superior, com especialização, na grande maioria dos órgãos públicos ganha um salário bruto em torno de R$ 8 mil. Os de nível médio, em início de carreira, algo em torno de R$ 3,5 mil. Isso é ser rico pra você? Pra mim, isso é receber um salário justo. E é justo também que esse salário seja reajustado anualmente, no mínimo, com base no índice de inflação. Isso os funcionários da iniciativa privada têm. Mas eu não tenho. Eu dependo de negociação sindical com o governo que pode ou não aceitar minhas demandas. O PSDB entre 97 e e 02 nunca aceitou!

Eu não sou servidor pra ser rico. Eu não quero ser rico. Eu quero apenas um salário condizente com a minha capacidade técnica e com a minha dedicação exclusiva. Essa é a premissa fundamental de todos os que decidem servir ao público.
 
@Paraíba Hi-Tech , com esses salários citados por você e com os reajustes da inflação o salário está dentro do que eu penso. Mas tem muitos e muitos servidores que ganham muito mais que isso, alguns bem mais que o teto (de vidro) dos servidores.
** Posts duplicados combinados **
Eu não sou servidor pra ser rico. Eu não quero ser rico. Eu quero apenas um salário condizente com a minha capacidade técnica e com a minha dedicação exclusiva. Essa é a premissa fundamental de todos os que decidem servir ao público.

Exatamente o que eu estou querendo dizer.
 
Mas tem muitos e muitos servidores que ganham muito mais que isso, alguns bem mais que o teto (de vidro) dos servidores.
Acho que vc ta focando muito nos juízes e demais cargos que pagam muito muito bem e esquecendo que esses cargos são raros. E são pra esses cargos raros que os concurseiros ficam estudando por anos.
Tbm não dá pra comparar salário de deputado e senador com salário de servidor público concursado...
 
Acho que vc ta focando muito nos juízes e demais cargos que pagam muito muito bem e esquecendo que esses cargos são raros. E são pra esses cargos raros que os concurseiros ficam estudando por anos.
Tbm não dá pra comparar salário de deputado e senador com salário de servidor público concursado...

Né? Esse é o problema de generalizar as coisas. =/

E (pra voltar ao assunto do tópico) Eduardo Jorge e Aécio no segundo turno, segundo o fórum Valinor! :lol:
 
Não consigo entender o Eduardo Jorge. Ele tem umas ideias bizarras, tipo "fundir Congresso e Senado". A redução ministerial é ótima, mas ninguém bate nele nesse assunto pq o cara tá lá no fim das pesquisas. Áecio fala a mesma coisa e é sempre questionado.
 
@fcm , tanto você como o texto do Leandro Vieira partem de uma premissa equivocada de que o mau servidor público seria uma regra.
Como eu disse antes, estou no serviço público há quase 20 anos e nesse período vi muito mais gente que trabalha corretamente do que gente encostada e/ou desonesta. Utilizar as exceções pra atestar seu pensamento é uma visão deturpada, sim.

Muitos acreditam na falácia da "mamata". Eu lhes digo: ela não é assim tão mamata como muitos acreditam. As horas trabalhadas são praticamente as mesmas (40 x 44), a estabilidade é relativa, pois eu posso sim ser demitido por justa causa, os benefícios previdenciários foram equiparados aos do INSS e os salários não são tão altos assim na média. Um servidor estatutário de nível superior, com especialização, na grande maioria dos órgãos públicos ganha um salário bruto em torno de R$ 8 mil. Os de nível médio, em início de carreira, algo em torno de R$ 3,5 mil. Isso é ser rico pra você? Pra mim, isso é receber um salário justo.

E é justo também que esse salário seja reajustado anualmente, no mínimo, com base no índice de inflação. Isso os funcionários da iniciativa privada têm. Mas eu não tenho. Eu dependo de negociação sindical com o governo que pode ou não aceitar minhas demandas. O PSDB entre 97 e e 02 nunca aceitou!

Isso é verdade? Os funcionários da iniciativa privada têm salário reajustado anualmente? Me parece que não, ao menos não obrigatoriamente - salários podem não ser corrigidos pela inflação ou até ser diminuídos. E é natural que ocorra. O salário do funcionário pode diminuir se o serviço prestado por ele tornar-se menos valioso. Um serviço que era útil quinze anos atrás pode pouco valer hoje. Ou pode ocorrer que a capacidade do empregador de pagar simplesmente diminua. Esse reajuste obrigatório parece partir da premissa da estabilidade do empregado, como se o salário do mês não fosse pelo serviço prestado no mês mas um "direito adquirido" pelos esforços que ele teve até ali. Isso é fonte de muitos salários exagerados de servidores públicos.

Dizer se um salário é alto ou baixo, sem saber o cargo e outros detalhes, só pelo fato de requerer curso médio ou superior, é difícil. De qualquer forma, 3,5 mil para curso médio me parece bem mais alto do que a média de empregos de nível médio disponíveis por aí. Acho que se fôssemos analisar e comparar o salário, em média os salários públicos são mais altos sim que os privados. Ao menos nos órgãos que envolvem setores burocráticos. Mas mesmo assim é complicado, afinal mesmo em uma mesma profissão e cargo o salário envolve outras variáveis, como o rendimento e a qualidade do funcionário e as expectativas que o empregador tem em relação a seus serviços.

Aliás, não vejo no texto do Leandro onde ele pressupõe que o mal servidor público seja a regra. E acho que essa possibilidade de demissão por justa causa de certos funcionários públicos (ou de instituições de economia mista) algo que pouco difere esses funcionários dos funcionários com estabilidade no sentido pleno do termo. Uma porque em geral a demissão envolve em geral um processo difícil, lento e burocrático dentro da instituição. E segundo que não só demissão por justa causa é demissão legítima, os motivos mais naturais de demissão não são por justa causa. Isso é, o sujeito tem que pisar ativamente na bola, e ainda assim conta com uma burocracia para impedir a demissão. Seu emprego só torna-se instável com a ajuda do próprio funcionário.
 
Última edição:
Isso é verdade? Os funcionários da iniciativa privada têm salário reajustado anualmente? Me parece que não, ao menos não obrigatoriamente - salários podem não ser corrigidos pela inflação ou até ser diminuídos. E é natural que ocorra. O salário do funcionário pode diminuir se o serviço prestado por ele tornar-se menos valioso. Um serviço que era útil quinze anos atrás pode pouco valer hoje. Ou pode ocorrer que a capacidade do empregador de pagar simplesmente diminua. Esse reajuste obrigatório parece partir da premissa da estabilidade do empregado, como se o salário do mês não fosse pelo serviço prestado no mês mas um "direito adquirido" pelos esforços que ele teve até ali. Isso é fonte de muitos salários exagerados de servidores públicos.
Veja os artigos 611 a 625 da CLT. Eles tratam das convenções coletivas de trabalho, que não podem ser contrariadas. Se você trabalhar sindicalizado, terá seu reajuste (vulgo, "dissídio"), sim. Se seu sindicato não chegar a um acordo com o grupo que representa a empresa onde você trabalha, isso será alvo de ação na Justiça do Trabalho.


Dizer se um salário é alto ou baixo, sem saber o cargo e outros detalhes, só pelo fato de requerer curso médio ou superior, é difícil. De qualquer forma, 3,5 mil para curso médio me parece bem mais alto do que a média de empregos de nível médio disponíveis por aí. Acho que se fôssemos analisar e comparar o salário, em média os salários públicos são mais altos sim que os privados. Ao menos nos órgãos que envolvem setores burocráticos. Mas mesmo assim é complicado, afinal mesmo em uma mesma profissão e cargo o salário envolve outras variáveis, como o rendimento e a qualidade do funcionário e as expectativas que o empregador tem em relação a seus serviços.
Realmente eu não sei se o salário médio de quem trabalha na iniciativa privada é menor ou maior. Mas a minha análise se pauta na ilusão de que todo servidor ganha perto do teto. A esmagadora maioria ganha bem menos que isso, mas recebe um salário que lhe dá segurança pra sustentar minimamente a sua família. Não é uma questão de ganhar mais ou menos. É uma questão de ganhar um salário digno.

Aliás, não vejo no texto do Leandro onde ele pressupõe que o mal servidor público seja a regra.
Aqui: "Parece realmente tentador: salário vitalício, benefícios garantidos pelo Estado, estabilidade, carga horária conveniente..."
Aqui: "vagas em trabalhos que não acrescentam nada ao avanço da nação."
E aqui: "A maior parte dos cargos públicos volta-se à operacionalização e manutenção da máquina estatal e nada mais que isso."

E acho que essa possibilidade de demissão por justa causa de certos funcionários públicos (ou de instituições de economia mista) algo que pouco difere esses funcionários dos funcionários com estabilidade no sentido pleno do termo. Uma porque em geral a demissão envolve em geral um processo difícil, lento e burocrático dentro da instituição. E segundo que não só demissão por justa causa é demissão legítima, os motivos mais naturais de demissão não são por justa causa. Isso é, o sujeito tem que pisar ativamente na bola, e ainda assim conta com uma burocracia para impedir a demissão. Seu emprego só torna-se instável com a ajuda do próprio funcionário.
A finalidade da estabilidade é uma segurança pra mim e pra você. Ela serve pra que o servidor não tenha nenhum receio de se ater à legislação nos seus atos, mesmo que existam pressões para se fazer o contrário. Se o servidor pudesse ser demitido sem justa causa, uma pessoa mal intencionada num cargo de liderança poderia demitir um bom servidor porque ele não cedeu a demandas ilegais.
A diferença entre esse servidor e um trabalhador da iniciativa privada é básica. Na empresa privada, o dinheiro é do dono (ou dos acionistas). É uma decisão dele gerenciar seu investimento. Na pública, não existe um "dono". Somos todos donos! E aí, entram todos os princípios constitucionais pra garantir o bom uso desse dinheiro.
 

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