Sim, mas tb não me referia às modelos.
A culpa maior tb não recai em cima das agencias de modelos e dos estilistas q esse padrão seja adotado.
Os estilistas pedem modelos magras pq eles consideram q assim deve ser para trabalhar nesse ramo das passarelas, e as agencias selecionam tais garotas.
Distribuir culpa é uma questão muito complicada mesmo. Talvez antes de apontar o dedo para os culpados, fosse legal discutir porque os padrões são como são e a quem isso favorece.
Sem a midia, eu acredito q o padrão continuaria sendo unicamente as atrizes de cinema e tudo mais.
Se os desfiles ficassem restrito apenas a quem assistisse eles ao vivo no local, ninguem provavelmente nem saberia q elas existem.
A gente tem duas questões aqui. A influência direta e indireta do mundo da moda no padrão. A influência direta existe, por mais que nem todos os desfiles sejam publicos e televisionados para o público em geral. Existem TOPs famosas que influenciam a maniera de pensar das mulheres. O post do Rafa (Merry) está bastante ilustrativo nesse aspecto
Mas existe também um influência indireta, que ele também citou no post. As atrizes e cantoras também são bastante magras, embora menos do que as modelos. Eu acredito que o padrão para essas outras mulheres tenha relação com o padrão para modelos. Daí é mais uma influência, só que de forma mais velada.
Isso aqui é mais complicado.
Já q existem mtas garotas q são raquiticas mas não são doentes.
Aí fica complicado vc controlar e saber quem é doente ou não. Ainda mais num ramo q trabalha com tantas pessoas.
Agora. Se a agencia sabia q ela era doente, vomitava sangue e tudo mais. Aí sim.
Isso é um ponto muito importante! Diagnosticar esse tipo de coisa não é fácil. O Tratamento é ainda mais complicado também. Uma pessoa que sofre de um transtorno alimentar, no geral, esconde essa doença o máximo que pode. Mesmo quando a familia ou a agência descobre e confronta a moça com o problema, há uma grande chance dela continuar negando que ele exista. O tratamento passa primeiro pela aceitação do fato de que se está doente e isso é complicadíssimo no caso de transtornos mentais em geral. Isso leva à próxima consideração que eu gostaria de fazer, já citando o post do Curuna.
Muito diferente da forma com que esse assunto vem sendo tratado pela mídia, no orkut, no início desse tópico, que é o que realmente me incomoda, se não fui muito claro.
Você foi claro sim. Meu post pode ter ficado com um tom meio pesado, que eu estava tentando evitar. Não é intenção aqui atacar as pessoas e sim expor opiniões
Não se deve realmente ignorar a dor alheia, independente de quais sejam suas causas e de quantas pessoas sofram, eu me equivoquei passando a idéia contrária. É muito fútil uma pessoa se deprimir por não ter um corpo que considere perfeito, mas isso lhe causa sofrimentos e doenças, então deve-se dar uma atenção sim.
Eu compreendo perfeitamente o que vc disse aí. Mas vc não considera que esse tipo de dor deva ser ignorado, o que é ótimo já que muita gente acha que é fútil e ponto. Se eu viesse postar aqui uns 5 ou 6 anos atrás eu diria absurdices horríveis nesse tópico. Os anos de facul de medicina e um pouco mais de experiência de vida me fizeram respeitar muito a dor alheia.
Não é pq algo não incomoda a gente que não vai incomodar outra pessoa.E se é fútil para mim, não quer dizer que seja para ela. E no caso de uma doença, a pessoa não tem controle sobre isso. E no caso de "doenças mentais" é ainda pior. As pessoas tem vergonha do problema que tem, relutam em admitir que ele existe, não aceitam ajuda e os prejuízos desse tipo de conduta são enormes. Muita gente ainda considera psiquiatra e psicólogo coisa pra gente doida. E no meio de todos esses conceitos errôneos muita gente fica sofrendo sem ajuda nenhuma e ainda sofrendo preconceito para piorar.
Vamos imaginar uma escola hipotética. Supondo que ela tenha 4 turmas de cada série, cada uma com 50 alunos. Vamos supor que desses 50 alunos, 25 são mulheres. Isso daria 600 alunas entre a sexta série e o terceiro ano.
Como acontece com frequencia, não temos estatísticas nacionais confiáveis, mas vamos assumir que a incidência de anorexia seja 1% Isso equivaleria a 6 alunas anorexicas nesse colégio. Se a incidência de bulimia for de 1,5 %, teríamos 9 alunas com a doença. Isso num colégio só, dos não muito grandes.
Quantas pessoas você conhece que sofrem ou já sofreram com anorexia e bulimia? Mesmo com as estatísticas da Mari, eu continuo sem conhecer ninguém. Isso porque sou classe média, imagino no povão se eles já ouviram falar dessas doenças...
Eu não conheço nenhuma também. Atualmente eu convivo pouco com pessoas dos 12 aos 18 anos, mas essas estatísticas me fizeram pensar na minha época de colégio. Eu com certeza já devo ter conhecido alguém com uma dessas doenças sem nem saber disso. Como eu disse, o diagnóstico desse tipo de coisa e a consciência da pessoa de estar doentes são coisas muito complicadas.
Mas o problema deve ser mais prevalente em países desenvolvidos, isso é fato.
Mas aí eu já acho que o problema é a educação, dos pais principalmente e depois das escolas. Culpar qualquer outra coisa, ao meu ver, é perda de tempo. A indústria da moda não vai e nem deve (na minha opinião) mudar. E a mídia vai continuar vendendo o que o povo, mal educado, quer.
Educação é um problema enorme. A formação de valores e carater hoje é um desastre, para não dizer coisa pior. E na classe alta o problema é alarmante. Eu fico besta sempre que vejo reportagens sobre isso. Para citar um exemplo, tem um shopping aqui em BH que fica na parte mais rica da cidade e é frequentado pelos adolescentes da região (que é cheia de colégios particulares tradicionais). Todo dia a polícia tem que ir lá por fim em brigas desses adolescentes. já pegaram uma garota andando lá com .38 do pai. Ir no cinema e tentar ouvir o filme geralmente é impossível.
A culpa disso é dos pais sim. E das escolas. Mas tirar toda a culpa da mídia não dá, também. Adolescentes ainda estão formando caráter. Já está difícil exigir que os adultos tenha discernimento sobre o que a mídia empurra para eles, imagina pessoas que ainda estão nuam fase de desenvolvimento da personalidade.
Nessa idade é normal ter ídolos e modelos, então há de se ter cuidado ao tipo de conteúdo ao qual os adolescêntes são expostos. Afinal filme tem censura e a própria industria da propaganda também tem suas regulamentações. Afinal proibiram propaganda de cerveja com bichinhos cutes por incentivar o consumo de álcool entre crianças e jovens. O consumo de padrões de beleza é bem mais complexo de regular.
Eu não entendo muito disso, mas já ouvi falar que mulheres e adolescentes são mega tendências de marketing. esse é um mercado que cresce muito. Meninas cada vez mais novas querem comprar roupas de adultos, maquiagem, ir no salão, etc. Mesmo os adolescentes que tem a sorte de terem pais presentes e que dão uma boa educação, dialogam e tal ainda estão expostos as coisas que veem na TV, no cinema e as influências dos amigos.
Do mesmo jeito que nos preocupamos que essas influências possam levar ao consumo de drogas ou alcool, devemos nos preocupar sim com o tanto que isso pode afetar a imagem corporal, os padrões de beleza.
Numa sociedade responsável, a "mídia" devia se responsabilizar por suas influências sim e tentar divulgar coisas que levem ao bem-estar da população. Mas isso seria desejável e não obrigatório. Mas quando estamos falando de adolescentes, ou seja, pessoas que ainda não tem capacidade para lidar completamente com todo tipo de conteúdo aos quais são expostas, daí a coisa complica muito.
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