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Garr - A Criação

Após o pronunciamento de Zyon, Kai'ckul respondeu, direcionando-se para todo o Conselho:

- O Sonhar faz parte de Garr, e, ainda que eu seja o soberano aqui, caso o Conselho deseje que a prisão de Horfael aqui fique, assim será. No entanto, não caberá a mim manter vigilância sobre tal prisão, e vocês tampouco poderão fazê-lo sem que estejam aqui. Portanto, poderei destinar algum espaço remoto de meu reino para tal fim, mas lá minha atenção não estará, e tratarei de isolar o restante do Sonhar desse espaço, como medida de segurança.
 
Kaiken, vendo que estava tudo decidido Caminhou até o irmão Kai'ckul e disse:

- Sendo assim eu vou indo, meu irmão não esqueças das minhas palavras, há esperança no sonhar. Creio que todos estão cientes das escolhas feitas e não é mais necessário que eu esteja aqui, queria apenas poder aproveitar de sua casa para poder ver sonhos antigos de um certo humano. O tempo que ficamos aqui passou depressa para eles e quero saber como as coisas andaram para esta pessoa em Garr. Posso?
 
Horfael ri. - O soberano você pode ser... - diz o Deus Insano, - Mas nada é definitivo. E nem nada é eterno, a não ser a essência de um Deus, e o ódio que ele carrega consigo. Hoje vocês podem me aprisionar, mas dia virá em que me verei livre de seus grilhões, ratos insolentes, então vocês sentirão minha fúria, e terão se arrependido do dia em que cruzaram o meu caminho...

O Deus Insano não resistirá... Não ainda. Não só o poder de Kai'ckul é maior em seu próprio reino, mas também há muitos outros Finerim que se apoiariam a decisão do Conselho caso Horfael sozinho a contestasse. Ele sabia a maneira perfeita de obter a liberdade, e os seus servos se esforçavam ao máximo para atingir este objetivo. E eles não estariam desamparados: poder nenhum em Garr, exceto talvez o de Nor'jahall seria capaz de conter a vontade de Horfael e seu próprio poder em um lugar só.

A hora de sua vingança chegaria...
 
Kai'ckul, diante do pedido de Kaiken, esboçou um leve sorriso, e respondeu:

- Certamente, meu irmão. Assim que essa questão estiver concluída, você poderá ver os sonhos daquele que desejas.

Com a risada de Horfael, o Senhor do Sonhar apenas permaneceu em silêncio, observando com pena o destino e as escolhas daquele espírito.
 
Aracnel após observar a reação dos demais se pronuncia:

-Bem, se não há mais nada a fazer aqui eu desejo me retirar imediatamente, tenho muitas coisas a fazer, meus filhos estão necessitando de minha presença.

Após dizer isso ele passa seu olhar para Horfael, e logo em seguida para Kai'ckul.

-Preciso voltar...
 
OFF:
Vocês estão esquecendo de construír a prisão. Pretendem fazer isso mais tarde?
 
Tulyas observava em silêncio a fúria nas palavras de Horfael até que Aracnel se pronunciava e completa:

"A não, caro Horfael, Deus Insano e Soberano da Magia, você jamais se libertará e eu garantirei vigilância constante sobre tua prisão. As velhas canções ecoaram dos bardos contando o fim do poderio negro de tua maldade pelas mãos dos filhos de Nor'jahall. Na prisão você não poderá ser ajudado e se consumirá em tua própria loucura solitário e impotente, deixando sobre Garr apenas rastros de tua existência. Eu lhe asseguro isso, caro Horfael, pois meus mais poderosos servos serão incumbidos de te vigiar..."

OFF
Eu já tenho em mente minha participação na prisão, mas dependo que ela seja construída primeiro.
 
Zyon ficou realmente satisfeito pelos fatos ocorridos. Horfael não pretendia, aparentemente, resistir a prisão e os outros Finerim pareciam ter se decidido também. Pensando em um modo de fazer uma prisão poderosa o suficiente para manter Horfael preso para toda a existência, se possível, o deus falou:

- Estive pensando em aproveitar a presença de todos aqui para o início de nossa criação conjunta. Estive pensando em um bom modo de criá-la de forma a utilizarmos os poderes de todos aqui presentes. Bom, assim que o Conselho acabar, irei para a Lua de Gärr e irei fazer minha parte, que deve ser complementada pelos outros Finerim. Se juntarmos nossos poderes, não deverá ser algo difícil ou demorado.

Peço a Kai'ckul que, se nada mais precisar ser discutido, finalize o conselho para que a criação tenha início.


Sentou-se novamente. Zyon estava impaciente, pois tinha negócios a tratar, mas tinha certeza que, com a ajuda dos outros Finerim, o aprisionamento de Horfael não seria algo complicado.
 
Aracnel lembra-se ao ouvir os demais da construção da prisão, e rapidamente retorna.

-...ora...como pude me esquecer...a prisão, estou pronto.
 
Kaiken se virou e caminhou atravessando a sala construída no pensar. Ele sabia que a presença dele não era mais necessária pois não podia construir nada que servisse como uma prisão e ao mesmo tempo seus poderes eram utilizados para construí-la. Com aquela decisão do conselho a esperança já estava agindo... A esperança de que a prisão que estava sendo criada deteria Horfael e a esperança de Horfael que conseguiria escapar dela. Eram forças opostas usando o que Kaiken tinha livremente a oferecer mas em níveis diferentes pois o Deus da esperança sabia exatamente como a mudança de tempo inverteria as vantagens.
No entanto alheio às consequências Kaiken só se importava com as fantásticas criaturas que conhecera ao chegar a Garr e assim procurou no reino do sonhar pelo lugar onde estavam guardados os sonhos humanos. Não foi dificil sondar as queixas de trabalhadores que alí passavam pois mesmo no pensar haviam seres e estes seres viviam por um propósito, seres que tinham alegria, tristeza, vontades e por fim esperança.

Fechando os olhos Kaiken encontrou o lugar certo e então imaginou uma porta, e uma porta oriental apareceu tal qual ele havia imaginado. Abriu a porta e se deparou com um templo que se estendia ao infinito com prateleiras e velhos pergaminhos escritos a pena. Um servo usando roupas de monge veio até Kaiken e perguntou-lhe.

- Como posso ajudar senhor?
- Estou aqui apenas para ver os sonhos de um humano.
- É muito bagunçado por aqui, como irmão de nosso amo, o senhor não poderia apenas poderia saber o que quer?
- Agradeço a preocupação, vejo que meu irmão instruiu muito bem os seus. Eu poderia saber facilmente sondando as preocupações e desejos que fazem o humano ter esperança, mas eu quero mais que isso, eu quero ver os acontecimentos e por isto estou aqui.
- Sim senhor, compreendo e ajudarei no que for preciso.

O servo pegou um enorme pergaminho com dificuldade e o colocou em um apoio abrindo o eixo antigo e encaixou em um suporte mais baixo girando uma manivela para começar a leitura dos mapas e índices da biblioteca. Entretanto Kaiken o interrompeu.

- Sei que a forma que escolhi te incomoda, pode voltar a sua forma original para me atender.

E o servo pálido olhou para Kaiken com assombro.

- Mas senhor...
- Eu sei o que você quer, não precisa se preocupar, está tudo em ordem.

Então o servo perdeu a forma se transformando em uma criatura de formato irregular com centenas de filamentos que se ligavam e desligavam constantemente enquanto a criatura deslizava pelo chão começando a reclamação habitual...

- Ter que paparicar os raros visitantes é realmente horrível. O chefe podia apenas colocar um cadeado ou uma placa não entre naquela porta. Eu estou melhor sozinho do que vendo caras feias como a sua.
- Eu sei...
- Aqui está! Prateleira 9518168B, é só chegar até a prateleira e, bom você sabe o resto, faça isso logo e me deixe voltar a minha paz e tranquilidade aqui.

E sorrindo Kaiken começou a caminhar até a prateleira especificada.
 
Samael observara com desdém o deus insano e suas ameaças. Era impressionante como se tratava de um ser tão baixo, mesmo devendo estar dentre as mais elevadas das criaturas. Isso o fazia refletir acerca dos humanos e seu patético discernimento, e o quão longe mais poderiam ir. O que o levava a ponderar em como eles se pareciam tão mais com Horfael, do que com seus criadores. Ele também considerava o quão desastroso isso poderia ser para Garr, futuramente.

Mas, o pensamento que mais lhe perturbava, era se algum dia algum de seus irmãos cairia tanto também...ele esperava que não. Ele podia ter suas diferenças com um ou outro, e mesmo considerar alguns deles maliciosos demais para seu próprio gosto, mas temia a possibilidade de algum dentre eles jogar fora sua dignidade daquela maneira.

Devia haver alguma diferença primordial entre os Finerim e os da espécie de Horfael...tinha de haver uma diferença, pois, de outro modo, quão longe estariam eles de julgar um de seus próprios irmãos dessa maneira?

Era fácil ameaçar um deles no calor do momento, quando espadas são sacadas antes de palavras serem proferidas. Mas considerar séria e friamente a hipótese de agir contra um de seus próprios, isso trazia uma perturbação inimaginável na mente de Samael.

Ele esperava sinceramente que a criatura na frente deles não fosse uma amostra do que algum deles se tornaria algum dia, se não tomasse o devido cuidado.

Quando por fim Zyon pronunciou sua decisão de ir até uma das luas de Garr, o senhor da morte se levantou novamente, e falou:

"Pois bem meu irmão, eu irei contigo. Juntos iremos erguer as bases de uma prisão que ser algum nesse universo que não nosso prório Pai poderia violar. Não pouparei esforços em garantir que Horfael permaneça preso pelo tempo que merecer. Tempo que ele poderá usar para pensar na besteira que fez ao cruzar o caminho de não apenas um Finerim, mas todos eles."

"Aguardo a decisão de nosso irmão Kai'ckul, acerca do desfecho do Conselho."

Ele se senta novamente, e aguarda o próximo pronunciamento.
 
Uma vez que todos os Finerim já haviam tomado suas decisões, Kai'ckul dirigiu-se ao centro da Cúpula de Areia, e pronunciou:

- Declaro encerrado o Primeiro Conselho de Garr. Foi decidido neste conselho que Horfael deverá ser mantido cativo, em uma prisão construída pelos Finerim, por prazo indeterminado. Enquanto a prisão é construída, Horfael ficará preso temporariamente em algum lugar do Sonhar, escolhido por mim, e isolado de qualquer outra região de meu reino e do mundo físico.

Na sequência, Kai'ckul ergueu os braços, e em um piscar de olhos a cúpula se desfez, misturando todos seus grãos de areia com o deserto circundante.

- Vou levá-los agora para o local onde Horfael ficará até que sua prisão esteja pronta.

Em uma instante, toda a paisagem ao redor tornou-se difusa, e as cores se misturavam desordenadamente. Estavam viajando através do Reino dos Sonhos. Repentinamente, tudo pintou-se de branco.

- É aqui. Minha mente preparou esse lugar para aprisionar Horfael pelo tempo que for necessário para a construção de sua prisão definitiva. Sem minha permissão, nada poderá entrar nem sair daqui. Nenhum ser, nenhum pensamento. A construção física da prisão agora cabe a vocês, eu apenas acompanharei o processo.
 
Última edição:
Zyon avalia o local provisório da prisão de Horfael, procurando alguma falha cuja qual o finerim poderia se aproveitar para escapar. Mas aparentemente não havia nada. Nenhuma falha, nehum ponto forte. Um lugar vazio dentro da criação de Kai'ckul.

Não havia jeito, pelo menos por um período de tempo, de Horfael escapar, mas mesmo assim a prisão precisava ser feita o mais rápido possível. Se dirigindo à Horfael, Zyon fala:

- Muito obrigado pelos esforços prestados, meu irmão. Este lugar é perfeito para uma prisão provisória. Mas precisamos preparar a prisão o mais rápido possível. Peço que nos mande de volta a Gärr, para começarmos a construção. Os que forem contribuir para tal, por favor, venham comigo.


E, dizendo isso, Zyon olha para Kai'ckul, esperando sua resposta.
 
Kai'ckul olhou de volta para Zyon, respondendo à seu irmão:

- Assim será feito. À exceção de Horfael, todos aqueles que desejam voltar agora para Garr estão livres para fazê-lo, bastando desejar em pensamento para que aconteça. Assim, poderão dar seqüência à obra planejada. As portas do Sonhar estarão abertas para vocês quando desejarem voltar.
 
Com a permissão concedida, Zyon, fechou seus olhos e compriu mais uma vez as instruções de seu irmão, imaginando-se de volta em seu palácio, nos céus de Gärr. Assim que o fez, sentiu novamente a brisa em seu rosto e, mesmo antes de abrir os olhos, sabia que estava novamente em seu lar.

Percebendo sua presença, o Fanwë macho o acolheu com um longo pio, voando em sua direção. Zyon já sabia sobre o que se tratava, mas infelizmente estava muito atarefado agora. Olhando para a ave magestosa, o Finerim falou:

- A notícia que irá me dar, já é de minha consciência, meu filho. Os Parabenizo por isso, mas infelizmente tenho sérios assuntos a tratar agora. Assim que acabar, irei ve-los. Agora, preciso que me leve para junto de Samael, para nos reunirmos com os outros finerim. Irei conversar com ele no final da nova criação.

Então, Zyon montou no Fanwë, que voou rapidamente, na direção em que Zyon sabia que seu irmão estaria, assim que voltasse do reino do sonhar.



Para os que forem postar agora, lembrem-se que ainda não "sabemos" que iremos construir uma lua-prisão. Acho que Samael deve propor tal idéia, já que foi Oromë que a teve.
 
Tendo a permissão autorizada, Aracnel olha par o local onde pisava e de lá uma grande mancha negra começou a se expandir até o ponto que estava pouco maior que seu tamanho, o finerim, por sua vez adentrava a mancha e parecia se dissolver em meio a ela, e, assim que desapareceu a mancha foi encolhendo até sumir logo em seguida. Diferentemente de seu irmão Zyon, Aracnel não sentiu brisa alguma, sentiu o ar abafado e sem brisa o ambiente que o deixava muito mais avontade. Era seu palácio, e, da torre mais alta, torre essa que tocava ao solo acima ele observava seu imperio que crescia cada vez mais.
Não demorou muito e ele foi abordado por Arídno, seu filho Aranea que lhe repassou todo o ocorido.

-Meu pai e senhor, tudo está ocorrendo como o planejado, todo o subsolo de garr está sob seu comando, várias novas entradas foram construídas e se tornaram um terrível labirinto onde apenas o senhor sabe exatamente todos os caminhos.


Arídno, você e Nerixalis são os que ficarão no comando a partir de agora, tenho um grande trabalho a fazer, retomarei o comando assim que voltar, enquanto isso, mantenha a ordem e continue nas fortificaçõs do nosso império!

Dito isso, Aracnel mais uma vez faz a grande sombra insurgir abaixo de seus pés, em sua mente ele busca Samael e a energia dos finerim aglomerados e para lá ele dirigi-se desaparecendo em meio a sombra.
 
Enquanto isso Kaiken caminhava pela floresta de prateleiras procurando a correta, cada passo que ele dava avançava milhares de prateleiras até parar no meio do caminho cruzando com uma estranha figura que passava ao longe. Era um homem velho vestido como um monge com um capuz sobre a cabeça que impedia de ver a façe, o homem carregava um grande e pesado livro e embora a presença de Kaiken estivesse visível, não lhe deu atenção. Kaiken deu um leve aceno e continuou a caminhada até finalmente parar frente a prateleira correta.

- Quanto tempo se passou Ramiel? Como você está? Do breve tempo que passamos aqui sei que perdeu 20 anos de sua vida em Garr, agora é hora de ver o que eu perdi com meus próprios olhos.

E Kaiken apenas tocou na estante e o pergaminho correto saltou para fora abrindo-se no ar... As letras em um alfabeto incompreensível para as criaturas normais começaram a sair do pergaminho e a se multiplicar girando pelo ar em torno do jovem Finnerim, quando se tornaram inúmeras cobriram Kaiken por completo formando uma esfera negra e viva em volta dele, então o rosto de Ramiel apareceu em meio à escuridão, o Paladino cavalgava castigando o cavalo com o semblante sério de preocupação estampado no rosto, estava voltando ao próprio castelo e embora aquele fosse um sonho, as imagens eram muito reais na lembrança de Ramiel. O sonho do Paladino estava apenas começando...
 
Se dirigindo a Kai'ckul, Samael fala:

"Agradeço por sua hospitalidade, e por sua boa disposição, meu irmão. Sempre que desejar, meu reino também estará aberto para ti.

Agora tenho de me retirar, para tratar da construção da prisão. Até em breve."


Fazendo então uma reverência, ele desaparece lentamente do Sonhar. Entretanto, ao invés de em seu próprio reino, ele retorna à Garr.

Não havia nenhum motivo em especial para isso. Ele apenas queria caminhar pela face do planeta, enquanto respirava o ar limpo e puro. Não havia povoado humano algum num raio de centenas de quilometros, apenas a Natureza, em seu estado mais puro.

Subindo uma pequena colina, ele se deitou na relva verde, e seus olhos percorreram as distantes estrelas. Haveriam outros planetas como Garr, em algum confim desse universo? Outros Finerim estariam zelando por seus habitantes? Teriam eles começado também com o pé esquerdo, como ele e seus irmãos? Sua mente divagava e se entristecia, ante o que já havia acontecido em tão pouco tempo, e as possibilidades do amanhã.

A primeira coisa que fariam em conjunto seria justamente aprisionar uma outra deidade, por se tratar de um perigo em comum para todos. E quanto ao resto? Permaneceriam eles assim, desunidos, cada um em seu canto, como crianças mesquinhas que preferem brincar sozinhas a compartilhar seu brinquedo? Por quanto tempo poderiam fazer o trabalho que lhes fora designado, se continuassem agindo dessa maneira?

Eles nunca se reuniram para debater e planejar os rumos de Garr, apenas saíram exercendo seus poderes como achavam melhor, sem consultar nenhum de seus irmãos, acerca das consequencias que suas vontades poderiam trazer para as criações alheias. Foram mandados para trazer a ordem, mas nada além do caos rege suas ações.

Por quanto tempo Garr e seus habitantes sobreviveriam dessa maneira? Todos defendem suas convicções pessoais ao extremo, como se nelas estivesse a verdade acerca do caminho que a Criação deveria tomar. Eles parecem se esquecer de que, se fosse assim, seu Pai, em sua sabedoria suprema, não teria criado todos eles. Samael não se excluia disso, ele sabia muito bem que agira de maneira semelhante.

Com sorte, o Conselho acabaria por mudar isso, ou pelo menos assim ele esperava.

Mas esses pensamentos deveriam ser deixados para depois, haviam coisas mais urgentes no momento, como a prisão de Horfael.

Como a fariam? Onde a colocariam? Como poderiam cuidar para que ele nunca escapasse?

Seus olhos acompanhavam as duas luas, cujos caminhos no céu norturno em breve se cruzariam. Uma idéia do que fazer começou então a se formar em sua mente...
 
Zyon voava rapidamente sobre o Fanwë. Tudo abaixo dele não passava de um borrão disforme de cores, dada a enorme velocidade do animal. Antes mesmo de firmar seu pensamento, sentiu a presença de Samael e a aceleração de sua ave foi diminuindo.

Finalmente, o Fanwë ficou planando no ar, indo de encontro à um finerim deitado sobre um pequeno monte. Zyon pulou da majestosa ave ao lado de seu irmão e disse:

- Olá Samael. Vejo que fui o primeiro a chegar. Vim para a construção de prisão de Horfael. Devemos esperar a chegada dos outros finerim, mas desejo que esta criação não tome muito de nosso tempo, pois quanto mais demorarmos aqui, mais tempo Horfael tem para tentar fugir do reino de Kai'ckul.


Zyon terminou de falar. Esperava a chegada dos outros finerim, mas tinha outro assunto para tratar com Samael, assunto este de pouca importância e que poderia ser discutido após a construção da prisão.
 
Enquanto Samael e Zyon conversavam uma grande mancha negra surgiu no chão próximo a eles, uma brisa frígida soprou itença e um reflexo da escuridão insurgindo no solo parecia dificultar a chegada da luz das luas nos dois Finerim, tudo ao redor deles e da sombra estava iluminado, mas eles pareciam numa bola de trevas e escuridão rapentina completada por um friu subito, então algo começa a insurgir do solo, parecei nascer da grande sombra negra, ao final a criatura tomou forma de uma aranha terrivel com alda e patas de escorpião e seu olhos escarlate intenso parecia ser a única luz nas proximidades, se por acaso alguém que não conhecia Aracnel visse essa forma certamente etaria tomado pelo medo, pelo desespero e loucura. Ao final via-se uma situação reversa de antes, Aracnel parecia absorver a sombra que ele próprio insurgiu e a luz das luas voltaram a iluminar a área, uma luz pálida e fraca comparada com a grande estrela e que não afetaria Arcnel como ela.

-Samael...Zyon...acho que me adiantei um pouco ou não?


Aracnel vira-se de costas e observa as luas e após alguns segundos continua:

-Bem, já estou pronto pra a construção dessa prisão e assim como Zyon, Samael, também não tenho muito tempo... . Ah...Eu escutei o que conversavam a pouco, me desculpem.
 
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