O tempo carcomido, suas beradas se desfazendo, era um lugar assim meio escondido do resto, frio, frio, e tinha areia dentro. Ah, aquela nudez vazia, sublime, o tremor rosa-chá tão fora de moda se dissolvendo, e nem era dor aquele corte, que graça tinha aquele corte vermelho rasgado pelos dentes em espanto! ... Ela ensinava serpentes pela força de ver, e em seu canto toda sílaba reunida era sinfonia, e enchia tudo o veneno nos dentes das serpentes... Mundo meu, mundo vasto, que mundo solto! ela pensava em ausência e chovia toda noite ali, aquela fúria natural que as nuvens sempre iam já era íntima, já era lar, era morada, necrópole, alma morta, força viva dentro de seu não. O engano era o limite ou o limite era o engano? Ela sorria, bailarina acrobatado do não rompido em toda parte, e a ausência era coisa de sangue ou de sempre? Era coisa de Deus, aquela velha ausência pressentida que fazia chover toda noite ali, frio, frio.