Nob disse:
De qualquer forma, ainda peço provas. Um argumento comum, pelo que vejo, a esses pedidos, é o "eles não precisam provar nada" ou "não é o objetivo deles". Realmente, não é, até o ponto em que se deve relacionar essas teorias com a realidade (ou passar pelo "teste de sensatez"). Aí, há a necessidade de se provar alguma coisa.
Essa necessidade existe na sua linha de raciocínio, mas não é uma regra.
Além do mais o conceito do que é uma prova varia. O que é uma prova da existência de Deus pra Igreja Católica, não funciona na ciência, e pode funcionar pra um protestante, e não funcionar pra outro.
No fim, você só pode exigir provas de quem quer te convencer do que diz.
A ciência, que é uma análise objetiva da realidade, quando apresenta uma prova deve ter tudo muito bem evidenciado e explicado, pra que possa ser aceita como fato, não opinião.
Mas como a religião não é puramente objetiva, trata de muitos assuntos que não são da laia da ciência, tais como o porquê da existência, a moral, a fé etc. Portanto não queira aplicar raciocínios objetivos e impessoais aí.
Então se eu digo que "Deus é a inteligência do universo", você não pode me pedir provas, porque além de ser impossível provar objetivamente, eu não estou pedindo pra você acreditar nisso. É algo que eu concluí baseado na minha experiência de vida (experiência real), e que tem utilidade apenas pra mim (que é o que importa).
Afirmar que eu criei Deus na minha imaginação e que é uma coisa tão absurda e provável como o Coelho da Páscoa, a partir de achismos, seria agir como se entendesse mais do que eu o que se passa na minha cabeça.
Desconsiderar a validade dos meus critérios, motivos, conclusões etc. que servem apenas pra mim (mas que podem ser entendidos por outras pessoas, não necessariamente por todas), ou que foram concluídos por mim, devido à falta de provas científicas, é errado. Jogue fora todo o conhecimento filosófico, noções de moral, e qualquer coisa que reflita percepções pessoais da realidade.
str1ker disse:
Apesar de eu achar que a minha opinião faz sentido, discordo de não poder fazê-lo (discordar) com uma opinião. Não existe uma regra básica para discordar, simplesmente.
Discordar é diferente de fazer sua opinião valer sobre a do outro.
Quando digo "quase como acreditar em Papai Noel", digo no sentido de absurdo, disparate. De alguém criado p/ ser vituoso por si só, que dá e nada pede, etc. Não no de usar uma toca vermelha e morar no Polo Norte, como você, creio, pensou.
Não, eu não pensei isso. Eu entendi o que você quis dizer.
E julgar minha opinião absurda é uma coisa. Afirmar com convicção que o é, como se fosse uma verdade universal, é outra.
Eu apresentei argumentos pra mostrar que ela era absurda: o fato das pessoas acreditarem por motivos diferentes, que você não tem plena consciência de quais são, e que mesmo que tivesse não poderia julgá-los todos de uma vez. Estou esperando uma resposta sobre isso.
Aliás,
esse deveria ser o tema central da discussão, mas você preferiu colocá-lo em segundo plano, e fez questão de ficar levantando pontos
completamente inúteis, tais como sua idéia de que eu sou "contra o método científico", e todo esse seu bla bla bla que não leva a lugar nenhum.
= bla bla bla. Na falta de argumento insinuar que a parte opositora não entendeu a sua versão, é algo que, de fato, facilita à ganhar uma discussão.
Não acho que facilita, porque quando alguém não entende, as coisas não andam, portanto ninguém pode "vencer" nada.
O fato de não se fazer entender é uma espécie de fracasso, mas o fracasso maior é de quem não entende.
Apesar do post falar por si só, porquê você não cola? O trabalho pesado sempre tem que ser meu?
Porque foi
você que afirmou que eu falei uma coisa que eu
não falei.
Então porque não fala "concordar como se fosse um fato" de uma vez? Fica dando margens a diversas interpretações, e depois se defende dizendo que interpretei errado.
Eu procuro não dar margem a várias interpretações, mas também não acho que tenho que explicar tudo nos mínimos detalhes, quando já está claro o suficiente. Cabe a quem está lendo entender o sentido do que eu disse, sem ficar se preocupando com detalhes irrelevantes por pura implicância.
De qualquer forma, eu não quero "fazê-los concordar como se fosse um fato". Só disse que discordo deles e expliquei por quê. Atitude digna de um fórum de discussão, penso eu.
Não foi o que me pareceu, mas se você diz...
Editado: adicionei alguns parágrafos no começo e um no meio.