Tilion
Administrador
Re: Pequena duvida sobre Deus.
Não necessariamente. Como já foi dito, a ciência não contesta a existência de Cristo. É algo historicamente documentado não só pelos evangelistas. Agora, seus "milagres", isso sim necessita de mais provas (científicas) do que os textos de quatro pessoas contemporâneas de Jesus e partidárias do mesmo. Só porque os quatro disseram que ele fez milagres isso torna o fato verdadeiro?
O destaque, fontes parciais à parte, ocorre justamente pelo caráter rebelde de Jesus. Ele era um revolucionário em uma província romana, uma província particularmente religiosa e desejosa de profetas. Ele causou alvoroço por suas idéias "de esquerda", dizendo que todos eram iguais e de que deles era o Reino dos Céus. Ora, veja o contexto de tal declaração dentro do Império Romano: é óbvio que foi um "distúrbio" para os governantes, que certamente não queriam saber disso de "todos iguais" e de um reino melhor do que o terrestre que construíram no decorrer de séculos. Isso foi o suficiente para chamar a atenção dos governantes da província, que na primeira oportunidade livraram-se do revoltoso, crucificando-o, punição que era de praxe na época para tais crimes contra a "ordem pública".
Mas até aí não tem nenhum milagre nesse destaque.
Tenho minhas dúvidas de que o próprio Jesus tenha chamado a si mesmo de Filho de Deus (mas também não descarto a possibilidade de que o tenha feito: isso dependeria de seu ego e/ou crença de que realmente o era em determinado momento de sua história): o reforço do "destaque", então, veio na forma dos Evangelhos, nos quais os quatro apóstolos fizeram o possível para transformar o revolucionário Jesus em Filho de Deus, para assim criar a pedra fundamental para uma nova religião. Foi um belo trabalho de marketing da parte dos evangelistas, justamente porque era uma religião que atingia o povo (pobre e miserável, na boa parte dos países) em seu âmago ao declarar que "ninguém era melhor que ninguém" e o resto da ladainha (palavra usada aqui no sentido religioso da mesma, não no pejorativo, antes que venham chiar). No entanto, nunca foram apresentadas provas dos milagres descritos nos Evangelhos, há apenas a palavra (nem um pouco imparcial e desinteressada) dos evangelistas. A "fé" não é prova de nada, a não ser para a consciência desejosa de um sentido da pessoa que a tem e, por isso mesmo, é algo parcial e não-científico. Provas verdadeiramente científicas e desinteressadas ainda não apareceram.
Morpheu disse:Bem, se ele existiu e não fez milagre algum, que raio de destaque é este que dão a Ele, neste ano de 2005 d.C.? Acho que quando se reconhece a existência d'Ele, está implícito o reconhecimento de Seus atos.
Não necessariamente. Como já foi dito, a ciência não contesta a existência de Cristo. É algo historicamente documentado não só pelos evangelistas. Agora, seus "milagres", isso sim necessita de mais provas (científicas) do que os textos de quatro pessoas contemporâneas de Jesus e partidárias do mesmo. Só porque os quatro disseram que ele fez milagres isso torna o fato verdadeiro?
O destaque, fontes parciais à parte, ocorre justamente pelo caráter rebelde de Jesus. Ele era um revolucionário em uma província romana, uma província particularmente religiosa e desejosa de profetas. Ele causou alvoroço por suas idéias "de esquerda", dizendo que todos eram iguais e de que deles era o Reino dos Céus. Ora, veja o contexto de tal declaração dentro do Império Romano: é óbvio que foi um "distúrbio" para os governantes, que certamente não queriam saber disso de "todos iguais" e de um reino melhor do que o terrestre que construíram no decorrer de séculos. Isso foi o suficiente para chamar a atenção dos governantes da província, que na primeira oportunidade livraram-se do revoltoso, crucificando-o, punição que era de praxe na época para tais crimes contra a "ordem pública".
Mas até aí não tem nenhum milagre nesse destaque.
Tenho minhas dúvidas de que o próprio Jesus tenha chamado a si mesmo de Filho de Deus (mas também não descarto a possibilidade de que o tenha feito: isso dependeria de seu ego e/ou crença de que realmente o era em determinado momento de sua história): o reforço do "destaque", então, veio na forma dos Evangelhos, nos quais os quatro apóstolos fizeram o possível para transformar o revolucionário Jesus em Filho de Deus, para assim criar a pedra fundamental para uma nova religião. Foi um belo trabalho de marketing da parte dos evangelistas, justamente porque era uma religião que atingia o povo (pobre e miserável, na boa parte dos países) em seu âmago ao declarar que "ninguém era melhor que ninguém" e o resto da ladainha (palavra usada aqui no sentido religioso da mesma, não no pejorativo, antes que venham chiar). No entanto, nunca foram apresentadas provas dos milagres descritos nos Evangelhos, há apenas a palavra (nem um pouco imparcial e desinteressada) dos evangelistas. A "fé" não é prova de nada, a não ser para a consciência desejosa de um sentido da pessoa que a tem e, por isso mesmo, é algo parcial e não-científico. Provas verdadeiramente científicas e desinteressadas ainda não apareceram.
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