Re: Pequena duvida sobre Deus.
Balbo você está ficando burro. Não é o primeiro assunto que sua teimosia faz com que perca capacidade de apreender novos conceitos. Repito: perseverânca é bom, mas se você a transforma em teimosia...
Deus é aceito ou não, e ponto.
O Big Bang não é aceito tão facilmente nem pela comunidade onde ela é mais discutida. Eu já falei pra Morpheus, até gente do gabarito de Lattes (tem outros) fundiu a cabeça para provar que é lorota, mas não conseguiu. E quando falo provar, não estou falando da forma trivial (de trivia: filosofia, política e oratória, ou seja, LITERALMENTE blablabla), mas da forma dos pesquisadores da natureza: geometria, música, fisica e biologia. No máximo o que aconteceu foi "é claro que é lorota". Mas funciona, como diz o Engethor, então até alguém arranjar um modelo melhor..
Estou repetindo a mim mesma... a palavra trivial vem desse passado distante onde quem estudava o segundo tipo de coisas via com desdem o pessoal que usando somente a boca queria provar que estavam certos. O número de coisas a serem estudadas para começar era menor. Não era necessário a princípio estar certo, mas só CONVENCER que estava certo.
Deus não pode ser equacionado, racionalizado. Daí a grande dificuldade de provar que existe, a não ser em questões de fé pessoais e intransferíveis (parece senha...
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O Big Bang foi fundamentado a partir de certas anomalias que temos na natureza, da mesma forma que a Mecânica Quântica. Teoricamente, pode-se pensar que é apenas blablabla, mas como eu já disse esse blablablá parte de princípios e fenômenos naturais. Não existe "senha" pessoal e intranferível (vivência espiritual é unica): o conhecimento pode ser deduzido a partir dos fenômenos da natureza que podem ser observados por QUALQUER PESSOA (que queira ver, claro).
A dificuldade está nisto: as equações. O que você VIU foram as traduções das equações através das revistas de divulgação.
Então coloca todo o esforço que os cientistas que não engolem isso, dos que defendem no mesmo patamar do "falar por falar" (conheci um filósofo que conseguiu convencer um químico que vidro não é liquido, tamanho é o poder de somente usar a oratória). Não é uma questão de "eu acredito porque isso se manifestou apenas para mim" (como em vivência expiritual), mas uma coisa que pode ser verificada, pode ser analisada de outros ângulos lógicos ou experimentais.
Vocês enxergam apenas o falar por falar, porque como muitas pessoas têm um entrave em enxergar que a matemática nada mais é do que mais uma linguagem. E o engraçado é que e ao mesmo tempo, quando lembram que é linguagem, pensam no "falar por falar", sem ao menos tentar ter algum domínio sobre a linguagem.
Meu hobby atual é montar uma série de livros de física para colegial, e o que escrevi no capítulo Movimento pode servir de exemplo.
Mostrei com desenhos e esquemas, o princípio de velocidade, de espaço percorrido, que faz diferença o sentido para onde você está indo, etc., até chegar na equação que eu queria:
Onde eu estou é igual a onde eu estava mais o tanto que eu andei, que é na verdade a velocidade média de minha caminhada pelo tempo que fiquei a caminhar.
E sugeri um exemplo (onde eu sei que os alunos vão falhar) de viagem Rio-Sao Paulo de ônibus andando a cem quilômetros por hora, cuja duração é de 6 horas, (mas temos de lembrar de colocar 30 minutos de intervalo) e perguntei mais ou menos quanto é a distância percorrida.
Tente fazer as contas, usando APENAS o paragrafo em itálico.
Só fica menos confuso, quando a gente simplifica aquele parágrafo:
Sf = Si + v t
Se a mente da pessoa está preparada para pensar em quantificação dos fenômenos da natureza (ou seja, equações, fórmulas, leis empíricas) e ao mesmo tempo conseque TRADUZIR como na forma em itálico, fatalmente percebe duas coisas:
1) o fenômeno pode ser verificado por qualquer pessoa
2) não é apenas falar por falar o que EU ACHO. Porque qualquer um vai "achar" a mesma coisa se olhar o fenômeno!
Logan fez o mesmo que eu, só que eu traduzo. Só que o mundo em geral também é como Logan: não dá para ficar traduzindo a toda hora. Um dos principais problemas das pessoas é que elas vão para a escola para conseguir diploma, mas não conseguem sequer entender um problema lido (ou seja, traduzir para linguagem pessoal de forma que ela consiga compreender o que está sendo pedido)
O que faz com que testemunhemos as coisa mais absurdas possíveis (Mayoros falou sobre um problema técnico em um dos postos onde ele trabalha, onde o servidor travava porque simplesmente as pessoas deixaram o ponto de escape de calor na parte de baixo. EM TEORIA todo mundo já viu que o calor costuma ir pra cima, viu na escola, viu que balão sobe, etc.. mas dificilmente lembra disso quando em contato com um problema real. A linguagem não é ainda natural para praticamente 90 % das pessoas no mundo)
Se você pretende seguir carreira em Química como meu irmão, Morpheus, eu já posso te adiantar uma coisa: os fisicos pentelhos vivem pentelhando a química.
Uma coisa fantástica na química é esta: a gente pega duas coisas e mistura e dá uma terceira coisa diferente, foi montado todo um esquema para explicar as coisas a nível molecular antes mesmo de qualquer químico conseguir VER os átomos e moléculas. Ou seja, mais uma prova "experiência da mente". Foram tentados vários modelos de átomos e cada um foi descartado ou reaproveitado para desenvolvimento dos mecanismos de raciocínio. Ainda hoje é interessante a gente ensinar o átomo "pudim de passas", o átomo com elétrons orbitando (os elétrons girando emitiriam radiação, e assim perderia energia até chegar ao núcleo e haveria aniquilação!
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Ah, Logan, sobre os micro-buracos negros, falar com Prof. Dr. Jorge E. Horvath, IAG-USP. Vi uma palestra dele, e discordei para caramba de algumas conclusões que ele tirou, mas de acordo com ele não há problema em fazer esses micro-buracos negros porque a natureza vive fazendo através de colisões de partículas de alta energia aqui mesmo na Terra e arredores, e até agora a gente não morreu. (não foi essa parte que eu achei esquisito... essa pareceu OK)
Decerto que em ULTIMA instância é Deus quem quis que o universo funcione do jeito que funciona. Mas usar Deus logo de cara é meio que "falar o nome dele em vão", e acho que é interessante (e divertido) a gente tentar achar algumas respostas do quebra-cabeças por nossa própria conta antes de chamar o Professor.