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Especulação Spoilers, leaks e especulações

  • Criador do tópico Criador do tópico Grimnir
  • Data de Criação Data de Criação
O Demiurgo pira nesse tópico.

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O que a Amazon tá fazendo é liberar, oficialmente, o teaser antes pra quem é assinante. Depois libera pro povão se deleitar ou se descabelar, como melhor lhes aprouver.

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Vindo de uma empresa acusada de sufocar sindicatos, fazer funcionários urinarem em garrafas para não perderem tempo de trabalho e destruir a concorrência com técnicas consideradas criminosas em vários lugares do mundo, lançar teaser previamente pra assinantes é muito mamão com açúcar. Prioridades...
 
O que a Amazon tá fazendo é liberar, oficialmente, o teaser antes pra quem é assinante. Depois libera pro povão se deleitar ou se descabelar, como melhor lhes aprouver.
Qual é a vantagem? Assinar pra ver um trailer que vai sair pra todos depois de 48 horas. Cada ideia.
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Vindo de uma empresa acusada de sufocar sindicatos, fazer funcionários urinarem em garrafas para não perderem tempo de trabalho e destruir a concorrência com técnicas consideradas criminosas em vários lugares do mundo, lançar teaser previamente pra assinantes é muito mamão com açúcar. Prioridades...
Estamos esperando pra ver uma série de uma empresa que é praticamente uma máfia. Como isso passou a ser normal é o que não entendo. Os peixes grandes deitam e rolam e os pequenos cobrem os olhos com vendas. Justiça social só no virtual, com a vida real, gente real sendo prejudicada pra poder sustentar um império, quem se importa? Uma versão beta de Jogos Vorazes: o inferno de uns, o entretenimento de outros. Tudo relacionado a essa empresa/série é só a camada mais abismal do fundo do poço.
 
Última edição:
Então depois de 48h sairá do ar? Isso só torna tudo pior. Nunca vi tanta estupidez.

Não, ao que tudo indica, é que a 'exclusividade' do trailer pro site da Amazon expira em 48 horas. Depois disso ele será posto em todos os outros lugares tradicionais da maneira normal.

Preenchendo o que Tolkien "nunca escreveu" com gnosticismo (que não deve ser confundido com histórias Bíblicas, porque não são o mesmo). Isso além de sair de Tolkien ainda trará conceitos inversos ao fundo cristão

Existem zilhões de tradições gnósticas diferentes, inclusive muitas que influenciaram a formação discursiva e teológica da Patrística e da Escolástica Medieval, por causa disso os conceitos entranhados nelas se tornaram parte do próprio Cristianismo

A simples noção de haver "anjos rebeldes" vem do livro de Enoch é "extra bíblica". Ele contém fundo "gnóstico" e, embora não "ortodoxo" no original judaico, se tornou parte indispensável e essencial do imaginário cristão.

Tem, inclusive, estudo publicado a respeito dessa influência na Tolkien Studies. Querer escoimar todo conteúdo desse tipo do Legendarium ou da Teologia do Cristianismo, enfim, "diabolizá-lo" como "avesso ao fundo cristão" do Tolkien é jogar o bebê fora junto com a água do banho.


A more interesting allusion to angels as the source of evil in God’s
perfect creation can be traced to Genesis and the tale of the Grigori,
or Watchers, the “sons of God” who were left on earth after The Fall
to observe. Descriptions of the Watchers are scattered throughout the
Old and New Testaments—in Genesis, Daniel, Jude, and 2 Peter, for
instance—and any student of the Bible would know of their tale.3 In
Genesis, they are commanded to watch only, but many failed in their
charge. While the outline of the myth is clear in Genesis and other
parts of the Bible, the story is told in greater detail in the Hebrew
apocrypha, most famously in The Book of Enoch (written around 200
ce), where the eponymous character is lifted to Heaven because of his
holiness and converses with the fallen Watchers.



Como vcs podem ver aí nessa discussão do Reddit o debate sobre fundo gnóstico em Tolkien é extenso, multifacetado e complexo pra caramba até pq existem DIVERSAS vertentes gnósticas diferentes, algumas que nada tem a ver com concepções cristãs. O tema não se exaure em cima da mera contraposição de dois lados mutuamente excludentes assim como toda discussão teológica não lida bem com absolutos e categóricos.

E, aliás, é só coincidência por causa da cronologia, mas parece haver um bocado de semelhança visual entre o tratamento que Tolkien deu ao Livro de Mazarbul e os fragmentos do Livro de Enoque, confiram aí:

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Mazarbul em cima e Enoque aí embaixo:

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Última edição:
Não, ao que tudo indica, é que a 'exclusividade' do trailer pro site da Amazon expira em 48 horas. Depois disso ele será posto em todos os outros lugares tradicionais da maneira normal.



Existem trocentas zilhões de tradições gnósticas diferentes, inclusive muitas que influenciaram a formação discursiva e teológica da Patrística e da Escolástica Medievais, por causa disso os conceitos entranhados nelas se tornaram parte do próprio Cristianismo

A simples noção de haver "anjos rebeldes" vem do livro de Enoch é "extra bíblica". Ele contém fundo "gnóstico" e, embora não "ortodoxo" no original judaico, se tornou parte indispensável e essencial do imaginário cristão.

Tem, inclusive, estudo publicado a respeito dessa influência na Tolkien Studies. Querer escoimar todo conteúdo desse tipo do Legendarium ou da Teologia do Cristianismo, enfim, "diabolizá-lo" como "avesso ao fundo cristão" do Tolkien é jogar o bebê fora junto com a água do banho.






Como vcs podem ver aí nessa discussão do Reddit o debate sobre fundo gnóstico em Tolkien é extenso, multifacetado e complexo pra caramba até pq existem DIVERSAS vertentes gnósticas diferentes, algumas que nada tem a ver com o concepções cristãs. O tema não se exaure em cima da mera contraposição de dois lados mutuamente excludentes assim como toda discussão teológica não lida bem com absolutos e categóricos.


E, aliás, pode ser só coincidência mas parece haver um bocado de semelhança visual entre o tratamento que Tolkien deu ao Livro de Mazarbul e os fragmentos do Livro de Enoque, confiram aí:

Ver anexo 93358Ver anexo 93359
Mazarbul em cima e Enoque aí embaixo:

Ver anexo 93360
Como eu disse: a interpretação e associação é livre, mas usar a obra de Tolkien para contar um conto gnóstico é outra história. Uma coisa é você associar Sauron ao Caído do meteoro, com toda a liberdade de imaginação que quiser. Outra coisa é querer representar a história de Tolkien para o público e TRAZER Sauron/Ser Celeste vindo de um meteoro que não está incluso na história. Esse é o ponto. Fazer isso tira o foco de Tolkien e põe foco no gnosticismo. Por isso tudo o que vemos até agora parece alheio a Tolkien e não faz sentido, porque o propósito da coisa foi mudado e assim tudo que o envolve. Resultado: vamos assistir uma série de gnose com ilustrações feitas com "bonequinhos de Tolkien", como uma fábula que usa animais agradáveis no imaginário para falar de uma mensagem maior. Isso é completamente inapropriado e desonesto. Não quero assistir gnosticismo, quero assistir Tolkien.

Novo título para a série: Uma História do Gnosticismo, com ilustrações por J.R.R. Tolkien (sem que ele saiba).
 
Exemplo. Isso aqui é completamente possível (embora eu não corcorde absolutamente com a interpretação), porque é particular e pessoal. Outra coisa é vender uma série entitulada "Senhor dos Anéis, a história nunca contada antes." Aí já foi pra outro nível.


Lembrando que Sombras da Guerra vai no exato caminho, e como as notícias da série, também parece fazer sentido 0. Acharam interessante a cena final que Celebrimbor vira uma luz azul e foge? É. Coisas sem sentido aparentemente sem resposta.

De qualquer forma, é isso que se passa no fim das contas. Cada um que use a informação da forma que melhor convir.
 
Outra coisa é querer representar a história de Tolkien para o público e TRAZER Sauron/Ser Celeste vindo de um meteoro que não está incluso na história
Muita coisa que se espera numa narrativa romanceada NÃO está incluída na "história" que Tolkien narrou. Tecnicamente, o que temos da Segunda Era nem forma "história", é só crônica e sinopse, um "esqueleto" de narrativa. Ele simplesmente não contou como Sauron apareceu e, de um jeito ou de outro, os narradores da série da Amazon vão ter que fazer uma escolha por algum tipo de "entrada", que provavelmente será, primeiro, na surdina e depois apoteótica.

De todo modo, se vc vai fazer uma história onde um "anjo caído" interage com encarnados e os corrompe, vindo ou não de meteoro, pq a proveniência do "Céu", no fim da contas, é uma metáfora e um símbolo* vc, necessariamente, vai lidar com elementos "gnósticos" de todo jeito, querendo ou não, pq eles fazem parte da própria matéria prima que Tolkien usou. Se a figura do Annatar já é um "Prometeu" luciferiano em termos de ação, conduta dentro da história, que diferença faz se ele cai do céu ou não de forma literal?

Inclusive, não é pra menos que Tolkien chamou os "Noldor que foram alvos da corrupção por Sauron e Melkor" de "gnomos" no Livros dos Contos Perdidos", signfiicando justamente "aqueles que tem o conhecimento", a "gnose".

*Mas vale lembrar que, nos textos tardios do Legendarium, Tolkien falou em valar e maiar extraterrenos, de fora de Arda em outras regiões de Eä. Então, sim, alguém caindo em Arda PODE ser "extraterreno" e "celeste" sem ser necessariamente mancomunado com Sauron, Melkor ou os demais teologicamente "caídos".

De qualquer forma, é isso que se passa no fim das contas. Cada um que use a informação da forma que melhor convir.

Arte é feita para ser interpretada livremente e quem a produz originalmente ou a herda e consome como produtor ou fruidor vai sempre imprimir algo de pessoal e diferente do que foi pensado anteriormente. Ficar preso numa camisa de força é que gera arte "sem alma". O próprio Tolkien dispensava as "straitjackets" e falsas dicotomias. Não vejo pq os indivíduos que vão dar corpo a um "esquema" que ele só esboçou pra receber "carne" e "sangue" nas mãos de outros vão ficar presos em bitolas que o próprio JRRT não fazia questão de carregar.
 
Última edição:
Muita coisa que se espera numa narrativa romanceada NÃO está incluída na "história" que Tolkien narrou. Tecnicamente, o que temos da Segunda Era nem forma "história", é só crônica e sinopse, um "esqueleto" de narrativa. Ele simplesmente não contou como Sauron apareceu e, de um jeito ou de outro, os narradores da série da Amazon vão ter que fazer uma escolha por algum tipo de "entrada", que provavelmente será, primeiro, na surdina e depois apoteótica.

De todo modo, se vc vai fazer uma história onde um "anjo caído" interage com encarnados e os corrompe, vindo ou não de meteoro, pq a proveniência do "Céu", no fim da contas, é uma metáfora e um símbolo* vc, necessariamente, vai lidar com elementos "gnósticos" de todo jeito, querendo ou não, pq eles fazem parte da própria matéria prima que Tolkien usou.

Inclusive, não é pra menos que Tolkien chamou os "Noldor que foram alvos da corrupção por Sauron e Melkor corrompidos" de "gnomos" no Livros dos Contos Perdidos", signfiicando justamente "aqueles que tem o conhecimento", a "gnose".

*Mas vale lembrar que, nos textos tardios do Legendarium, Tolkien falou em valar e maiar extraterrenos, de fora de Arda em outras regiões de Eä. Então, sim, alguém caindo em Arda PODE ser "extraterreno" e "celeste" sem ser necessariamente mancomunado com Sauron, Melkor ou os demais teologicamente "caídos".

É muito engraçado isso. Mudam toda a história do Legendarium para atender ao novo "público", mas para "preencher lacunas" enfiam goela abaixo gnosticismo, um assunto que uma parcela pequena da sociedade estuda e conhece. Não digo mais nada.
 
É muito engraçado isso. Mudam toda a história do Legendarium para atender ao novo "público", mas para "preencher lacunas" enfiam goela abaixo gnosticismo, um assunto que uma parcela pequena da sociedade estuda e conhece. Não digo mais nada.
Já passou pela sua cabeça que conhecer bem o Legendarium e entender bem os seus temas INCLUA a necessidade de se deparar com "elementos gnósticos", ainda mais quando o Tolkien chama a função dos Valar de "demiúrgica" e especifica que o elemento primacial da caracterização dos noldor e a "isca" com que Sauron os atrai é justamente a "sabedoria" "gnômica-gnóstica"?

Que colocar as pessoas tendo contato com essas questões teológicas em forma de narrativa e problematizá-las NÃO significa, necessariamente, fazer proselitismo em prol de uma interpretação ou outra, "canônica" ou "apócrifa"? Que engajar o público com a trama não implica em lavagem cerebral ou doutrinação?

Eu acho que parte intrínseca do charme da obra tolkieniana é fazer pensar nesses temas e se a Amazon for lidar com eles pra narrar o Rings of Power isso vai significar passar teologia e filosofia sobre a forma de narrativa, exatamente como a Bíblia faz, e isso, em si mesmo, já é alguma coisa boa. Ajudar a formular perguntas sem, necessariamente, mastigar ou regurgitar respostas pré-concebidas.

 
Que colocar as pessoas tendo contato com essas questões teológicas em forma de narrativa e problematizá-las NÃO significa, necessariamente, fazer proselitismo em prol de uma interpretação ou outra, "canônica" ou "apócrifa"?
Não são questões teológicas, são questões misticas/ocultistas acima de questões teológicas. É a linha que traduz todas essas coisas e as "decifra", se você crê nisso. E se não é proselitismo adicionar/inventar no enredo conteúdo de um viés específico de forma indiscriminada, não sei o que é. Por exemplo, se diretores católicos colocassem num filme de SdA, Galadriel com uma réplica do manto e coroa de Nossa Senhora. Ela deixa de ser Galadriel e vira uma personificação de Nossa Senhora. O foco sai de Tolkien e vai para o Catolicismo. Tolkien vira uma peça de ilustração.

Mas se é assim que encara a coisa toda (como natural), boa sorte com isso.
 
Não são questões teológicas, são questões misticas/ocultistas acima de questões teológicas.
Diga-me aí: o que tem de "místico" e "ocultista" num cara caindo do céu na série da Amazon que não tem na Bíblia com a idéia dos anjos virem pra Terra descendo do céu ou caírem no Inferno tal como a crença cristã posterior entendeu?

Existe algum tipo de misticismo ou ocultismo que não envolva, em alguma medida, determinadas concepções e noções teológicas de alguma procedência? O Legendarium de Tolkien não foi criado com a justaposição de elementos de teologias díspares de mitos diferentes de povos espalhado pelo mundo afora? E, então, por definição de fábrica, o Mito do Tolkien não acaba intrinsecamente atado a essas concepções místicas que vêm de garupa nesse material? Onde termina uma coisa e começa a outra?

Por exemplo, se diretores católicos colocassem num filme de SdA, Galadriel com uma réplica do manto e coroa de Nossa Senhora. Ela deixa de ser Galadriel e vira uma personificação de Nossa Senhora. O foco sai de Tolkien e vai para o Catolicismo. Tolkien vira uma peça de ilustração

Galadriel não é a Virgem Maria mas Sauron é LITERALMENTE um anjo caído. Torná-lo um "Ubermensch" caído do céu não faz dele mais ""místico ou ocultista" do que ele é tb "teológico" em termos cristãos. E nem certeza de que seria esse o caso a gente tem a essa altura do campeonato. Uma Galadriel paramentada de Virgem Maria tampouco se torna a própria mas o simbolismo é passado adiante pra ser interpretado livremente.. Considerado ou ignorado. Um descrente não vai virar devoto da Virgem por causa de Galadriel no SdA e nem virar adorador do Diabo por causa de Sauron ser um "satanista sexy". No máximo coisas assim seriam desculpas.

De todo modo, ao conectá-lo com a Atlântida, fazer dele um sumo sacerdote encarnado praticando sacríficios melkorianos por lá além de ensinar "gnosis" pros Noldor e ser o "Necromante" de Dol Guldur ( como já o tinha sido em Tol-in-Gaurhoth) o próprio Tolkien SEMPRE o conectou a "Misticismo e Ocultismo"* até pq essas coisas NÃO FICAM em compartimentos estanques em relação ao Cristianismo . Tolkien cooptou esse material inteiro pra obra dele ao mesmo tempo assim como interligou Mito Judaico-Cristão com mitologias céltica, nórdica, greco-romana e etc, etc, etc numa coisa só.
 
Última edição:
Eu fico lendo alguns links e os posts do Ilmarinen e da Kimberly e vai me batendo uma tristeza. Será que tão falando da mesma série que eu? Aquela dos Superfans e do Thiago Nasce uma nova lenda?

Vocês superestimam demais os showrunners e os roteiristas.
 
Diga-me aí: o que tem de "místico" e "ocultista" num cara caindo do céu na série da Amazon que não tem na Bíblia com a idéia dos anjos virem pra Terra descendo do céu ou caírem no Inferno tal como a crença cristã posterior entendeu?

Existe algum tipo de misticismo ou ocultismo que não envolva, em alguma medida, determinadas concepções e noções teológicas de alguma procedência? O Legendarium de Tolkien não foi criado com a justaposição de elementos de teologias díspares de mitos diferentes de povos espalhado pelo mundo afora? E, então, por definição de fábrica, o Mito do Tolkien não acaba intrinsecamente atado a essas concepções místicas que vêm de garupa nesse material? Onde termina uma coisa e começa a outra?



Galadriel não é a Virgem Maria mas Sauron é LITERALMENTE um anjo caído. Fazer dele um "Ubermensch" caído do céu não faz dele mais ""místico ou ocultista" do que ele é tb "teológico" em termos cristãos. E nem certeza de que seria esse o caso a gente tem a essa altura do campeonato.

De todo modo, ao conectá-lo com a Atlântida, fazer dele um sumo sacerdote encarnado e fazendo sacríficios melkorianos por lá além de ensinar "gnosis" pros Noldor e ser o "Necromante" de Dol Guldur ( como já o tinha sido em Tol-in-Gaurhoth) o próprio Tolkien SEMPRE o conectou a "Misticismo e Ocultismo"* até pq essas coisas NÃO FICAM em compartimentos estanques em relação ao Cristianismo . Tolkien cooptou esse material inteiro pra obra dele ao mesmo tempo assim como interligou Mito Judaico-Cristão com mitologias céltica, nórdica, greco-romana e etc, etc, etc numa coisa só.
Interpretar gnosticamente a obra de Tolkien é uma coisa, encontrar elementos gnósticos é uma coisa, associar com definições gnósticas é uma coisa, mas acrescentar material intrínsecamente gnóstico de forma que se suprima/substitua/recrie a história em prol de uma visão singular é outra. Eu devo lembrar mais uma vez: não vi ninguém aceitando essa história do meteoro com bom olhos, porque é absurda. E mais absurda ainda é ser o foco da série, onde tudo vai girar em torno disso e para isso. Será o maior elemento narrativo: uma coisa tremenda e estúpida inventada e sem nenhuma base real nos textos escritos.

É isso que estou dizendo. Não tem ninguém caíndo de meteoro no Legendarium. E além de parecer uma bobagem @Elring, o que realmente é, tem um fundo ainda maior e mais sem sentido ainda para qualquer um, exceto para quem está criando. Mesmo a besteira dos superfãs tem um fundo: propaganda ideológica e sugestão subversiva.

Como eu disse há algum tempo: essa série não é sobre o que você entendeu, mas sobre o que foi mostrado.
 
mas acrescentar material intrínsecamente gnóstico de forma que se suprima/substitua/recrie a história em prol de uma visão singular é outra.
O Homem do Meteoro, a meu ver, não vai subsitituir nem suprimir nada. O que foi acrescido ou inventado está lá no lugar onde a gente tem um "vácuo" e uma "lacuna" onde o Tolkien se omitiu. Eu não acho que vai substituir a história faustiana do Celebrimbor com Artano que, provavelmente, rolará na segunda temporada;

E mais absurda ainda é ser o foco da série, onde tudo vai girar em torno disso e para isso. Será o maior elemento narrativo: uma coisa tremenda e estúpida inventada e sem nenhuma base real nos textos escritos.
Uma cena do primeiro episódio e uma sequência frame do teaser de repente viram a " coisa em torno da qual girará toda a série"? Meio hipérbole né? Por mais que tenha feito esforço pra evocar um Uplift Schindleriano esse vai ser só mais um dos núcleos do seriado. Daqui a pouco a gente vai acabar é querendo que tivesse mais depois de uma overdose de Disa e Durins, Tir Harads com Arondir e caçada no Norte ao Sauron Perdido eqto matamos o Abominável Troll da Neve além de uma Tar-Mriel com a cara de "quem peidei" no teaser

E é um onde os temas, todos evocativos do clima "Primeiro contato" do Tar Elmar estão mesmo na base do que o Tolkien estipulou pra moral da história. Eles, pelo jeito, vão expandir e MUITO esse conteúdo "pós-colonialista"


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Uma cena do primeiro episódio e uma sequência frame do teaser de repente viram a " coisa em torno da qual girará toda a série"? Meio hipérbole né?

O Estranho (Daniel Weyman) é de longe o personagem mais misterioso de "O Senhor dos Anéis: Os Anéis do Poder". O teaser da Vanity Fair confirma que ele chega à Terra-média através de uma bola de fogo, que pode ser vista cruzando o céu. A relação entre o Estranho e os curiosos Harfoots que o encontram pela primeira vez parece ser o foco da série.


O Estranho poderia ser um mago, mas ele provavelmente não é – e mesmo se for, ele quase certamente não será aquele em quem você está pensando. Gandalf, Radagast e Saruman chegam à Terra-média na Terceira Era, muito depois dos eventos da série. O Estranho pode ser um dos dois Magos Azuis, mas parece estranho apresentar um com tanta fanfarra e não o outro. Considerando tudo, não é particularmente plausível que o Estranho seja um dos Istari.

Então quem é ele? Bem, você pode querer considerar um personagem que você não encontrará em nenhum outro lugar desta lista – alguém que certamente desempenhará um papel importante na série. Um dos aspectos mais famosos da história de Sauron durante a Segunda Era é que ele chega aos Elfos disfarçado de uma forma tão justa que poucos suspeitam de sua verdadeira identidade. Que melhor maneira de entregar uma reviravolta verdadeiramente chocante do que fazer o público acreditar que está assistindo a um mago gentil fazer amizade com um humilde Harfoot... quando eles estão, de fato, testemunhando o retorno do novo Lorde das Trevas?

Read More: https://www.looper.com/905310/every...e-rings-of-power-explained/?utm_campaign=clip
Post original.

Você mesmo disse que a cena final provavelmente vai estar ligada a essa tal história de homem do meteoro. Se a cena final encerra com isso, não é óbvio que esse é foco de tudo? Pra mim é mais claro que água. E em um comentário anterior você também disse que "faz sentido tudo girar em torno de Sauron, o mestre dos Anéis", como tudo indica ser o "Estranho".

Daqui a pouco a gente vai acabar é querendo que tivesse mais

Claro que vão querer mais. Estou falando dessa balança quebrada de caráter e carisma há meses. Um monte de gente com cara de nada (propositalmente) sem expressões e personalidade, sopas de xuxu sem sal, contrastando com um vilão carismático e arrebatador. Como eu já disse há muito tempo, é uma guerra injusta de heróis sem graça, medíocres, sem virtudes e nada cativantes contra o vilão que é o próprio ilusionista do circo fazendo gracejos que todo mundo para e admira. Não é surpresa nada do que vi, pois já esperava. Não caio nessa brincadeirinha da Amazon não.

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Você mesmo disse que a cena final provavelmente vai estar ligada a essa tal história de homem do meteoro. Se a cena final encerra com isso, não é óbvio que esse é foco de tudo?

Não, pra mim, a função do Homem do Meteoro é dar um "frame" pra coisa, estilo o narrador em off do Hobbit e do Blade Runner e o fechamento "encondadado no buraco" do Samwise Gamgee.

Ele seria uma espécie de narrador de "contos da cripta" que participou da narrativa mas entra e sai dando a volta "por fora". Tipo o Geninho da She-Ra mas bem menos coloridinho... :p

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Quando eles saíram falando lá nos Twitters da One Ring de que "Sauron não é quem pensamos que seja" eles ,pra mim, estão telegrafando que o Stranger é despistamento.
 
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Exatamente. Que tem tudo a ver com minha ideia:

E tudo isso porque começou a estar implícito que de alguma forma Galadriel e Sauron fariam um par romântico. Subconscientemente as pessoas tomam o caminho das pedras.

*
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Inclusive ele pode ser o velho, o novo e alguma mulher. Uma tríade. Já falamos isso por aqui mas nunca vou lembrar onde.

E uma tríade, They/It, não-binário, representações paralelas de faces de um mesmo ser em três, divido entre idades e sexos diferentes, remonta...bom, fica para lição de casa. É uma bagunça tão grande que só com uma paciência infinita dá pra acompanhar. Mas no fim talvez nem valha a pena.

* Se alguém não entendeu, o cara de azul das fotos é o ator de Halbrand (Charlie Vickers) e o último cara é Rá andrógino do filme Stargate.
 
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E uma tríade, They/It, não-binário, representações paralelas de faces de um mesmo ser em três, divido entre idades e sexos diferentes, remonta...bom, fica para lição de casa. É uma bagunça tão grande que só com uma paciência infinita dá pra acompanhar. Mas no fim talvez nem valha a pena.
Com os Vigias de Cirith Ungol? Vislumbres da Hécate das Encruzilhadas?

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