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Sim. Eu assisti a live deles. Não falaram o ator ou atores que interpretam Sauron mas deixaram claro que ele será uma influência na primeira temporada e alguém que não imaginamos. Eu acredito que Annatar será seu ato final, digamos assim, mas ele está semeando a discórdia e envenenando mentes e corações a tempos. Pessoalmente ou através de "seguidores".
Uma coisa curiosa... Aqui no Brasil se você fala que essa série não é Tolkien é ridicularizado. Mas o pessoal da Live do TheOneRing já começou dizendo isso. Que a série NÃO É Tolkien. É que eles entendiam as críticas. Pelo que estou vendo pelos leaks, realmente, a gente vai ter muito o quer falar. Kimberly, você está certa sobre os simbolismos. Essa série está muito mais carregada de símbolos que a trilogia do PJ. Naquela cena do canto que você comentou... Sim, há nove pessoas. Quatro delas homens. Três mulheres no centro iluminadas pela Lua ou pelo Sol. As três lembrando, talvez, as nornas. E, claro, o Um.
1,3,4,12. Todos números que Tolkien muito utilizou no SdA. Cabala. Algo que creio ele tenha buscado na Biblia de forma consciente.
Uma coisa curiosa... Aqui no Brasil se você fala que essa série não é Tolkien é ridicularizado. Mas o pessoal da Live do TheOneRing já começou dizendo isso. Que a série NÃO É Tolkien. É que eles entendiam as críticas. Pelo que estou vendo pelos leaks, realmente, a gente vai ter muito o quer falar. Kimberly, você está certa sobre os simbolismos. Essa série está muito mais carregada de símbolos que a trilogia do PJ. Naquela cena do canto que você comentou... Sim, há nove pessoas. Quatro delas homens. Três mulheres no centro iluminadas pela Lua ou pelo Sol. As três lembrando, talvez, as nornas. E, claro, o Um.
1,3,4,12. Todos números que Tolkien muito utilizou no SdA. Cabala. Algo que creio ele tenha buscado na Biblia de forma consciente.
Eu acho que o conteúdo místico que se encontra em Tolkien é muito mais inconsciente do que consciente. O que vejo na Amazon é misticismo, ou melhor, gnosticismo proposital. Na imagem do canto você tem (3) na luz, (6) velas e (9) pessoas. Fora a posição delas e a luz em V, taça, feminino com provavelmente a luz da lua/prata, feminino. Então, é, muito simbolismo em tão pouco. Caso alguém comente sobre isso por aqui eu falo mais sobre o assunto. Entende, são assuntos complicados.
Eu acho que o conteúdo místico que se encontra em Tolkien é muito mais inconsciente do que consciente. O que vejo na Amazon é misticismo, ou melhor, gnosticismo proposital. Na imagem do canto você tem (3) na luz, (6) velas e (9) pessoas. Fora a posição delas e a luz em V, taça, feminino com provavelmente a luz da lua/prata, feminino. Então, é, muito simbolismo em tão pouco. Caso alguém comente sobre isso por aqui eu falo mais sobre o assunto. Entende, são assuntos complicados.
Só que uma coisa que vcs não devem se esquecer é que, no universo da Terra-média, a Lua, como acontecia na mitologia nórdica, é "macho". O(a) SOL é que é "fêmea". Tillion é o maia da Lua ( guardando a flor de Telperion) e Arië-Arien, a maia, o Sol ( portando o fruto de Laurelin)
E, querendo ou não, quando alguém adapta deuses pagãos, para criar os valar e maiar como Tolkien fez, do mesmo jeito que vários santos cristãos são adaptados dessa fonte tb*, vc, NECESSARIAMENTE, vai ter um bocado de conteúdo "esotérico", "gnóstico" e o escambau.
Some Christian saints are officially canonized by the Catholic Church; others rose to sanctified status through popular veneration and local support. Regardless, a saint's holiness is to be honored and praised. Saints, who devote themselves to God, going to great lengths to prove the extent of...
Essas coisas também fazem parte do "Cristianismo" em suas várias vertentes e ramifiicações . A nossa religião cristã NASCEU de um cadinho de cismas "sincréticos" com o Judaismo original. A nossa própria concepção de "Demônio" como "anjo caído" surgiu de influências sincréticas, importações de outras mitologias, que não fazem parte da crença judaica ortodoxa "original". Toda "religião" quando acaba de se constituir é um(a) amálgama (palavra comum de dois gêneros) "sincrética" de crenças de origens díspares.
Tudo, aqui, à volta da língua portuguesa – o idioma oficial de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
ciberduvidas.iscte-iul.pt
Esse texto aí que eu escrevi há muitos anos vai JUSTAMENTE em cima do "Homem da Lua", Tillion, e retraça algumas das diversas figuras míticas amalgamadas nele, no Oromë dos Valar ....e no próprio Sauron.
Vcs nunca acharam meio suspeito que um dos nomes alternativos de Oromë era "Tauron" e que "Thauron" seja o nome sindarin de Sauron (Gorthaur) em uma forma mais antiga?
Parf Edhellen is one of the most comprehensive elvish dictionaries on the Internet, with thousands of names, words and phrases in beautiful elvish.
www.elfdict.com
Lembrando tb o importante: é justamente o "touro" " tauros" em latim que era o animal sagrado dos cretenses ou "minoicos" que viviam na ilha de Creta. E foi a tassalocracia "minoana" que é considerada o protótipo "real" mais provável pra Atlântida do Platão que é, por sua vez, a inspiração da Númenor-Atalantë de Tolkien.
Ou seja, Tolkien estava sugerindo que Sauron e seus sacrificios humanos em Númenor são a origem comum tanto do Minotauro Greco-Minoico quanto do Moloch Bíblico que tb, ao que tudo indica, era uma forma "médio-oriental" do "Deus de Chifres".
In my last article I discussed the phrase “Lord of the Flies” and how it can be traced back to the ancient Canaanite god Ba’al. In keeping…
ericluppold.medium.com
O @ragnaros mesmo esquadrinhou esse conteúdo "gnóstico" e esotérico na base da obra de Tolkien de alto a baixo e de lado a lado em suas postagens aqui no fórum.
. Vantagens do gênero alta fantasia, podemos especular que Sam e Frodo talvez tenham sido protegidos do calor da erupção vulcânica por Aulë. Ou, como aventou o Ilmarinen, pelo cristal de Galadriel em plena potência, já que estava livre do Elemento Morgoth que se dissipava. .
www.valinor.com.br
Moral da história: não dá pra colocar Cristianismo (Católico e/ou suas variantes) Judaismo, Esoterismo, Mitologias "pagãs", Gnosticismo e Arqueologia em compartimentos estanques e achar que essa "melange" não tenha exercido papel fundamental na origem do trabalho do Tolkien e, portanto, no dos autores e roteiristas da série da Amazon.
E, @kimberly, vc não vai achar que o Tolkien "amarrou" essa quantidade de "pontas soltas" "inconscientemente" não, né? Deixando essa trilha de migalhas de pão do comprimento da muralha da China nos nomes do Legendarium pra trás ele teria que ser uma bacante dionisíaca tresvairada para não saber o que estava fazendo...
E, agora, vcs já devem estar sabendo de ONDE é que partiu essa noção de que o Sauron ou o Satã do Mel Gibson seriam "andróginos" ou "comum de dois géneros" como a própria palavra "amálgama". Vejam aí em cima no Texto linkado: Minotauros, Moloch e Maternidade.
Inclusive, isso tudo estava presente nesse livro aí que Tolkien leu e gostou muito, de uma das suas ex-alunas, a Mary Renault. E, sim, a grande piada na capa desse livro tb é totalmente intencional e eu levei ANOS para ver ... Bonitinha lá na minha estante.
A escritora britânica Mary Renault (1905-1983) foi durante décadas a grande dama da ficção histórica de língua inglesa. Para dar uma ideia ...
notasdeliteratura.blogspot.com
Tradução de "The King Must Die". Entenderam a piadinha que Tolkien estava fazendo?
E a sequência da história acabando de adaptar a história de Teseu depois de Creta e Ariadne e lidando com Hipólita, Hipólito e Fedra é o "Touro que Veio do Mar". Recomendo caçar os dois nos sebos por aí... E suspeito que , do mesmo jeito que George R.R. Martin trouxe a saga dos Reis Malditos do Mauricio Druon de novo pro prelo que a série da Amazon possa ter um efeito similar com a obra da Mary Renault quando as pessoas começarem a escrever a respeito das coisas que estou referindo nessa postagem.
Daí vcs vêm que o "Valar Morghulis" ("Todos os homens devem morrer") do George R.R. Martin é, por sua vez, a piada em cima da piada. Em cima do Tolkien e da Simone de Beauvoir ao mesmo tempo.
Eu já tinha sugerido parte disso aqui no fórum anos atrás nessa postagem ( onde vcs vão encontrar outra MUITO provável "chupinhação" do Tolkien usada pra "forjar" (pun intended) o Sauron em Númenor ).
Mary Renault, née Mary Challans, (4 September 1905 – 13 December 1983) was an English author of primarily historical novels. Renault read English at Oxford, graduating...
A morte sempre foi um tema sensível na história da humanidade. Talvez por estarmos em meio a uma pandemia nossos pensamentos se voltam uma vez mais e com mais intensidade à temática da nossa mortal…
Currently I am writing a short story on Tolkien and Mary Renault. I remember reading somewhere that Mary was a student of Tolkien's and that he enjoyed her work, particularly 'The King Must Die' and 'The Bull from the Sea' (the books are mentioned in Letter 294). Does anybody know any more about...
web.archive.org
E aí @Elring acho que dá pra perceber em cima disso tudo postado aí que, muito provavelmente, eu e a Kimberly não estamos "superestimando" os showrunners não. Eles PARECEM SIM estar a par de uma porrada dessas correlações aí em cima. Não é à toa que os Mórmons* são considerados adeptos de uma vertente do Cristianismo chamada Cristianismo "Esotérico" explicado com detalhes aí
By Stephen H. Webb Mormon critics have long tried to discredit Joseph Smith by identifying him with a host of contested religious movements from the ancient world. These include Gnosticism, hermeticism, alchemy, and the Jewish Kabbalah.
blog.oup.com
Querem ver outra "piada"? Uma das maiores especialistas em Cristianismo Esotérico (ou Místico) além da Annie Besant é a sua contraparte de nome mais "anglo-saxão"... E, que é importante acrescentar... era católica!
Mr. Underhill was the name Gandalf gave to Frodo Baggins before he set off on his quest during the War of the Ring. Sauron had already learned of Baggins through...
Underhill was a common family name amongst Hobbits. The Underhill Family had branches in the Shire and in Bree. In particular, there was a family of Bree-hobbits...
tolkiengateway.net
E eu mesmo estou descobrindo isso agora... Evelyn Underhill leu o Além do Planeta Silencioso do C.S. Lewis e trocou cartas com ele.
I have received two fan letters in my writing life thus far. I know! Impressive, isn't it? I had published a little piece called "On Being Fat and Running" in Geez, a socially-engaged Christian magazine in the tradition of Adbusters. Within a few months, the article got picked up by the Utne...
apilgriminnarnia.com
As chances de que ela tenha entrado em contato com Tolkien por carta e/ ou pessoalmente são bem grandes dada a natureza eclética dos encontros dos Inklings.
Eu já tinha observado esse lance do nome dela há muitos anos atrás e pensei: o tipo de coisa TÃO óbvia debaixo do nariz de todo mundo e, até então, NINGUÉM tinha comentado. E, se bobear, ninguém calhou de levantar a lebre até agora.
E mantenho minha opinião, Ilmarinen. Tu sabe, eu sei e inclusive os showrunners que qualquer nerdola com um pouco de curiosidade vai correr atrás das fontes. E a Bíblia é o pontapé inicial de adolescentes que entram no campo do misticismo e se assombram com o que acham.
Só quando estudam História em Geral é que o assombro dá lugar a compreensão de que as religiões sempre estiveram no cerne das civilizações, seja mnoica, ptolomaica, druidica, céltica, romana, árabe e todas as demais tribos que entraram em contato umas com as outras.
Um exemplo de misticismo a serviço do entretenimento é o game Genshin Impact. Barbatus, Morax, Paimon, Valac e Decarabia são nomes conhecidos dos jogadores, mas quantos sabem que estes são parte dos 72 demônios dos Ars Goetia? Que por sua vez tem elementos da cabala e do misticismo muçulmano? E é um jogo chinês.
Ou seja, quer as pessoas gostem ou não, a religião está presente em qualquer área. E olha que nem inclui minha banda favorita Therion que faz propaganda a Thelema e Aleister Crowley.
Citei estes dois exemplos pra mostrar que, dependendo da qualidade do roteirista ou do compositor, a influência religiosa pode ser muito bem construída dentro da lógica do game ou do álbum.
Coisa que não dá pra notar no último trailer da série da Amazon. No afã de tentar agradar todos os sete reinos de Westeros, o resultado final foi aquela salada de frutas que não entrega a essência do enredo e nem desperta a empatia por algum personagem. Parece aquela sessão interminável de trailers que tu é obrigado a ver no cinema antes do filme começar.
Não tem foco. Nada liga com nada e ainda metem uma piada pronta como aquele Hobbit dizendo pra você que o céu tá estranho. Aí tu olha pra figura que disse a frase e pensa: “ Será que arrisco ser preso pra não perder o timing? ”
Com tantos personagens e enredos originais que ninguém pode ver ou prever, os quais eles são obrigados a criar por conta do material original e as premências do formato adotado pra obra é de se imaginar que os Showrunners estão na mesma situação que o James Cameron com Avatar.
Ninguém NUNCA teve empatia com os personagens e com a nesguinha de história revelada nos trailers. Não dava pra tirar nada olhando só pra eles. Foi na sala de cinema mesmo que o filme do Cameron provou, de fato, ser capaz de emocionar e cativar as pessoas. E na minha expesriência vendo o filme 10 vezes no cinema deu pra ver que isso teve a ver com muito mais do que só o 3D ou o CGI perfeito.
Eu tenho uma forte intuição de que o que Payne e Mccay podem lograr fazer é uma coisa BEM nessa linha. Será no rala e rola da exibição que o verdadeiro engajamento ocorrerá. Pra mim já funcionou bem, aliás. E me parece que as reações tão "não empáticas" de parte do público são, em larga medida, a cruzada negativista de uma minoria vocal que, infelizmente, no Fandom do Tolkien parece MUITO pronunciada. Haja vista a quantidade ENORME de tópicos trancados em message boards estrangeiros TODA VEZ que o tema da religião e de sua influência na obra vinha à tona.
Aí, tu já tá forçando a comparação. Ninguém na equipe da série tem o calibre do James Camaron que tem Terminator 2 Titanic no currículo.
E tu tá certo. Ninguém foi assistir Avatar pela história e sim pra ver a tal tecnologia 3D que ele tava desenvolvendo. Eu fui pelo IMAX e caguei pro enredo. E saí maravilhado.
Acho pouco provável que eu veja algo parecido na série de TV.
Cameron, um dia, já foi um "Zé ninguém" tb. Vamos ver o que o futuro vai reservar pra eles.
Como já disse antes aqui pra vc mesmo, as Wachowski sisters de Matrix, V de Vingança e Sense 8 assim como os Duffer Brothers de Stranger Things já foram "ilustres desconhecidos" tentando deslanchar as carreiras havia 3 quartos de década antes de "decolarem" com as obras que lhes deram notoriedade.
Com tamanho investimento a impressão que dá é que a Amazon viu algo MUITO promissor na proposal deles pq não é como se eles não tivessem tido concorrentes ilustres para trabalhar com o material, inclusive o JMS do "tolkieniano-gnóstico" Babylon 5.
Aliás, fica a indicação pra @MikukoCat checar a esplendorosa "dissertação de mestrado" aí:
Fica a dica pra qualquer Tolkieniano checar uma série com planejamento de cinco anos com começo meio e fim como se fosse um livro...Lembra alguma coisa ?
A parte "tolkieniana" desse artigo aqui foi euzinho que fez no tempo da minha participação com a contraparte dele na Wikipedia no momento excluida de lá pelos "gatekeepers" que tomaram conta da Wiki.
Science fiction television series Babylon 5 draws upon many cultural, historical and mythical influences to inform and illustrate its characters and storylines. Babylon 5 is often compared to the Star Trek series. Debates over whether Babylon 5 or the similar Star Trek: Deep Space Nine "cribbed"...
babylon5.fandom.com
Se toparem com links não funcionais mandem procurar lá no site da Wayback machine, o repositório arquivo morto da Internet. https://web.archive.org/
Dica válida pra todo link postado no fórum. E recomendo salvar aquilo que vcs tb achem indispensável.
As Wachowski se perderam e só uma topou fazer a última parte de Matrix... e com desgosto. Esse Sense8 tu colocou aí de zoeira, né? Vou rezar fervorosamente pra que os showrunners não tenham passado perto daquilo. Que série pavorosa.
Li o artigo da Evelyn Underhill e quem estava lá? A Ordem Hermética da Aurora Dourada. He, he.
Imagino que o período entre as duas Grandes Guerras tenha levado muitos escritores a buscarem a espiritualidade e o misticismo a revisitarem autores medievais como Plotino, Santo Agostinho, Eckhart e outros para atravessarem as tribulações da época. O azar da escritora foi se tornar pacifista naquele momento. Não que a Europa como um todo tenha uma linha de tempo tranquila e pacífica. Mas no caso dela, era duas forças atuantes sobre ela, a guerra e a religiões anglicana e católica em conflito dentro de sua casa.
E por isso que eu digo que tu superestima demais a série, Ilmarinen. Os tópicos que tu traz rendem mais assunto que a série natimorta da Amazon.
Só que uma coisa que vcs não devem se esquecer é que, no universo da Terra-média, a Lua, como acontecia na mitologia nórdica, é "macho". O(a) SOL é que é "fêmea". Tillion é o maia da Lua ( guardando a flor de Telperion) e Arië-Arien, a maia, o Sol ( portando o fruto de Laurelin)
Mas a Amazon não está tratando do Legendarium de Tolkien nessa série e por isso palpito que como a luz da Lua já foi associada ao feminino, será associada a esse personagem inventado, o sacerdote, que faz parte da tríade de outra mitologia do mundo primário, a Egípcia, ao que tudo indica.
Moral da história: não dá pra colocar Cristianismo (Católico e/ou suas variantes) Judaismo, Esoterismo, Mitologias "pagãs", Gnosticismo e Arqueologia em compartimentos estanques e achar que essa "melange" não tenha exercido papel fundamental na origem do trabalho do Tolkien e, portanto, no dos autores e roteiristas da série da Amazon.
E, @kimberly, vc não vai achar que o Tolkien "amarrou" essa quantidade de "pontas soltas" "inconscientemente" não, né? Deixando essa trilha de migalhas de pão do comprimento da muralha da China nos nomes do Legendarium pra trás ele teria que ser uma bacante dionisíaca tresvairada para não saber o que estava fazendo...
Acho que a diferença entre Tolkien e a Amazon é que você pode encontrar elementos místicos no Legendarium, mas eles não são o foco da história e estão lá como em qualquer conto de fadas ou história de ficção e fantasia, mas no caso da Amazon parece o inverso e a história é usada de forma secundária para destacar o simbolismo, de maneira que vemos elementos estranhos e que não fazem sentido com o todo, porque foram colocados ali justamente para que se elevem sobre a história e tenham sentido e fim em si mesmos, por isso tanta fanfic, tanta Amazon, tanta confusão e tão pouco Tolkien.
As Wachowski se perderam e só uma topou fazer a última parte de Matrix... e com desgosto. Esse Sense8 tu colocou aí de zoeira, né? Vou rezar fervorosamente pra que os showrunners não tenham passado perto daquilo. Que série pavorosa.
Li o artigo da Evelyn Underhill e quem estava lá? A Ordem Hermética da Aurora Dourada. He, he.
Imagino que o período entre as duas Grandes Guerras tenha levado muitos escritores a buscarem a espiritualidade e o misticismo a revisitarem autores medievais como Plotino, Santo Agostinho, Eckhart e outros para atravessarem as tribulações da época. O azar da escritora foi se tornar pacifista naquele momento. Não que a Europa como um todo tenha uma linha de tempo tranquila e pacífica. Mas no caso dela, era duas forças atuantes sobre ela, a guerra e a religiões anglicana e católica em conflito dentro de sua casa.
E por isso que eu digo que tu superestima demais a série, Ilmarinen. Os tópicos que tu traz rendem mais assunto que a série natimorta da Amazon.
Pior que isso aqui é verdade. A gente criou conteúdo de conversa que nem era pra existir. Nesse sentido superestimamos a série, mas infelizmente eu acho que algumas coisas devem ser pontuadas, pelo menos para que quem lê o tópico veja, mesmo que rapidamente, o porquê o que a Amazon faz parece ser tão sem sentido e tão fora de Tolkien. Eles realmente tem suas próprias fontes e estão contando sua própria história. "Mentiras foram contadas sobre a Terra-média", eles ousam dizer. Entretanto, cada um interprete como melhor parecer.
Cinquenta e cinco páginas de blá-blá-blá, e a srta. Kim Raabe não foi capaz de dizer, com todas as letras, o que ela imagina ser a grande motivação escusa por trás da série. Queremos saber o que ela enxerga com o seu terceiro olho. Qual o plano maquiavélico de Jeff Bezos para destruir o Ocidente, a família e a cristandade? É tudo sempre deixado no ar, "cada um interprete como melhor [lhe] parecer", perguntinhas retóricas aqui e acolá, mimimi simbolismo gnóstico everywhere...
E mantenho minha opinião, Ilmarinen. Tu sabe, eu sei e inclusive os showrunners que qualquer nerdola com um pouco de curiosidade vai correr atrás das fontes. E a Bíblia é o pontapé inicial de adolescentes que entram no campo do misticismo e se assombram com o que acham.
Só quando estudam História em Geral é que o assombro dá lugar a compreensão de que as religiões sempre estiveram no cerne das civilizações, seja mnoica, ptolomaica, druidica, céltica, romana, árabe e todas as demais tribos que entraram em contato umas com as outras.
Um exemplo de misticismo a serviço do entretenimento é o game Genshin Impact. Barbatus, Morax, Paimon, Valac e Decarabia são nomes conhecidos dos jogadores, mas quantos sabem que estes são parte dos 72 demônios dos Ars Goetia? Que por sua vez tem elementos da cabala e do misticismo muçulmano? E é um jogo chinês.
Ou seja, quer as pessoas gostem ou não, a religião está presente em qualquer área. E olha que nem inclui minha banda favorita Therion que faz propaganda a Thelema e Aleister Crowley.
Citei estes dois exemplos pra mostrar que, dependendo da qualidade do roteirista ou do compositor, a influência religiosa pode ser muito bem construída dentro da lógica do game ou do álbum.
Coisa que não dá pra notar no último trailer da série da Amazon. No afã de tentar agradar todos os sete reinos de Westeros, o resultado final foi aquela salada de frutas que não entrega a essência do enredo e nem desperta a empatia por algum personagem. Parece aquela sessão interminável de trailers que tu é obrigado a ver no cinema antes do filme começar.
Não tem foco. Nada liga com nada e ainda metem uma piada pronta como aquele Hobbit dizendo pra você que o céu tá estranho. Aí tu olha pra figura que disse a frase e pensa: “ Será que arrisco ser preso pra não perder o timing? ”
Gente... Dá para discutir SEM ofender pessoas ou é impossível de fazer isso no jardim de infância? Pois tem gente aqui que parece que não saiu dele ainda.
Gente... Dá para discutir SEM ofender pessoas ou é impossível de fazer isso no jardim de infância? Pois tem gente aqui que parece que não saiu dele ainda.
Cara, é não ligar pra isso. O Fórum é livre pra acreditar ou não na série ou criticar ou hatear ou elogiar. É assim mesmo.
É responder a quem, com argumentos, rebate as ideias de quem critica os (possíveis) caminhos da Série e ignorar os que estão assistindo de camarote ou com os que não argumentam e apenas fazem piada com os "reclamões".
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