Mas não ficou "demonstrado".
Ficou demonstrado que as mudanças na paleta de cores
NÃO SÃO ALEATÓRIAS nem ilógicas no Sucker Punch e na cinematografia do Snyder em geral como era o seu ponto inicial... NINGUÉM AQUI estava argumentando que você é OBRIGADO a gostar da execução ou que a execução do Snyder é impecável... A questão que eu argumentei DESDE O INÍCIO é que o Rubens Ewald Filho queria, por uma questão de gosto, um tratamento POP, naturalístico pras cores( o "pop joy" de cuja ausência alguns comentadores reclamaram em inglês, ou seja, a hipersaturação de cores primárias na fotografia), subentende-se ( pelo contexto), similar ao dos filmes do Superman dos oitenta ( estética que Homem de Ferro e Vingadores emula), e não levou em nada em conta
o papel metafórico e simbólico da cor no filme do Man of Steel o que, IMHO, não é o que um crítico atento pra estética do Sndyer deveria fazer...
Em nenhum momento da minha argumentação, ressalte-se, eu disse que o Ewald ou você ou ninguém é OBRIGADO a gostar de como o efeito é usado, metaforica e simbolicamente, no filme. Meu ponto é que o efeito
está lá e não é inescrutável ou difícil de perceber. A escolha de cores serve a um propósito, comenta sobre os personagens e os acontecimentos narrados do mesmo jeito que vc mesmo disse que ela deveria comentar... Tanto no Sucker Punch quanto no Man of Steel.
Mas a fotografia de um filme tem que ter uma lógica, a paleta de cores de um filme bom também conta uma história, ou dá informações sobre os personagens/cenas/local/etc.
Se quiser ver outra pessoa dizendo a MESMA COISA que eu disse por exemplo
cheque aí:
A flash of light and an immediate change in the color palate is the first clue that something is amiss. During the prologue, and that is what the movie is up until this point, the colors are muted and gray. This is the moment where the movie changes ever so subtly that the general public misses it. The film essentially becomes JACOB’S LADDER meets THE WIZARD OF OZ. We’ve left Kansas, people and are on a fucked-up ride to the Emerald City.
Outro
exemplo e boa resenha aí:
The pale color schemes of the Asylum in comparison to the vibrant ones of the alternate settings added a lot. Snyder has a excellent visual imagination and i m searching forward for what hes going to do with Superman. The operational brain cells needed to appreciate the chaotic spectacle going on in front of your eyes are virtually zero. Just thought it would be an orgy of beautiful images and action, but it had a message that I personally felt was amazing.
Ou essa outra mostrando a evolução do estilo do Snyder no Man of Steel comentando o simbolismo da cor:
In his earlier movies, Snyder shot mostly on bare stages, with the actors speaking their lines in front of a green screen that visual effects turned into Thermopylae, alternate America and a steampunk madhouse. This time, perhaps encouraged by the film-loving, digital-despising Nolan, Snyder has shot in different locations, on film. He renounces the deadpan silliness of 300, the teeming scheming of Watchmen and the Powerpuff Girls delirium of Sucker Punch for a desaturated color scheme and judicious use of shaky-cam cinematography to underline the reality of Superman’s new environment and the fate in store for him.
Read more:
http://entertainment.time.com/2013/06/12/man-of-steel-super-man-or-human-god/#ixzz2YZeMxxPx
É um modo de enxergar a crítica de cinema, modo que aprendi com a leitura de críticos que admiro, como Roger Ebert, por exemplo:
Okay, tudo bem, mas é, como você disse, UM PONTO DE VISTA ( e relativamente recente da crítica cinematográfica, diga-se, como comentado no texto que eu linkei mais adiante) e, na verdade, não consagrada e lavrada em pedra milenar. E a postura dele é que é considerada de vanguarda hoje em dia e não um critério absoluto e inatacável realmente válido pra todas as situações sem questionamento algum.
Se quiser ver uma postura algo que mais matizada e, pelo visto, NO MÍNIMO, tão bem informada quanto a do crítico que vc citou
cheque aí. Um texto que esmiuça a evolução histórica dos critérios avaliativos pra essa categoria dentro da crítica e teoria específica da área. Excelente e recomendada como leitura a despeito de quaisquer que sejam nossas respectivas posições a respeito do assunto.
O que abre a brecha para os estúdios fazerem campanha de seus atores nas categorias que mais lhe sejam favoráveis (lembre-se de Christoph Waltz este ano, ganhando um Oscar de coadjuvante por um papel que é, no mínimo, de co-protagonista).
Outra história: no Globo de Ouro de 2003, Jack Nicholson fez piada durante o discurso de agradecimento, dizendo que achava que tinham feito uma comédia (As Confissões de Schmidt concorreu a 5 globos como drama).
Quickbeam, eu até acredito, sim, que em categorias onde, pela questão da nota maior de subjetividade na avaliação, como premiações pra melhor atuação, filme e direção alguns casos SÃO SIM bem mais sujeitos e não ter "crítério" avaliativo definido... O que, claro, torna mais fácil reconhecer aberrações como as que ocorrem na idéia de uma Julia Roberts e uma Sandra Bullock terem já sido "oscarizadas" enquanto uma Michele Pfeifer não.
Mas em outras como fotografia, figurino e trilha sonora, acho SIM que há, pelo menos, alguns parâmetros um bocadinho mais lapidados. Nem que seja pra "massa" ignorante que vai votar ir atrás daqueles com mais discernimento técnico sobre a categoria em si. O mesmo valendo pros méritos técnicos e estilísticos de roteiro...Tanto é que , em que pese os eventuais disparates, essas categorias "menores", por serem mais técnicas, são MENOS controversas do que as de Melhor Ator/Atriz, Melhor Filme e Direção.
Mudando só ligeiramente de foco: Essa aí é, IMHO, a resenha mais balanceada, completa e justa do fillme que eu li até agora nas linhas gerais... Tem pra todos os gostos em termos de cobertura das categorias técnicas...
Recomendado:
The Best & Worst Of 'Man of Steel'
Homem de Aço...LITERALMENTE no banco dos réus...ícone, filme, personagem, lugar no inconsciente coletivo, execução do Snyder, trilha sonora, fotografia, roteiro e o escambau
Ademais: peguei minha SEGUNDA PREVIEW... E reparei o seguinte:
TREMENDA diferença na mudança de salas em que a "película" é exibida ( já ouvi comentarem que dá uma tremenda diferença sala CONSTRUÍDA pra ser 3D e ADAPTADA pra ser 3D)(tá, hoje é tudo digital mas sacumé, pela tradição vai...) Pelo menos no 3D, há uma enorme disparidade na qualidade da reprodução e clareza das cores conforme a SALA em que o filme está em exibição...A primeira vez que vi estava MUITO MAIS vibrante, claro e definido... Na segunda sala do mesmo Shopping onde houve preview, o efeito foi muito mais empastado e dando uma coloração fria e apagada pras cores.Não sei se o efeito se mantém no 2D, mas algumas salas aqui em BH, pelo visto, realçam HORRORES o efeito de cor "barrenta" e "fosca" da fotografia o que, julgando pelas fotos publicadas em revistas, está LONGE de ser o efeito REAL da fotografia no filme dirigido pelo Snyder...Então quem for ver, fica o aviso...Não vejam só uma vez se REALMENTE quiserem apreciar o filme...Eu já tinha observado isso com o John Carter de Marte onde ocorreu contraste similar entre salas de Shoppings diferentes.
And,
the last but not the least, a matéria do Estado de Minas onde minha opinião como fã babão...
,digo, "especialista" ( nó que honra!
logo eu que NUNCA FUI gamado no personagem até São John Byrne me aliciar com o Superman dele), foi citada...
Super-Homem chega às telas sem o famoso calção vermelho, disposto a encarar novidades do século 21
Inevitável que haja alguns errinhos...Comunicação via fone é assim...MInha coleção de quadrinhos TOTAL, se bobear, beira ou beirou mesmo os 3000 exemplares... mas não específica sobre o Superman... e Mark Waid só teve a, IMHO, dúbia honra de fazer Birthright em 2004, mas tudo bem...O essencial ficou.