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Clube de Leitura 10º Livro - O Sol é Para Todos, de Harper Lee

Qual desses deve ser o livro da 10ª edição do Clube de Leitura?


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    10
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não desiste, ele demora um pouco até ficar interessante, porque tu precisa conhecer os personagens e bem... se meter um pouco na pele deles, ele começa a ficar melhor mais pra frente, eu prometo!
ficou tão bom que eu já acabei de ler hoje :hihihi:
cara, sou obrigada a dizer, sem comentar mais pra frente nem dar spoiler, que é a terceira vez que eu li esse livro e descobri uma coisa que eu nunca tinha entendido, tava lendo, aí eu tipo: uáti?? será o benedito que eu tô lendo esse livro pela terceira vez e nunca tinha me tocado disso? como pode???
voltei, li a página de novo e de novo! e fiquei de cara!
acabei o livro, mas a indignação não passou!
O quê? Tava lendo mais ansioso a cada palavra esperando que no fim você dissesse e cadê????
 
Gente, Natal foi tão corrido e eu fiz tanta coisa, que acabei não tendo tempo pra ler :oops:. Vou ver se consigo (me animo) de começar a ler agora no ano novo :hihihi:
 
Eu terminei já, não ia aguentar aquele ritmo. Já tinha lido, mas dessa vez eu pude apreciar mais. Muito bom. Sério. Erendis acertou quando indicou ele. Como não vou lembrar o que acontece em que capítulo eu comento quando todo mundo terminar ou quando citarem algo.
 
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Que delícia de livro, hein?
Estou adorando a leitura, embora esteja (muito) atrasada.
Esperei e na sexta-feira chegou o livro da biblioteca do meu trabalho, embora já tivesse uma cópia que a @Erendis me mandou, mas definitivamente não consigo ler na tela do computador. =/

Enfim, comecei o post com o gif do filme "O Sol é Para Todos", que assisti já faz um bom tempo, mas me lembro o suficiente pra dizer que foi uma adaptação bem fiel do livro (que nunca li) porque estou lembrando de várias cenas, principalmente as que se referem ao Boo Ridley.
E lembro tanto que não posso deixar de imaginar o Atticus Finch como o Gregory Peck ( :amor: ) e a Scout assim, de cabelinho liso e franjinha.
E a Scout é uma personagem tão adorável quanto irritante, né? só mesmo uma Calpurnia pra segurar o facho de uma menina como ela. :lol:
Fico imaginando quantas meninas de histórias não foram criadas à semelhança da Scout (Lyra Belacqua de '"Fronteiras do Universo" e a Pepper de "Belas Maldições" foras as primeiras que me vieram à lembrança) porque ela, assim como o Atticus Finch, são personagens apaixonantes.

Bom, agora à tarde eu li até a Segunda Parte, de maneira que ainda falta uns capítulos pra eu alcançar o cronograma, e quando isso acontecer volto aqui pra mais comentários.

Segue algumas fotos do filme de 1962 e da autora:

Gregory Peck (Atticus Finch) e o trio de crianças: Scout, Dill e Jem:

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Gregory Peck e a autora Harper Lee:

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Harper Lee e Truman Capote.
Foram amigos desde a infância e parece que ele inspirou a criação do personagem Dill.

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eu não preciso nem comentar que acho o livro ótimo, afinal de contas, indiquei pro Clube e essa foi a terceira vez que eu li, vivo indicando pras pessoas e aí me olham com aquela cara de "que bosta de livro você quer que eu leia mesmo?", porque esse livro, apesar de ter ganho o Pulitzer e ser maravilhoso, é muito desconhecido! só teve aquela adaptação pro cinema de 1962 (que por sinal, ficou bem legal, depois vou comentar mais sobre isso) e nada mais, talvez por isso muita gente deixa de conhecer o livro...
confesso que a primeira vez que li, a capa não me agradou muito, por não ser algo que salta aos olhos e o título em português, bem, apesar de realmente combinar com a ideia geral do livro, não ajuda em nada né? parece aqueles livros xexelentos de auto ajuda! não sei como é que esses tradutores conseguem transformar To Kill a Mockingbird em O Sol é Para Todos... até entendo que o Mockingbird não teria correspondente aqui no Brasil, mas não seria mais bacana fazer a correspondência que fizeram no filme? utilizar o sabiá? enfim, acabei lendo o livro por pura falta de opção (tava de férias na casa da vó e não tinha mais nada pra ler), ainda bem!
segundo o cronograma, deveria ter sido lido até o capítulo 19 até agora, que para em uma determinada parte do julgamento do Tom, justamente quando o Dill começa a "passar mal"; o que eu acho mais interessante até essa parte do livro é como ele retrata o amadurecimento das crianças, no começo do livro são só 3 crianças normais, que gostam de brincar e aprontar travessuras, mas ao longo da história elas vão mudando, são obrigadas a mudar, amadurecer, por conta das coisas que começam a acontecer e como eu já comentei num outro post, pelo fato de a história ser contada pela Scout, isso fica ainda mais visível, principalmente conforme ela vai vendo o irmão se transformar, do início do livro até essa parte do julgamento, o Jem deixa de pensar como uma criança e passa a pensar mais como um homem (mesmo sendo novo demais pra isso) e acompanhamos essa mudança.
eu também achei muito bonita a forma como a escritora retratou a falta de preconceitos no Dill, ele é um menino mentiroso, podemos ver isso em várias ocasiões quando ele se contradiz falando do pai e da família; porém tem um coração bom, ele não sabe lidar com o que está acontecendo no julgamento, porque ele vê a bondade no coração do Tom e percebe que ele é inocente, o que o leva a se sentir enojado, justamente por não entender o motivo daquilo tudo, toda a parte do julgamento é muito triste, porém não deixa de ter sua beleza!
queria comentar outras coisas, mas aí eu já passaria a frente do cronograma, então vou deixar pra comentar mais tarde...
só recentemente eu fiquei sabendo da existência desse filme, também demorei um pouco pra encontrar pra assistir, mas finalmente ontem consegui. fiz questão de convidar a minha mãe e a Liza pra assistirem comigo, porque eu já falei zilhões de vezes que o livro é bom e que eu recomendo, mas tá difícil delas tirarem tempo pra ler, então aproveitei o filme pra dar um empurrãozinho (eu considero esse livro na categoria de livros "must read" para crianças, ao lado de "O Pequeno Príncipe" e "Pollyanna", então tô tentando convencer a Liza, já que esses ela já leu e adorou), a Liza acabou dormindo na metade do filme - já estava tarde - mas a mãe adorou. enfim, achei que *quase* todos os personagens ficaram bem caracterizados, mas senti um pouco de falta do espaço pras crianças se expressarem mais, parece que deram muita atenção ao Gregory Peck porque ele era o "astro" do filme e acabaram esquecendo que a história é focada nas crianças; quem eu não gostei nenhum pouquinho foi o Bob Ewell, achei que ele ficou um personagem muito mal construído, apesar das caras "terroríficas" que o ator faz, eu imaginava ele completamente diferente, não sei explicar porque, dá pra ver que o ator se esforça mesmo, talvez eu só esteja sendo exigente demais!
sabe quem eu acho que ficaria perfeito no papel de Bob Ewell??
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por algum motivo escuso, sempre que eu estou lendo o livro, imagino o Bob Ewell com a cara do Steve Buscemi, de barba, com um chapéu velho e todo sujo, ele ficaria absolutamente perfeito!
e quem já assistiu? reconheceu o Robert Duvall novinho como o Boo?
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:rofl:

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enfim, é um filme bacana pra conhecer a história, mas o livro tem muito mais tramas paralelas e coisas interessantes pra se saber...
e pra terminar, eu não podia deixar de fazer uma gracinha:
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Anexos

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mas senti um pouco de falta do espaço pras crianças se expressarem mais, parece que deram muita atenção ao Gregory Peck porque ele era o "astro" do filme e acabaram esquecendo que a história é focada nas crianças;
Sim, é verdade que vemos a história toda do ponto de vista delas, mais da Scout, mas pra mim o foco está mesmo no Aticcus, não?
Tudo gira em torno dele, não só os personagens infantis, mas a cidade toda praticamente.

Tava esses dias pensando na história e através dele (Aticcus) imaginei como deve ser difícil transmitir conceitos de "certo" e "errado" pra uma criança.
Como ensiná-la a ter caráter, compaixão e a ser tolerante num mundo como o nosso?
Tipo, o Atticus diz todas aquelas coisas sensatas, plenas de compreensão e justiça e o que Scout e Jem presenciam na vida (na escola, naquele episódio da cadeia, na casa da tia pentelha, no tribunal) é quase o oposto do que o pai lhes ensinou.

O que me emocionou até aqui:

- A perda da inocência por parte das três crianças, e a maneira tocante com que enfrentam isso: Jem com uma falsa arrogância, já se achando homem; Dill, se refugiando no mundo da imaginação; Scout, dando murros em ponta de faca;

- A visão clara que Scout tem, no tribunal, durante o depoimento da moça que acusa Tom Robinson, das diferenças e injustiças cometidas contra os negros, os pobres e as mulheres;

- A defesa que a Scout faz do menino Cunningham perante a horrorosa tia Alexandra.
 
E o Tom Robinson morreu. :osigh:

Eu não lembrava disso.
Até me assustei quando li.
E que raiva daquela professora da Scout, criticando o Hitler e sendo tão escrota no tribunal, falando aquelas coisas dos negros e do Tom Robinson. o_O
Pior é que isso ainda é tão frequente nos dias de hoje.
Pessoas que se acham engajadas e compassivas com aquilo que está em evidência e é "notícia", mas fecha os olhos e finge que não vê o que ocorre com os mais desfavorecidos, os que não são considerados importantes na sociedade.
Vide o que ocorreu à pouco tempo com ataques terroristas. Todo mundo falando e se indignando com a bomba que matou os jornalistas e outros funcionários do Charlie Hebdo e poucos se importaram com o massacre ocorrido, na mesma época, na Nigéria.

E estou começando a lembrar do que ocorre depois da festa na escola, em que a Scout vai fantasiada de presunto.
Muito legal, isso tem no filme. =]
 
sim, eu lembrava que o Tom Robinson morria e a maneira que ele morre é tão injusta quanto o julgamento dele... dá muita revolta quando a gente percebe que ele é julgado culpado simplesmente por ser negro, mesmo sabendo que não foi ele quem fez o que eles alegam (aliás, ninguém fez realmente) e que pra ele era, inclusive, impossível fazer tal coisa...
por isso que eu acho esse um dos livros importantes para crianças(?) da idade da Elizabeth lerem, ele faz uma demonstração clara e realista do que o preconceito leva as pessoas a fazerem, na minha casa sempre teve muito ensinamento sobre isso e eu sempre procurei passar pras minhas filhas os melhores valores possíveis, mas sei que não é assim em todo lugar e já escutei histórias de arrepiar da boca da Elizabeth, sobre crianças maltratadas pelos próprios colegas de escola por serem diferentes e foi muito orgulho ver a minha menina se sentindo tão indignada quanto eu com isso e se posicionando da forma que eu sempre esperei dela!
ela ainda não leu o livro, mas assistiu o filme comigo e percebi nela a mesma indignação que eu sentia durante o julgamento do Tom, me senti bem com isso...
final da semana eu volto pra comentar o final do livro e a parte que mais me marcou nessa última leitura!
 
agora que acabou o prazo da leitura, posso me aliviar aqui nesse tópico e dizer que estou indignada comigo mesma:
como? eu pergunto, como? que só nessa terceira vez que eu li o livro é que fui entender que quem matou o Bob Ewell foi realmente o Boo??
eu já devia ter entendido isso antes, né? sei lá o que que aconteceu, em todas as vezes que eu li, eu não tinha entendido que o xerife(?) afirma que o Bob caiu em cima da faca somente para proteger o Boo, eu achei que realmente ele tinha caído em cima da faca, minha gente! só agora que eu fui entender!
desculpem o escândalo, mas eu precisava desabafar, estava indignada comigo mesma! :rofl:
 
Não lembro da outra vez, mas dessa vez eu entendi isso mesmo. Até porque seria a única razão pro xerife querer abafar o caso, pois talvez o pessoal não perdoasse ele.
 
Não lembro da outra vez, mas dessa vez eu entendi isso mesmo. Até porque seria a única razão pro xerife querer abafar o caso, pois talvez o pessoal não perdoasse ele.
não foi isso que eu entendi...
o que eu entendi é que o xerife achava que o Boo tinha prestado um grande serviço à comunidade, que ele ia ser congratulado pelas pessoas, que elas não deixariam mais ele em paz, e que isso seria um pecado, tal qual matar um mockingbird...
 
Puxa, que livro bacana.
Uma das melhores histórias que já li. =]

Não lembro da outra vez, mas dessa vez eu entendi isso mesmo. Até porque seria a única razão pro xerife querer abafar o caso, pois talvez o pessoal não perdoasse ele.

não foi isso que eu entendi...
o que eu entendi é que o xerife achava que o Boo tinha prestado um grande serviço à comunidade, que ele ia ser congratulado pelas pessoas, que elas não deixariam mais ele em paz, e que isso seria um pecado, tal qual matar um mockingbird...

Bom, eu entendi que se descobrissem que tinha sido o Boo quem matou o Bob Ewell ele iria pra julgamento.
E o julgamento dele iria ser injusto como foi o do Tom Robinson, lembram-se das histórias que contavam sobre ele? que tinha enfiado a tesoura na perna do pai e tudo?
As crianças não inventaram aquelas histórias todas, eles repetiam o que ouviram dos outros. =/
Todos na cidade sabiam que o pai do Boo tinha sido irracional prendendo o moço em casa, assim como todos sabiam que a família Ewell era tranqueira, desse modo, assim como foram hipócritas no caso do Tom Robinson, iam ser hipócritas no caso do Boo.
E o Boo não ia sobreviver a isso, assim como o Tom Robinson não sobreviveu.
Tom e Boo são os "mochingbirds" da história.
Não fizeram mais nada além de ajudar as pessoas e acabam se ferrando por isso.
 

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