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Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças (2004)

  • Criador do tópico Criador do tópico Pips
  • Data de Criação Data de Criação

Sua nota para o filme


  • Total de votantes
    19
Não achei o final tããããõ impactante assim, mas mesmo assim não chegou a comprometer.
 
Eu acho que o final não é para ser impactante. Na verdade, Brilho é o tipo de filme que te deixa com saudades dos personagens, digamos assim. Você sai do cinema pensando em toda a história, mas não que ela tenha causado algum impacto ou algo assim.
 
Todos os filmes que falam de amor, e incluem histórias românticas, acabam apelando para o sentimentalismo e para o romantismo exagerado. Não são poucos os exemplos, só para citar algo mais moderno, Simplesmente Amor tem o conteúdo completamente açúcarado.

Se me dissessem que Charlie Kaufman estava escrevendo um roteiro romântico, eu não duvidaria. Aliás, a sua primeira obra (Quero ser John Malkovich) fala muito de amor. Mas seu estilo inusitado e surreal de abordar temas comuns traz uma nova visão e percepção ao espectador mais atento.

Já fui assistir Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças com a expectativa em níves inalcançáveis. E não me decepcionei. Quem já viveu um relacionamento que se desgastou sabe exatamente o que Kaufman quer dizer. Por sentir-se abandonado ao saber que Clementine, sua namorada, o apagou de sua memória, Joel resolve fazer o mesmo. Acontece que Clementine é uma personagem impulsiva e esquisita, uma metamorfose ambulante. Joel é um rapaz que gosta de desenhar, que gosta de fixar pensamentos em diários, e concretizar sonhos. Ao tomar a mesma atitude que Clementine, Joel acaba agindo impulsivamente e descobrindo que não é bem assim que deve ser.

Apagar uma pessoa que viveu dois anos ao seu lado requer muito mais experiência que se pode imaginar. Por mais dolorosa que a relação pode ter se tornado, dois anos foi tempo suficiente para ter se aprendido algo. Ninguém se envolve com alguém e continua o mesmo. Apagar Clementine de suas lembranças é como cortar a cabeça dela de todas as fotografias colecionadas em albúns de retratos, sempre haverão buracos. Joel então percebe que não é bem assim que a coisa funciona.

Com o passar do processo ele entende que Clementine é especial, é importante, e não merece - por pior que tenha se tornado - ser deletada desta forma. Porque o Joel após Clementine não é o mesmo Joel de antigamente, e a história desta transformação deve ser mantida. O filme fala dessa necessidade de sermos menos egoístas, de buscarmos uma compreensão do outro, de quem amamos. Afinal amor é isso, é dedicar-se ao outro.

É um filme que fala de como aquele sentimento de paixão se torna fosco e cede lugar à raiva, e de como devemos encostar este lado ruim para sorrirmos amplamente. Porque amar é isso. É este brilho eterno.

P.S.: No final do filme vemos os dois correndo e brincando na praia coberta de neve, o que é a mais bela metáfora, de que não importa o quão inusitada - a mistura da praia com neve -, ainda podemos nos proporcionar momentos de alegria na companhia de quem amamos.
 
Revi o filme. Tô mais apaixonado que antes. É brilhante. E para quem ainda não reviu, digo que vale a pena já sabendo como é o andamento do filme.

Além disso, a trilha sonora. :grinlove:


Electric Light Orchestre - Mr. Blue Sky
 
Assisti a pouco tempo e...
Cada vez mais eu fico Fan do Charlie Kaufman.
O cara só escreve filme bom !!!
 
Aii o filme eh lindo... nunca conseguia imaginar o Jim num papel q não fosse algo relacionado a comedia q prestasse... mas o filme eh mto fofo :grinlove:
 
o Carey é um ótimo ator... ele só criou aquele estigma de pastelão pq não fez nenhum drama no início de carreia...mas é até melhor fazendo drama do que comédia
 
E não é que depois de alguns meses de atraso.... o filme finalmente estreiou em Ponta Grossa, onde ficou apenas uma semana em cartaz??? :eek:


Eu fui ver, lógico.

Ele ficou dentro das minhas expectativas, que eram altas. NA verdade ficar "dentro das expectativas" é estranho, pois por mais que o filme seja excelente, ele não foi "acima do esperado".

Eu acho todo o processo de desmemorização do Jim incrível. Mesmo as repetições e insistência dele em salvar alguma memória dela.

Nhá.... é um filme bem.... light... gostoso.... talvez entre no Top 10 do ano.
 
Já faz um tempinho que eu fui assistir, mas ele ainda tá vivo na minha memória. Eu não criei muitas expectativas e acabei amando o filme. O Jim ficou apaixonante e eu nunca achei que fose gostar tanto de um filme com ele (e nem que ele fosse se sair tããão bem no papel). Juro que se tivesse um cabeleireiro la perto do cinema, eu teria pintado meu cabelo de laranja (ou azul).
Lindo, lindo, lindo!! :grinlove: :grinlove:

:? (acho que fui a única que conseguiu sair chorando do cinema...)
 
Dihril disse:
E não é que depois de alguns meses de atraso.... o filme finalmente estreiou em Ponta Grossa, onde ficou apenas uma semana em cartaz???
Para vocês terem uma idéia, esse filme estreou *sexta passada* aqui nas Terras Ermas (Jaraguá do Sul/SC). Nada ruim, considerando que Olga ainda não apareceu por aqui :D

Quase todos os filmes do Jim Carrey me decepcionaram (o único filme dele que eu gostei e me vem à memória é O Show de Truman), mas tenho uma boa esperança com esse. Vou ver amanhã.
 
BRILHO ETERNO DE UMA MENTE SEM LEMBRANÇA

Joe Barrish é um homem tímido, pacato e inseguro que inesperadamente conhece a extrovertida Clementine. Mais inesperado que o encontro entre os dois é o fato de que eles se apaixonam e passam a morar juntos como um inusitado, porém feliz casal. Com o passar do tempo iniciam-se os desentendimentos, a falta de compreensão, a desconfiança e aquilo que era um amor indiscutível começa a ruir. E a ruína vem da forma mais inesperada possível. Clementine decide apagar literalmente toda e qualquer lembrança do seu relacionamento com Joe fazendo com que ela nem mesmo o reconheça mais. Atormentado pela decisão de sua ex-namorada, ele decide fazer o mesmo. Joe também não quer mais nenhuma lembrança de Clementine. Porém durante o "processo cirúrgico" que ele se submete para esquecê-la, passa a reconhecer que não serão apenas os maus momentos que serão apagados, mas também os grandes, felizes e românticos momentos que marcaram sua história com Clementine. E isso foi importante demais para ele para ser descartado e então Joe inicia uma corrida contra o tempo dentro de sua mente para tentar salvar a sua história, para tentar salvar Clementine.
Ao observar essa história certamente reconheceremos passagens perfeitamente reais e humanas, mas não é preciso muita atenção para constatarmos certos elementos surreais e bizarros (porque não ?) nesta história de amor, a trama de "Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças", dirigido por Michel Gondry, escrito por Charlie Kaufman e que conta no elenco com Jim Carrey, Kate Winslet, Kirsten Dunst, Tom Wilkinson, Mark Ruffalo e Eliajh Wood. Antes de dizer qualquer coisa já constato que o filme representa uma das melhores realizações do cinema de forma extremamente criativa e emocional e que deixa uma mensagem sensível e universal de que não importa o que ocorrer em sua vida, o mais importante de tudo é que amar vale a pena. Sempre.
O roteirista Charlie Kaufman responsável por "Natureza Quase Humana" (inédito no Brasil e também dirigido por Gondry), "Quero Ser John Malkovich", "Confissões de Uma Mente Perigosa" e "Adaptação", realiza em "Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças" seu roteiro mais sensível, porém sem esquecer a ironia, a acidez e as bizarrices de seus trabalhos anteriores, até porque se não fosse bizarro, não seria Charlie Kaufman. É a prova de que ele é o roteirista americano mais criativo da atualidade e mostra que tem talento, pois conseguiu surpreender e se superar em todos os seus roteiros até então desenvolvidos. Não é unânime, nem perfeito, mas é um ótimo e exótico contador de histórias. Neste aqui ele fala sobre amor, dor, solidão e perdão sem ser piegas, muito menos clichê. É autêntico e sabe mesclar muito bem sentimentos reais com os elementos surreais da trama.
Outro ponto pra lá de positivo do filme são seus protagonistas. Todos os elogios possíveis devem ser declarados ao casal de protagonistas Jim Carrey e Kate Winslet e o que a princípio pareceria uma escolha inusitada mostra-se a força matriz do filme. Esqueça o Jim Carrey das comédias, esqueça até mesmo o Jim Carrey de "Show de Truman" e o "Mundo de Andy", pois ele está impecável no papel do tímido e melancólico Joe Barrish. É a sua interpretação mais humana e mais sensível, seu personagem está todo imerso nele, não há nenhum outro vestígio do que senão o do ser humano inseguro, apaixonado e depois desiludido que é Barrish. O roteiro permite que nós rimos com ele, principalmente quando voltamos a infância do personagem, mas estamos diante de um ator maduro, seguro e talentoso. Inegável também é o talento da bela Kate Winslet que brilha na pele de Clementine, a garota que irá transformar a rotina de Joe Barrish. Extrovertida, engraçada e extremamente imprevisível, ela realiza um lindo trabalho deixando transparecer toda a alegria e toda a dor de sua personagem, todo o seu entusiasmo e toda a sua decepção. Ela é impulsiva às vezes, mas Kate em nenhum momento deixa de humanizá-la. É difícil encontrar um casal de atores realizando um trabalho tão difícil, tão emocional, mas com tamanha maturidade, carisma, força e energia. Jim e Kate estão impecáveis.
O diretor Michel Gondry também realiza um trabalho impecável nos presenteando com momentos inspiradíssimos e inesquecíveis. As viagens pela mente do personagem de Jim Carrey são fantásticas e as passagens de tempo, as mudanças de clima, de humor dos personagens, toda a emoção da história está perfeitamente orquestrada pelo diretor. Meus destaques ficam por conta das fugas do casal onde mesclam vários cenários em um perfeito trabalho de sincronia entre direção e edição, além do momento mais sensível da trama na qual Joe e Clementine estão dentro de uma casa e ao recontar o que aconteceu naquela noite a casa começa a ruir. Outro momento inesquecível é o instante em que ambos ouvem suas fitas perto do fim do filme. É impossível não se emocionar e não sentir um aperto no coração por ouvi-los dizer aquilo um do outro. São momentos inesquecíveis. Com relação ao elenco de coadjuvantes o destaque fica para a jovem Kirsten Dunst e o veterano Tom Wilkinson que mostram extrema sensibilidade com seus personagens, além de possuírem um elo forte essencial para a conclusão da trama. Já Mark Ruffalo está caracterizado como um típico personagem de Charlie Kaufman, mas parece um pouco fora de sintonia com o sentimentalismo da trama, porém certamente quem deixa a desejar é o "Frodo" Eliajh Wood em um papel pequeno e mal aproveitado pelo roteiro, mas onde ele se mostra um ator bem inexperiente ainda. É aquilo que deixa a desejar no filme.
De qualquer forma "Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembrança" é um filme inesquecível que fala a respeito da complexidade sobre as relações humanas. Amar não é fácil, amar é uma arte, a arte do respeito e da paciência. O filme mostra como é importante viver aberto a todas as possibilidades que nos aparecerem em vida, como vale a pena arriscar por aquilo que queremos, como vale a pena se entregar plenamente ao amor, como vale a pena se machucar durante o percurso. Como é importante o respeito mútuo, como é importante lidarmos com os defeitos dos outros, como cada recordação é uma lição, como cada página de nossa história integra pefeitamente o nosso crescimento pessoal. O filme é incrível, as atuações de Jim Carrey e Kate Winslet são inesquecíveis e acima de tudo chegamos a mais importante conclusão: vale a pena amar. Pode ser lindo e maravilhoso, como pode doer e magoar, mas passar uma vida inteira sem desfrutar do amor é algo frustrante. Vale a pena amar. Ame !!!!!
 
Silent Prayer disse:
Ao observar essa história certamente reconheceremos passagens perfeitamente reais e humanas, mas não é preciso muita atenção para constatarmos certos elementos surreais e bizarros
Isso é meio óbvio :eek:
Ainda mais em filmes com roteiro do Kauffman

Silent Prayer disse:
responsável por "Natureza Quase Humana" (inédito no Brasil
Em VHS e DVD na locadora mais perto de você! :wink: Nas versões dublada e legendada!

Silent Prayer disse:
Jim Carrey e Kate Winslet e o que a princípio pareceria uma escolha inusitada mostra-se a força matriz do filme
Por que escolha inusitada? Ambos são ótimos atores! Eu adorei a escolha, não vejo outros nos papéis.
 

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