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Confessionário literário

  • Criador do tópico Criador do tópico Haleth
  • Data de Criação Data de Criação
Eu já nas primeiras páginas me empolguei um pouco na leitura k... Pode ser o hype que estou colocando no livro (ou a vontade, um tanto quanto antiga eu diria, que tinha de lê-lo), mas inclusive já estive dando olhada numas críticas positivas, do livro I, escritas pelo Daniel Hume em um tópico daqui do fórum.
 
Eu li Guerra e Paz há dois anos. Não é nem que eu não tenha gostado, mas pra mim foi uma leitura um pouco frustrante, o que tem a ver com o fato de que tinha expectativas estratosféricas e o livro não entregou tudo o que eu esperava.

Acho Natacha uma personagem maravilhosa, talvez a melhor personagem do romance, embora tenha minhas ressalvas em relação a ela.

Mas tem um personagem que eu tive realmente muita vontade de socar: Pierre.
 
Mercúrio disse:
Não é nem que eu não tenha gostado, mas pra mim foi uma leitura um pouco frustrante, o que tem a ver com o fato de que tinha expectativas estratosféricas e o livro não entregou tudo o que eu esperava.

Acho que foi essa mesma sensação que eu tive.

Acho Natacha uma personagem maravilhosa, talvez a melhor personagem do romance, embora tenha minhas ressalvas em relação a ela.

Melhor personagem para mim é o General-em-chefe Kutuzov (acho que é assim que se escreve o título dele).

Talvez seja o melhor justamente por ter existido. :lol:
 
Última edição:
Mas tem um personagem que eu tive realmente muita vontade de socar: Pierre.
Não li mas eu supunha que ele era tal qual o Levin de Ana Karenina, uma representação do autor dentro da obra.
Não que isso torne o livro melhor ou pior, mas por ter uma trama paralela para atrair o leitor mais introspectivo.
 
Boa sorte. Eu li há uns 10 anos e achei bem ok (exceto o terceiro livro, de longe o melhor). Os personagens são bem pouco cativantes — a Natasha é uma das personagens mais chatas que já tive o prazer de conhecer — e o enredo não me empolgou em momento algum (exceto, novamente, no terceiro livro). Entendo sua grandiosidade, sua magnificência, mas não me pegou quando li.

Estive até pensando em pegar para reler esse ano. Quem sabe com alguns anos a mais eu leia com outros olhos e tenha novas percepções.
Nossa, parece até que tá falando d'A Montanha Mágica
 
Não li mas eu supunha que ele era tal qual o Levin de Ana Karenina, uma representação do autor dentro da obra.
Não que isso torne o livro melhor ou pior, mas por ter uma trama paralela para atrair o leitor mais introspectivo.

Se o Pierre é uma representação do autor dentro da obra, Tolstói (a pessoa) acabou de cair no meu conceito. :dente:
 
Que livro vc indicaria?
Ih, vários. Pra todos os gostos possíveis, desde que sejam bons rs.

Eu poderia recomendar o Flores para Algernon (Daniel Keyes), que andou badaladinho estes tempos; quem já o leu, por indicação minha, gostou. Tem tópico a respeito dele aqui no fórum.

Outros que costumo indicar a quem me pede indicação incluem O Perfume (Patrick Süskind), O Deserto dos Tártaros (Dino Buzzati), As Cidades Invisíveis (Italo Calvino), O Leopardo (Lampedusa), A Máquina de Fazer Espanhóis (Valter Hugo Mãe), Um Cântico para Leibowitz (Walter M. Miller, Jr.), Eu Sou a Lenda (Richard Matheson), Cem Anos de Solidão (G. G. Márquez), O Encontro Marcado (Fernando Sabino)... A lista é longa e a satisfação é garantida. :grinlove:
 
Última edição:
Não consigo ler nada do que quero, com tanta coisa da faculdade pra fazer, além da eterna pressão dos estudos pra concurso. Isso não mudou nos últimos anos, mas com o congelamento dos concursos, em 2020 eu dei uma relaxada e estudei Torá, esoterismo, fiz cursos de astrologia, magia, esoterismo, ou seja, fiz miséria do meu dinheiro e do meu tempo, mas tudo bem, tem valido a pena. Consegui reler meus livros preferidos do Gabo, ler os contos completas da Clarice, a poesia completa da Hilda e parte de sua prosa, até reli David Copperfield (o calhamaço relançado pela Penguin), mas agora estou de volta à estaca zero.

Quando estiver mais tranquilo, vou tentar dedicar pelo menos uma horinha diária à literatura.

Já meu livro de contos está abandonado.
 
Última edição:
Ok, então retomei Da Rússia com Amor, do Ian Fleming, e é, valeu a pena insistir. Uma pena só que isso quer dizer que o primeiro e o último terços do livro são as únicas partes interessantes. A viagem e estadia em Istanbul são um porre. Pelo menos supera o morno Diamantes são Eternos, que tinha partes interessantes - a tortura com lama, a corrida de cavalos, a perseguição em Las Vegas - em meio a uma trama desinteressante - dois irmãos contrabandeando diamantes de Serra Leoa para os EUA... e é isso.
 
Confesso que não resisto à sensualidade métrica e sonora dos dodecassílabos. 🥰🥰🥰 É sério, gente. Sempre que tô lendo, de boa, e vejo um dodecassílabo, fico espevitada, e dá vontade de tirar o verso para dançar.
You'Re Crazy Everybody Loves Raymond GIF by TV Land
 
Procurando aqui sobre umas citações pra entrar no espírito do tópico do Rosa que finalmente vou fazer pro Autor da Semana, e me pego com os olhos marejados.
É Riobaldo falar de D'us, que eu choro.
É Riobaldo falar de Diadorim, choro.

Grande Sertão sempre vai ser essa pedrada no meu estômago, uma experiência tão profunda que me tira o ar e me deixa prostrado.

Confesso que acho que estou ficando velho...

“Só se pode viver perto de outro, e conhecer outra pessoa, sem perigo de ódio, se a gente tem amor. Qualquer amor já é um pouquinho de saúde, um descanso na loucura”.
 
Procurando aqui sobre umas citações pra entrar no espírito do tópico do Rosa que finalmente vou fazer pro Autor da Semana, e me pego com os olhos marejados.
É Riobaldo falar de D'us, que eu choro.
É Riobaldo falar de Diadorim, choro.

Grande Sertão sempre vai ser essa pedrada no meu estômago, uma experiência tão profunda que me tira o ar e me deixa prostrado.

Confesso que acho que estou ficando velho...

“Só se pode viver perto de outro, e conhecer outra pessoa, sem perigo de ódio, se a gente tem amor. Qualquer amor já é um pouquinho de saúde, um descanso na loucura”.

"Grande Sertão: Veredas" é lindo demais.
Discutimos ele no nosso Clube de Leitura dois anos atrás. Por causa desse livro, finalmente batizamos o clube e ficou "Clube de Leitura Travessia". Chegamos a viajar a Cordisburgo e fizemos uma das reuniões de discussão de leitura no quintal da casa em que viveu o escritor na infância - hoje um museu dedicado a sua obra. Cara, foi uma experiência quase mística...
Fora que a cidadezinha, cara... você precisa conhecer. Você tropeça em referências à obra do escritor o tempo todo. Delícia de lugar... e pra coroar a experiência, você ainda pode visitar a Gruta de Maquiné. Aquilo é bonito demais!

Tenho muito a sensação de que nada na literatura brasileira que eu venha a ler poderá superar o lugar afetivo que "Grande Sertão: Veredas" ganhou entre as minhas leituras. O Rosa é monstro demais!
E é engraçado porque é um livro que costumava me intimidar.
 
Última edição:
"Grande Sertão: Veredas" é lindo demais.
Discutimos ele no nosso Clube de Leitura dois anos atrás. Por causa desse livro, finalmente batizamos o clube e ficou "Clube de Leitura Travessia". Chegamos a viajar a Cordisburgo e fizemos uma das reuniões de discussão de leitura no quintal da casa em que viveu o escritor na infância - hoje um museu dedicado a sua obra. Cara, foi uma experiência quase mística...
Fora que a cidadezinha, cara... você precisa conhecer. Você tropeça em referências à obra do escritor o tempo todo. Delícia de lugar... e pra coroar a experiência, você ainda pode visitar a Gruta de Maquiné. Aquilo é bonito demais!

Tenho muito a sensação de que nada na literatura brasileira que eu venha a ler poderá superar o lugar afetivo que "Grande Sertão: Veredas" ganhou entre as minhas leituras. O Rosa é monstro demais!
E é engraçado porque é um livro que costumava me intimidar.
Ainda quero fazer essa visita, amo tudo que li dele, especialmente 'A hora e a vez de Augusto Matraga', mas Grande Sertão é uma experiência quase mística. Lembro como eu relia e voltava para reler parágrafos inteiros, até em voz alta, como a evocar o segredo por trás das palavras. Magia cabalistica antes de conhecer a Cabalá, mas tenho certeza que ele conhecia.

Tô relendo, inclusive. O tópico vai ser monstro.
 
Eu confesso...
Que nem sei quanto tempo faz que não me empolgo com um livro, que indico algo pra alguém... Ler, nesse momento, perdeu um pouco do brilho pra mim... Sinto que venho sendo tão bombardeada com informações o tempo todo, que só quero desligar a mente!
E não me sinto culpada por dar uma pausa!
 

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