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Diário Literário

Esse ano eu só comprei ebooks. Acostumei já, mas aí eu vou na livraria e ai tão lindos os livros *_*
Tava querendo ler Queda de Gigantes e por muito pouco não comprei. o tamanho me salvou, muito melhor ler no kindle, né? aí eu vi que colocaram pra troca no skoob a versão em inglês, hardback, com jacket, etc. não resisti ...
pelo menos agora eu tenho espaço na estante :cool:
 
Diário, larguei de um projeto a dei início ano passado. Minha ideia era demonstrar o princípio da individuação jungiana em três obras literárias: A Divina Comédia, O Lobo da Estepe e Cidades de Papel. Procuraria explicar como as personagens femininas dessas obras são projeções da anima e como a busca por esse Amor (eros) levava ao desenvolvimento das protagonistas. Aí o James Hillman, que eu estava lendo ontem, me diz o seguinte: "eros e psiquê são a base da psicoterapia". Pronto. Não há mais nada a ser dito. Se eu tivesse lido algo sobre o assunto antes - essa relação dentro da psicologia, digo -, teria sacado isso. Bom, fazer o quê? Bola pra frente. :P
 
Diário,
nunca pensei que me daria tanto prazer ler uma biografia, sempre achei que histórias 100% reais, com citações de nomes, etc. seriam chatas e maçantes, mas, eu deveria saber desde de o início que o Man in Black is not an ordinary man... :amor:
 
Até hoje só li duas biografias: a do Olavo Bilac e a autobiografia do Benjamin Franklin. Curti as duas. Não sei pq não li outras. :P
 
Ontem li um trecho triste da Torre Negra

O Fim do Ka-ket com a morte de Eddie e depois do Jake

Chorei lendo no shopping, no ônibus e na faculdade.

Não CHOOORREEEEI que nem louco, mas se alguém me olhasse veria eu tirando umas lágrimas do olho de forma discreta. :lol:
 
Vou pôr aqui também minhas impressões da Ilíada tal como no Facebook, porque lá a coisa acaba se perdendo no entulho. Depois compilo tudo e posto no tópico sobre o livro.

Lendo a #Iliada
Prefácio: Frederico Lourenço parece convicto de que o epíteto de Atena é mesmo "de olhos glaucos", e não "de olhos de coruja", como alguns. Apresenta bons argumentos. Entretanto, o de Hera faz mesmo referência a olhos bovinos...
Esta edição da Penguin/Cia. tem a introdução mais completa do mercado, e mapinhas supimpas para ajudar.

Lendo a #Iliada
Canto I: Agamêmnon é um arrogante filho da puta mesmo. Não admira que morra depois pelas mãos da mulher e ninguém se condoa disso. De toda a mitologia acho que é o mortal que menos carisma inspira. Chega mesmo a dizer que prefere a escrava Criseida à própria esposa... Bem que ela faz em meter-lhe um chifre e um punhal nas costas.

Lendo a #Iliada
Canto I: Por enquanto Zeus confirmando e justificando seu protagonismo entre os deuses do Olimpo. Foi primeiramente com as tragédias de Ésquilo que comecei a ver a mitologia grega como algo muito mais complexo e verdadeiramente místico do que simples historietas bobas do tipo "oh como podiam acreditar nisso", e que Zeus não era só mais um deus entre tantos; mas o Pai deles, beirando quase a um monoteísmo.
Aqui na Iliada, canto I, ele é ao mesmo tempo justo, sábio e rígido quando se manifesta. Acompanharemos.

Bônus: Hefesto mancando no banquete e sendo motivo de riso generalizado... Pobre coxo. Deuses politicamente incorretos rindo dos aleij... portadores de necessidades especiais.

Lendo a #Ilíada
Canto II: Há um grego de má-língua que vive a malfalar dos generais gregos para quem quiser ouvir, sem nenhum decoro ou medo. Seu nome é Tersites. Chama a atenção que ele seja pormenorizadamente descrito como um sujeito deformado e desprezível. Coisa rara de ver. "Era o homem mais feio que veio para Ílion" (v.216). Tal não deve admirar. A fealdade do caráter se espelha na aparência externa. Tersites é vil em todos os aspectos. Um típico "homem inferior" que nunca poderia ser tema de tragédias.
Odisseu lhe dá umas bordoadas com o cetro dourado até lhe arrancar sangue. Todos riem. Nós também. :)

Lendo a #Ilíada
Canto II: Possivelmente o canto que será mais entediante até o fim do livro (exceto, talvez, pelo X, que desconfiam ser um canto espúrio, e não sei o que esperar). Já o li sabendo disso e o comunico a quem interessar.
O canto II é chato por duas razões simples:
A primeira é que metade dele, sem exagero, é uma lista interminável de nomes de pessoas e lugares. Aí incluso o famoso "catálogo das naus" que ocupa 266 versos e numera as naus de cada cidade grega, e os seus chefes etc. É um trecho "pulável" sem prejuízo da leitura. Na sequência, entre mais um pouco de enredo e mais lista, são ditos os nomes dos melhores homens da Grécia.
A segunda razão é que o canto, até pelo reduzido tamanho que lhe sobra disso, não tem nenhum clímax próprio e apenas prepara a cena para o confronto do III.
 
Lendo a #Ilíada
Canto III: Curtinho mas interessante. O combate que se armou no canto II está para começar. O mulherengo Páris Alexandre chama os troianos na chincha, mas se acovarda e foge com o rabinho entre as pernas quando Menelau se prontifica a enfrentá-lo. É uma caracterização patética do príncipe troiano. Só depois de uma reprimenda é que ele toma jeito. Mas não por muito tempo.
Todo o esforço de encerrar a guerra com um simples duelo, mediante juramento e imolação, é frustrado. E na prática tudo termina como começou.
Príamo isenta Helena de culpa pela guerra. Isso não é algo que se possa ignorar quando se analisa o papel dessa personagem complexa no ciclo troiano. Com efeito, se Páris escolheu justo Afrodite na eleição da deusa mais bela, ele por consequência escolheu o único favor prometido (isto é, Helena) que implicava em treta direta com outro povo.
Helena bate boca com Afrodite, mas termina por lhe obedecer sob ameaças. A ver o que rola...

Lendo a #Ilíada
Canto IV: Continua o anterior de onde parou. No Olimpo Zeus tenta apaziguar a contenda entre os deuses para que a guerra termine aí. Como Afrodite interferiu no duelo e retirou Páris por conta, os troianos deveriam honrar o juramento e devolver Helena, pondo fim à guerra. Zeus vê aí a oportunidade perfeita para poupar Ílion da destruição, pois confessa ser esta a sua cidade predileta entre todas. É bem verdade que dele veio a ideia da guerra, para diminuir a populaçāo do mundo, que se achava muito numerosa, segundo fontes antigas exteriores ao texto de Homero. Mas que não devem ser ignoradas por quem deseja compreender o quadro geral.

"Houve o tempo em que vagavam sem conta, sempre, os povos
humanos. Eram um peso na planície da Terra de amplo seio.
Zeus viu isso, compadeceu-se, e em seu espírito complexo
planejou aliviar a terra toda nutriz do peso da humanidade
atiçando a grande rixa, a batalha ilíada,
para que o fardo se esvaziasse com morte. E em Troia
os heróis eram mortos: cumpria-se a vontade de Zeus."
(Poemas Cíprios, fragmento 1, trad. Rafael Brunhara)

Não obstante, Hera é irredutível e insiste em que a guerra continue até as últimas consequências. E para isso põe à disposição suas três cidades mais queridas, se Zeus um dia as quiser arrasar. A tal ponto chega o despeito de uma deusa...

Lendo a #Ilíada
Canto IV: Afora o diálogo entre os deuses no Olimpo, há uma porção de pequenas conversas de Agamêmnon com cada chefe grego para incitar as tropas e retomar a batalha. Não é à toa que 52% do poema sejam diálogos. Ô povo parlante!
Só depois no fim começa a sanguinolência. Sangue, miolos e tripas. A ver se rolam mais cabeças no próximo capítulo... Mas ainda acho que nesse ponto a Eneida será imbatível.

Lendo a #Ilíada
Canto V: Deuses, gregos e troianos, uma galerinha do barulho apontando altas confusões nas planícies de Troia... Vai ser um zeus-nos-acuda e ninguém está a salvo.
Novecentos versos de porradaria. É como um filme de ação dos anos 80, com gente morrendo feito mosca (quase sempre com um único golpe). A diferença é que os coadjuvantes e figurantes têm nome próprio, filiação e cidade de origem revelados antes da morte.
Do que me lembro da Eneida, o estilo de Virgílio é superior no que concerne à narrativa bélica; é que o estilo oral de Homero faz demasiado uso das fórmulas prontas, que num canto longo e todo centrado na guerra acabam saltando aos olhos de tão repetidas que ficam.
Diomedes recebe superpoderes de Atena e entra em estado "berserker": mata a rodo e não refreia a fúria nem contra os deuses, ferindo Afrodite e Ares. Eneias quase morre e é salvo no último segundo. Sarpédon também se escapa por pouco. Não bastasse os troianos mortais levarem uma surra, também os olímpios que os defendem apanharam agora. Puta falta de sacanagem. Mas Zeus tá vendo essa zoeira aí, e as pedras rolam.
 
Última edição por um moderador:
A internet é linda <3 fiquei todo feliz que encontrei um resumo do livro Liberdade, do Franzen - estava lendo numa viagem, no início de fevereiro, e pelas dispersões que tive acabei deixando-o de lado, até agora =P, embora estivesse gostando... E deu saudade e estava com receio de voltar onde parei e não lembrar de nada, daí achei esse resumo e vou ler até onde cubra a parte em que larguei para voltar com a leitura.

Internet :amor:
 
Última edição:
mas, xente! acabei de ler a biografia do Cash...
confesso que eu queria mais! o homem era realmente fora do comum...
um guerreiro, eu diria! óbvio que vou ler de novo e indico pra quem curtir só um pouquinhozinho as músicas dele, leia o livro! vai virar fã de certeza!
 
Diário,

Terminando de ler Fundação do Asimov (faltam menos de 20 páginas), que livro maravilhoso, já vou direto ler fundação e império assim que terminar. Também dei uma desanimada com o livro que estou escrevendo por falta de leitores (não vou parar tb), acho que tenho que melhorar o meu "marketing", mas sou muito noob nessa área...
 
Querido diário,

Terminei de ler 'Max e os Felinos' (e comprovando que Moacyr Scliar foi MUITO simpático com toda a polêmica criada em torno da kibada gigantesta de 'As Aventuras de Pi'), e começando a reler as Crônicas Saxônicas. Já faz muito tempo que li os 4 primeiros volumes, já estou com o 5º na mão e o sexto na agulha. Mas do jeito que sou lenta, vai ser diversão até julho, certeza.

Próximo!
 

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