Não fui taxativo. Apenas levanto a questão, sobre a qual também eu não tenho certezas...
Note-se que no meu próprio post aludi à estratégia do Bolsonaro de tentar desacreditar as eleições, procurando escalar o golpe. Isso não estava, portanto, fora do meu cálculo.
A questão aqui não é a preocupação com o que o núcleo duro do bolsonarismo vai inventar. É bastante claro que, se não concorrerem por decisão judicial, vão alegar uma tramoia do sistema; se concorrerem e forem derrotados, vão alegar uma tramoia do sistema.
No cenário em que o Bozo não seja impichado, a questão é conceber o que seria pior para o futuro do bolsonarismo:
Acho que ser impedido de concorrer à eleição
pode eventualmente preservar mais o capital eleitoral do bolsonarismo do que uma derrota eleitoral acachapante.
Mas ainda estou pensando sobre tudo isso. De qualquer forma, reitero: qualquer que seja o cenário, a reação da Justiça Eleitoral e do Supremo Tribunal Federal é importante, necessária e até mesmo tardia.
Uma vez fora do poder, sem foro privilegiado, minha aposta é a de que o mundo vai cair na cabeça do Bolsonaro; os aliados fisilógicos de hoje, que dão sustentação ao seu governo, já terão abandonado o barco; terá que responder - assim esperamos - por uma penca de crimes e o desgaste tende a se aprofundar.