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Bom mesmo é a Carta Capital, né? Aliás, existe ainda Carta Capital? Que tipo de assunto será que estão tratando hoje em dia? Viagem de macacos ao sol, né? Só pode ser isso.
Carta Capital. Assuntos em pauta:

*A classe C e a crise,
*A atualidade de Hannah Arendt
*Quando a misoginia pauta as críticas ao governo Dilma
*O abraço interrompido entre Cuba e EUA
*Panama Papers expõe chefes de Estado e 57 citados na Lava Jato
*O que aconteceria se o Reino Unido deixasse a União Europeia?


www.cartacapital.com.br
Vai lá e escolhe alguma coisa pra ler. :jornal:
Divirta-se!:obiggraz:
 
Véi, a questão é que na real o problema não são as pedaladas. Nunca foram.

Tudo começou em 2014. Dias após a reeleição, a oposição e boa parte da mídia começou com a tentativa de derrubar o governo na marra.

-3 dias ANTES das eleições, a Veja antecipa uma capa tendenciosa e sensacionalista (pra variar);
-Ao término das apurações, o PSDB pediu a recontagem dos votos[/url;
-Começaram as manifestações [url=http://www.em.com.br/app/noticia/politica/2014/12/06/interna_politica,597091/manifestacao-contra-o-governo-dilma-bloqueia-parte-da-avenida-paulista.shtml]contra o governo
, com o rótulo de "contra a corrupção";
-Ai falaram que a Dilma tinha que cair pelas pedalas de 2014;
-Chegou o Cunha como presidente da câmara e começaram a ver nele um líder contra a Dilma;
-Se tocaram que pedalada de 2014 não funcionaria para o imptima, então antes de fechar 2015 já falavam das pedaladas daquele ano;
-A Lava-Jato segue focando apenas na caça ao PT, ignorando delações em cima de nomes da oposição, de Aécio a Cunha, passando por Temer e até Bolsonaro;
-Conforme Cunha foi caindo em desgraça pela opinião pública, elegem Moro como novo herói de parte da direita;
-PF leva Lula em condução coercitiva, e de forma milagrosa, mídia sabia antes dos advogados de defesa;
-Moro vaza grampos que em nada ajudariam em investigações, exatamente no dia da "posse" de Lula como ministro;
-Dias após a PF dizer que não investigaria crimes de antes de 2002 por ser difíceis de rastrear, abre investigações de supostos envolvimentos políticos no crime contra o Celso Daniel (década de 1990)
-Um réu pelo STF abre rito de impedimento contra uma presidente que não está sendo processada por nada;


E assim vai. Desde 2014 vemos que tudo isso é apenas político. Se fossem levar as pedaladas a sério, teríamos que cassar mais da metade dos políticos que estão no poder atualmente. Quantos governadores não fizeram isso em 2015? Se cair o rito atual, vão enfiar outra coisa, e continuar estacionando o país.

Claro que boa parte disso é culpa do PT. A Dilma não demonstrou força nenhuma de defesa/resistência e muito menos contra-ataque. Deixou a oposição crescer, confiou no PMDB (PQP!), lhe dando ainda mais poder, até ficar refém do partido que, caso ela caísse, tomaria o poder de forma "oficial". E mesmo a colocada do Lula no ministério foi uma decisão ruim, na minha opinião, do PT, que deu mais gasolina pra oposição, e até agora pouco efeito surtiu em favor do governo. Aliás, o governo Dilma é bem fraco em quase tudo. :lol:

Se a Dilma cair a causa não será um possível crime de responsabilidade, e sim consequência de tudo que rolou desde as eleições de 2014.[/url]
 
Véi, a questão é que na real o problema não são as pedaladas. Nunca foram.

Tudo começou em 2014. Dias após a reeleição, a oposição e boa parte da mídia começou com a tentativa de derrubar o governo na marra.

-3 dias ANTES das eleições, a Veja antecipa uma capa tendenciosa e sensacionalista (pra variar);
-Ao término das apurações, o PSDB pediu a recontagem dos votos[/url;
-Começaram as manifestações
contra o governo, com o rótulo de "contra a corrupção";
-Ai falaram que a Dilma tinha que cair pelas pedalas de 2014;
-Chegou o Cunha como presidente da câmara e começaram a ver nele um
líder contra a Dilma;
-Se tocaram que pedalada de 2014 não funcionaria para o imptima, então antes de fechar 2015 já falavam das pedaladas daquele ano;
-A Lava-Jato segue focando apenas na caça ao PT, ignorando delações em cima de nomes da oposição, de Aécio a Cunha, passando por Temer e até Bolsonaro;
-Conforme Cunha foi caindo em desgraça pela opinião pública, elegem Moro como novo herói de parte da direita;
-PF leva Lula em condução coercitiva, e de forma milagrosa, mídia sabia antes dos advogados de defesa;
-Moro vaza grampos que em nada ajudariam em investigações, exatamente no dia da "posse" de Lula como ministro;
-Dias após a PF dizer que não investigaria crimes de antes de 2002 por ser difíceis de rastrear, abre investigações de supostos envolvimentos políticos no crime contra o Celso Daniel (década de 1990)
-Um réu pelo STF abre rito de impedimento contra uma presidente que não está sendo processada por nada;


E assim vai. Desde 2014 vemos que tudo isso é apenas político. Se fossem levar as pedaladas a sério, teríamos que cassar mais da metade dos políticos que estão no poder atualmente. Quantos governadores não fizeram isso em 2015? Se cair o rito atual, vão enfiar outra coisa, e continuar estacionando o país.

Claro que boa parte disso é culpa do PT. A Dilma não demonstrou força nenhuma de defesa/resistência e muito menos contra-ataque. Deixou a oposição crescer, confiou no PMDB (PQP!), lhe dando ainda mais poder, até ficar refém do partido que, caso ela caísse, tomaria o poder de forma "oficial". E mesmo a colocada do Lula no ministério foi uma decisão ruim, na minha opinião, do PT, que deu mais gasolina pra oposição, e até agora pouco efeito surtiu em favor do governo. Aliás, o governo Dilma é bem fraco em quase tudo. :lol:

Se a Dilma cair a causa não será um possível crime de responsabilidade, e sim consequência de tudo que rolou desde as eleições de 2014.

O problema é que, ao focar somente na questão da politicagem, você acaba entrando no próprio jogo desta, que é justamente o de ignorar questões de cunho técnico em toda essa história, focando no sujeito e não no fato.

As pedaladas são sim o problema central, independentemente de como a oposição use esse fato. Ao desmerecer uma questão técnica relevante pelo simples motivo de a oposição o estar utilizando com motivos escusos, você cai no mesmo jogo deles.

Nesse sentido, o ponto é: independentemente de a oposição ter ou não intenções escusas, ser ou não má perdedora, ter ou não gente corrupa em suas alas; ela tem sim parcela de razão ao apontar as pedaladas como possível motivo para o impeachment. Pra voltar à analogia do Gustavo Franco: se você aponta que o vencedor da corrida praticou doping, sua acusação não se torna menos válida se você mesmo já incorreu em tal prática, ou se você é amigo do segundo colocado, ou se você apostou todo seu dinheiro neste. O que interessa é saber se o doping ocorreu ou não. Tendo ocorrido, e sendo prática ilegal, medidas cabíveis devem ser tomadas.

Sobre governadores terem incorrido na mesma prática: é preciso que cada caso seja analisado e julgado, para verificar se o que ocorreu foi realmente uma pedalada. Caso tenha sido, novamente as medidas cabíveis devem se aplicar.

Como é mesmo aquele ditado? "O errado é errado mesmo que todo mundo esteja fazendo. O certo é certo mesmo que ninguém esteja fazendo". Ou algo assim.
 
eu acho que entendi o que o fea quer dizer. é tipo o alckmin se recusando a fazer rodízio de abastecimento de água em ano de eleição e depois entrando em 2015 numa baita crise hídrica. troca água por dinheiro, dilma não quis cortar programas sociais em ano de eleição, pedalou para bancá-los e depois que ganhou a eleição a coisa ficou feia (e os cortes começaram a aparecer). é isso, fea?
 
eu acho que entendi o que o fea quer dizer. é tipo o alckmin se recusando a fazer rodízio de abastecimento de água em ano de eleição e depois entrando em 2015 numa baita crise hídrica. troca água por dinheiro, dilma não quis cortar programas sociais em ano de eleição, pedalou para bancá-los e depois que ganhou a eleição a coisa ficou feia (e os cortes começaram a aparecer). é isso, fea?

É por aí, mas ela não precisava necessariamente cortar programas sociais. Temos que lembrar que os programas sociais já estavam aí em outros anos, e não precisavam desse artifício para serem bancados. O governo podia ter cortado outras coisas pra manter a situação fiscal - mas isso teria que ser planejado desde antes. Ou no mínimo ter mantido a transparência das contas e deixado claro desde muito cedo que no fim do ano não seria possível atingir a meta fiscal.

As pedaladas são a consequência de um governo que veio gradativamente aumentando seus gastos e onerando a sociedade para sustentá-los, mas chegou um momento em que o equilíbrio entre receitas e despesas furou pra valer. Basicamente porque as receitas eram previstas com base num cenário economicamente insustentável, de um modelo de crescimento artificial e em vias de esgotamento. Quando esse modelo começou a colapsar, o governo tentou segurar o quanto pôde as aparências, sobretudo com as pedaladas (do lado do equilíbrio fiscal) e represando os preços controlados pra tentar conter a inflação na marra em ano de eleição, mesmo que isso implicasse uma situação pior depois.
 
@Ana Lovejoy, é menos para "dilma não quis cortar os gastos sociais" e mais para "dilma quis bombar os gastos sociais". Acho que parte da defesa dela fala sobre isso, de não sacrificar o povo, que é algo que parece heroico. É claro, o Bolsa Família (ou qualquer outro programa social) nunca foi e nunca será usado para fins políticos.
 
@Ana Lovejoy, é menos para "dilma não quis cortar os gastos sociais" e mais para "dilma quis bombar os gastos sociais". Acho que parte da defesa dela fala sobre isso, de não sacrificar o povo, que é algo que parece heroico. É claro, o Bolsa Família (ou qualquer outro programa social) nunca foi e nunca será usado para fins políticos.

é o que eles dizem, né. mas no final das contas é isso: eles não querem tomar medidas impopulares em ano de eleição, aí o povo se ferra no ano seguinte. acabei de lembrar de outro caso, o richa aqui no paraná. bem na moita em 2014 e veio em 2015 com o pacotão que incluía até mexer no paraná previdência. aparentemente ele colocou as contas em dia (é o que falam), então a situação não estava tão feia quanto a da dilma. mas no fim o processo é o mesmo.

(nessas que deveriam acabar com a reeleição, né. acabar com essa coisa de sujeito dar essa maquiada em ano de eleição pra ganhar)
 
(nessas que deveriam acabar com a reeleição, né. acabar com essa coisa de sujeito dar essa maquiada em ano de eleição pra ganhar)

O fim das reeleições é legal, mas não é tudo o que dizem. Sei lá, o que impede do problema só mudar de natureza: Ao invés de ser o indivíduo querendo se reeleger, agora é o partido q vai querer se reeleger. Ao invés do presidente continuar presidente, agora o presidente de um ano vai ser o ministro da casa civil no ano seguinte (nunca vimos isso, né?).
 
O fim das reeleições é legal, mas não é tudo o que dizem. Sei lá, o que impede do problema só mudar de natureza: Ao invés de ser o indivíduo querendo se reeleger, agora é o partido q vai querer se reeleger. Ao invés do presidente continuar presidente, agora o presidente de um ano vai ser o ministro da casa civil no ano seguinte (nunca vimos isso, né?).

o ideal seria não permitir reeleição do partido, no fim das contas. para possibilitar real alternância de poder. se bem que aí eles fazem aquelas coligações gigantes e bizarríssimas e meio que dá no mesmo. bleargh.

aproveitando o post, compartilhando esse texto que saiu na folha internacional. alguém aqui acha que novas eleições seriam viáveis? aproveitar e jogar junto com a de prefeito e vereador?

Opinion: If Impeachment, Then Who?

04/06/2016 - 09H59

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GLENN GREENWALD
DAVID MIRANDA


The most bizarre fact of Brazil's political crisis is also its most important one: almost every major political figure advocating the impeachment of President Dilma Rousseff faces corruption allegations far more serious than those directed at her.

From Michel Temer and Eduardo Cunha to PSDB's Aécio Nevis and Geraldo Alckmin, Dilma's most influential adversaries are implicated in shocking corruption scandals that would be career-destroying in any healthy democracy.

Indeed, the towering irony of this crisis is that while Brazil's major parties (including PT) are rife with corruption, President Rousseff is one of the very few politicians with plausible claims to the Presidency of the Republic who is not directly involved in corruption schemes for personal enrichment.

These vital facts have radically changed how the international media view Brazil's political crisis. For months, U.S. and European journalists favorably depicted Brazil's anti-government street protesters, the Lava Jato investigation, and the decisions of federal judge Sergio Moro.

Because of these facts, compounded by Moro's overtly political treatment of ex-President Lula and the embarrassingly sensationalistic media coverage of Jornal Nacional and other Globo Rede programs, many are now recognizing that the reality is far less inspiring and noble.

There are many legitimate reasons for the anger of Brazilian society toward the government. But for many of Brazil's most powerful economic and media elites, corruption is merely the excuse, the pretext, for achieving an anti-democratic end.

The real goal is to remove a political party from power (PT) that they have failed to defeat in four straight democratic elections. Nobody who genuinely cared about ending corruption would cheer a process that would empower leaders of parties such as PMBD, PSDB and PP.

Worse, it seems increasingly clear that the hope of opposition party leaders is that Dilma's impeachment will be so cathartic for the public, that it will allow for a quiet end to Lava Jato, or at least result in "pizza" for criminally corrupt politicians.

In other words, the impeachment of Dilma Rousseff is designed to protect corruption, not to punish or end it - a framework more characteristic of a plutocracy than a mature democracy.

Impeachment of a president is a legitimate tool in all democracies. But it is an extreme measure, to be used only in the most compelling circumstances of crimes by the Republic's President, and only when there is concrete evidence of that criminality. The case for Dilma's impeachment meets none of those criteria.

In an advanced democracy, the rule of law, not political power, must prevail. If, despite all this, the country is truly determined to remove Dilma, the worst alternative is to permit the corrupt line of succession to ascend to power.

The principles of democracy demand that Dilma Rousseff complete her term in office. If that is not an option, and if she is going to be impeached, the best alternative is new elections. That way, the population would assume its proper place as provided by the Constitution: all power emanates from the people.
 
é o que eles dizem, né. mas no final das contas é isso: eles não querem tomar medidas impopulares em ano de eleição, aí o povo se ferra no ano seguinte. acabei de lembrar de outro caso, o richa aqui no paraná. bem na moita em 2014 e veio em 2015 com o pacotão que incluía até mexer no paraná previdência. aparentemente ele colocou as contas em dia (é o que falam), então a situação não estava tão feia quanto a da dilma. mas no fim o processo é o mesmo.

Um caso bem emblemático ocorreu em 1986, com o Sarney na presidência e o Plano Cruzado. O governo manteve o sistema de congelamento de preços até as eleições gerais, em novembro de 1986. Passadas as eleições, lançou o Plano Cruzado II, com medidas impopulares que tentavam corrigir problemas do Plano Cruzado original. Resultado nas urnas: PMDB elegeu 22 governadores (de 23 possíveis), a maioria dos senadores, deputados federais e estaduais. Votos conseguidos graças à prestidigitação do governo. Nosso começo de democracia foi traumático. Algumas coisas melhoraram nesses 30 anos, mas outras continuam a acontecer.
 
Existem pedaladas e PEDALADAS. Até a Folha de SP, um jornal pró-governo colocou uma reportagem legal falando que a Dilma PEDALOU bem mais. Claro que a defesa irá dizer pelo gráfico abaixo que o FHC pedalou, então eu vou contar uma historinha legal:

Você é assaltado por 3 pessoas. Você tem a chance de prender 1 delas, você prende ou você deixa ela livre pq não conseguiu pegar as outras 2?

Então, @fcm . Já que pra você melhor pegar um deles do que os 3 então você aceitaria de boa se só investigassem FHC e deixassem Dilma pra lá, né?

Véi, a questão é que na real o problema não são as pedaladas. Nunca foram.

Tudo começou em 2014. Dias após a reeleição, a oposição e boa parte da mídia começou com a tentativa de derrubar o governo na marra.

2014, ano que nos rendeu momentos assim:

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De brinde meu conterrâneo, José Agripino, puto de raiva.
 
alguém aqui acha que novas eleições seriam viáveis? aproveitar e jogar junto com a de prefeito e vereador?
Fundir as eleições é, acredito, uma péssima ideia. Isso acabaria sobrecarregando as atenções da sociedade e o cenário nacional provavelmente encobriria o cenário local, que não receberia a dedicação devida.
 

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